domingo, 10 de abril de 2011

Minha escola...

Meus caros amigos amantes do som, da música e das boas vozes. 
No Fantástico de ontem vi o Cid com imagem e voz na matéria em que ele (como um professor) ouve e corrige o “aluno” na leitura de um texto em estúdio, se não me engano no quadro dos vendedores de praia.
Vendo o Cid “ensinando” esse “aluno” a dizer a frase, lembrei do Sivan (meu pai) “ensinando” o Cid, recém-chegado de Taubaté, a dizer as frases dos anúncios que rodavam nas emissoras de rádio no início dos anos 50. Sivan era muito exigente (Cid que o diga !). Meu pai conseguia extrair do Cid (não sei se foi o único) uma interpretação singular que capitalizava a potência e o timbre de baixo-barítono e, ao mesmo tempo, sugeria inflexões que enriqueciam a interpretação. As dicas Sivan dava durante as gravações em seu estúdio, o ESTÚDIO SIVAN do Tabuleiro da Bahiana, Avenida Almirante Barroso, 2, 6º andar, sala 602, telefone 428806... Foi o aprender fazendo, que eu também usufruí desde pequeno com meu pai. Hoje Cid e eu estamos juntos na mesma emissora e no mesmo programa e talvez não seja por acaso.
Lembro que ao chegar ao Estúdio Sivan nos idos de 1950, 51 (o Cid sabe a data), o cara de cabelo negro liso penteado todo para trás, bronzeado de praia e voz de baixo-barítono ainda com sotaque levemente acaipirado pediu ao Sivan (campineiro, portanto, “colega” de interior) para gravar as propagandas feitas lá. O Estúdio Sivan era então o mais famoso e com maior volume de encomendas do Rio (e do Brasil, pois o Rio era capital da República e o centro nevrálgico da comunicação do país). 
Recém-chegados ao Rio vindos do interior de São Paulo, Cid e Carlos Henrique (o mesmo das "Casas Sendas" dos anos 80 e 90) foram parar praticamente juntos no Estudio Sivan por causa da fama de Sivan como homem de rádio e propaganda, e do Estúdio Sivan que gravava spots e pagava na hora... As vozes de Cid e Carlos maravilharam Sivan e logo formou-se uma dupla histórica que nas décadas de 50 e 60 gravou a maioria dos spots e jingles no Sivan (o de maior produção) e nos estúdios dos concorrentes. As gravações no Sivan, feitas diretamente em acetato (não havia playback nem fita magnética naqueles tempos heróicos) - músicos, cantores, coristas e locutores todos juntos - , eram em seguida irradiadas nas maiores estações de rádio do país.
E eu cresci no meio dessa gente boa, de vozes, de música. 

Quando Cid conheceu Sivan meu pai já era o maestro, o papa do jingle, um compositor consagrado, um músico completo (pianista), e também um mestre de vozes e – o principal – era dono de um estúdio onde gravavam as melhores agências do país. Portanto, atraía vozes e músicos que precisavam ganhar um extra para complementar o salário. 


O “Estúdio Sivan” foi, de fato, nos anos 50, o principal templo da propaganda sonora do país. Jingles, spots, esquetes, quadros de programas humorísticos, campanhas políticas inteiras saíam da cabeça do Sivan direto para os acetatos e, depois, no estágio tecnológico seguinte, para os rolos de fita magnética nas máquinas Ampex. Quem pode atestar essa afirmação é Flavio Gomes de Mattos, executivo da Charles A. Ullmann Propaganda, agência da Brahma e de vários grandes anunciantes da época, que durante anos utilizou a inteligência musical e poética de Sivan para popularizar marcas e produtos com jingles que marcaram época. 
As principais vozes e os melhores músicos do Brasil, que tocavam com carteira assinada na Rádio Nacional, na Tupi, no Teatro Municipal, na Rádio Mayrink Veiga e outras arenas, faturavam cachê ao vivo, pago no fim da gravação pelo Sivan. Quem fazia o recibo era eu...


Berto Filho



270 comentários:

  1. Leia e medite.

    Logo no começo de “Tropa de Elite 2”, o personagem que faz o agente penitenciário de Bangu 1 – acho que é Fraga seu nome – revela em aula para policiais que existem no Brasil cerca de 400.000 presidiários. Aí ele faz uma conta que dá nó na cabeça.
    Foi um paralelo aparentemente doido entre o crescimento demográfico nas cadeias e no país nos próximos anos. Cotejando os números no passado recente, projetou o futuro, apostando na maior velocidade da expansão do crime e do número de criminosos em relação ao crescimento do número de habitantes.
    Para espanto geral da plateia, eu incluído, prognosticou que em 2050 a população brasileira será de 500 milhões e a de bandidos atrás das grades também será de 500 milhões. Metade dos brasileiros na prisão....
    Cinema é diversão, claro, mas às vezes a verdade que é dita brincando cria apreensão.
    A construção de prisões de segurança média ou máxima vem se transformando em bom negócio para investidores privados, pois o Estado não está abonado para isso.
    Mas pega mal o Brasil virar a meca das prisões privadas por causa da criminalidade dantesca que nos assola

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  2. Parabéns pelo blog, Berto. Já me inscrevi como seguidora.

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  3. Sou iniciante nisso... vou aprender fazendo.

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  4. Comprei a casa de Cabo Frio em 1981. Era a nossa casa de veraneio. O Rio Cidade Maravilhosa foi ficando doente, inviável, trânsito insuportável, motoristas psicopatas, violento, perigoso e então, recentemente, para simplificar a vida, decidi morar em Cabo Frio.
    Parodiando o querido Tim Maia, vim em busca de “Sossego” ...
    Mas o que noto é que ficou bem para trás, infelizmente, aquela Cabo Frio faceira de roça e mar, que eu visitava nos anos 60 e 70 quando ainda morava em São Paulo. Viajava horas seguidas com a família, todos ansiosos, numa perua Chevrolet, em direção à praia do Forte. Não nos importávamos em atravessar a Baía de Guanabara de balsa, enquanto a Ponte Rio-Niteroi não saía da prancheta, nem a sinuosa rodovia Amaral Peixoto pela Serra. Ficava longe mas valia a pena.
    Cabo Frio está pegando alguns tiques nervosos de cidade grande, e isso faz sentido. Vem crescendo rápido demais, muita gente chegando, festas atraem turistas e “duristas”, hospitais e escolas não dão vazão, a demanda de pacientes, incluindo moradores de cidades vizinhas, pressiona e lota a UPA.
    A qualidade de vida ainda é boa, pode melhorar e merece fé, mas também pode ficar comprometida se o prefeito e as lideranças da cidade não prestarem atenção nas mazelas e paranoias que vão se instalando, insidiosamente, nos hábitos e costumes locais.
    Como, por exemplo, ser obrigado a ouvir o som tecno-pancadão obsceno de funqueiros mal intencionados, metralhado por caixas poderosas nos porta-malas de carros ou no alto de trios elétricos, que fazem vibrar os alicerces das casas e não deixam ninguém dormir.
    Por que será que os organizadores dessas farras sonoras têm a obsessão exibicionista de obrigar todo mundo a ouvir o seu som ?
    É porque isso dá sensação de poder sobre os pobres mortais que moram nas vizinhanças ?
    Sou a favor de festas bem organizadas onde as pessoas se divirtam com alegria e sem confusões.
    Festas com um som que pode ser ouvido à distância, sim, mas sem chegar a detonar trompas de Eustáquio, perfurar tímpanos, nem agredir a sensibilidade e o gosto dos que não têm nada a ver (e ouvir) com isso.
    Gosto de música de vários gêneros e de vez em quando faço letras. Mas, para mim, ouvir música alto, egoísta, só se for com fone de ouvido. E dirigir carro, só se estiver sóbrio, com paciência de Jó para enfrentar engarrafamentos e coragem para segurar a urina até encontrar o banheiro mais próximo.
    Cabo Frio, pelo amor de Deus, não se transforme no sanatório geral como aquele citado na letra genial de “Vai passar”, do Chico Buarque.

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  5. Curta e justa

    Com meio Messi em 30 minutos o Barcelona afundou o barco do PSG e vai pra final da Liga dos Campeões da Europa. Com Messi inteiro, vai papar mais uma taça.

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    1. Ainda com apenas meio Messi e mesmo ficando com mais tempo com a bola, o Barça foi atropelado pela blitzkrieg do Bayern na casa alemã. Ou a máquina cansou ou o seu segredo foi descoberto e desmontado por Robin, Rivery e Cia.
      Se Messi se recuperar da contusão e jogar o que sabe o tempo todo, e se a lenda do futebol mágico ressurgir e prevalecer, pode dar 4 a zero para o Barça já no 1o tempo... Vai sair faísca no Camp Nou.

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  6. O MINISTRO SUPERSINCERO

    Na última 2ª.feira, dia 08 de abril, ao receber os presidentes de 3 importantes associações de magistrados, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF e presidente do CNJ, disse que eles participaram, de forma “sorrateira”, “ao pé do ouvido” e “no cochicho”, da aprovação, por 371 deputados federais, da emenda constitucional da criação de 4 novos tribunais federais.

    A frase incendiária foi esta :

    “Pelo que eu vejo, vocês participaram de forma sorrateira na aprovação...”

    Uma das definições de “sorrateiro” é : aquele que age às ocultas, tacitamente, sem ser pressentido. Que se infiltra no campo do inimigo sem ser percebido. Astuto, ardiloso, velhaco, sibilino como esfinge, silencioso como uma cobra...

    Os magistrados e advogados não gostaram nadinha do adjetivo, de significado pejorativo.
    Reagiram.

    Em seguida, o ministro Barbosa sacou mais uma bordoada de sua algibeira :

    “... os novos tribunais servirão apenas para dar emprego a juízes e advogados”

    E sugeriu que sejam construídos ao lado de resorts, em regiões turísticas.

    É, tribunal junto à praia não fica bem ...
    Isso ainda vai dar pano para toga.

    O ministro Joaquim Barbosa, herói nacional do mensalão – um jogo que ainda não terminou - , anda com o pavio muito curto e pólvora na ponta da língua.

    Parece o supersincero, aquele personagem de humor do Luiz Fernando Guimarães.

    Sai de baixo ! Diz o que pensa, doa a quem doer. Cutucou a onça dos magistrados e advogados com vara curta.

    Torço para que o pavio estique mais.
    Sua língua, cirúrgica como um bisturi, não deve turvar a imagem que a televisão ajudou a criar desse brasileiro ao transmitir ao vivo as sessões do Mensalão.

    Que ele conte até dez antes de responder a provocações de jornalistas ou se manifestar sobre assuntos que o incomodam, como o conluio de juízes com advogados, a mentalidade pró-impunidade nas sentenças dos magistrados ou a criação desses novos tribunais que, segundo ele, vão custar, por baixo, R$ 8 bilhões aos cofres da viúva.

