sexta-feira, 21 de março de 2014

A FRIBOI, ROBERTO CARLOS, OS GLOBAIS E O ENDIVIDAMENTO DO JBS NO BNDES

Postado por Berto Filho

Como o tema deste texto é Friboi, marca da carne boa, como afirmam - e assinam embaixo - Roberto Carlos e Tony Ramos, nada mais justo do que abrir com informações sobre o grupo que é o maior frogorífico de carne bovina do mundo : o JBS.



Mas antes, um minutinho com Fátima Bernardes, a garota propaganda da marca SEARA, também do JBS..


Fátima largou o JN para o seu voo solo, os "Encontros com Fátima Bernardes" nas manhãs da Globo de 2a. a 6a. Na troca, ganhou um espaço e tanto, demorou um pouco para pregar sua marca num horário de audiência bem inferior (é assim mesmo, qualquer um demora a emplacar quando sai do ninho e vai para casa nova) mas decolou e hoje navega nas alturas.  Mas, para chegar a esse resultado notável de fechar um contrato, discutido com a Globo, no qual é abonada sei lá, com uns 3 milhões por mês do grupo JBS, valeu mesmo a pena deixar o William Bonner tricotar o JN com a Patricia Poeta e reforçar o caixa do casal. É verdade que foi obrigada a baixar o nível (do gosto musical do telespectador das manhãs), ao adotar o estilo do "Esquenta", de Regina Casé.  E hoje diz com naturalidade esse nome feio de banda de pagode "Psirico", masculino (forçado, eufônico) de "pissirica" ... bem você sabe o que é pissirica, se não, sabe, vai no Wikipedia ...

O fechamento com a marca Seara é uma sonora e televisiva demonstração de que Fátima apoia (sem dizê-lo claramente) a candidatura de Junior Batista ao governo de Goiás.
É difícil desassociar a imagem dela da imagem do dono da emprersa que paga o seu cachê fabuloso...  Junior já ganhou !





O grupo JBS é o dono da marca FriBoi e de muitas outras graúdas no mercado de carnes de animais, todas (essas marcas) aparentemente saudáveis. À frente os irmãos empresários Joesley, Wesley e Júnior Batista. Júnior é pré-candidato a governador de Goiás este ano. Tudo sincronizado. Usar as imagens de globais nas TVs certamente vai alavancar, além da Friboi e Seara, a marca do Júnior.  
Marketing Político indireto.


J
Junior Batista, um dos donos do JBS, a caráter - Foto : imagens Google
O Wikipedia conta o seguinte :

A JBS S.A. é uma empresa brasileira fundada em 1953. É o maior frigorífico do setor de carne bovina do mundo. A companhia opera no processamento de carnes bovina, suína, ovina e de frango e no processamento de couros. Além disso, comercializa produtos de higiene e limpeza, colágeno, embalagens metálicas, biodiesel, entre outros. Seus negócios são divididos em quatro unidades: JBS Mercosul, JBS USA Bovinos (incluindo operações na Austrália e no Canadá), JBS USA Suínos e JBS USA Frangos (incluindo operações no México e em Porto Rico).
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O grupo controla marcas como Swift, Friboi, Maturatta, Cabana Las Lilas, Pilgrim's, Gold Kist Farms, Pierce e 1855. A empresa JBS atua em 22 países de cinco continentes (entre plataformas de produção e escritórios) e atende mais de 300 mil clientes em mais de 150 nações. A companhia abriu o capital em 2007 e suas ações são negociadas na BM&F Bovespa no mais elevado nível de governança corporativa do mercado de capitais do Brasil, o Novo Mercado. Em 2012, a companhia registrou receita líquida de R$ 76 bilhões, um aumento de 22,5% em relação ao ano anterior.
A companhia hoje tem mais de 140 mil colaboradores ao redor do mundo e 307 unidades de produção.

O Wikipedia pára aqui. Os números do Wikipedia não devem estar atualizados.

O texto que segue é do engenheiro civil Ossami Sakamori, ex-professor da Universidade Federal do Paraná, filiado ao PDT, não militante. Chegou às minhas mãos esta semana por e-mail. Pela precisão aparente dos dados nos quais sustenta sua argumentação, está por dentro dos negócios do grupo JBS/Friboi suportados por empréstimos vultosos do BNDES. Parecido com a OGX do Eike, também Batista, mas nada a ver com o de Goiás.

A marca Friboi, conforme proclamam os anúncios da agência W/McCann, sugere garantir a boa procedência da carne. É Friboi ? Pode levar.

Com a palavra, o sr.Ossami.

