terça-feira, 30 de dezembro de 2014
DESEJOS DE UM SÁBIIO
Faço meus os bons e sábios desejos do amigo e colaborador JS.
Amigos e amigas,
Hoje não os convidarei para um festim mas lhes apresento os meus desejos e as reflexões seguintes
Pode haver equívocos em relação ao que eu realmente desejo aos amigos e às amigas, bem como a mim próprio, mas, à medida que os sois declinam no poente e os horizontes se estreitam, exponho o que seriam meus desejos e que desejaria para cada um de vocês, feitas as devidas adaptações:
Não estou atrás da pressa e da azáfama, mas do ritmo lento e seguro, não desejo o “fast” mas o “slow”!
Não busco o ruído mas o silêncio, à beira do arroio e não junto às multidões que se acotovelam para ver os espetáculos circenses modernos, onde se cultuam unicamente os sentidos e não os sentimentos;
Não aprecio o tonitruar dos canhões e dos trovões altissonantes, nem muito menos os ensurdecedores roncos dos “trios elétricos” que enlouquecem mas busco o canto dos pássaros, o sussurro das águas mansas;
Não quero ver a luz ofuscante dos raios e dos vulcões que arremessam lavas para o espaço, mas o brilho distante das estrelas cintilantes, que transmitem paz e serenidade;
Desejo ardentemente ouvir vozes baixas ou até murmurantes, ao invés do vociferar nervoso e apressado dos que se enervam com a realidade e julgam estar obtendo vitórias enganosas, com base no temor que podem causar ao interlocutor;
Quero a comida saborosa e quente, mas não a escaldante e excitante, que exige ser devorada em instantes e que não permite ser degustada com vagareza, extraindo dela as delícias nutrientes e refocilantes;
Não quero fazer com sofreguidão hoje, prefiro a calma do amanhã ou de um futuro próximo ou distante!
Delicio-me com a música dos grandes mestres, que nos aproxima da divindade, mas não quero o roncar dos tambores, os fones de ouvido que nos ensurdecem e não trazem qualquer mensagem, a não ser a desarmonia que carreiam por si só!
Não aspiro a bens materiais, perecíveis e enganosos, quero a sublimidade do sentimento e do amor, das sintonias reconfortantes, das palavras suaves e reconfortantes, mesmo quando os ideais pareçam perdidos na poeira do tempo e das desilusões, quando enfim tudo pareça desabar!
Quero o bem de todos os semelhantes e, com maior expressão, daqueles com os quais compartilho os sabores e dissabores do quotidiano. Nem ao pior dos mortais cometo a insânia de lhes canalizar males, sabedores que somos que eles se voltarão contra nós em doses múltiplas!
Enfim, amigos e amigas, desejo-lhes tudo o de melhor que a presente vida possa oferecer-lhes, pois de alguma forma nossas rotas se cruzaram um dia em algum ponto da jornada e lhes dediquei algum amor, alguma estima, muito respeito e agradecimento por sua colaboração; ocasionalmente enfrentamos juntos ou em sendas paralelas, lutas semelhantes, quase sempre vitoriosas.
Hoje, quando “a última curva do caminho extremo” (Olavo Bilac) já não está distante, posso lhes reafirmar pelo menos o seguinte:
Se, por qualquer motivo, alguns de vocês fossem me voltando as costas, fossem se transformando em adversários, em contendores talvez e, em hipótese quase impensável, em algozes, nunca poderiam me retirar a suprema felicidade e alegria de, um dia, os ter estimado e de vocês ter recebido uma verdadeira amizade !
Amigos e amigas, vocês o merecem, que sejam felizes neste Natal de hoje, no ano de 2015 e nos anos vindouros.
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