domingo, 30 de março de 2014

PRINCIPE IGOR, DE BORODIN

Postado por Berto Filho


Foto Google

 Se você aprecia a música dos compositores russos, vai gostar do conteúdo desse link, que apresenta, de Alexander Borodin, "Príncipe Igor" e as Danças Polovtsianas. O começo da performance reproduz "Stranger in Paradise", que fez bela carreira popular tocada e cantada por várias orquestras, conjuntos, corais e cantores internacionais.
https://www.youtube.com/watch?v=FsTVF0Fu5_c


PAPA FRANCISCO : MAIS À ESQUERDA DO QUE PARECE ?

Postado por Berto Filho

 Questões como a que segue acredito que sejam do interesse intelectual e profissional dos leitores deste blog.
Sou católico, educado até os 18 anos em colégios maristas. E hoje, depois de vários eventos extraodinários na família, me aproximo cada vez mais da força moral do Espiritismo.

A despeito dos numerosos e gravíssimos erros cometidos pela Igreja e por seus representantes na Terra, não abandonei os princípios da fé religiosa e minha convicção de que valores morais estão no cerne das questões sociais e políticas do nosso tempo, como estiveram nos vários episódios do passado..
Não sou especialista no assunto, apenas um jornalista curioso e um cidadão atento que está preocupado com os rumos que as coisas vêm tomando neste país.



Foto Google

Um executivo do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira alerta que o MST, contumaz invasor de propriedades privadas, praticante de atos de terror e vandalismo e defensor da luta de classes, e a Via Campesina (organismo internacional com sede na Indonésia, que o MST representa no Brasil)  participaram, como convidados da Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano, de um seminário no Vaticano. Um convite surpreendente.


Nesse evento, realizado no começo deste ano, o MST e a Via Campesina receberam apoio explícito de setores eclesiásticos, incluindo um vídeo-do Papa Francisco com mensagem que exortava “sigam adiante”. Estranho. Este Papa franciscano vai contra João Paulo Segundo, que defendeu o princípio da propriedade privada.

O que será que aconteceu? Um engano? O Papa estaria mal informado ? Um passo decisivo da infiltração comunista nos meios católicos?

Diante da perplexidade que essas questões levantam, o Príncipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, bisneto da Princesa Isabel e coordenador da Campanha Paz no Campo, escreveu uma respeitosa e filial mensagem ao Papa Francisco.
Quando li a mensagem do príncipe, tive a certeza de que a leitura desse texto interessaris aos leitores.

Por isso eu o convido você a acessar o endereço
paznocampo.org.br para ler a íntegra da mensagem. É longa e requer paciência. Vai ficar impressionado.
 

sexta-feira, 28 de março de 2014

O HOMEM QUE SABE DEMAIS

Postado por Berto Filho

Fonte : MSN Estadão
autoria da matéria : Mariângela Collucci

STJ nega habeas corpus a ex-diretor da Petrobrás pego na Lava Jato


Paulo Roberto Costa é apontado como um dos responsáveis pelo relatório que levou à polêmica compra da refinaria de Pasadena pela estatal; ele está em prisão preventiva

Paulo Roberto Costa Foto : Google
Brasília - A ministra Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), rejeitou um pedido de habeas corpus em favor do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, que está preso desde o dia 20. Costa é suspeito de envolvimento com a destruição de documentos relacionados à operação Lava Jato, da Polícia Federal.

O ex-diretor da estatal é apontado como um dos responsáveis pelo relatório da polêmica compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, tido como "falho" pela presidente Dilma Rousseff. Costa foi preso na Operação Lava Jato, que desbaratou um esquema de lavagem de R$ 10 bi. Ele é indiciado por corrupção passiva e, desde então, cumpre prisão preventiva na Polícia Federal.

Em sua decisão, a ministra do STJ afirmou que o tribunal tem um entendimento pacificado de que não deve ser admitido habeas corpus quando a instância inferior da Justiça ainda não julgou o mérito do pedido. O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região analisou e rejeitou um pedido de liminar.

Conforme a ministra, o STJ só abre exceção "quando evidenciada a presença de flagrante ilegalidade". Na quarta-feira, 26, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região já havia recusado um pedido de habeas corpus de Costa.


Agora, é comigo.
Paulo Roberto é mais um arquivo vivo de segredos negociais de malfeitos com o dinheiro público. É um homem que sabe demais.
Cuidem bem dele. O procedimento de Pizzolato é uma inspiração para gente com tanta coisa para contar.

OBAMA E PUTIN : A DIPLOMACIA FUNCIONA

Postado por Berto Filho

A mais recente matéria sobre Russia, Ucrânia, Obama e Putin está nsse video que peguei na sIte da Veja. 

Putin e Obama dão a impressão de terem acertado um script comum, que agrada gregoa, troianos e os eleitores de cada um. Democracia e eleições é preciso. Navegar na diplomacia é preciso. 

http://veja.abril.com.br/multimidia/video/obama-russia-deve-recuar-tropas

EDUARDO E MARINA BATEM EM DILMA NA TV

Postado por Berto Filho


Foto : Google   Eduardo Campos e Marina Silva

Joga-se o jogo do poder. Tudo o que está acontecendo na política nacional neste momento tem o seu epicentro nas eleições presidenciais de outubro. Fica dificil dissociar requerimento de CPI e horário gratuito na TV, de jogo eleitoral. Governadores, deputados e senadores é outro jogo. Fazem as preliminares do jogo principal, como acontecia nos campeonatos estaduais de antigamente. 

Ontem, Eduardo Campos e Marina Silva monologaram (uma montagem bem feita de um diálogo vitrual) durante 10 minutos em rede nacional. Eduardo Campos, governador de Pernambuco e ex-ministro de Lula (Marina veio do PT e ministeriou também) deu estocadas apenas em Dilma - a Petrobras está pela metade no valor patrimonial e tem dív
ida quadruplicada. Marina jogou para a sua plateia de ambientalistas.

Eduardo e Marina simbolizam a união muito difícil (na prática) de dois polos antagônicos : a obrigação de empreender obras enormes de infra-estrutura - principalmente de saneamento básico, redução do risco Brasil (exportações) e oferta de novos formas de energia (além da hidrelétrica que depende unicamente de São Pedro, insensível a orações e pajelanças) e o ritual de promover e valorizar a sustentabilidade.

Eduardo preservou o santo Lula. Se Lula sai candidato em lugar de Dilma (hipótese ainda não descartável), Eduardo fica sem bandeira. Marina idem. E se Lula energizar o seu poste aí Eduardo e Marina vão ter que bater no Lula também. 

Bater no Lula tira voto.
Que dilema, hein ?  

 

PT IMPÕE DENÚNCIAS CONTRA A OPOSIÇÃO NA CPI DA PETROBRAS

Postado por Berto Filho

Estava me preparando para escrever sobre as manobras do PT no sentido de enfiar denúncias contra o PSDB e o PSB no saco da CPI da Petrobras quando fui ao site da Veja atrás de novidades e li o artigo, que segue, do Reinaldo Azevedo, que é mais percuciente e direto do que eu escreveria com outras palavras.
Ele resume o que penso. Por isso, publico.

Pistolagem política – Planalto decide partir para o terrorismo e ameaça investigar até o indeterminado — desde que envolva a oposição — para tentar impedir CPI da Petrobras. Ou: Gleisi perde o juízo



Gleisi, a face mais bela da truculência, protagoniza um dos piores momentos do governo Dilma: a chantagem explícita
Que coisa! O governo fez de tudo para impedir a CPI da Petrobras. No Senado, já esta protocolada. Então a tática agora é partir para a retaliação e o terrorismo. Os porta-vozes da ameaça são o deputado Vicentinho (SP) e a senadora Gleisi Hoffmann (PR), em quem eu até reconhecia certas virtudes da convicção ao menos, mas que está se transformando bem depressa numa caricatura. Lembra os piores tempos de Ideli Salvatti, porém saída de uma outra fôrma. Depois de uma reunião no Palácio do Planalto, o habitualmente moderado e cordato Vicentinho não teve dúvida: se é para fazer a CPI da Petrobras, então o PT tentará incluir no requerimento a investigação do suposto cartel de trens em São Paulo, a Cemig de Minas e o Porto de Suape em Pernambuco. Objetivo: tentar atingir o PSDB e os presidenciáveis Aécio Neves e Eduardo Campos.

Alguém quis saber o que se deve investigar em Suape, por exemplo, e o deputado petista não poderia ter sido mais eloquente: “Eu ainda não sei”. É espantoso! Vicentinho, formado em direito, pertence àquela escola que acha que se deve abrir uma investigação para achar alguma coisa desde que seja contra o inimigo. Não me surpreende. A esquerda entende que a função do estado é precisamente esta: perseguir seus inimigos.