    Cá entre nós : se ele chegou onde está, e não falar nada, quem é que vai falar e revestido de que autoridade ?

    Agora, o “como” por a boca no trombone é o “xis” da questão.

    Sinceridade contida, sorriso nos lábios, um pouco de jogo de cintura (apesar das dores na coluna) e diplomacia ajudariam a preservar sua aura benévola de pastor da Justiça.

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  7. Amigo Berto, parabéns pelo blog. Sobre o Joaquim, há 2.000 anos já se matava por ser supersincero, vamos torcer por ele. Abçs

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    1. Se ele fosse político, seria candidato a presidente. Como não é e não tem queda para esse ofício, vai continuar malhando na academia do Supremo até se aposentar e entrar para a História.

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  8. A colaboração que segue foi enviada por Lafayette Hohagen, um bom companheiro dos anos 60 em São Paulo. Ele esclarece um episódio que havia se perdido nos porões da minha memória. É sobre o roubo (ou será sequestro ?), à luz do dia, do projeto do Festival Internacional da Canção da TV Excelsior de São Paulo, por uma pessoa em que eu confiava. Incrível, eu não me lembrava como caímos no “conto do Festival” ...
    Repartam comigo. Nada a lamentar. Pelo contrário, o Lafa me trouxe uma boa lembrança. Sinal de que estávamos no caminho certo.
    Entre parêntesis e em itálico, comentários meus.
    “Olá Berto. Tudo aconteceu em 1963 / 64. Estávamos na Midas Propaganda
    (agência fundada por Abraham Medina, que, na época, era o dono do magazine Rei da Voz, uma espécie de Ricardo Eletro, Casas Bahia ou Ponto Frio de hoje, mas com maior classe e sem essa gritaria dos anúncios na TV).
    Levei a ideia a você, que escreveu o projeto e disse conhecer uma pessoa na TV Excelsior que poderia nos aproximar do Alberto Saad e Edson Leite, os big bosses da emissora naquela época, para propor o projeto

    (Edson Leite e Alberto Saad eram, de fato, os diretores do canal; a pessoa a quem o Lafa se refere deve ter sido meu primo Henrique Lobo, que foi o autor “intelectual” da minha vinda da Rádio Globo para o antigo Canal 9 da rua Nestor Pestana, centro de São Paulo).

    Sugeri que o Festival acontecesse no Guarujá, que os patrocinadores fossem a Rhodia e a Phillips. Você, excelente redator, colocou no papel um formidável projeto que, com certeza, foi o suficiente para a aprovação do pessoal da TV Excelsior. A grande surpresa foi que o Solano Ribeiro, que você havia sugerido como a pessoa que poderia tornar viável o nosso projeto, nos alijou do mesmo. Nos traiu. Fez sozinho o Primeiro Festival Nacional de Música Popular, na TV Excelsior, como se fosse dele a ideia.”
    Sem comentário.
    (O Festival, realizado em 1965 - um tremendo sucesso de público e crítica -, revelou Elis Regina, que conquistou o 1º lugar com “Arrastão”, de Edu Lobo e Vinicius de Moraes ;
    o 2º lugar ficou com “ Valsa do Amor Que Não Vem”, de Baden Powell e Vinicius de Moraes, na voz de Elizeth Cardoso ;
    a 3ª. colocada foi “Eu Só Queria Ser” , de Vera Brasil (minha irmã) e Miriam Ribeiro, com Claudete Soares ;
    No 4º lugar, “Queixa”, de Sidney Miller, Zé Kéti e Paulo Tiago, com Cyro Monteiro ;
    e no 5º lugar “Rio Meu Amor”, de Billy Blanco, com Wilson Simonal.
    Esse festival pioneiro da Excelsior abriu a era dos festivais históricos dos anos 60, transmitidos, posteriormente, pelas TVs Record e Globo.)

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  9. A LINGUAGEM DO TELEJORNAL
    Hoje, o assunto é apresentação de telejornal.

    Respondendo um e-mail que enviei com o link
    http://www.youtube.com/watch?v=ArWzOrUQ_2U&feature=related
    que relembra o JN de dezembro de 1982, o competente publicitário e amigo André Roque me deu a chance de voltar 30 anos no tempo, 1982 e 1983. Eu, então, apresentava edições do Hoje, do Jornal Nacional e do RJTV.

    Fui um dos que fizeram a transposição da linguagem do jornal de radio para o telejornal. Isso funcionou muito bem durante anos, até que Cid e Sergio deixaram o JN e a linguagem de comunicação da notícia começou a ser gradativamente modificada, para uma forma mais coloquial, menos radiofônica.

    Esse formato foi sendo aperfeiçoado até resultar no estilo atual.
    Hoje a informalidade e a descontração, as trocas de olhares e curtíssimos comentários, inclusive bem humorados (quando cabe) entre os apresentadores, são a tônica. Porém, de vez em quando, como na escalada do JN, volta a velha marca do rádio : leitura acelerada, tensão no ar ...

    No Youtube tem a postagem de uma outra performance minha, bem "radiofônica", no JN que reportou aquela tragédia da enchente de Blumenau, em 1983.
    Veja no link http://www.youtube.com/watch?v=dXWb8gpID08

    Já que este blog nasceu também para dar notícias em primeira mão, aqui vai uma, costurada em casa. Estou formatando um curso para quem quer melhorar sua performance de voz e imagem em profissões e situações nas quais a voz bem colocada, qualquer que seja o timbre, pode fazer a diferença para melhor.
    Links como os informados neste post serão mostrados para ilustrar o estilo de uma época, principalmente para os mais jovens, que nunca me viram atuar na TV e não conheceram essa forma, mais acelerada, cortante como linha de pipa com cerol, de "contar" fatos de forte potencial de comoção pública.

    Aguardem. Logo será anunciado na mídia de Cabo Frio.

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  10. Abraham Lincoln, a próxima atração do cinema biográfico sobre vultoa históricos globais, dizia sobre a habilidade

    "A maior habilidade de um líder é desenvolver habilidades extraordinárias em pessoas comuns."

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  11. Albert Schweitzer, teólogo, músico, filósofo e médico alemão, nascido na Alsácia, então parte do Império Alemão (atualmente, uma região administrativa francesa) é autor desse pensamento sábio :

    “Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante.”

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Neste sábado transbordante de sol e luminosidade intensa logo de manhã, visitado pela algaravia de pássaros musicais, escolhi esta máxima de Gandhi para refletir no fim de semana.

    De Mohandas Karamchand Gandhi (1869-1948)

    O que destrói o ser humano...

    Político sem princípios,

    Prazer sem compromisso,

    Riqueza sem trabalho,

    Sabedoria sem caráter,

    Negócios sem moral.

    Ciência sem humanidade

    e oração sem caridade

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  14. Recebi da compositora, letrista e produtora de discos Elody Barontini, que nora em São Paulo, a intrigante, espirituosa, polêmica, irônica e supersincera mensagem-desabafo que segue. Mexi em pouco no texto para trazê-lo ao contexto atual.
    No final, os meus comentários. Comente você também.

    "O SURGIMENTO DE UMA NOVA ESPÉCIE

    Os indivíduos desta nova espécie são conhecidos como homo sapiens semi erectus imprestabilis - que alguns cientistas e antropólogos estão também chamando de Homo stupidus - e surgiram por involução natural da espécie Homo sapiens, sub-espécie Homo semisapiens erectus.

    Alguns não os consideram mais com primatas, mas como secundatas, e outros estudiosos, mais radicais, como ultimatas...

    Passaram a assumir constante postura encurvada, fala incompreensível, mastigação contínua de chicletes, audição constante de músicas de péssimo gosto em volume quase letal, movimentos espasmódicos nas extremidades superiores que, segundo recentes pesquisas científicas, acarretam o surgimento de pernas mais curtas e um único e repugnante modo de caminhar, sempre com as pernas abertas, e arrastando os pés.

    Comprovou-se que esta marcha peculiar, também conhecida como "arrasta-forquilha", afeta seriamente as funções cerebrais, se é que a nova espécie é ainda provida de alguma delas.

    Nunca espere desses indivíduos qualquer contato com os olhos ou comunicação verbal inteligente. Além disso, a observação demonstra que a maioria absoluta dos indivíduos desta nova espécie recebe cesta básica, vale-transporte, vale-refeição, bolsa família, bolsa-escola, salário-desemprego e toda espécie possível de ajuda do governo que, como eles também involui aceleradamente em direção ao caos social.

    Suas prncipais características são o analfabetismo absoluto e o analfabetismo funcional.

    O pior de tudo, infelizmente, é que eles são muito férteis. Se reproduzem como coelhos... Além disso, possuem veículos velhos e imprestáveis que pouco valem, mas, turbinados por possantes e caríssimas caixas de som, emergem das cinzas como Phoenix para tocar raps, axé, punk, funk e pancadão de estourar os tímpanos da vizinhança de quarteirões inteiros.
    E assim vamos indo... Pro buraco!!!"

    No post seguinte, meus comentários.



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  15. Pegando carona na exortação da Elody, eu (Berto) incluiria nesse rol de seres da nova espécie, cujo número cresce em progressão geométrica, os locutores que, em ritmo alucinado, trombeteiam liquidações no último botão das cordas vocais, açoitam trompas de Eustáquio e ordenam compras, sob o “santo” nome de supermercados e redes de magazines - Casas Bahia da vida - que querem vender a qualquer custo e rodar seus estoques em velocidade máxima.
    Também enquadraria nessa categoria de aloprados os empresários que vendem qualquer produto a 1,99 para dar a impressão de que é bem menos que 2 reais. Uma dona de casa esperta tem todo o direito de contabilizar a oferta como saque eletrônico à vista no bolso real do consumidor ou uma certa forma estilosa de propaganda enganosa : é 2 reais mesmo, mas 2 assusta ... 1 e 99 mais parece 1 do que 2 ...
    E 1 centavo de troco quem quer ? Aliás, ainda existe moeda de 1 centavo ? Me engana que eu gosto...

    Ah, também entram nessa coleção de ultimatas os comunicadores de TV modelo shop-time que, para complementar o salário, fazem merchans e, por conta disso, além de dar noticias e entrevistar convidados, também anunciam, descrevem e vendem produtos que operam milagres, curam câncer, fazem nascer cabelo em bola de bilhar, ressuscitam mortos, etc, estimulando o telespectador a ligar correndo para o número indicado na tela senão perde a promoção, perde o bonde... Até o Wagner Montes entrou nessa, logo ele cuja língua parece lançador de míssil... e não é bala de metralhadora que ele vende, não...
    Não digo que dessa água não beberei, mas é preciso encontrar uma relação mais equilibrada e discreta entre semear credibilidade e ser, ao mesmo tempo. garoto propaganda de produtos em cuja eficácia o apresentador, no seu íntimo, não confia.
    Poxa, se não inserir nessa galeria de chatos sapiens atendentes de telemarketing de callcenters, incluindo os(as) “virtuais”, implumes papagaios e periquitas amestrados, vou me sentir um 0800 à esquerda ...

