domingo, 16 de março de 2014

VENEZUELA, UMA CUBA ENCOSTADA NO BRASIL

Postado por Berto Filho

A VEJA desta semana nas bancas estampa matéria longa sobre o que se passa na Venezuela. Nathalia Watkins descreve, de Caracas, o drama diário em que vivem os venezuelanos. Um trailer do que pode acontecer no Brasil se depender do PT e se a luta de classes insinuada pelo PT e adjacências e pela forma de governar e fazer comunicação (da Dilma) chegar ao coração da sociedade. Por enquanto, está no cotovelo ou no calcanhar mas coça, incomoda. Já escrevi aqui e reitero : as TVs brasileiras estão desprezando o que ocorre nessa Cuba nova. As principais redes deveriam destacar correspondentes e cinegrafistas para, com base em Caracas, cobrir a heróica demonstração de resistência dos que se opõem à ditadura do Maduro. Já morreramn 28. É pouco ?

A VEJA só mostra o começo da matéria da Nathalia, a continuação só comprando a revista. É como os veículos se defendem da invasão virtual pela internet no 0800. A foto abaixo é a que aparece na Veja.


Maduro sufoca venezuelanos, mas Brasil silencia e PT aplaude
Enquanto os venezuelanos são detidos sem acusações, torturados nas prisões e assassinados por franco-atiradores e milicianos chavistas, o Brasil silencia e o PT aplaude


REPRESSÃO - Jovens tentam se proteger dos gases em ataque a passeata pacífica em Caracas, na quarta-feira 12 (Tomas Bravo - Reuters) 
A trilha sonora da repressão estatal na Praça Altamira, tradicional ponto de encontro da oposição venezuelana, em Caracas, é sempre a mesma. Alto-falantes instalados em cima de tanques blindados da Guarda Nacional Bolivariana (GNB), usados contra motins, difundem uma música com a voz do falecido presidente Hugo Chávez (“Pátria, pátria, pátria querida, você é o meu céu, meu sol, minha pátria, minha vida, meu amor”, canta ele) ou o hino nacional. Não o venezuelano, mas o cubano. A toada inspira os policiais e as milícias a favor do governo, ao mesmo tempo em que irrita os manifestantes. Outro objetivo é aplacar o som dos tiros disparados contra opositores do presidente Nicolás Maduro. Há mais de um mês, o ritual tem início sempre por volta das 5 da tarde. Jovens formam barricadas e juntam pedras. Quando eles começam a queimar pneus, centenas de motos, tanques e carros da GNB e da polícia acionam jatos d’água, gás lacrimogêneo e dão tiros para dispersar a multidão. Nas cidades pequenas com prefeitos chavistas, a violência é ainda mais brutal. Quase trinta pessoas já morreram no país, mais de 1 300 foram detidas, incluindo menores. Há quarenta denúncias de tortura e 120 jornalistas agredidos. Ainda que Maduro tenha dito as mais absurdas acusações contra os manifestantes, nenhum deles apareceu em momento algum com uma pistola. Desarmados e sem a proteção de uma imprensa ou de uma Justiça independente, os venezuelanos continuam indo às ruas. Entregam-se a um massacre inevitável. Até quando?


Tô de volta : será que os 50 milhões de felizes proprietários dos cartões do Bolsa Família entendem o que se passa na Venezuela e o que é, na real, o programa Mais Médicos Cubanos ? Não, porque as informações a respeito dessas matérias "proibidas" não são transmitidas pelos canais e noticiários que o povo brasileiro mais vê. 

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