O nome disso é pistolagem política. O deputado disse que a ideia saltou da sua cabeça. É, obviamente, mentira. Tanto que, num outro canto, Gleisi Hoffmann não escondia a intenção de recorrer a um truque dos mais asquerosos. É simplesmente irregular fazer um adendo ao requerimento da CPI da Petrobras com esses outros temas, que não são nem mesmo conexos. O que os trens de São Paulo têm a ver com o porto de Pernambuco ou com a Cemig? Resposta óbvia: nada! E Gleisi sabe disso. Mas ela explicou a malandragem. Disse que poderia alegar prejuízo de recursos federais. Bem, se é assim, por que não incluir, então, os descalabros da Copa, senadora?

O governo pode querer fazer CPI sobre esses temas? Pode. Mas terá de apresentar um requerimento específico. A pergunta óbvia é por que não fez isso antes. O que vai embutido nessa forma delinquente de fazer política? Tomemos o caso de Pernambuco: se Eduardo Campos estivesse, mais uma vez, fechado com a candidatura do PT, é evidente que os petistas não ameaçariam investigar o porto de Suape. Moral da história da companheirada: os inimigos, a gente investiga e persegue; os amigos, a gente preserva. Quanto aos trens de São Paulo, dizer o quê? Duvido que uma CPI pudesse ser mais politizada do que já tem sido o Cade, por exemplo, sob a gestão do PT.

Como se dissesse a coisa mais óbvia do mundo, Gleisi, pré-candidata do PT ao governo do Paraná, disfarça o cinismo com seu ar severo: “Eles estão politizando, aproveitando um momento eleitoral. Tem que ter coerência. Se eu sugiro investigação política para algo que já tem investigações técnicas, como é o caso da Petrobras, por que fazer só para um tema e não para o outro?”.

A resposta é simples, senadora! Uma CPI não é um instrumento de chantagem. Se a senhora achava que era o caso de fazer uma ou mais comissões para todos esses casos, tinha como articular a investigação como chefe da Casa Civil. Indecente é que venha agora com ameaças para impedir que o Parlamento investigue a Petrobras.

De resto, quem evidenciou a necessidade da CPI foi a presidente Dilma Rousseff, ao afirmar que o conselho da Petrobras tomou a decisão sobre a refinaria de Pasadena sem conhecer as condições do contrato. Quem arrematou a urgência foi Graça Foster ao afirmar que a direção da empresa desconhecia a existência de um comitê de proprietários na refinaria de Pasadena, embora ele estivesse previsto num dos primeiros itens do contrato.

Pergunto, ademais, à senadora Gleisi se ela aceita incluir no relatório os contratos da Siemens com a Eletrobras, por exemplo, já que a empresa é uma das maiores fornecedoras da estatal. Será que, no setor elétrico, a gigante recorre a práticas muito distintas daqueles da área de transporte? Escolhido o seu método, onde houver dinheiro federal, cabe uma investigação.

E arremato assim: digamos que a oposição recue diante das ameaças de Gleisi e Vicentinho. Aí o PT certamente ficaria contente. Afinal, seria como se todos eles se abraçassem, confessando que estão juntos numa penca de falcatruas, contra o povo.

Essa é a moral profunda de suas ameaças, senadora! Nem o governo Lula foi tão baixo. Mas se reconheça: sua equipe também não tinha esse grau de ruindade. Dilma, no momento, é a incompetência com o orgulho ferido. A mistura é sempre explosiva.

quinta-feira, 27 de março de 2014

QUEDA DA POPULARIDADE DE DILMA ANIMA MERCADOS

Postado por Berto Filho

Reproduzo artigo do blog do Reinaldo Azevedo que pode ser lido na Veja online. Aborda os resultados da pesquisa do Ibope, divulgados hoje, que radiografam queda de Dilma (aprovação do governo) e seus efeitos sobre a economia.

Pode não ser nada demais, apenas um susto, e também pode ser a hora de tocar a sirene de alerta total no Planalto.

Também na Veja o colunista Lauro Jardim compara os números de Dilma hoje com os de Lula em 2010.
Algumas comparações :  36% de aprovação de Dilma hoje contra 75% de Lula há 4 anos ; 51% aprovam o modo de Dilma governar contra os 83% de brasileiros que aprovavam o jeito Lula de governar em março de 2010; 71% estão insatisfeitos com o combate à inflação (imagina se o aumento da gasolina tivesse sido autorizado...) ; em março de 2010 Lula era desaprovado por apenas 38% nesse quesito. 

Foto : Google

PERSPECTIVA DE DILMA SER DERROTADA ANIMA MERCADOS
CPI DA PETROBRAS FAZ DISPARAR AÇÕES DA EMPRESA

Já não há menor dúvida: hoje, temos um governo que atrapalha o país. Bastou o Ibope demonstrar a queda de popularidade do governo Dilma, o que obviamente acena com a possibilidade de ela ser derrotada nas eleições de outubro, e os indicadores econômicos melhoraram substancialmente.
O Ibovepa, que já havia aberto a sessão em alta, se animou muito ao descobrir que tanto a popularidade de Dilma como a aprovação a seu governo haviam… caído. O pregão fechou aos 49.646 pontos, com alta de 3,5% e um volume negociado de R$ 10,3 bilhões. A média diária tem sido de R$ 6 bilhões. As ações da Petrobras também subiram mais de 8%. Vejam que coisa: a possibilidade de a presidente deixar o poder anima o país. Nota à margem: a instabilidade na Petrobras e a bagunça lá reinante colaboram com a especulação das ações da empresa. Adiante.

Na semana passada, as ações das estatais já haviam se valorizado porque circulou forte o boato de que a pesquisa Ibope mostraria uma queda nas intenções de voto em Dilma. Essa queda não se verificou. A pesquisa desta quinta, que é só de avaliação do governo e do desempenho pessoal da presidente, trouxe essa perspectiva.

As ações sem direito a voto da Eletrobras tiveram valorização de 9,84%, a R$ 6,36, a maior alta do Ibovespa. As preferenciais subiram 3,51%, a R$ 10,68. As ações ordinárias do Banco do Brasil tiveram ganho de 6,63%, a R$ 22,52. As preferenciais da Petrobras subiram 8,13%, a R$ 15,57, a terceira maior alta do pregão; as ordinárias avançaram 7,55% a R$ 14,83.

A conclusão é inescapável: hoje, uma das coisas que fazem mal ao país é a possibilidade de Dilma vencer a disputa presidencial. Não custa lembrar que, num encontro com empresários há alguns dias, Lula tentou fazer terrorismo eleitoral, afirmando que a vitória da oposição traria instabilidade ao país. É justamente o contrário: o nome da instabilidade, hoje, é Dilma Rousseff, do PT.

Também o dólar recuou e fechou a R$ 2,266, a menor cotação desde o dia 4 de novembro do ano passado, quando encerrou a R$ 2,245. “A interpretação por parte do mercado é de que um governo de oposição gerenciaria melhor as contas públicas brasileiras e a sua economia”, resume Jefferson Luiz Rugik, operador de câmbio da corretora Correparti, ao jornal O Globo.

Atenção, leitores! Em outros tempos, o anúncio de que se conseguiram as assinaturas para uma CPI da Petrobras faria com que as ações da empresa caíssem. De tal sorte a credibilidade da maior estatal brasileira foi arranhada pela gestão desastrosa do PT que, desta vez, ocorreu o contrário. Um dos argumentos do governo para tentar impedir a instalação da comissão eram os eventuais prejuízos que poderiam advir. Como se nota, a CPI, hoje, faz bem à Petrobras.

Em sua
coluna no Estadão de hoje, o tucano José Serra escreveu, antes da divulgação da pesquisa Ibope: ”A reeleição da atual presidente também reproduziria a baixa qualidade da gestão governamental, consequência do despreparo da equipe, uma das piores de todos os tempos. (…). De fato, o foco principal da crise brasileira hoje em dia está no governo. O pesadelo dos agentes econômicos não reside tanto nos indicadores ruins sobre a economia, mas na possibilidade de o governo Dilma se prolongar por mais quatro anos.”

No dia 13, em outro texto intitulado “Quando um governo atrapalha o país”, registrou: “a possibilidade de alternância de governo poderá ao menos impedir que as expectativas se deteriorem. O Brasil precisa tanto de oposição que a simples possibilidade de que ela venha a fortalecer-se já melhora o ânimo dos agentes econômicos”.

MUDANÇA DE ENDEREÇO

Postado por Berto Filho



Foto : Google


Momento de humor.

Paulo Silvino, do "Zorra Total", meu amigo desde os meus 18 anos, me mandou por e-mail uma piada que, uma vez aprovada pela minha censura (?), vai publicada aqui, com um pedido de desculpas a quem se achar constrangido pelo emprego de palavras e expressões, digamos assim, não muito ortodoxas num blog de respeito... O missivista é completamente anônimo. O conteúdo lembra coisas que as manifestações de junho de 2013 repudiaram.