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    1. Antes que este comentário envelheça e perca a validade, deixa eu emendar.

      Não deixo de fora (do novo clã de homo semi sapiens) os apresentadores de programas policiais na TV (lembro o pioneiro Ratinho, hoje, no SBT, mais chegado ao humorismo populacho, esse que escracha e agrada a plebe rude), quando eles usam a voz e a palavra em frequência elevada, cantando pneu, tom agressivo, intimidatório, como munição para manter “sintonia fina”(?) com o telespectador afundado no sofá, entre aturdido e ansioso em saber quem matou e quem morreu, se a polícia prendeu e o juiz mandou soltar...

      Mais recentemente surgiu na telinha do SBT uma bala-reporter traçante que fala sem parar em alto volume, um azougue, e é a única mulher, por enquanto, desfilando no palco policial eletrônico.

      Ainda estou em dúvida sobre qual das vozes, a de homem ou a de mulher, me deixa mais irritado, me tira do sério e me faz clicar no botão do controle remoto ... acho que a voz dessa moça ganha, me faz mudar de canal !

      Outro grupo disposto a pendurar a melancia no pescoço é o de vitimados por transtornos da língua desenfreada (TLD). Merece um estudo cuidadoso de antropólogos, linguistas, psicólogos, fonoaudiólogos e pedagogos : são os barracos criados pelos autores para determinados personagens de novelas da Globo e outras seguidoras, uma forma, às vezes engraçada, às vezes trágica, de retratar a linguagem, rivalidades, intrigalhadas e idiossincrasias das comunidades, sim, mas a algaravia dos diálogos e bate-bocas cruzados, todos berrando ao mesmo tempo, pode ser bonito para quem mora em “complexos do alemão”, está habituado e decodifica em tempo real todas as falas aparentemente ininteligíveis, mas para quem não reside em favela, como este escriba que vos fala, cuja cabeça está mais em New York e Paris do que em Nova Iguaçu, dá a impressão de casa de Noca onde ninguém manda ou todo mundo manda e ninguém obedece...

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  16. CURTA E JUSTA

    Atores e atrizes de novelas, em pleno apogeu, que fazem comerciais de TV e ganham uma grana preta deveriam ser mais solidários com o Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro.

    Um dia pode ser que precisem de um apartamento lá, como tantos grandes ex-colegas que a traça do tempo roeu e condenou ao ostracismo...

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  17. Respostas
    1. Olá, Carla, fique à vontade.
      A casa é sua.
      Compartilhe suas ideias, opiniões.
      Quando mais meu blog for lido por mais pessoas, maior a visibilidade e a repercussão das colaborações aqui hospedadas.

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  18. ENTRE A SALSA E O LATIN JAZZ

    Tá no Wikipedia :
    “Porto Rico, oficialmente Estado Livre Associado de Porto Rico, é um território sem personalidade jurídica dos Estados Unidos, localizado na parte oriental do mar do Caribe, a leste da República Dominicana e no oeste das Ilhas Virgens”.

    Sempre tive uma atração fatal pela salsa porto riquenha, a legítima. Musicalidade, ritmo, dança, sensualidade, paixão ... muito próxima da música brasileira mais dançante, mas com uma batida muito própria que atrai, arrebata, arrepia, contamina.
    Da salsa pulo para o latin jazz, eletrizante.
    Junto aqui alguns links para sons pelos quais me apaixono no Youtube. E convido você a ouvir, através dos links relacionados.
    É programa para algumas horas...
    Na ordem :
    Juan Luis Guerra no Festival de Viña Del Mar (Chile) em 2012
    http://www.youtube.com/watch?v=XiMnqPUTvWo
    Depois, vem Clare Fischer, ao piano, no hit “Morning”, que recebeu várias gravações pelo mundo
    http://www.youtube.com/watch?v=pKxFN3HWj40
    Clare, falecido no começo deste ano, fez os primeiros arranjos do excelente grupo vocal americano Hi-Lo’s. E foi um dos primeiros músicos americanos a gravar clássicos da bossa nova e da MPB de sabor internacional nos anos 60. Seu gosto, no nível dos nossos Eumir Deodato e Tom Jobim, é o crème de la crème.
    No clássico americano “Memories of you”, melodia de Eubie Blake e letra de Andy Razaf, composta e editada em 1930, dá para perceber a genialidade de Clare Fischer no piano, no arranjo, nas harmonias, na escalação dos violinos, na leitura personalíssima da maravilha. Confira :
    http://www.youtube.com/watch?v=VcGO0Xr6wUk
    Ainda no latin jazz, sigo Poncho Sanchez, que bebeu na fonte de Clare Fischer.
    Neste link, “Sabroson”,
    http://www.youtube.com/watch?v=kKyy-J4YvUw&list=RD02i9ZkY5g8KBU
    Poncho serve o som latino, dolente, perfumado, mistura de uísque com tequila e rum... afinal, o menor de 11 irmãos nasceu no Texas filho de imigrantes mexicanos e foi ouvir tudo de bom de música em Norwalk, California, subúrbio de Los Angeles.
    Como conta o site http://www.salsabrasil.net/a-salsa-ensolarada-de-poncho-sanchez/,
    “seus discos sempre nos levam a pensar qual é o limite entre a Salsa e o Jazz, sem contar com suas incursões pela Soul Music e pelo Rhythm & Blues, levando-o a ter em suas gravações participações especiais como a de Ray Charles, no CD Out Of Sight, por exemplo.”
    Falei no Eumir, criador do mega-hit “Also Sprach Zaratustra”, e não posso deixar de recomendar este link, para sua composição “Love Island”... nada tem a ver com a safra dos últimos 10 ou 15 anos, 100% funkeada.
    http://www.youtube.com/watch?v=2Jv6pw9pttU
    Agora, uma chegadinha de mansinho no clássico de Henri Salvador “Dans Mon Île” na voz suave de Lisa Ono, jóia engastada num arranjo simples e sublime, sublime por ser simples e respeitar as harmonias e a intenção do compositor.
    http://www.youtube.com/watch?v=LUNjGpa-Jjk

    Se não gostar do que ouviu, não ouça mais... não sou perfeito...
    Até a próxima.
    Curta o domingo.

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  19. A TV, O ATENTADO EM BOSTON E A QUALIDADE DE VIDA NAS CIDADES BRASILEIRAS

    O atentado em Boston tem ocupado muito tempo nos telejornais nacionais.
    Foi importante cobrir, mostrar a rapidez da policia americana, 9.000 policiais caçando 2 bandidos explosivos numa noite escura numa floresta de mochilas e bonés. Mas as tragédias brasileiras continuam acontecendo diariamente sem que as TVs lhes atribuam um espaço proporcional ao concedido a essa tragédia americana.

    O noticiário que importa ver é o que está mais ligado aos problemas do dia a dia, o que acontece perto de casa, na cidade onde a gente vive e até na rua onde a gente mora.
    A ascensão e queda do rei “tomate”, por exemplo, é uma referência de cobertura que atende a necessidade do consumidor local. Valeu.

    Em Cabo Frio, cidade onde boa parte da população fixa trabalha para a Prefeitura ou para empresas cujo principal cliente é a prefeitura ou que dependem de concessões autorizadas pela prefeitura, o prefeito, mal assumiu, fez mais de 1500 demissões de servidores para não cometer crime de responsabilidade fiscal (gasto com a folha não pode passar de 54% do orçamento, estava em mais de 80%), pede a compreensão dos demitidos, promete que vai recontratar depois de melhorar a arrecadação e exibe, confiante, projetos para o futuro.

    Os prefeitos eleitos e os reeleitos têm que descascar seus abacaxis. E, ao mesmo tempo, infundir confiança nos eleitores-contribuintes-consumidores, reiterar o cumprimento das promessas de obras, investimentos e criação de empregos, CQC...

    Prefeitos de mais de 5.600 cidades brasileiras podem estar nesse mesmo turbilhão de receitas que não cobrem despesas, dívidas imensas com fornecedores, rombos herdados, contas quer mão fecham, campo minado.

    Os noticiários das TVs nos inundam todos os dias com manchetes de filas enormes e pacientes morrendo nos corredores de hospitais por falta de atendimento, falta de médicos, médicos com diplomas falsos ou sem habilitação, médicos que mandam alguém bater o ponto mas não trabalham, postos de saúde precários, salas de aula interditadas por falta de condições de uso, venda de drogas na frente da escola, delinquência à solta, e por aí vai.

    Essa é a tragédia que precisa ser estampada todo dia nos monitores de TV das casas brasileiras. É ela que se reflete na perda de qualidade de vida e gera depressão, doença deste século que mal começa.

    Voltando ao tema deste tópico.
    Longe de mim qualquer laivo de xenofobia jornalística. O que acontece lá fora que seja importante o telespectador brasileiro saber, deve ser noticiado aqui. Entretanto, a tragédia importada, mesmo essa do atentado em Boston, passa longe e não afeta o interesse básico do nosso povo. É um problema da cultura e da sociedade norte-americana, que vem aprendendo a conviver com o risco do terror.

    A violência tupiniquim, pelo menos por enquanto, não advém de conflitos ideológicos, embora surjam, aqui e acolá, sinais inquietantes de que os antagonismos políticos, ideológicos e tributários podem levar o país a uma nova luta de classes e até à beira de uma guerra civil.

    Mesmo levando em conta o julgamento do mensalão (ainda falta prender os condenados), a sensação de impunidade dos crimes de corrupção incentiva a delinquência nos andares de baixo. Por essa trilha do mal se infiltram os que assaltam a matam friamente para se apossar do alheio, os capangas e matadores de aluguel (vide Bola no sumiço do corpo de Elisa Samudio) e todos os transgressores das leis deste país, muitas delas anacrônicas e divorciadas da realidade atual de delinquência e criminalidade.

    Mas, sem dúvida, relatar a tragédia importada é bom para a TV brasileira demonstrar sua eficiência em coberturas internacionais e garantir retorno de audiência para seus anunciantes. Só.


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  20. Um alerta para os fracos de memória : hoje, 22 de abril, marca os 513 anos do descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral. Você engoliu mosca ? Valeu a pena o Pedro descobrir o Brasil ?

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  21. Ola Berto..como sempre seu trabalho é maravilhoso e extremamente profissional.
    Convido seus leitores para acessar também nosso portal em parceria com a RIC .
    Claudia Cozzella
    www.acontececuritiba.com.br

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  22. Colaboração postada por Berto Filho em 28 de abril de 2013

    Adeus, companheira
    por Fabio Blanco
    Atiraram na raposa, acertaram na ovelha.

    É isso que acontece quando uma lei é feita apenas para satisfazer grupos ideológicos.
    E as empregadas domésticas?
    Venderam a elas a ideia de que agora teriam os direitos idênticos aos de todos os empregados formais, que passariam a gozar de férias, FGTS, horas extras...

