O PMDB foi pacificado sem que fosse disparado um só tiro. Feito a ocupação da Vila Kennedy pela PM para implantar uma UPP hoje de manhã no Rio. Dilma deu duas mariolas - a continuidade dos ministérios da Agricultura e do Turismo nas mãos do PMDB - e esvaziou o motim a bordo.
Como era esperado, o esperto Eduardo Cunha, lider do PMDB na Câmara, não esperneou por não haver indicado um sexto ministro (que o PMDB não vai ter).
As rusgas de ciúme e traição entre o PMDB e seus parceiros vitais (temporários) do poder são crônicas. Enquanto o PMDB não criar coragem para disputar a presidência da República e governos estaduais com candidatos próprios, como é compatível com a sua musculatura política, ficará fazendo figuração ou atuando como o "infiel" da balança do poder. Para onde ele se inclinar - supõe o PMDB - , o poder se inclinará junto. O difícil é manter esse partido unido de alto a baixo.
Os diversos PMDBs fazem birra e batem o pé porque formam o maior partido, têm o maior número de governadores, prefeitos, deputados, etc. O PMDB é o principal suporte da base aliada no Congresso, tem o maior número de filiados no Brasil e precisa ter os bônus (Ministérios) e não, apenas os ônus (de votar e aprovar o que não deseja, tipo tomar óleo de rícino ou óleo de fígado de bacalhau antes de cair no churrasco) por desempenhar esse papel tão estratégico para quem está por cima na relação.
Compreensível.
Mas ... e como fica o blocão ? Virou bloquinho ? A corda no pescoço dos ministros convocados para prestar depoimentos no Congresso vai afrouxar ? O propinobrás (affaire Petrobras - Holanda) vai ficar como está ? As instituições holandesas e a direção da SMB (locadora de plataformas) vão abrir para os deputados brasileiros as caixas pretas da contabilidade das comissões supostamente pagas a funcionários da Petrobras ?
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