MUDANÇA DE ENDEREÇO

Amigos,
Estou informando que, em breve, estarei de mudança para Brasília. É que passei em um concurso público para a Diretoria do Senado, onde vou assumir o cargo de "Diretor de Fax com especialidade em E-mail".
Vai ser muito bom, pois não podendo trabalhar na minha profissão original, pelo menos estarei trabalhando em algo muito útil.
Não vou revelar o salário por ser ato secreto, mas posso adiantar que é infinitamente maior do que esperava, sem falar nos benefícios como plano de saúde, plano odontológico, plano psicológico, horas extras e mais extras, 13º, 14º, 15º, 16º, 17º e 18º salários, férias 2 vezes por ano, auxílio moradia, avião da FAB, auxílio alimentação, auxílio vestimenta, auxílio academia de ginástica, auxílio hotel, auxílio passagem aérea, auxílio correios, auxílio combustível, auxílio carros, auxílio celulares, auxílio viagens, auxílio turismo, etc....

O bom disso tudo é que posso acumular o salário com a aposentadoria que já recebo, e só terei quetrabalhar 8 anos no novo cargo quando serei aposentado compulsoriamente. Esta aposentadoria será do tamanho de meu salário, isto é, integral, como se na ativa estivesse e, quando houver reajustes do pessoal da ativa, os mesmos serão automaticamente repassados para a minha "aposentadoriazinha".

Como eu sou uma pessoa muito bacana e gosto muito dos meus amigos, vou lhes dar uma dica: caso tenham interesse em fazer o próximo concurso, estou encaminhando a prova que fiz, para que vocês possam estudar e ir se preparando.

Assim que houver um novo concurso, eu lhes avisarei.

Segue a prova:

CONCURSO PÚBLICO INTERNO DO SENADO

As questões foram elaboradas com extremo cuidado para provar que não existe essa história de nepotismo e favorecimento pessoal, e que é preciso estudar muito para ter seu cargo garantido, após passar pelo funil de um concurso consistente e um processo seletivo muito rígido.

Vamos às 20 questões. 


1) Um ex-presidente brasileiro, na época da cruel ditadura, foi Castelo _________
( ) Roxo
( ) Preto
( ) Branco
( ) Rosa choque
( ) Amarelo

2) Um grande líder chinês muito conhecido chamava-se Mao-Tsé ________
( ) Tang
( ) Teng
( ) Ting
( ) Tong
( ) Tung

3) A principal avenida de Belo Horizonte chama-se Afonso _______
( ) Pelo
( ) Pentelho
( ) Penugem
( ) Pena
( ) Cabelo

4) O maior rio do Brasil chama-se Ama_______
( ) boates
( ) zonas
( ) cabarés
( ) bordéis
( ) puteiros

5) Quem descobriu o caminho marítimo para as Índias foi _______
( ) Corinthians
( ) Palmeiras
( ) Flamengo
( ) Atlético Paranaense
( ) Vasco da Gama

6) A América foi descoberta por Cristóvão Co_____
( ) maminha
( ) picanha
( ) alcatra
( ) lombo
( ) carne-de-sol

7) O grande bandeirante foi Borba _______
( ) Lebre
( ) Zebra
( ) Gato
( ) Veado
( ) Vaca

8) Quem escreveu ao Rei de Portugal sobre o descobrimento do Brasil foi Pero Vaz de
( ) Anda
( ) Para
( ) Corre
( ) Rasteja
( ) Caminha

9) Um famoso ministro de Portugal foi o Marquês de____
( ) Galinheiro
( ) Puteiro
( ) Curral
( ) Pombal
( ) Chiqueiro

10) O nosso presidente e maior líder da história desse país é Luís Inácio_____ da Silva.
( ) Camarão
( ) Polvo
( ) Ostra
( ) Lula
( ) Caranguejo

11) A capital do estado do Rio Grande do Norte é _______
( ) Carnaval
( ) Páscoa
( ) Dia das Mães
( ) Natal
( ) Sexta-feira Santa

12) A cidade que vai sediar as olimpíadas de 2016 é o Rio de _____________
( ) Janeiro
( ) Fevereiro
( ) Agosto
( ) Setembro
( ) Outubro

13) A mais famosa praia do Rio é Copa________
( ) barraca
( ) quiosque
( ) cabana
( ) oca
( ) tenda

14) D. Pedro I popularizou-se quando ______________
( ) eliminou a concorrência
( ) decretou sua falência
( ) saturou a paciência
( ) proclamou a independência
( ) liberou a flatulência

15) Pedro Álvares Cabral _____________
( ) inventou o fuzil
( ) engoliu o cantil
( ) descobriu o Brasil
( ) foi pra puta que o pariu
( ) tropeçou, mas não caiu

16) Foi no dia 13 de maio que a Princesa Isabel ______
( ) aumentou a tanajura
( ) botou água na fervura
( ) engoliu a dentadura
( ) segurou a coisa dura
( ) aboliu a escravatura

17) Um grande ator brasileiro é Francisco Cu______
( ) sujo
( ) de ferro
( ) oco
( ) largo
( ) apertado

18) O autor de Menino do Engenho foi José Lins do _____
( ) Fiofó
( ) Cu
( ) Rego
( ) Furico
( ) Forevis

19) O mártir da independência foi Tira_____
( ) gosto
( ) cabaço
( ) que está doendo
( ) dentes
( ) e põe de novo

 20) D. Pedro I às margens do Rio Ipiranga, gritou:
( ) Hortencia, ,volte!
( ) Eu dou por esporte!
( ) Como dói, prefiro a morte!
( ) Independência ou morte












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JOSÉ SERRA EM 1964 : EXORTAÇÃO À LUTA

Postado por Berto Filho

Fui no Ancelmo (Ancelmo Gois, O Globo) hoje e peguei essa raridade sobre o José Serra.
Vamos ouvir ? Está no fim do primeiro parágrafo do texto do Ancelmo. Clicar em "site".

O discurso de Serra era bem diferente do que seria hoje se ele fosse candidato a presidente. O tempo e as circunstâncias mudam os homens. Hoje está do lado que quer evitar a comunização cubana e a reeleição de Dilma, que, com mais 4 anos no poder, poderia (com o empurrão do PT e a cobertura de Lula) criar as condições camponesas (com o MST à frente) e urbanas para tentar fazer as reformas de base preconizadas por João Goulart. Ainda não foi esquecida a proposta do PT de permitir invasões de propriedades privadas sem que o dono tenha o direito de recorrer à Justiça. Os invasores passariam a ser os donos e fim de papo.

Serra convoca brasileiros a resistirem ao golpe de 64

Em 1º de abril de 1964, o então presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), José Serra, usou como trincheira o microfone da Rádio Nacional para enviar sua mensagem de resistência ao golpe civil-militar. Em transmissão ao vivo, Serra convocou os brasileiros a resistirem. Ouça neste site.



Cinquenta anos depois, Serra fala ao nosso blog sobre esse documento histórico:

- Achei um tanto estranha minha voz, mais fina. As fitas velhas e a digitalização devem ter aumentado a rotação...rs. Mas o sotaque da Moóca e do sul é verdadeiro. Devo tê-lo atenuado nos 14 anos de exterior. "By the way", veja como eu defendia o Cardeal de SP. De resto, é de arrepiar se ouvir meio século depois. Eu já tinha visto imagens, mas a voz impressiona mais. Dá uma vontade infinita de explicar tudo para aquele jovem que eu conheço, mas para quem sou um desconhecido.

Como os brasileiros não atenderam ao apelo de Serra a única saída dele foi a saída pela esquerda. Refugiou-se em embaixadas de países estrangeiros e depois mergulhou no exílio que durou 14 anos. De volta ao Brasil, com a anistia política, atuou no PMDB e mais tarde, pelo PSDB, como se sabe, perdeu duas vezes a disputa para a presidência da República. Mais isso é outra história.



Foto : Google 
A massa humana do comício de 13 de março evolui pela Presidente Vargas


O Wikipedia ensina que o Comício da Central, ou Comício das Reformas, foi realizado no dia 13 de março de 1964 na cidade do
Rio de Janeiro, na Praça da República, situada em frente à Estação da Central do Brasil. Cerca de 150 mil pessoas ali se reuniram sob a proteção de tropas do I Exército, unidades da Marinha e Polícia, para ouvir a palavra do Presidente da República, João Goulart, e do governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola. As bandeiras vermelhas que pediam a legalização do Partido Comunista Brasileiro e as faixas que exigiam a reforma agrária foram vistas pela televisão, causando arrepios nos meios conservadores.

Na ocasião, Jango assinou dois decretos, com toda a
Soberania que a Constituição de 1946 lhe possibilitava. O primeiro deles era simbólico e consistia na desapropriação das refinarias de petróleo que ainda não estavam nas mãos da Petrobras. O segundo - chamado decreto da SUPRA (Superintendência da Reforma Agrária) - declarava sujeitas a desapropriação propriedades subutilizadas, especificando a localização e a dimensão das que estariam sujeitas à medida. O presidente revelou também que estavam em preparo a reforma urbana - um espantalho para a classe média temerosa de perder seus imóveis para os inquilinos - e propostas a serem encaminhadas ao Congresso, que previam mudanças nos impostos e concessão de voto aos analfabetos e aos quadros inferiores das Forças Armadas.

quarta-feira, 26 de março de 2014

LILI MARLENE GANHOU A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Postado por Berto Filho

Guerra também é cultura...