    E algumas estavam até comemorando, pois, se o pessoal lá de Brasília falou que elas têm direito, então, a partir de agora, bastaria exigi-los.

    Doce ilusão! O que elas estão recebendo, e em massa, são comunicações de dispensa.
    Alguém pensou que seria diferente? Acreditem, o poder público não pode direcionar o mercado como muitas pessoas acham que ele pode. Ele tenta, cria normas, faz leis, impõe regras, mas, no fim das contas, o fator decisivo sempre será a oferta e a procura.
    O que os fazedores de lei esqueceram, neste caso, é que o trabalho doméstico, se muitas vezes parece indispensável, é uma necessidade de natureza bastante diversa em comparação ao trabalho em uma empresa comercial.

    Esta, por definição, precisa de empregados para existir, para prestar seus serviços, fabricar seus produtos, vender seus bens. Sem funcionários uma empresa não existe. O trabalho doméstico, pelo contrário, por mais que pareça indispensável, em sua ausência não se altera a natureza do domicílio. Pode causar alguns transtornos, mas o lar permanece um lar, com ou sem empregada.

    Ora, bastava dar uma olhadinha para países mais ricos, como os EUA e Canadá, para saber que o endurecimento de regras trabalhistas, ao invés de colaborar para o implemento de direitos, de fato, impedem sua efetivação.
    Nesses países o trabalho doméstico é quase inexistente. Com exceção de pessoas com muito dinheiro, poucos se atrevem a contratar um trabalhador doméstico com todos os encargos que lhe são peculiares. Porém, nesses países mais ricos o impacto dessa impossibilidade é absorvido por outras oportunidades de emprego.

    Aqui no Brasil, porém, onde ainda para pessoas sem formação específica a oferta de trabalho não é assim tão abundante, conceder direitos formais, ao invés de conceder ganhos para os supostos beneficiados, é o que acaba promovendo é o desemprego.

    (este coment será concluído na próxima postagem, expdiente para não exceder o limite de 4.096 caracteres)

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  23. Conclusão do coment de Fabio Blanco "Adeus coompanheira"

    O resultado dessa lei será, portanto: a demissão em massa de trabalhadoras domésticas, lançando-as para o trabalho autônomo de diaristas, com o óbvio aumento de oferta desse tipo de serviço, com a consequente diminuição dos valores de remuneração, exatamente por causa da concorrência.

    Quiseram favorecer os empregados, acabaram apenas favorecendo os patrões. Principalmente aqueles que sempre fugiram de arcar com os custos trabalhistas. Miraram na raposa, acertaram na ovelha.

    É isso que acontece quando uma lei é feita apenas para satisfazer grupos ideológicos. Estes, normalmente, são terrivelmente míopes para a história e para os fatos. Veem tudo pela ótica do explorador e explorado, pela luta de classes e não percebem que, na realidade, as relações são bem mais complexas do que isso.

    O que mais ouvi, nestes dias, foi a retórica da libertação das domésticas, o fim de sua escravidão, e que essa era a última conquista que restava na área trabalhista. Porém, será que nunca se perguntaram o motivo delas possuírem menos direitos que os trabalhadores de empresas? Talvez, sim. Porém, como é de praxe, concluíram que isso devia-se a preconceito, interesse ou segregação.

    Ao que parece, que nenhum deles parou para pensar é que a natureza do trabalho doméstico é completamente diferente do trabalho empresarial. Melhor dito: o empregador doméstico jamais pode ser colocado em pé de igualdade com o empresário.
    O empresário empregador, ao pagar salários, incorpora esses gastos nos preços de seus produtos e serviços. Por isso, o número de funcionários que possui depende, diretamente, da projeção de vendas e negócios que espera realizar.

    O empregador domiciliar, pelo contrário, paga sua empregada doméstica com o dinheiro de seu próprio bolso, sem possibilidade de reembolso. Aqui, funcionário é apenas gasto; lá, é investimento.

    Por tudo isso, já se pode considerar esta uma das piores leis trabalhistas da história.

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  24. O raciocínio do Fabio é absolutamente correto.
    Vejam só quanto custa uma empregada doméstica no coment que segue e na Carta da presidente do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo ao Congresso Nacional e à mídia, em julho de 2012. Não adiantou. O desemprego doméstico é uma bola de neve.

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  25. QUANTO CUSTA UMA EMPREGADA DOMÉSTICA

    Uma empregada doméstica que ganha um salário de R$ 678 (o atual salário mínimo nacional) custa para o empregador R$ 3.739,80 por mês !

    A dispensa sem justa causa do empregado(a) que trabalhou 01 (um) ano em sua residência custa a bagatela de R$ 10.387,95 !!

    Se a empregada engravidar e o empregador tiver que dispensar por ela não corresponder profissionalmente, o gasto será acrescido de mais 120 dias referente à licença gestante, mais um mês de estabilidade: total R$ 15.582,09

    R$ 15.582,09 + R$ 10.387,95 = R$ 25.970, 04 !!!

    As informações são da presidente do Sindicato dos Empregadores Domésticos de São Paulo, advogada Margareth Galvão Carbinato. Em 2012 ela enviou uma carta aberta aos associados, reproduzida logo após este comente, na qual detalha os cálculos.
    Não me parece terrorismo aritmético.

    Se você quiser saber quanto a brincadeira vai custar para o empregador com base no valor do salário mínimo do seu Estado – que é superior ao mínimo nacional -, é só seguir os cálculos feitos pela advogada.
    Deve dar mais 9 ou 10% sobre os valores aqui calculados.

    Com todo o respeito à pessoa humana da empregada doméstica, esse custo é proibitivo.
    A emenda (PEC 478/10) saiu pior que o soneto : querendo posar de herói libertador para a galera, o Congresso promulgou em 02 de abril de 2013 o desemprego em massa.
    Está aberta uma nova luta de classes, dessa vez dentro das casas.

    Berto Filho

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  26. Colaboração postada por Berto Filho

    Obs.: os cálculos na carta da advogada, cuja parte inicial compõe este post, foram refeitos sobre a base do atual salário mínimo federal, de R$ 678,oo (9% sobre R$ 622,oo)

    Link sugerido por mim para vídeos sobre a matéria :
    http://www.novasdodia.com/2013/dilma-sanciona-a-lei-da-empregada-domestica/


    Carta da advogada do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo enviada ao Congresso Nacional em julho de 2012

    Prezados Associados,

    Segue, abaixo, na íntegra, a CARTA ABERTA que o SEDESP enviou ao Congresso Nacional e aos principais jornais e noticiários de todo o Brasil, alertando sobre o Projeto de Emenda Constitucional 478/10 que visa a equiparar o empregado doméstico ao empregado comum.
    Continuamos combatendo veementemente tal projeto!

    CARTA ABERTA DE ALERTA AO CONGRESSO NACIONAL SOBRE A PEC 478/10

    O SINDICATO DOS EMPREGADORES DOMÉSTICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO –“SEDESP”, por intermédio de sua Presidenta, a advogada MARGARETH GALVÃO CARBINATO, vem, mais uma vez, com esta CARTA ABERTA, ALERTAR O CONGRESSO NACIONAL sobre os fatos a seguir elencados:

    Em nossa anterior “CARTA ABERTA DIRIGIDA AO CONGRESSO NACIONAL”, demonstramos a inviabilidade do Projeto de Lei apresentado pela então Senadora Benedita da Silva apontando as consequências que o mesmo geraria, caso fosse aprovado por nossos Congressistas e sancionado pela Presidência da República.

    Hoje a PEC 478/10 (Proposta de Emenda à Constituição) quer garantir aos empregados domésticos, além do direito ao 13º salário, férias acrescidas do terço constitucional, aviso prévio, descanso semanal remunerado e descansos nos feriados, direito ao RECOLHIMENTO DE FGTS (HOJE OPCIONAL PARA O EMPREGADOR DOMÉSTICO), SEGURO-DESEMPREGO, JORNADA DE TRABALHO DE 44 HORAS SEMANAIS, RECEBIMENTO DE HORA EXTRA, ADICIONAL POR TRABALHO NOTURNO, SALÁRIO-FAMÍLIA E AUXÍLIO-CRECHE.

    Para melhor demonstrar a inviabilidade da proposta em questão, basta
    fazermos alguns cálculos:

    Tomemos por base o valor de 01 (um) salário mínimo federal, R$ 678,00
    (no Estado de São Paulo, o salário mínimo era de R$ 690,00 em 2012, o que tornaria ainda mais inviável a contratação de um empregado doméstico):

    Uma jornada de trabalho de 44 horas semanais, resulta numa jornada de 7 horas e 20 minutos por dia.
    Em 30 dias, resulta em 219 horas por mês. Com
    base no salário de R$ 678,00, o valor da hora será de R$ 3,096

    Horas extras
    Juridicamente, o empregado que permanece em seu local de trabalho, por força de contrato, está à disposição do empregador e, portanto, faz jus ao recebimento de horas extras.

    Levando em consideração a jornada de trabalho diária de 7 horas e 20 minutos, a empregada doméstica que reside em seu local de trabalho (residência de seu empregador, sem olvidarmos que muitas vezes tais empregadas não possuem outro local para morar), terá a receber 16 horas e 40 minutos de horas extras por dia!

    A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XVI determina que: “a hora extra deve ser paga com acréscimo de, no mínimo 50% sobre a hora normal”. R$ 3,096 x 1.50 = R$ 4,644

    Cada hora extra da empregada doméstica valerá R$ 4,644.
    Tal valor multiplicado por 16 hs e 40 minutos resulta no valor de R$ 75,18.

    Assim, a empregada doméstica receberá por dia R$ 75,18 de horas extras. Acompanhe o complemento da carta, a seguir.

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    1. Amigo Berto, mais uma vez, nosso governo fazendo o que mais gosta: cortesia com o chapeu alheio... ele reprime os salários pagos por ele (dos aposentados, por exemplo), mas exacerba quando é o contribuinte que vai pagar... simples assim! :(

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  27. Parte 2 da carta da advogada Margareth, presidente do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado de São Paulo, enviada ao Congresso Nacional sobre a PEC 470/10, que já virou lei.

    Uma vez que as horas extras incidem sobre os descansos semanais remunerados, temos que a empregada doméstica receberá R$ 2.321,70 de horas extras por mês, valor este que somado ao seu salário mínimo mensal de R$ 678,00, chega ao valor de R$ 2.999,70 mensais!

    Adicional Noturno

    Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte.

    A hora normal tem a duração de 60 (sessenta) minutos e a hora
    noturna, por disposição legal, nas atividades urbanas, é computada como sendo de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos.

    Ou seja, cada hora noturna sofre a redução de 7 minutos e 30 segundos ou ainda 12,5% sobre o valor da hora diurna.