O grupo JBS/Friboi apelou de uma vez por todas. Através da sua agência W/McCann, contratou o cantor Roberto Carlos, por cachê não revelado, e os atores globais Fátima Bernardes, Tony Ramos e Ana Maria Braga, respectivamente por R$ 5 milhões, R$ 3 milhões e R$ 1 milhão, mensais, para fazer propagando dos produtos do grupo. É o começo do fim do JBS/Friboi. As ações da JBS vem caindo na Bovespa.

Só para lembrar, o grupo JBS/Friboi deve ao BNDES e bancos privados, R$ 30 bilhões, conforme demonstra o balancete de junho de 2013. O patrimônio líquido da empresa JBS/Friboi, descontado os ativos intangíveis, é de R$ 8 bilhões. O endividamento está totalmente fora dos padrões normais de uma empresa com boa governança corporativa. Tal qual tinha acontecido com a OGX do empresário estelionatário Eike Batista. O Friboi é dos outros Batista.

O que fica evidenciado é de que a empresa JBS/Friboi tem seu índice de alavancagem em relação ao patrimônio líquido fora dos padrões de grandes corporações com ações na Bolsa de Valores. Além de tudo, o endividamento junto ao BNDES, dentro do programa PIS, com juros subsidiados, está concentrado demais para um grupo empresarial só, no caso JBS/Friboi. 

O grupo JBS/Friboi tem sozinho, cerca de 5% do valor total de recursos do programa PIS - Programa de Investimentos Sustentáveis - do BNDES. 

Este programa, eu o denomino de Bolsa Empresário, porque o Tesouro toma no mercado dinheiro pagando taxa Selic (hoje, 10,75%) e empresta aos empresários a uma taxa média de 3,5% ao ano. O Tesouro e/ou BNDES paga a diferença de juros.

Além do setor de carnes, o grupo dos Joesley e Wesley Batista está pedindo recursos de R$ 2,8 bilhões aos fundos de pensão Previ, Petros e Funcef para dobrar o tamanho da Eldorado, indústria de celulose controlada pela família Batista. Além dos recursos dos fundos de pensão, a Folha, noticiou que os Batista tem pretensão de tomar emprestados R$ 4,8 bilhões do BNDES e do fundo de desenvolvimento regional do Centro Oeste.

Como foi dito por mim, numa das matérias anteriores relacionadas com o grupo JBS/Friboi, o envolvimento do grupo com os poderes da República está mais do que evidente. O "modus operandi", tanto no aspecto empresarial como na vida particular dos irmãos Batista, se assemelha muito com o do outro Batista, o empresário estelionatário Eike Batista que levou a empresa OGX à situação de recuperação judicial, à falência.

Não há como negar que o grupo JBS/Friboi é favorecido nos financiamentos subsidiados do BNDES, com interferência direta dos poderes da República de antes, o Lula, e da atual, Dilma. Muitos que são favoráveis à administração Lula & Dilma, dizem que tomar dinheiro emprestado do BNDES é uma operação normal. Normal seria, se não houvesse concentração de recursos emprestados a um grupo empresarial ; também não é normal a relação endividamento/ patrimônio líquido.

Experimente você, pequeno empresário, pedir emprestado não R$ 4,8 bilhões, mas apenas R$ 4,8 milhões. Com certeza, encontrará muita dificuldade, se conseguir.

Ao que parece, o JBS/Friboi dá a última cartada para tentar recuperar a credibilidade. Vai lançar o Júnior, o irmão mais velho dos Batista, ao governo de Goiás, bem como, obviamente, financiar a campanha da Dilma Rousseff para a presidência da República. Para alcançar o objetivo, conta com a credibilidade do Roberto Carlos para vender coxão mole como picanha. Além de contar com o concurso dos atores globais Fátima Bernardes, Tony Ramos e Ana Maria Braga para ajudar eleger Dilma Rousseff.

A coisa deve estar mesmo como na hora da morte para o grupo JBS/Friboi. Ter que vender os seus produtos contando com os prestígios do cantor como Roberto Carlos, além dos atores globais nominados, é porque tenta esconder o maior escândalo de lavagem de dinheiro da América Latina, segundo Tuma Júnior. Com certeza os artistas nominados, moralmente, terão que alavancar a candidatura do Júnior para governo de Goiás e ajudar na reeleição da Dilma.

Agora, entro eu.
Está ridículo o Roberto Carlos naquele comercial fingindo que está comendo carne da Friboi. Ele não leva nenhum pedaço de carne à boca. E sorri, meio sem graça e falso, quando reconhece que (a carne ali no prato na sua frente) é Friboi... As imagens apenas sugerem que Roberto transformou-se em um carnívoro virtual. Faz de conta.







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