Foto : Google

Lili Marlene é o nome de uma música alemã que se tornou uma famosa canção de guerra quando, ao ser transmitida por uma rádio alemã em Belgrado, foi captada pelos soldados alemães do Afrika Korps. Erwin Rommel, marechal de campo do Exército alemão, a raposa do deserto, o comandante das forças de Hitler no norte de África, solicitou à Radio Belgrado que a incorporasse em sua programação, no que foi atendido. A canção era tocada às 21:55h todas as noites. Pontualmente.

Acontece que os aliados escutaram a música e Lili Marlene se tornou a melodia favorita dos dois lados, a despeito do idioma. Os soldados longe de casa eram levados às lágrimas pela voz da, até então, desconhecida cantora Lale Andersen, que se tornou uma estrela internacional. No entanto, a cantora mais famosa que gravou Lili Marlene foi Marlene Dietrich, que cantava a música a partir de 1943. antes do fim das transmissões.

Marlene Dietrich - Foto : Google

Para dar três opções de Lili Marlene, indico 3 links.

O primeiro, com a gravação original de Marlene Dietrich.

http://www.youtube.com/watch?v=Q56QzGcAKZc


Este segundo, com Vera Lynn, cantora inglesa muito famosa durante a Segunda Guerra Mundial. Uma voz poderosa que deve ter incitado as tropas inglesas de Churchill.

http://www.youtube.com/watch?v=ZSMuTm649Hk#aid=P-FthwTtbvE


E o terceiro link, a gravação original da cantora Lale Andersen, a primeira a gravar, em 1938. Cuidado, é uma canção de guerra. Os nazistas ouviram e deu no que deu...
Desculpe, não é rock, sertanojo nem pagode...

http://www.youtube.com/watch?v=8btnYYDbkqQ


A história de Lili Marlene (Lili Marleen) começa bem antes, em 1915 quando Hans Leip, soldado alemão, escreveu versos de estilo amoroso nos intervalos das batalhas na 1a Guerra Mundial.  Os versos foram publicados em 1937 e chamaram a atenção do conhecido compositor Norbert Shultze, que os musicou.  A canção estreou em 1938 na voz da famosa cantora Lale Andersen. Mas nesse comecinho de carreira, Lili Marlene não pegou, foram vendidos apenas 700 discos. Porém, 2 anos depois, em 1940, já iniciada a Segunda Guerra, um suboficial de uma companhia alemã de reconhecimento, que tinha o disco, promoveu uma audição durante uma reunião informal no quartel. Seus companheiros gostaram tanto que a adaptaram como canção da companhia. Esse grupo foi enviado na primavera de 1941 para a frente do Norte de África. Lili Marlene se transformou num êxito quando a Radio dos Soldados de Belgrado, emissora que servia às forças alemãs na Yugoslávia ocupada, principiou a transmiti-la. Logo se  tornou imensamente popular entre os soldados alemães. O transmissor era tão potente que o som chegava em toda a Europa e no Mediterrâneo, e, por isso, a canção se tornou popular também entre as tropas aliadas. Lili Marlene, canção de amor, não olhava a cor da farda. Foi tema preferido entre os soldados dos dois lados na frente ocidental.
 Mas o governo nacional-socialista alemão não gostava dessa canção porque os versos falavam de amores separados e Goebbels proibiu sua difusão em rádio.
Aí, Lili Marlene entrou para a clandestinidade, o que só fez aumentar a vontade de ouvi-la entre os soldados alemães.
Lili ganhou a guerra. Sem disparar um só tiro.

Vai ser muito difícil uma segunda Lili Marlene numa indesejada Terceira Guerra Mundial.

NERVO EXPOSTO

Postado por Berto Filho


Tempo de bonança... Foto : Google

A oposição está batendo com força no governo que administra (mal) a Petrobras.  Em vez de bater com força, deveria bater com jeito que é para não fazer despencar ainda mais a cotação da ação na Bolsa. Senão entra um petrolauta qualquer e compra o controle pagando preço de bacia das almas. Não digo que o PT quer privatizar a Petrobras em ano eleitoral, seria demais. Mas por que deixar o preço da companhia cair tanto (vale a metade do que valia há alguns anos) ? E quando vai jorrar o primeiro poço do pre-sal que seria a salvação da Pátria ? Um desafio para Dilma será autorizar o aumento do preço da gasolina na bomba este ano. Se autorizar, vai subir tudo que anda sobre rodas ladeira acima. Inflação subindo, intenções de voto caindo.

Eduardo Campos, ainda governador de Pernambuco, ex-ministro de Lula e pré-candidato a presidente da República pelo PSB, com Marina de vice (até este momento), está batendo hoje na presidente Dilma, arriscando-se a ser enquadrado na lei Maria da Penha... Em dama, mesmo sendo a dama de vermelho, não se bate nem com uma flor... Mas em ano eleitoral, ainda mais este 2014 cheio de intenções, radicalismos, black blocs e ânimos muito acirrados, vale tudo : vara de marmelo, sarrafada, rabo de arraia, tapa na cara, pancadas abaixo da cintura na direção dos paises baixos ... Mas as mulheres que entram na "competição" como "atletas" ou cabos eleitorais têm curso de defesa pessoal e sabem bater também. Um cabo eleitoral discreto da Dilma é a presidente da Petrobras, Graça Foster, que concedeu uma entrevista exclusiva ao O Globo que você pode ler na íntegra no site do jornal. Ela promete uma devassa pra valer naquela papelada misteriosa que pôs o governo todo encostado na parede, tendo que se explicar : a compra megasuperfaturada da refinaria de Pasadena. California, sem falar na japonesa de nome Nansei e na brasileira Abreu Lima. Notícias cabeludas sobre esta devem estar rolando nas próximas horas.

Petrobras é nervo exposto.

Apesar de não ser possível incriminar a presidente Dilma como tendo sido favorecida na distribuição dos dividencos (para não falar palavra pior) auferidos pelo sr. Paulo Roberto da Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, preso com 1 milhãozinho de reais dando sopa no interior de sua casa, nas intermediações que capitaneou enquanto foi o sr. holding (apelido que li na coluna Radar do Lauro Jardim) nas operações financeiras que detonaram no mínimo R$ 1,2 bilhão do caixa da Petrobras, ela está de saia justa por omissão. Omissão, aliás, inexplicável, surrealista. Alguém sabe demnais e está fugindo da raia. Será o sr. Cerveró, que foi transferido para o cargo de diretor financeira da BR Distribuidora e agora finalmente defenestrado ? Por que Dilma, nos poderosos cargos que ocupava,  sacramentou um contrato de cuja regularidade desconfiava ? 
A história continua mal explicada. Vai render.

Não sei se a oposição,mesmo com a ajudinha da dissidência do PMDB e de parlamentares insatisfeitos de outros partidos da base, vai conseguir quorum para instalar a tal CMPI da Petrobras. Se não conseguir, a guerrilha provavelmente vai tomar outras formas para não aumentar a zona de conforto do Planalto. As convocações de ministros feitas pelo blocão terão que acontecer. Tem esse grupo de parlamentares que entrou na PGR com pedido de investigação da conduta de Dilma no crime de Pasadena. É, o tempo está fechando lá para cima mas isso ainda não quer dizer que se as eleições fossem hoje Dilma deixaria de ganhar no 1o turno.

Esse contratempo ainda não está bem digerido na mente dos entrevistáveis pelos ibopes. Precisa haver mais.
O governo detém o controle social da massa e sabe como blindá-la contra o canto das sereias das oposições. O PT não quer alternância no poder. O plano é ficar 26 anos diretos no comando da patuleia. Se você é a favor, fique. Mas se você é contra e perder, vai se mudar para onde ?  

MOSCOW NIGHTS

Postado por Berto Filho

Foto : Google
Hoje se fala muito em Rússia por causa de Ucrânia e Crimeia, se fala em esquentamento da Guerra Fria. Tudo bem, política é uma coisa, e música é outra.

Dois grandes cantores russos, Anna Netrebko e Dmitri Hvorostovsky, cantam a linda "Moscow Nights" .
Ouça e veja no link
http://www.youtube.com/watch?v=3LHKZcrnau0

terça-feira, 25 de março de 2014

PETROBRAS : CABO ELEITORAL NEGATIVO

Postado por Bertto Filho

Em 2002, Lula se elege energizado pela acusação de que Serra iria privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil,l etc. O PSDB não soube defender a privatização, especialmente a da telefonia, que deu certo. Agora, vazando petróleo por todos os poros, o péssimo desempenho de administração da Petrobras pelo governo do PT vira combustível da oposição nas eleições. A CPMI (CPI mista de deputados e senadores) tem grande chabce de sair e colocar o governo ainda mais na defensiva.
Colhe o fel que usou em 2002.

 

Foto no Google

O jornalista Merval Pereira aborda o tema com precisão em seu blog.
Leia.