    Ora, então para o empregado doméstico que reside na casa de seu empregador, no período entre as 22:00hs e 05:00 hs, a sua hora custará (R$ 4,64 + 12% sobre esse valor) = R$ 5,19.
    Isso mensalmente custará ao empregador R$ 116,74

    O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas, pagos com habitualidade, integram o salário para todos os efeitos legais, conforme o Enunciado I da Súmula TST nº 60.

    Somente até aqui o salário mensal de um empregado doméstico registrado com o valor de um salário mínimo (R$ 678,00) atinge o valor de R$ 3.116,42

    FGTS
    Sobre o total do salário, o empregador deverá depositar em uma
    conta vinculada o correspondente a 8% sobre o salário, a título de FGTS.
    Assim, além do salário de R$ 3.116,42 deverá depositar
    R$ 336,57 todo mês!

    Recolhimento Previdenciário
    Sobre o salário cabe ao empregador recolher ao INSS 12% sobre o salário de seu empregado doméstico.

    Assim, deverá recolher ao INSS: 12% sobre o salário + horas extras e adicional noturno, o que resulta num valor de R$ 384,26 todos os meses!

    ENTÃO, SOMANDO-SE TODOS ESSES VALORES, NO FINAL DO MÊS O EMPREGADO DOMÉSTICO CUSTARÁ AO EMPREGADOR A BAGATELA DE R$ 3.739,69.

    Observe-se que neste cálculo não estão inclusos os gastos que o empregador tem com seu empregado doméstico referente à alimentação, higiene, moradia!

    A 3a. parte da carta será inserida no próximo post.

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  28. 3a e última parte da carta.

    Agora passemos a fazer um simples cálculo de quanto um empregador gastaria no caso de dispensa sem justa causa de seu empregado doméstico, o qual trabalhou 01 (um) ano em sua residência:

    Tomando por base o salário de R$ 678,00 R$ 622,00 (um salário mínimo federal), mas levando em consideração as horas extras e adicional noturno, uma vez que integram o salário, como já exposto:

    - Aviso Prévio indenizado = R$ 3.116,41
    - Férias = R$ 3.116,41
    - 1/3 = R$ 1.038,80
    - 13º Salário= R$ 3.116,41
    - Multa de 40% sobre o total dos valores depositados ao longo dos 12 meses a título de - FGTS = R$ 1.795,04
    - Recolhimento de INSS (12% sobre férias e 13º) = R$ 498.63


    TOTAL GASTO PELO EMPREGADOR DOMÉSTICO NA DISPENSA DE SEU EMPREGADO COM UM ANO DE SERVIÇO: R$ 10.387,70


    No caso de a empregada doméstica grávida e o empregador tiver que dispensar por ela não corresponder profissionalmente, o gasto será acrescido de mais 120 dias referente à licença gestante, mais um mês de estabilidade:
    R$ 15.582,09
    totalizando R$ 25.999,47

    O QUE OCORRERÁ É A EXTINÇÃO DA FIGURA DO EMPREGADOR DOMÉSTICO E, OBVIAMENTE, A DA EMPREGADA DOMÉSTICA. OS DIREITOS SÓ EXISTIRÃO SE HOUVER EMPREGO!

    Por outro lado, esquece-se a Deputada Relatora de tal proposta que se trata o empregador doméstico de pessoa física e que o trabalho desenvolvido pelo empregado doméstico em sua residência não visa a dar lucro ao mesmo, diferentemente do trabalhador de uma empresa, que gera rendimentos ao seu empregador.

    Daí é a nossa afirmação de que tal proposta de emenda à constituição afigura-se absurda e eleitoreira e que, como provado aqui ficou, ao invés de ajudar o empregado doméstico, irá prejudicá-lo, posto que irá extinguir sua possibilidade de trabalho.

    São Paulo, 06 de julho de 2012.
    Margareth Galvão Carbinato
    Advogada e Presidente do SEDESP

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  29. CAFÉ REQUENTADO

    Editorial do Washington Times de 9 de abril de 2012 diz algumas coisas que os atuais governantes brasileiros não gostam de ouvir.
    Como é amplamente sabido, o governo brasileiro pleiteia um assento no Conselho de Segurança da ONU.

    Vamos pensar com os nossos botões verde-amarelos que estão tentando tingir de vermelho.
    Como será permitido ao Brasil fazer parte do Conselho de Segurança da ONU se não temos a bomba e se a nossa política externa é basicamente anti-americana, alinhada com o socialismo latino, com o Iran e outras causas terceito-mundistas ?
    O governo americano, xerife maior desse clube fechado, vai barrar a entrada de um país que, apesar de todo o mérito, vai acabar votando contra os interesses deles.
    É uma questão de bom senso e de realismo considerar improvável, embora desejável, o ingresso do Brasil nesse Conselho. A nossa política externa teria que dar uma volta de 180 graus. Improvável na gestão de Dilma Rousseff.

    Apesar desse editorial do Washington Times já ter 1 ano de idade – uma eternidade no jornalismo factual - , contém coisas que fazem matutar porque o substancial de que trata permanece entre as pendências que travam o crescimento do Brasil.

    Leia o link e beba um pouco desse café requentado, talvez um pouco amargo.

    http://www.washingtontimes.com/news/2012/apr/9/obamas-brazilian-model/3 Saudis sentenced to 6 years for plot to kill Americans

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  30. Este comentário foi removido pelo autor.

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  31. Pensamentos do dia :

    Para tirar meu Brasil dessa baderna
    só quando o morcego doar sangue
    e o saci cruzar a perna
    (Bezerra da Silva)

    Vi a luz no fim do túnel
    Era um trem na contra-mão...
    (autor desconhecido)

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  32. 2014 : REMEMBER 1950

    Copa do Mundo no Brasil e Eleições presidenciais, coincidência cheia de segundas intenções
    Isso vai ficar mais claro em 2014.

    64 anos antes, em 1950, Copa do Mundo no Brasil, Maracanã lotado, deu Uruguai na cabeça.
    Getúlio Vargas ganhou a eleição, deve ter sabido capitalizar a terrível frustração da derrota para um time inferior.

    64 anos depois, a história de repetirá ?
    A decisão também será no Maracanã.
    Só que em 2014 a seleção poderá não estar tão forte quanto em 1950 em relação aos concorrentes.
    Esse é o quadro de hoje.

    No Brasil futebol é religião. E eleição presidencial, uma festa, mais obrigação (de votar, de estar quite com Justiça Eleitoral) do que religião. Embora existam políticos que se consideram amados pelo povo. Como se fossem líderes religiosos...

    A combinação de futebol com eleição pode ser explosiva ou ter o happy end de um casamento real, conforme a tática, a percepção e a atuação de cada candidato na campanha e de como vai se apropriar do clima de euforia da Copa e do resultado da seleção, para faturar votos.

    Seleção é tabu.
    Felipão por enquanto está sendo tolerado, estão lhe dando um crédito de confiança extra porque o estoque inicial já foi consumido em resultados medíocres.

    Eleição presidencial é uma competição à parte, uma Copa doméstica cheia de lances emocionantes, carrinhos por trás, caneladas, cotoveladas, xingações mais ou menos elegantes, conflitos entre as torcidas organizadas (cabos eleitorais) e nenhum fairplay.

    Quem faz o gol de placa vence a eleição.

    Nas eleições de 2014, o gol de placa não vai ser tramado apenas com programa de governo ou promessas de mágicas e maravilhas que resolverão todos os problemas com uma canetada só.

    O resultado da atuação da seleção na Copa pode ser um aliado ou um adversário temível de cada candidato.

    Clubes, seleção e candidatos necessitam de algo em comum para atrair e fidelizar torcedores, correligionários, eleitores, cidadãos, contribuintes : a confiança. E a confiança depende de resultados. Não se compra no supermercado, não se constrói rapidamente, como alguns prédios que ruem de repente.

    A campanha presidencial de 2014 já está na mídia. Os anúncios dos partidos e a propaganda do governo, na base do me engana que eu gosto, fingem que nada têm a ver com a sucessão e com a realidade travosa. É um desfile olímpico de alegorias e metáforas embalando qualidades e certezas na tentativa de colocar uma sementinha de voto na mente e no coração do eleitor, que, neste momento, está mais preocupado com a seleção do que com a eleição. O ano que vem, a partir de março, a coisa vai mudar. Copa do Mundo e eleição podem embolar.

    Este comentário segue no próximo bloco porque o número de caracteres excedeu o limite.

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  33. Se a seleção ficar no meio do caminho ou se disputar o 3º lugar, a culpa será do governo e do Felipão. Pelo menos na cabedça de um bom número de eleitores. Dilma e Felipão podem dançar.

    Se for para as finais, vamos reviver 1950 no novo Maracanã, menor, mais seguro e mais confortável.

    Se o Brasil for vice de novo, diante do “Uruguai” da hora,
    é provável que a tristeza nacional do novo Maracanaço se abata sobre aquela parte sensível e ampla do eleitorado, que decide as eleições. O discurso dos candidatos vai ser ingrediente importante para capitalizar o sentimento de perda e transformá-lo em poderoso combustível para dar a volta por cima e ganhar a eleição.

    Afinal, ser vice campeão do mundo ou ser eliminado é a mesma coisa para a torcida brasileira, acostumada a títulos arrebatados com glória. Não descarto nem vaias contra a nossa seleção ou olés da nossa torcida quando a posse de bola estiver com o adversário, nos momentos finais da decisão se o placar nos for desfavorável.

    Se, ao contrário do que se pensa hoje a respeito da seleção, o Brasil se tornar hexa-campeão, é bem provável que a craque Dilma faça o gol de placa.
    Apesar das goleadas sofridas por conta do Mensalão, dos gols contra da inflação, das denúncias de corrupção e da coleção de obras de infra-estrutura inacabadas por incompetência gerencial de seus gestores que continuam impunes.

    Com a força da máquina, a seleção ajudando e a mídia colaborando como hoje (Dilme fica mais popular e “amigável” a cada dia com as caricaturas que fazem dela em programas de humor, como Zorra Total e outros), vai ficar muito difícil o jogo pro Aécio ou qualquer outro candidato da oposição. O eleitor indeciso tende a votar em time ou candidato que está ganhando.

    Ainda mais nesse país de 280 milhões de celulares com superpoderes e onde 50 milhões de pessoas estão no Bolsa Família, o maior programa de transferência de renda do governo federal. Tudo isso conta numa eleição.

    Os marqueteiros de plantão estão de tocaia avaliando as vísceras da conexão mais íntima entre torcer pelo Brasil e torcer para o Brasil.

    E você, o que acha ?
    Comente.


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  34. Pelo exposto posso dizer que não vou ficar triste se o Brasil sair cedo da copa...

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  35. Olá Amigo,
    Sabes que sou super otimista e uma mulher que acredita no impossível.Quem sabe seremos campeões???
    Agora sei onde te encontra, como diz o Bial vou te expiar todos os dias.Adorei o blog.
    Bjus

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  36. Que bom saber que você gostou desse blog despretensioso, sem tecnologia de ponta. Apenas texto, se possível bem escrito, coerente e com um certo colorido. E, se possível, sem erro de português.