MAIORIA EM TESTE

Em tempos normais, em que o governo poderia esperar o apoio do PMDB para impedir a convocação da CPMI sobre a Petrobras, dificilmente a oposição teria êxito na empreitada. Mas a chamada “maioria defensiva” no Congresso pode não funcionar se o mal-estar entre a base aliada e o governo não for desfeito.

Desde 2006, quando houve a possibilidade real de a oposição pedir o impeachment do então presidente Lula diante das revelações sobre o caso do mensalão, a preocupação do Palácio do Planalto em gestões petistas foi montar uma base aliada a mais ampla possível, que blindasse, primeiro, Lula e, depois, Dilma de alguma ação mais agressiva da oposição, especialmente a convocação de CPIs ou de ministros para prestar esclarecimentos sobre suas áreas.

Não é à toa que vários ministros terão que desfilar pelo Congresso nos próximos dias, pois foram convocados pela oposição com o apoio da dissidência do PMDB. Agora mesmo o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha, está ajudando a oposição a recolher assinaturas para a criação de uma CPMI. É um gesto de ataque ao governo, que pode ser desfeito a qualquer momento se houver um acordo entre o Planalto e a base em convulsão.

Mas pode, a qualquer gesto descuidado do governo, provocar um estrago de grandes proporções. Já é tradicional no meio político a avaliação de que se sabe como começa uma CPI, mas não se sabe como ela acaba. O governo teve uma prova disso recentemente, quando usou sua maioria para convocar a CPI do bicheiro Carlinhos Cachoeira com a intenção de envolver oposicionistas e jornalistas, e acabou tendo que desistir dela sem qualquer resultado concreto, pois sobraram acusações para todos os lados e foi impossível manipular a Comissão.

Com ou sem CPI — que o ex-presidente Fernando Henrique acha que deve ser uma comissão mista da Câmara e do Senado, uma CPMI —, a Petrobras já entrou na lista dos temas inevitáveis na campanha eleitoral, e desta vez contra o PT.

O partido que está no governo há quase 12 anos usou e abusou das estatais, especialmente a Petrobrás, para atacar a oposição nas campanhas eleitorais desde 2002, com bastante êxito. Fosse porque o PSDB não estivesse convencido de sua política de privatizações ou porque imaginava que ela não era popular ao final de oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso, o fato é que os tucanos, nas campanhas de José Serra (duas vezes) e Geraldo Alckmin cometeram o erro político de tentar esconder o único político do partido que chegara ao poder pelo voto popular e não quiseram defender as privatizações como política acertada do Estado brasileiro.

O próprio marqueteiro do PT, João Santana, em entrevista depois das eleições, disse que se espantara como o candidato tucano não conseguira defender a privatização do sistema telefônico, que fora um sucesso. O PT utilizou um nacionalismo extemporâneo, mas ainda muito forte na imaginação popular, para demonizar as privatizações, mas perdeu seu discurso diante da realidade atual.

Hoje, além de ter tido que adotar o sistema de privatizações, vê-se o governo às voltas com um fracasso de administração da Petrobras que torna inviável o discurso utilizado anteriormente. O suposto perigo que o PSDB representava para a maior estatal brasileira, com o risco até mesmo de vendê-la — uma acusação infundada que teve muita repercussão no eleitorado —, é anulado pela realidade desastrosa da gestão petista à frente da área de energia brasileira, em especial na Petrobras.

A mistura de má gestão com corrupção fez com que as principais empresas brasileiras perdessem metade de seu valor na Bolsa, justamente na área supervisionada pela presidente Dilma desde quando era chefe da Casa Civil do presidente Lula. O rebaixamento da nota do Brasil pela S&P só faz confirmar a percepção negativa que o mercado internacional tem do país no momento.

A suposta capacidade de gestão, responsável por sua indicação a candidata à Presidência da República em 2010, hoje é o calcanhar de aquiles de Dilma na corrida pela reeleição.

CRUYFF DIZ QUE NEYMAR NÃO É DEUS E GANHA DEMAIS

Postado por Berto Filho

Neymar : problema ou solução ?
Atuação de Neymar contra o Real Madrid rende críticas - Paul Hanna/Reuters
 
O lendário Johan Cruyff, ex-jogador e ex-técnico do Barcelona, que, com seus colegas da "laranja mecânica", tirou o Brasil da Copa em 1974, agora joga pesado contra Neymar.  Insinuou em Kuala Lumpur, Malasia (melhor ter ficado calado pois é um ídolo consagrado condenando um craque mais craque do que Cruyff foi no início da carreira) que o alto salário pode estar causando desavenças no vestiário.

Ora, o Cruyff resolveu ser investigador de vestiário ?  Está querendo pegar pelo em ovo ?  Terá recebido um pedido coletivo sigiloso dos jogadores do Barça para abrir o bico sem comprometer nenhum deles ?


Em resumo, ele diz que o Neymar (22 anos) está ganhando  mais que os demais que já ganharam tudo  no clube. Diz ele, como se fosse um magistrado do fim do mundo :
 
 "O problema do Barcelona é Neymar. É um grande jogador e isso é indiscutível, mas não se pode contratar um jogador de 21 anos (ele tem 22) que ganhe mais do que jogadores que já ganharam tudo no clube. Ninguém aos 21 anos é Deus", afirmou o holandês, que está em Kuala Lumpur, na Malásia, participando da entrega do Premio Laureus.

É a lei da oferta e da procura. O Barça pagou e levou. Os demais craques do Barça que estiverem descontentes - se é que estão - deveriam pedir equiparação salarial com Neymar ou fazer o que Neymar faz quando joga normalmente. E não boicotar o Neymar (se é que estão boicotando) para que ele aceite ter o salário rebaixado e aí então passe a receber as bolas e passes açucarados que estaria deixando de receber.

Estou achando a fala do Cruyff muito esquisita. Estaria ele, em nome de interesses inconfessáveis, tentando desestabilizar o emocional do Neymar para que ele se desconcentre, baixe o redimento e fique parecendo um craque muito caro e pouco usado ?  Não valeria o que ganha ?

O Neymar precisa urgentemente ter o aconselhamento psicológico de um especialista para ser blindado contra o desânimo causado por insinuações como essa do Cruyff e/ou por problemas extra-campo e no campo. 

E precisa estar em ponto de bala para a Copa. Desse jeito, travado pelo treinador e (supõe-se) boicotado pelos colegas (quase impossível, daria para se perceber durante o jogo), Neymar pode perder a motivação de ganhar a Copa que o Brasil perdeu em casa há 54 anos e contaminar o grupo. Felipão deve estar muito atento e mexendo os pauzinhos.

É como andar de bicicleta. Neymar não perdeu nenhuma das fantásticas habilidades que exibia aos 18 anos, mais franzino. Sempre foi capaz de sair da ponta esquerda ou de outra posição, esmerilhando, com as duas pernas, filas de defensores dispostos a tudo para impedir serem desmoralizados ou impedi-lo de fazer gols de placa. Em alta velocidade e com dribles desconcertantes. Quem sabe, faz a hora. Não espera acontecer.
Neymar, a bola é sua. Não baixe a cabeça.

 



REENCONTRO COM SILVIA MARIA

Postado por Berto Filho

Faço um intervalo de música para amenizar o noticiário sobre política, o ponto alto desse blog. Faz de conta que essa á minha rádio, ok ?

Então, leia este recado do amigo Gerdal José de Paula, uma enciclopédia dinâmica da música brasileira, sobre a ótima Silvia Maria, que minha mana Vera Brasil adorava, e ouça alguns hits da cantora, no final do texto.

Boa viagem
Berto Filho


Silvia Maria. um sorrico cantante

 "Adeus, eu vou partir/levarei saudade/o meu canto é um canto pra cidade/é o retrato da minha mocidade "
      

Prezados amigos,

Como ouvinte e apreciador de longa data da nossa boa música popular, tenho saudade, nos anos 80, daquele "vitrolão", sem cabresto de marketing, da Rádio Roquette-Pinto-FM, emissora do governo do estado do Rio de Janeiro. Execução em série de canções benfeitas, em ritmos variados, e os cantores e autores devidamente identificados pelo locutor após as sequências apresentadas. Entre tantas belezas que eu curtia ao pé do aparelho, uma, recorrente desde então na minha memória, é o "Samba da Partida", de Baden Powell e Hermínio Bello de Carvalho, em gravação vigorosa e notável de Sílvia Maria. Talentosa, intensa e reveladora de jeito próprio, com acento cênico, de expressar o que tão bem canta, essa paulistana começou muito cedo, em 1966, ao vivo e em preto e branco, na TV Record, como "a surpresa do dia" no "Sábado com Você", conduzido por Sônia Ribeiro (já falecida, foi casada com Blota Jr.). Com apenas 13 anos e previamente aprovada em teste pelo acordeonista Caçulinha, músico do programa (que foi do elenco do Faustão até pouco tempo atrás), cantou "A Rita", de Chico Buarque, e arrebatou o empresário Marcos Lázaro, que a contratou de imediato e a levou para ensaiar na casa do pianista Adylson Godoy (parceiro da mana Vera Brasil em "Canto de Partir"), que, no seu "Boa Tarde, Cartaz!", da TV Excelsior, a teria, assim como os também iniciantes Eduardo Gudin e Milton Nascimento - este também tocando contrabaixo, como fazia em Belo Horizonte -, como atração fixa.
Nove vezes premiada como intérprete em festivais - um deles internacional, o Onda Nueva, na Venezuela, em 1972, em companhia do Zimbo Trio (Vera Brasil também participiou desse festival dos bons tempos da Venezuela) -, Sílvia Maria, ainda naqueles albores artísticos na tevê, passaria por outros programas da Record, como "O Fino da Bossa", com Elis Regina e Jair Rodrigues, e o "Corte Rayol Show", com Renato Corte Real e Agnaldo Rayol, até ser contratada, em 1967, pela Tupi, pegando pela palavra, altissonante e sempre bem cantada, o produtor Fernando Faro. Com o apoio desse amigo, deu realce aos programas musicais da emissora - como o "Móbile" e o "Edu Bem Acompanhado" (com Edu Lobo) - e, ao lado de Baden Powell (que ficou alucinado ao ouvi-la), a partir de 1973, fez shows no Teatro Tuca, na capital paulista, excursão pelo Brasil e especial para a Rai Uno italiana. Até interromper a carreira por 30 anos, deixando Sampa por Santos e vivendo novo casamento, gravou dois elepês: "Porte de Rainha", em 1973, e "Coragem", de 1981. Se se afastara do estúdio e do palco nesse longo hiato, não o fizera em relação à música - dando aulas de técnica vocal, o que muito lhe apraz -, mas nada, em particular para os admiradores, como o recente e bem-vindo retorno ao disco, há três anos, com "Ave Rara', estimulada por Zé Pedro, um DJ de selo próprio, Joia Moderna, voltado para grandes vozes femininas esquecidas ou não percebidas pela grande mídia. Coproduzindo o CD com Thiago Marques Luiz, tornou possível um sonho que, havia muito, o animava desde quando a vira, pelo mesmo "Samba da Partida", cantando no "TV Mulher", da TV Globo. Um sonho de consumo no qual, em nosso país, costuma transformar-se o artista de mérito cristalino, mas, ironicamente, com restrição de mercado e sem vitrine natural.
Muito grato pela atenção.

Um abraço musical,
Gerdal

Pós-escrito:

a) dedico estas linhas à cantora Adriana Godoy, filha de Sílvia Maria e Adylson Godoy. A moça teve, de fato, a quem puxar, realizando o trabalho que realiza, de belos CDs já lançados;
b) nos "links" seguintes, com Sílvia Maria:

1) "Minha Embaixada Chegou", de Assis Valente;
2) "Mangaratiba", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira;
3) "Porte de Rainha", de Adylson Godoy;
4) "Acalmar", de Cláudio Nucci;
5) "Que Eu Canse e Descanse", de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle;
6) "Irmão de Fé", de Milton Nascimento e Márcio Borges;
7) "Sete Cordas", de Raphael Rabello e Paulo César Pinheiro;
8) "Fim de Papo", de Baden Powell e Sérgio Cabral.        

http://www.youtube.com/watch?v=UKzpH5El6UI ("Minha Embaixada Chegou")

http://www.youtube.com/watch?v=Rg_stTCF6f4 ("Mangaratiba")

http://www.youtube.com/watch?v=_FkvPWYSch4 ("Porte de Rainha")

http://www.youtube.com/watch?v=otOlH7FLA60 ("Acalmar")

http://www.youtube.com/watch?v=U7MEPQJ7t-0 ("Que Eu Canse e Descanse")

http://www.youtube.com/watch?v=gV84GoQM0Ro ("Irmão de Fé")
 
http://www.youtube.com/watch?v=VLDiScnNDEU ("Sete Cordas")

http://www.youtube.com/watch?v=3Khblp8LDxo ("Fim de Papo")

CELIO BORJA AFIRMA QUE NÃO HOUVE DITADORA NO BRASIL

Postado por Berto Filho

Vem sí o 31 de março e a imprensa abre espaço para protagonistas de um episódio que dividiu o Brasil em 2 em 1964.

Leia a entrevista publicada hoje na Folha de São Paulo, concedida pelo jurista Célio Borja ao jornalista Bernardo Mello Franco, da sucursdal da Folha no Rio de Janeiro.


Regime de 1964 não foi uma ditadura
Presidente da Câmara no governo Geisel diz que Forças Armadas se anteciparam a golpe que seria dado com aval de João Goulart. 


Presidente da Câmara no governo do general Ernesto Geisel, o jurista Célio Borja sustenta que as Forças Armadas se anteciparam, em 1964, a um golpe que seria dado pela esquerda com aval do presidente João Goulart.

Ele contesta o termo ditadura militar. "O que havia era um regime de plenos poderes. Não era ditadura", diz.

Após a redemocratização, Borja foi ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e da Justiça, no governo Fernando Collor. Aos 85 anos, ainda advoga e mantém escritório em Copacabana, no Rio.

Folha - O golpe militar faz 50 anos. Qual foi o principal motivo da queda de Jango?

Célio Borja - Havia um bruto desassossego. O principal erro do governo foram as ameaças. O presidente era mais cauteloso, mas no 13 de março [o comício da Central] soltou a franga. Ameaçavam fechar o Congresso, fazer reformas na marra. O que queriam era a implementação, no Brasil, de um regime parecido com o de Cuba.

Folha - A tese de que a esquerda preparava um golpe é controversa. O sr. acreditava nisso?

Estou convencido até hoje. Havia uma enorme articulação de movimentos concertados que visavam à invasão de propriedade. Isso contaminou toda a sociedade.

Folha - O que achava de Jango?

Era um pobre homem. Quando muito, um aprendiz de caudilho, despreparado para governar o país.

Folha - Ao apoiar o golpe, o sr. imaginou que ele poderia resultar em 21 anos de ditadura?

Supunha que seria uma intervenção cirúrgica. Pensei que os chefes militares de formação democrática, Castello à frente, encurtariam a permanência no poder.

Folha - Como descreve a ditadura, do ponto de vista jurídico?


Ditadura é a concentração de todos os poderes em mãos do chefe de Estado. Nenhum presidente militar teve isso. O Congresso e o Judiciário eram independentes. Ditadura, nunca houve. O que se podia dizer é que havia um regime de plenos poderes. Não era ditadura.

Folha - Se não era ditadura, por que cassaram parlamentares e até ministros do STF?
Roosevelt também quis enfrentar a Suprema Corte dos EUA porque a considerava hostil ao "New Deal". Aumentar o número de ministros do STF [de 11 para 15] era tolerável, até porque começava a haver o problema do acúmulo de processos. Inadmissível foi a cassação de três ministros [Evandro Lins e Silva, Vitor Nunes Leal e Hermes Lima, em 1969].  O AI-5 suspendeu todas as liberdades democráticas.
A sublevação de organizações de esquerda criou um clima que justificava, para alguns, uma carapaça militar sobre o governo civil. O AI-5 foi um desastre. Havia a Constituição de 1967 e um recomeço da vida constitucional. Mataram isso. Neste momento, muitos civis se afastaram do regime.

Folha - O sr. se elegeu deputado e foi líder do governo. Por quê?

A reconvocação do Congresso abriu esperanças de normalização. Era um posto a partir do qual se podia lutar pela redemocratização. Nosso dever era lutar por dentro [do regime]. Foi o que fiz.

Folha - O sr. sabia das torturas?
Sabia que havia brutalidades. Sempre houve no Brasil. O pau de arara não foi invenção de 64. Ninguém se importava com a miséria do preso comum. Chamou a atenção quando os presos políticos foram submetidos ao mesmo tratamento. O regime estava descambando para a selvageria. Quando virei líder do governo, me tornei uma estuário de queixas.

Folha - O que fazia com elas?

Levava a informação de que fulano foi torturado e o Golbery [do Couto e Silva] a transmitia ao [João] Figueiredo, que transferia o militar. Faltava força aos superiores para coibir os abusos. Acho que agiam à revelia [dos superiores]. Às vezes havia conivência. Achavam que tinha que ser assim. Senão, não ganhavam a guerra.

Folha - Como vê o debate sobre Anistia e Comissão da Verdade?

A Anistia é um instrumento de pacificação. Ninguém é tolo o bastante de acreditar que seria possível pacificar o país sem o esquecimento dos crimes praticados de um lado ou de outro.  A Comissão da Verdade é o oposto. O que a Anistia fez, ela desfaz.

Folha -  O que acha da visão que se tem hoje do regime?
Absolutamente distorcida. Sempre se diz que a história é escrita pelos vencedores. Aqui, os vencidos estão escrevendo a seu gosto com um objetivo político: desqualificar quem não lutou contra a famosa ditadura, que não foi ditadura nenhuma.

segunda-feira, 24 de março de 2014

O MASSACRE DOS ALIADOS

Postado por Berto Filho

O texto é de autoria do professor universitário, Juacy da Silva, aposentado pela UFMT, mestre em sociologia.
É, o PT vem com tudo para massacrar o PMDB e tomar conta do Legislativo.