    Deixa eu me alongar um pouquinho.

    Claro que torço pela seleção, sempre, de forma incondicional.
    E para Felipão montar uma máquina poderosa de fazer (e não sofrer gols). Porém, tenho que ser realista.

    Felipão sabe o material que tem em mãos, os limites de criação, marcação e finalização de cada jogador, deve estar debruçado sobre como aproveitar as habilidades e a versatilidade de cada um para que a responsabilidade pelo desejado sucesso da campanha, começando pela conquista da Copa das Confederações, não recaia exclusivamente sobre os pés e a inteligência de Neymar

    Felipão, a torcida brasileira e a imprensa esportiva estamos vendo de camarote o jogo dos outros, principalmente esses dois últimos fantásticos duelos entre duas escolas que se digladiam no topo do futebol mundial : o Barça (seleção espanhola) e o Bayern de Munique (seleção alemã).

    Apostei todas as minhas fichas no Barça e no Messi inteiro.
    Mas só meio Messi entrou em campo no primeiro jogo, fugindo das divididas, escondido nas laterais. Com Messi inteiro sinceramente não sei se o Barcelona teria perdido de 4 na Alemanha ou de 3 em Camp Nou. 7 a 0 é uma diferença inacreditável entre dois times tão parelhos, pelo menos até começar o 1º jogo.

    O futebol continua evoluindo, há craques não brasileiros jogando muito, e outros não brasileiros que nem conhecemos surgirão nos próximos 2 anos. Os alemães do Bayern, com 2 ou 3 estrangeiros, assimilaram uma forma de jogar que foi capaz de esterilizar o poder ofensivo e o domínio da posse da bola do Barça e contra atacar mortalmente, em velocidade alucinante. Conjugação de força e arte.

    Sou levado a crer que o futebol alemão parece ter conseguido aliar a força atlética com a arte ilusionista, intuitiva, lembrando o gingado do velho futebol brasileiro de 70. Seus atletas marcam como buldogues, agridem como setas envenenadas e evoluem no campódromo como uma escola de samba virtuosa.

    Saindo desse clima confessional surrealista, reentro na atmosfera da coincidência de Copa do Mundo com eleição presidencial. Sim, vamos ver qual é o candidato que vai fazer o gol de placa de se eleger presidente em 2014. Se a estrela do PT, partido no poder desde janeiro de 2003, ou o cara do PSDB, cujo rosto ainda não se conhece direito.

    Daqui dessa tribuna livre você poderá ver esse jogo sob luzes diferentes.

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  37. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Sobre este blog.

      Estou tentando moldá-lo ao croquis de um observatório do comportamento humano, guardando distância dos fatos no tempo e no espaço. Nada que lembra os telejornais que apresentei.

      É um "refúgio" público onde posso, sem censura, sem patrulhamento, exercitar a liberdade de expressão, a crítica aos costumes decadentes, ao contemporâneo sem humanidade, à omissão do nome do compositor quando tocam sua música no rádio ou no youtube, à clonagem desenfreada de cartões e identidades.

      Será que vou conseguir ? Sim, se os meus seguidores, pessoas de bem, em número ainda reduzido, se multiplicarem e se entenderem que este espaço pode ser deles também, que suas opiniões podem ser publicadas aqui, mesmo que não coincidam com as minhas, sempre com texto bem escrito e com elegância.
      O contraditório faz bem. Não tem efeitos colaterais.

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  38. O STF e o Congresso Nacional

    Essa é para quem não gosta do assédio moral e eleitoreiro de qualquer governo, presente na cesta básica da volumosa, cara, ideológica, e em certos casos, cínica, propaganda do governo federal direcionada ao distinto público pelos canais de televisão e emissoras de rádio, e classifica de rasteiras as iniciativas do Congresso de submeter decisões do STF ao Poder Legislativo.

    Recebi pelo Facebook esse link sobre o desabafo que a bela atriz Luana Piovani teria feito em seu twitter, no estilo sarrafiano (me perdoem o neologismo) atribuído a Che Guevara – “se hay gobierno, soy contra!”

    https://www.facebook.com/hlelot/posts/10151465876759833#!/photo.php?fbid=599436060069009&set=a.350375718308379.92235.100000078600690&type=1&theater

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  39. Radares matemáticos na Linha Vermelha.

    Muita atenção ao trafegar pela “emocionante” Linha Vermelha, pois já estão instalados novos radares programados para fazer cálculos mortais contra motorista infrator. Não sabemos se são fixos ou móveis nem a cara e o bico. O jeito é ficar atento para identificar e escapar de mais essa ratoeira. É, de certo modo, os motoristas podem ser considerados cobaias de novos experimentos científicos criados pelas autoridades para arrecadar sempre mais.

    Já dá frio na espinha ter que passar com o próprio carro por essa linha (de cerol vivo), seja para ir ao aeroporto Tom Jobim viajar ou receber um parente ou amigo que está voltando, seja para outros fins.

    Esses matemáticos frios e calculistas só dão “nota alta” (multa) se você passar dos 80 no intervalo de tempo entre dois deles.
    Ao passar diante de um deles, pisa mansinho e mantém os 80 km/hora porque, quando você passar pelo radar seguinte, esse pardal de neurônios musculosos vai ler a velocidade de novo, mas com uma carta na manga : ele sabe o tempo que o seu carro leva para ir de um ponto a outro na velocidade máxima permitida. Se você levou menos tempo do que o mínimo permitido, dançou.

    Vou adiantar uma dica, que recebi pela internet.

    Sentido Baixada
    1º Radar (Batalhão da Maré).
    2º Radar (Parque das Missões / Duque de Caxias).

    A 80 km/h, velocidade máxima permitida, você deverá gastar, em média, com trânsito livre, 6 minutos no máximo. Se você cruzar pelo 2º radar em menos de 6 minutos, o espertinho faz o cálculo automaticamente, registra e pronto, lá vai a multona pelo correio, acompanhada da comunicação da perda de pontos.

    Então, não cutuque o pardal com vara curta ... se você anda acima do limite e reduz nos radares, a arapuca eletrônica instalada no ponto seguinte faz o cálculo e multa.

    Ninguém divulga porque o negócio não é prevenir ou educar e sim arrecadar.

    A informação sobre os novos alçapões Inteligentes (pelo menos para fazer essa conta) foi publicada no Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2013.

    Não prego que o motorista ande na velocidade superior à máxima permitida. Seria um absurdo essa recomendação, ainda mais partindo de mim. Muito pelo contrário. Porém, esse comportamento, sendo uma exceção, é, às vezes, necessário, até para não sermos assaltados quando desconfiamos que estamos sendo perseguidos (por bandidos, naturalmente). Na Linha Vermelha, esse risco já é tolerado como normal, dada a geografia do tráfico e da violência que essa via cruza.
    Há que se ter bom senso.
    Alguém tem de espernear.

    Vamos esperar pela nova safra de engenhocas cada vez mais surpreendentes e “inteligentes” (no sentido de esperteza) para garfar o bolso dos motoristas desligados ou mal informados.

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  41. REPÓRTER BERTO FILHO NA CORTE DE D.JOÃO VI

    Em maio de 2008, vivi uma experiência profissional única, que faço questão de compartilhar com você nesse blog que pretende ser o bar da esquina onde se pode beber um pouco de filosofia, falar mal da vida alheia, contar um pouco sobre a minha carreira e também dar umas pinceladas de política na tela branca da opinião.

    Meus comentários não pretendem corrigir o mundo, mudar a cabeça de ninguém nem fazer revolução ou derrubar governos, estão comprometidos unicamente com os valores que aprendi na casa de meus pais e avós.

    Bem, após 4 anos como narrador de matérias jornalísticas para o Fantástico, fui contratado, em abril de 2008, pela agência paulista Agnelo Pacheco para ancorar uma campanha televisiva (13 filmetes-reportagem) de prevenção contra a dengue, veiculada em todas as emissoras de TV do Rio durante 13 dias daquele mês.

    13 é o dia do meu aniversário... Fiz 13 anos de idade numa 6ª.feira, 13...sou, como Zagalo, supersticioso com o 13, meu dia de sorte...

    Em maio de 2008, fui contratado pela conceituada empresa de produções artísticas DELLARTE, da amiga Myrian Dauelsberg, para conduzir uma série de eventos com um formato extremamente original e atraente : ser repórter musical do ciclo “A Música na Corte de D. João VI”.

    O texto a seguir resume o conteúdo desta série de 4 eventos semanais acontecidos num ambiente de elegância e finura estonteantes, o salão nobre do Palácio São Clemente, no Rio.

    BERTO FILHO NO CICLO “A MÚSICA NA CORTE DE D. JOÃO VI”
    Recitais comentados
    Reportagem musical de um trecho importante da história da Música

    Platéia : 1.000 convidados em 4 eventos semanais apresentados no auditório do Palácio São Clemente, residência do Cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, António Almeida Lima

    Berto Filho conta e interpreta, como um repórter da história musical da época, os textos redigidos pelo Mestre de música de câmara e regente Jorge Armando Nunes para os recitais comentados do ciclo “A Música na Corte de D. João VI” todas as 4as. feiras de maio de 2008, às 19:30 hs, no suntuoso Salão Nobre do Palácio São Clemente, residência do Cônsul de Portugal no Rio de Janeiro, António Almeida Lima.

    Sob o comando da voz de Berto alinhada com o estilo barroco dos saraus do começo do século XIX, os recitais focalizam a importância da obra do compositor austríaco Sigismund Neukomm, tutor musical de D.Pedro I e de sua irmã, Isabel Maria e autor de cerca de 1300 obras praticamente desconhecidas. Também são tocadas composições de Haydn e de alguns dos contemporâneos brasileiros de Neukomm.

    Inquieto viajor, suspeito até de ter sido espião e conhecido na Europa como o aluno favorito de Joseph Haydn, Neukomm veio ao Brasil na comitiva diplomática francesa do Duque de Luxemburgo e aqui compôs, entre 1816 e 1821, mais de 70 obras.
    Berto tece a trama informativa do espetáculo musical no qual despontam Rosana Lanzelotte (fortepiano), Ricardo Kanji (flauta), Marcelo Fagerlande (cravo e direção), Felipe Prazeres (violino), Carlos Prazeres (oboé), representantes da nova geração de instrumentistas, como Patrícia Bretas, Josiane Kevorkian e Flavio Augusto (piano), Paulo da Mata (flauta), Marcus Ferrer (viola de arame), Hugo Pilger (violoncelo) e os cantores brasileiros Lívia Dias (soprano), Carolina Faria (mezzo soprano), Ivan Jorgensen (tenor), Luciana Costa e Silva (meio soprano), Marcelo Coutinho (barítono).

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  42. MÉDICOS (E CUARUTOS) CUBANOS

    A primeira boa impressão de Cuba que me seduz é a música de seus compositores. Viajo nelas. Pela salsa cubana, pela Guantanamera, por Candela (desculpe o cacófato...), pela simbólica Chan Chan

    (http://www.youtube.com/watch?v=INkLVwtIr_I...

    Viajo pelos poetas e cancioneiros do Buena Vista Social Club, e até me deparei com uma homenagem a Che Guevara. Bem, trata-se de cubanos (perdão, Che era argentino) e (os músicos e intérpretes) gostavam de seus comandantes...

    O Buena Vista resgatou uma safra maravilhosa. Alguns já se foram, mas a obra fica. Ibrahim Ferrer, Compay Segundo, Omara Portuondo...

    Uma segunda boa impressão é a dos charutos cubanos, símbolo de status. Não é o meu caso, não fumo. Sou careta mesmo... mas reconheço que o charuto é para Cuba o que o café é (ou foi) para o Brasil : uma fonte de renda. Aí tem pirataria também, como uísque paraguaio ou nota de 3 dólares...

    Se você é vidrado em (charuto) cubano, e não quer ser enganado, veja este link sobre como reconhecer a autenticidade de uma caixa de charutos procedentes de Cuba.

    http://www.youtube.com/watch?v=481NRVWvBHQ

    Uma terceira impressão, resgatada nos idos de outubro de 1962, traz à tona Kennedy e a retirada dos mísseis soviéticos instalados por ordem de Kruschev a apenas 150 km da costa americana.
    Foram 13 dias de tensão mundial insuportável. A guerra nuclear parecia iminente. Mas Kennedy deu o ultimatum e o primeiro ministro soviético mandou retirar os mísseis.

    Há outras impressões intermediárias que poderia comentar.

    Mas agora, a impressão que extraio da notícia de que o governo brasileiro está negociando com Cuba a “importação” de 6.000 médicos me traz uma preocupação séria. Preferia que fossem charutos ou música da terra.

    Serão “mísseis” apontados para a saúde do brasileiro das regiões mais desassistidas, onde faltam médicos qualificados e recursos para que eles possam exercer o juramento de Hipócrates ? Ou serão anjos salvadores providenciais, praticantes de uma medicina avançada ?

    A notícia se alastrou como rastilho de pólvora e está provocando fortes reações.

    Peguei na internet
    http://www.paraiba.com.br/2013/05/10/57355-alunos-de-medicina-de-cg-planejam-mobilizacao-contra-decreto-para-importacao-de-medicos-estrangeiros:

    "Alunos de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, Paraíba (FCM-CG) e representantes da UFCG se reuniram na quinta-feira (09 de maio), no auditório da FACISA, para promover um movimento de toda população contra o decreto da Presidente Dilma Rousseff que determina a importação de mais de 6000 médicos cubanos para o interior do país sem a necessidade de realização da prova de revalidação.

    Hoje, o sistema vigente no Brasil determina que médicos com formação em outro país que aqui desejem atuar, devem ser submetidos a uma prova chamada "REVALIDA".

    A aluna Keoma Mariz, do segundo período da FCM-CG, explica que essa prova é extremamente necessária para o alinhamento de médicos estrangeiros com a realidade do nosso país : "Aprendi na minha Universidade, por exemplo, que a Doença de Chagas é mais prevalente em regiões do Norte do país. Como um estrangeiro pode ter conhecimento desse dado se ele não faz uma prova que o selecione de acordo com nossa realidade? O decreto é um desrespeito não apenas à classe médica local, mas, principalmente, à população mais carente do nosso país." A estudante percebeu que o que falta para interiorizar a Medicina é uma infraestrutura adequada nos hospitais e postos e não apenas médicos bem pagos que, na maioria, preferem exercer a profissão nos grandes centros urbanos.

    Recebi, através de um amigo, o texto escrito pelo internauta Xavier de Macedo Junior, que reproduzo a seguir. Não conheço o autor nem posso garantir a legitimidade dos dados em que se baseia. No mínimo, requer reflexão.
    Leia no próximo bloco e tire suas conclusões.

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  43. MÉDICOS (E CHARUTOS) CUBANOS
    Continuação
    Autor do texto que segue : Xavier de Macedo Junior

    “O mundo inteiro sabe que Cuba exporta escravos para trabalhar em outros países. O esquema é simples. O profissional recebe um salário de fome no país onde trabalha, enquanto o governo paga a diferença diretamente aos Castro.
    É o que acontece na Venezuela. É o que vai acontecer no Brasil, se importarmos médicos cubanos. Cuba não faz caridade. Cuba é o mais capitalista dos países na hora de usar seres humanos como escravos para suprir os seus problemas de caixa.

    O governo cubano cobra U$ 11,4 mil por mês por médico cedido ao governo chavista. No entanto, estes médicos recebem apenas U$ 230 mensais na Venezuela, mais uma ajuda de U$ 46 dólares para a família, paga diretamente em Cuba. São 45 mil médicos que geram uma receita anual para a ditadura dos Castro de cerca de U$ 4,5 bilhões por ano. Se fosse no Brasil, ao dólar de hoje, cada médico cubano custaria R$ 23 mil mensais, mas ficaria com o equivalente a um salário mínimo por mês.

    Pois os governos do Brasil e de Cuba, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde, estão acertando a vinda de 6.000 médicos cubanos para trabalhar nas regiões brasileiras mais carentes. Os detalhes estão em negociação.

    Os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o cubano Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, anunciaram na segunda-feira (6 de maio) a parceria. O diabo está nos detalhes. É inadmissível que estes médicos, se autorizados, não recebam aqui o mesmo valor pago aos médicos brasileiros. E diretamente a eles.

    Se não for assim, o Brasil estará importando e utilizando mão de obra escrava, o que é um crime que, com toda a certeza, o nosso diligente Ministério Público Federal jamais permitirá.

    Nem a turma do Sakamoto vai deixar, não é mesmo? Se existe tanta fiscalização sobre as condições análogas à escravidão supostamente existentes em algumas fazendas e fábricas, não é possível que a Secretaria de Direitos Humanos da Maria do Rosário e o Ministério da Justiça do José Eduardo Cardozo permitam que os médicos cubanos sejam explorados oficialmente pelo governo brasileiro.

    Não, não venham com esta conversa de que estes médicos serão pagos lá. Não serão!
    Eles devem embolsar este dinheiro aqui, na pessoa física, em conta corrente aberta em banco brasileiro. Não aceitem os truques da ditadura cubana.

    Vamos fiscalizar, porque na Venezuela está ocorrendo um fenômeno.

    Mais de 1.500 desses médicos emigraram para os EUA ou países vizinhos. Conseguiram furar o controle do serviço secreto castrista, que os acompanha de perto naquele país. “Quando algum médico foge, o governo finge que foi trasladado”, explica um dos membros da Sociedade Venezuelana de Medicina Bolivariana, que pediu para não ser identificado.

    As fugas não são para menos. Os cubanos sempre moram em grupos de quatro, em cubículos de 30 metros quadrados, único espaço de que dispõem para dormir, cozinhar, tomar banho e se entreter. Um dos quatro costuma ser um informante ou agente do sistema repressivo castrista.

    Todos os médicos devem voltar para “casa” antes das 18 horas. Para dar uma “voltinha”, devem pedir licença com semanas de antecipação, mediante documento no qual justificam o destino e a duração de sua movimentação. Todos estão proibidos de entrar em contato com oposicionistas ou jornalistas, e dependem da Sociedade Venezuelana de Medicina Bolivariana.

    Não vamos discutir mais se os médicos cubanos possuem conhecimentos técnicos similares aos dos médicos brasileiros. Vamos aceitar que sim. Então que venham para cá para receber salários iguais aos médicos brasileiros, trabalhando a mesma carga horária.

    Em Porto Velho (RO), a prefeitura precisa de médicos e paga R$ 12 mil mensais. A prefeitura de Sabará (MG) paga quase R$ 10 mil mensais. A prefeitura de Araguatins (TO) paga R$ 10 mil mensais para clínico geral. Que venham os cubanos. E que o dinheiro que pagaremos fique aqui, aquecendo o nosso mercado, em vez de sustentar a ditadura escravagista de Cuba."

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  44. Urna eletrônica : Você confia ? Por que ?

    Nunca passou por sua mente que a urna eletrônica pode não ser 100% à prova de fraude ?

    Pois é, o assunto é meio que deixado em segundo plano, nem aparece na grande mídia, mais ou menos como as esporádicas visões coletivas de OVNIs e as nunca provadas - mas sempre há quem desconfie - mutretas nos sorteios da mega sena.

    Parece até coisa de quem não tem nada para fazer e fica zanzando na internet atrás de alguma descoberta sensacional que vai mexer com a vida de meio mundo.

    Bom, deixa eu dizer que, fora desse lugar comum de busca lúdica, anônima, do inusitado, há pessoas sérias, que andam mesmo investigando a possibilidade de ocorrerem falhas no nosso até agora, supostamente imaculado, sistema nacional de votação, sem qualquer prevenção ou intenção político-partidária.

    É o caso dos participantes do 1º Forum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas, promovido pelo ICMC, Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação, da USP, entidade de notório saber, realizado no dia 27 de abril deste ano no Campus da USP de São Carlos, SP.

    As doutas senhoras e senhores concluíram que o sistema atual está sujeito a fraudes, e, por isso, encaminharam ao TSE um memorando apoiando a transição para um sistema mais seguro.

    Quais teriam sido as falhas detectadas ?

    Como será possível impedir sua reincidência ou que outras investidas contra a segurança do sistema sejam praticadas com sucesso, e como deverá ser feita essa desejada “transição para um sistema mais seguro ?”

    Se é cientificamente comprovável que o sistema pode ser fraudado, por que o TSE ainda não se manifestou para a sociedade brasileira, garantindo 100% de inexpugnabilidade ?

    Cautela ? Caldo de galinha? Quer ganhar tempo ? Não dá tempo para mudar o sistema até 2014 ?

    As eleições de 2014 serão as mais importantes dos últimos 24 anos, vão decidir para que lado o Brasil vai. Com dúvidas pendentes em relação à segurança, o resultado das urnas pode ser contestado, aqui e ali, e a imagem da “infalibilidade papal” do sistema, arranhada.

    É até aceitável que a grande maioria dos eleitores, os partidos, os institutos de pesquisa, os candidatos, os juízes do TSE e até a mídia não deem muita atenção ao assunto, já que, até este momento, salvo engano meu, nada se comprovou de maldade, de mão-de-gato, que tenha alterado flagrantemente um ou mais resultados eleitorais, seja onde for.

    Porém, os detetives do ICMC e seus convidados para o Forum colocaram em dúvida a incolumidade do sistema a ataques de qualquer natureza ou finalidade.

    Afinal, o que há de tão misterioso por trás da santa urna da eleição nossa de cada 2 anos ?