O MASSACRE DOS ALIADOS

Enquanto a oposição praticamente desaparece do cenário politico no Brasil e o PT age buscando uma hegemonia total, a voracidade do Governo Dilma/Lula e seu partido volta-se de forma devastadora sobre os partidos que integram sua base no Congresso.

Percebendo que seu maior aliado, não tem um projeto de poder, pois há décadas tem se comportado como mero apêndice dos partidos que estejam no poder, iniciando por Sarney que acabou passando de presidente do PDS para o PMDB, depois com Itamar Franco como vice de Collor, seguindo como aliado de FHC e nos últimos 12 anos força auxiliar dos Governos Lula e Dilma, o PT continua nadando de braçada.

O crescimento do PT ocorre tanto em detrimento das forças de oposição de esquerda como sobre o ninho tucano e também sobre os grotões antigamente ocupados pelo que restou do PDS/PFL, hoje DEM.

Na esquerda o PT empareda partidos que ainda teimam em defender a ideologia socialista como PSOL, PPS e mais recentemente PSB e na da direita através da cooptação de partidos como PP; PSD; o PR, o PRB e também cooptando lideranças de setores conservadores

Todavia, como é mais fácil para o PT usar a “democracia” interna para administrar seus conflitos, acomodando suas várias tendências e correntes do que barganhar com aliados ávidos por cargos e outras benesses, dificultando o exercício da hegemonia total, o Governo Dilma a cada dia endurece mais com seus aliados.

Na verdade, o projeto de poder do PT é bem claro. Tal projeto significa o aparelhamento do Estado, o uso da máquina publica de forma aberta para conquistar todos os espaços, principalmente os ocupados pelo PMDB.

Os objetivos estratégicos mais importantes do Governo Dilma e do PT são, pela ordem: a) reeleição da Presidente a qualquer custo, para pavimentar o retorrno de Lula ao Palácio do Planalto em 2018 e novamente ali permanecer por mais oito anos, completando um ciclo ininterrupto de 24 anos no commando da política nacional b) conseguir ampla maioria na Câmara Federal, superando a marca de 100 a 120 deputados, c) ampliar sua pesença no senado.

Esses três objetivos possilitarão ao PT , com apoio de alguns aliados, transformar o próximo Congresso em Assembléia Constituinte e assim, emendar, remendar, enfim, alterar profundamente a Constituição como fizeram Hugo Chaves, Evo Morales, Rafael Caldeira

Para que isto ocorra o PMDB como maior partido aliado com representação significativa no Congresso quanto nos Estados deve ser esmagado como já ocorreu com o PSDB, DEM, PPS e PSB. Destruindo o PMDB o caminho para que o PT venha a ocupar além da Presidência da República também a direção da Câmara Federal e do Senado será um pulo fácil e importante.

A definição da dirreção das comissões, a distribuição do fundo partidário e o tempo de propaganda eleitoral são estabelecidos em função do tamanho das bancadas na Câmara Federal e a Presidência do Senado acumula também a Presidência do Congresso, a terceira posição na linha sucessória da Presidência da República.

Em decorrência desta estratégia o PT estará em confronto direto com o PMDB em 15 Estados e em 12 com o PSDB/DEM/PSB, maiores partidos da base aliada e da oposição, e em alguns outros em confrontos menores com os demais partidos aliados. Este é o grande desafio dessas próximas eleições, onde as disputas estaduais perdem muito em significado.
 

domingo, 23 de março de 2014

DELFIM NETTO ABRE O VERBO MAS NEM TANTO...

Postado por Berto Filho

O economista, professor e consultor informal do governo federal (atual) - uma experiência preciosa de governança de crises econômicas que o PT não dispensa - concedeu ao jornalista Aguinaldo Novo, da sucursal de São Paulo de O Globo, a entrevista reproduzida abaixo. 


É oportuna porque se aproximam os 50 anos de 31 de março, há grupos radicais de esquerda e direita tentando ocupar as ruas e convencer a sociedade de que suas ideias estão certas - no final da entrevista do Delfim eu me aprofundo um pouco mais nesse terreno pedregoso - e porque Delfim é a encarnação da economia da ditadura e, ao mesmo tempo, um dos interlocutores privilegiados do ex-presidente Lula. Teria mudado do vinho para a água ?
Segue a matéria. Delfim sai pela tangente em alguns questionamentos. Aos 86 anos, pelo menos na foto parece que tem 70.

Delfim Netto sobre atuação no regime militar:‘Não tenho nada do que me arrepender’
Ministro mais poderoso da área econômica durante o regime militar, o economista rebate as críticas de que o período do chamado Milagre trouxe um benefício falso para o país. ‘Todos melhoraram, mas alguns melhoraram mais do que outros’

Sobre sua atual ligação com o ex-presidente Lula e o PT, afirma que ‘eles se aproximaram de mim’ 


O ex-ministro Delfim Netto em seu escritório no Pacaembu: ‘Nunca entrou no meu gabinete um oficial fardado’   Michel Filho / O Globo

Fevereiro de 1967. O economista Delfim Netto, que acabara de deixar a Secretaria de Finanças no governo paulista de Laudo Natel, recebe em São Paulo a visita do coronel Mário Andreazza. Na pasta, Andreazza levava o convite do então presidente Costa e Silva para que Delfim assumisse o Ministério da Fazenda. Delfim tinha 38 anos.

Foram sete anos no cargo, nos governos Costa e Silva e Médici, período marcado por grandes obras públicas e crescimento acelerado do PIB. Para os críticos, Milagre Econômico feito às custas de arrocho salarial, endividamento externo e manipulação de preços. Na administração Figueiredo, Delfim voltou primeiro para a Agricultura (de março a agosto de 1979). Com o pedido de demissão de Mario Henrique Simonsen (que lhe sucedera na Fazenda no governo Geisel), foi para o Planejamento, onde permaneceu até março de 1985.

Hoje, prestes a completar 86 anos (em 1º de maio), Delfim diz que não se preocupa com o veredito dos livros. Em entrevista, na última segunda-feira, diz que “não tem nada do que se arrepender” e defende o legado de 1964, ao afirmar que o governo João Goulart “estava completamente desorientado”.

Durante a conversa, reagiu com veemência em dois momentos. No primeiro, negou interferência dos militares na gestão econômica. No segundo, rebateu a ideia de que sua gestão na Fazenda foi facilitada pelo regime de força. Segundo ele, tudo o que foi feito caberia num período de democracia plena.

O senhor diria que 1964 foi uma revolução ou golpe militar?

Pode escolher a palavra que quiser. Se recuperar as informações, vai ver que a sociedade estava em pânico. O governo não existia, estava completamente desorientado. Havia uma desconfiança brutal entre a sociedade e o governo. Aquelas passeatas todas não caíram do céu.

Mas o senhor acreditou no fantasma do comunismo?
Você acredita que era fantasma? É óbvio que existia uma ameaça. Pior, não era de comunistas; era de ignorância.

Como assim?
Na verdade, era uma tentativa de fazer um curto-circuito e substituir o sistema. Eu dou risada agora. Porque diziam: “Eram todos democratas”. Mas não tinha um democrata.

Qual o legado de 1964?
O que estamos vivendo é um legado de 64. A atual Constituição, por exemplo. A História tem todo um processo, o que aconteceu e o que resultou no que estamos hoje. O Brasil hoje é um país muito melhor do que foi no passado.

Necessariamente, deveríamos ter passado pela experiência militar?
Não necessariamente. Isso é um marxismo de pé quebrado. A História passou por onde tinha de ter passado. Ou melhor, por onde o acidente a levou.

Poderia ter sido pior na época?
Poderia ter sido uma Cuba ou Coreia do Norte. O parque jurássico está aberto para mostrar o que seria.

O senhor foi o ministro da área econômica mais poderoso no período. Considera que os livros de História fazem justiça ao seu trabalho?
Não me interesso por isso. Acho deplorável, eles não fazem nada além da pura demagogia, ideologia, não têm conhecimento de nada. São de uma ignorância brutal. Só me divirto. Não fico triste, porque quem será julgado pela História serão eles.

Agrada a imagem de Milagre Econômico dada àquele período?
Nunca houve milagre. Milagre é efeito sem causa. É de uma tolice imaginar que o Brasil cresceu durante 32 anos seguidos, começando na verdade em 1950, a 7,5% ao ano, por milagre.

Então, cresceu por quê?
Porque o Brasil trabalhou, poupou, aumentou sua participação externa, reduziu a inflação.

Os adversários dizem que foi graças a um arrocho salarial, endividamento externo e manipulação de preços.
Todos melhoraram, mas alguns melhoraram mais que outros. Quem eram esses que melhoraram mais? Exatamente aqueles que tinham sido privilegiados com educação superior e cuja demanda cresceu enormemente no processo de desenvolvimento. Tinha um exército industrial de reserva enchendo o primeiro decil (os 10% mais pobres). E tinha um número muito restrito, no décimo decil (os 10% mais ricos), de pessoas que tinham sido beneficiadas pela educação. Ampliou a distância entre eles, mas todos melhoraram. É coisa muito simples. E as pessoas diziam: “Você queria primeiro crescer e depois distribuir”.

Dividir o bolo.
Esta frase nunca passou pela minha boca. Disse que não se pode distribuir o que você ainda não produziu, a não ser que você tome emprestado.

E a manipulação de preços?
Não houve manipulação de preços, o que houve foi o controle de oferta. Se tinha uma chuva como agora em São Paulo, um sujeito no Paraná ou em Minas dizia: “Manda mais caminhões para São Paulo ou para o Rio”, de tal forma a calibrar a oferta. Houve trabalho para fazer isso, não caiu do céu. Foi administração legítima.

Então, por que a FGV corrigiu a inflação de 1973 (dos 15,5% originalmente anunciados para 20,5%)?
É uma questão de levantamento. Se ela (a FGV) melhorou o levantamento, está tudo bem. Qual o problema?

Também pesa sobre o senhor responsabilidade pelos efeitos da crise externa de 1982, depois da adoção de uma maxidesvalorização e da indexação de salários.
A crítica básica na época era: “Você não poderia ter crescido”.

Simonsen defendia um ajuste de caráter recessivo.

Simonsen era uma figura extraordinária, mas foi embora porque quis. Foi embora porque sabia que tinha quebrado o Brasil, junto com o Geisel. Naquele momento, o mundo estava numa crise gigantesca. Com o aumento dos preços do petróleo e dos juros americanos, quebrou o mundo. Se estou quebrado, cresço 8% ou cresço 4%? Cresço 8%, porque já estou quebrado mesmo. Se tivesse crescido só 4%, teria jogado fora quatro pontos do PIB, e com resultado nulo. É tão simples assim: o Brasil quebrou porque quebrou o mundo.

Se pudesse, mudaria alguma medida, alguma decisão tomada?
A gente tem de olhar o que aconteceu levando em conta o que se sabia na época e as circunstâncias. Não tenho nada do que me arrepender.

Há também a crítica de que existia uma onda de ufanismo exacerbado, falso, que fez mal no país.
Todo governo gosta de um pouco de publicidade. O Brasil do “ame-o ou deixe-o” era parte da história em que você tentava construir um nacionalismo. Mas não tinha nada de mau que produzisse coisa defeituosa, que pudesse deturpar a mentalidade dos brasileiros.

Adotou alguma medida que numa democracia plena não poderia ter saído do papel?
Provavelmente, não. Simplesmente as coisas aconteciam um pouco mais depressa. Tudo poderia ter sido feito em outro regime, em que talvez demorasse um pouco mais para o convencimento da sociedade. Mais nada.
Os militares tiveram influência na sua gestão?
Nunca, nunca entrou no meu gabinete um oficial fardado. Nunca, nunca houve a menor interferência militar na administração civil.

Durante a análise do texto do AI-5, o senhor defendeu uma concentração ainda maior de poderes. Por quê?
Fizemos uma reforma tributária que durou 25 anos. Em 1973, o Brasil era citado pelo Banco Mundial como exemplo nessa área.

Quer dizer que no tempo dos militares as coisas eram melhores?
É você que está dizendo isso.

O senhor já disse que não tinha conhecimento de casos de tortura. Mas é difícil imaginar que um ministro tão poderoso não soubesse de nada.
Tortura é condenável em qualquer hipótese. Uma vez perguntei ao presidente Médici se havia tortura. Ele me disse que não. Nós ouvimos, como todos, coisas aqui e ali. Acreditei nele.

Não deveria ter acreditado tanto?
Confiei porque era um sujeito correto, decente.

Nesse ponto, os militares deveriam se retratar por alguma coisa?
Aconteceu, aconteceu. Houve coisas que foram deploráveis. No fundo, se fez um arranjo no governo Figueiredo para a transição que tem de ser respeitada, e ponto final.

Há testemunhos de que o senhor ajudou a obter dinheiro do setor privado para financiar a caça a opositores. A chamada Operação Bandeirantes (Oban), em meados de 1969.
Isso não existiu.

Mas o senhor nega participação em reunião com banqueiros?
Nunca houve discussão de financiamento para a Oban em lugar nenhum do governo. O objetivo dessa reunião foi falar sobre taxa de juros, que já era uma obsessão.

É possível imaginar um novo 1964?
Não tem nada de novo 64. Isso terminou porque o processo histórico nos impôs uma Constituição (de 1988) da qual saíram instituições muito mais robustas. É inimaginável hoje uma situação fora do regime democrático. Mesmo porque as pessoas aprendem.

Durante o regime militar, o senhor acumulou inimigos poderosos, foi chamado de czar da economia. Hoje, é consultor informal do governo, que tem raiz num partido de esquerda. Quem mudou mais: o senhor ou os inimigos?
Eles se aproximaram de mim.

Isso significa que ficaram mais sábios?
Não sei. Não sou sábio. Bem mocinho, pretendia ser um socialista fabiano (movimento criado no fim do século XIX cujo objetivo era a busca dos ideais socialistas por meios graduais e reformistas). Só me livrei disso estudando Economia. Para mim, é tudo um processo.

Agora, é comigo. Pais, mães, avós e filhos de famílias insatisfeitas com a situação em que vivem não vão às manifestações puxadas pelos radicais como essas no sábado, 22, porque não se sentem seguras, temem
tornarem-se vítimas  de distúrbios, da violência dos choques de black blocs com a polícia. É normal.

Como não são radicais, pelo menos por enquanto, presumo que entre as aspirações dessa maioria silenciosa que inclui pessoas (contribuintes, eleitores) que se situam à esquerda e à direita, esteja a alternância de poder, talvez o mais importante dos pilares da democracia. E, provavelmente, a condenação da roubalheira na construção dos estádios para a Copa (uma causa que veste bem na esquerda e na direita), a redução dos impostos, o fim da corrupção (utopia), o fim dos privilégios e regalias dos políticos e a imobilização dos políticos vampiros das verbas públicas, coniventes com empresários que querem vencer todas as concorrências a qualquer custo. Dentro do preço superfaturado dormem as comissões que irrigam as campanhas eleitorais. É assim ou não é ?

A crise é moral.
O jeito é esperar pelas eleições e ver com quem a sociedade vai se amarrar nos próximos 4 anos.


PASADENA E NANSEI : PREJUIZO SOCIALIZADO ?

Postado por Berto Filho

São tantas informações cruzando os céus e os ouvidos vindas de todos os lados, como balas traçantes de conflitos entre facçóes rivais de traficantes, que a gente se confunde.

Então, a presidente Dilma disse que avalizou a compra da refinaria de Pasadena com base em parecer técnico falho, com informações incompletas. Então está confessando um erro crasso ou entendi errado ? O ato falho (deliberado ou não) teria sido causado pelo desconhecimento de que era um parecer falho ? Por que, do alto dos cargos importantes que ocupava então (Chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras)  não se cercou de garantias, não se certificou de que poderia estar aprovando um contrato danoso ?  Gestão temerária.

Como pode uma canetada tão decisiva ter chancelado uma operação que provocou um rombo de R$ 1,180 bilhão na Petrobras, justamente a empresa que tem sido mantida no cativeiro do impedimento de aumentos de preços da gasolina na bomba para não causar inflação desembestada e concorrer para desmoronar o eixo de sua campanha à reeleição ? Também ela não sabia de nada ? Essa doença do Lula pega. 

Diz o Ilimar Franco, na coluna "Panorama Político", de hoje, no O Globo, que ela forçou essa barra para se antecipar ao parecer do TCU. Ela e seus marqueteiros e cabos eleitorais teriam decidido antecipar a confissão do rebu para que a bomba não explodisse em plena campanha eleitoral.  

E já tem outra bomba detonando na Petrobras, foi denunciada nos telejornais de ontem, sábado, 22, e está nos jornais de hoje :  a compra de uma refinaria no Japão, a Nansei (que nome sugestivo...) por U$ 71 milhões em 2008 que já torrou mais de U$ 200 milhões do caixa da Petrobras. Foi feita (a compra) 1 ano depois da aquisição da refinaria de Pasadena. O contrato da Nansei também continha a cláusula de "put option", responsável pelo rombo na de Pasadena,. Cláusula invisível, ilegível, ininteligível ?

Refinaria de Nansei, foto Google

A Nansei está à venda há 2 anos e opera com carga mínima.
A Petrobras quer se livrar dela. Será que vai conseguir vender pelo mesmo preço pelo qual comprou mais o que foi investido em 6 anos ?  

É muita cacetada numa empresa só.
"O petróleo é nosso" ... e o prejuízo, socializado, também.
Menos na conta do Bolsa Família. Não mexe aí.