    No próximo bloco, vamos dar uma espiadinha nas conclusões do 1º Forum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas, realizado no campus da USP de São Carlos, SP. Estavam lá especialistas em política e em segurança da informação, verdadeiros Sherlock Holmes dotados de alta competência para esmiuçar e revelar os possíveis pulos do gato.

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  45. Continuação de URNA ELETRÔNICA : VOCÊ CONFIA ? POR QUE ?

    O 1º Fórum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas foi iniciado com a palestra do engenheiro Amilcar Brunazo Filho, especialista em segurança de sistemas de informática e moderador do fórum VotoSeguro.org.

    Ele apresentou os princípios básicos de um sistema eleitoral tradicional eletrônico, e levantou o conflito entre os princípios da inviolabilidade absoluta do voto e da publicidade: “O autor do voto deve ser absolutamente secreto, mas o conteúdo do voto deve ser absolutamente público”, completou.

    Discorreu também sobre a disponibilidade absoluta. “É necessário que se faça um sistema seguro, mas com objetivo social. O sistema não pode falhar”.

    O especialista apresentou ainda o trâmite do projeto de lei cujo artigo 5º regulamentaria o avanço da segurança das urnas brasileiras para a chamada segunda geração, permitindo a auditoria dos resultados por meio da impressão da cédula do voto, bem como suspensão sumária desse artigo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) logo após a sanção da lei, com alegações de ordem técnica e jurídica.

    Na segunda palestra, o professor Diego Aranha, da Universidade de Brasilia (UnB), apresentou os detalhes de seu relatório técnico sobre a segurança das urnas eletrônicas, resultado de testes feitos em 2012 por meio de edital do próprio TSE.

    Segundo o pesquisador, sua equipe conseguiu, com sucesso, atingir o nível de fraude do sistema, pois recuperou a lista de votação completa durante o tempo de análise da urna, além de descobrir que um número muito importante para decodificar todo o registro de votos, era justamente a hora de inicio de operação da urna, informação pública, impressa nos boletins de urna que são enviados aos partidos.

    O palestrante destacou que o TSE não considerou o ataque como sendo capaz de causar fraude, e sim de causar apenas falhas no sistema da urna, o que, segundo Aranha, não corresponde com os reais feitos de sua equipe.

    Por outras palavras, o TSE desqualificou a façanha da turma do professor Diego Aranha.

    Os membros da banca do edital concordaram com o “feito técnico” (ataque bem sucedido) da equipe da UnB e o entenderam como um sucesso na execução de fraude, demonstrando a fragilidade do sistema de segurança das urnas.

    Mas então por que essa bravura científica exitosa não foi noticiada na mídia ? Pelo menos teria deflagrado uma polêmica sadia a menos de 1 ano e meio das próximas eleições. Ainda dá tempo para blindar completamente o sistema contra fraudes.

    Vamos acompanhar esse lance.

    Aranha informou que sua equipe apresentou um relatório técnico ao TSE para adequação de todas as irregularidades nas urnas. Segundo ele, o TSE respondeu dizendo que tais requisitos haviam sido atendidos, porém, não divulgou um boletim informando quais detalhes e procedimentos haviam sido tomados.

    Continua no próximo bloco

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  46. Parte final do artigo URNA ELETRÔNICA : VOCÊ CONFIA ?
    POR QUE ?

    Mesa redonda e resultados

    Após as palestras do 1º Fórum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas, do ICMC/USP, houve a mesa redonda que contou com a participação de Pedro Floriano Ribeiro e Maria do Socorro Braga, pesquisadores em ciência política da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Kalinka Castelo Branco e Mario Gazziro, docentes do ICMC, e Oscar Marques, do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO). Participou também do debate Vilson Palaro Junior, juíz de direito civil e juiz eleitoral de São Carlos.

    Após o debate, a conclusão dos participantes do evento foi que as fraudes podem realmente acontecer, passando despercebidas pela justiça eleitoral.

    A partir dessa informação, um memorando de apoio ao projeto de lei que obriga a transição para urnas de segunda geração foi preparado pelos participantes do fórum, com a promessa de ser encaminhado ao TSE, em Brasília.

    O documento na íntegra está disponível em http://goo.gl/BhFgH.

    A discussão sobre a imunidade da segurança da urna eletrônica deve continuar. Os organizadores do 1º Fórum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas pretendem realizar em 2014 um congresso nacional de segurança do voto eletrônico, com inscrição de trabalhos, estendendo o tema aos sistemas de transmissão de informações eleitorais, sistemas de totalização de votos, servidores de exibição dos resultados parciais e de pesquisas na web.

    Só que, dada a velocidade quase parando da burocracia, as eleições de 2014 vão ser mesmo disputadas sob a suspeita, cientificamente comprovada (nesse Forum), de ser possível fraudar as decisões do eleitor. Que chato, não ?

    A filmagem com a íntegra das palestras e da mesa redonda do fórum está disponível no canal do ICMC no YouTube: http://youtu.be/4_706EoJMjU

    Eleitor, preste atenção. Fique atento. Assista à filmagem no youtube.

    Essa gente boa do ICMC precisa de torcida. E você precisa saber o que é feito do seu voto depois que ele é engolido pela boca da urna...



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    1. Comentário de Rogério Marques, jornalista :

      "Interessante. Eu nunca tinha visto nenhum questionamento quanto à segurança dessas urnas contra fraudes. Ao contrário, o que eu sei até agora é que nos estamos até exportando essa tecnologia até mesmo para países mais desenvolvidos economicamente. Vou buscar outras informações sobre o assunto."

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  47. A CAMPEÃ DE AUDIÊNCIA “INVADE” PROGRAMAS DE OUTROS CANAIS

    Não sei o que você acha disso.
    Não sei se é uma invasão consentida, como parece ser, ou uma apropriação indébita de valores da Globo por certos programas das concorrentes.

    Vamos com calma; Tentarei explicar melhor.

    Eu me refiro à veiculação de imagens, sons e conteúdos da Globo (consentida ou autorizada ou não impedida por ela) por produtores de programas das concorrentes.

    Por que não o inverso, artistas da Record, da Band, etc sendo entrevistados ou focalizados em programas da Globo ? Bem, aí se compreende, é a lógica do poder de atração do mais forte sobre a massa de telespectadores.

    Eu já fui da Globo, e se estivesse lá, gostaria, porque a emissora líder, com tamanha generosidade da concorrência, está adicionando, involuntariamente, audiência fora do seu território e valorizando o seu branding, agregando satisfação (ao funcionário) como um plus do salário, uma espécie de orgulho que ele sente quando seus colegas artistas, diretores (artísticos), e conteúdos são citados ou entrevistados em programas das concorrentes. Isso tem ocorrido com grande frequência em programas do tipo CQC, Pânico e Agora é Tarde (Band), A Tarde é sua (Rede TV, com Sônia Abrão), TV Fama (Rede TV), Super Pop com Luciana Gimenez (Rede TV), Mulheres (TV Gazeta), e até no Programa do Ratinho (SBT).

    A recorrente busca por celebridades globais de novelas, especialmente perto do encerramento (quando a Globo dá mais de 45 pontos, “Salve Jorge” é um bom exemplo) por parte de produtores das rivais, é uma tática interessante para conquistar audiência ou manter o espectador por mais alguns minutos ou horas fora da Globo. O que me desagrada e, ao mesmo tempo, me diverte (quando não beira as raias do ridículo) é o tratamento desrespeitoso, pejorativo, de humor de gosto duvidoso, que os comunicadores gaiatos sapecam no artista-vítima desse tipo de bullying eletrônico.

    Às vezes me passa pela cabeça se essa “invasão consentida” de conteúdos da Globo em outros canais é fruto de falta de imaginação ou de recursos de criatividade para aumentar a audiência ou elevar o astral do programa e/ou do comunicador, já que o que acontece de fato na TV, a grande maioria do que é comentado e gera polêmicas em praticamente todos os veículos de mídia, tem o DNA da Globo, onde estão os atores, atrizes, autores e diretores de novelas mais conceituados e premiados, uma máquina gigantesca de telejornalismo e esportes, a propriedade do passe do Roberto Carlos e dos direitos de transmissão de Copa das Confederações, da Copa do Mundo de 2014, etc.

    Eu já escrevi aqui e repito. Preferia quer fosse diferente, que as outras emissoras tivessem capital e peito para concorrer diretamente com a campeã de audiência, porque os profissionais que dependem da televisão para viver teriam maiores oportunidades de trabalho, acesso a salários maiores, aos benefícios e direitos sociais como os que são garantidos pela Globo aos seus funcionários.

    A Globo foi minha universidade, eu me sinto profissionalmente realizado por ter sentado lá naquela bancada ambicionada do JN e ter sido visto e ouvido por milhões numa certa fase da minha vida..

    Agora, outros 500 são estar numa concorrente e sofrer a tentação de ter de falar (bem ou mal) de conteúdos da Globo. Como ainda não tive essa experiência, não sei como me comportaria.

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    1. É Berto, acho que tudo faz parte de uma grande salada... as outras emissoras tem medo de ousar e encarar a Globo, que, nessa vai levando a melhor até porque investe em qualidade (as vezes duvidosa, mas...). Essa Nem Salve, Jorge foi o maior fiasco da emissora, que tenho a certeza não se repetirá, ninguém sabe o que aconteceu com a Glória Perez que já fez coisas ótimas, enfim... ela chegou a dizer que pagava às pessoas para falarem mal da novela, tamanho o grau de nonsense da coisa... ainda estou esperando meu pagamento, rs rs... Mas ainda não vejo nenhuma emissora com cacife pra desbancar a audiência da vênus platinadada...

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    2. MATANDO A SAUDADE

      Da voz e molejo do Wilson Simonal.
      A música é a minha nau onde viajo pela vida.
      Para a frente e para trás.

      Aqui, Simona canta “Sá Marina”.
      http://www.youtube.com/watch?v=jL3xK79ysn0

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  48. TEVÊNCIAS

    O MIMETISMO NA TV : ETICAMENTE CENSURÁVEL OU UM RECURSO VÁLIDO ?

    Chacrinha é citado como autor do célebre jargão “em TV nada se cria, tudo se copia”.

    Quem cria, dirige e põe no ar programas de televisão deve evitar a tentação de copiar e colar, como se faz no computador, principalmente em pesquisas escolares ou quando se tem pressa de entregar um trabalho que pretende ser “autoral”.

    É difícil mas não impossível criar e produzir um novo programa de TV ou uma nova cara para uma emissora que não seja parecido com nada, que seja original.

    Exemplo : a Globo News. Seu visual e sua proposta ainda são fato novo no cipoal do telejornalismo.

    Imagino o trabalho dos cenógrafos e diretores de arte procurando cores, luzes e linhas arrojadas que não lembrem os programas de mesmo gênero que estão no ar. Imagino os comunicadores procurando fórmulas de estilo e texto que os diferenciem do lugar comum, para abraçar e reter o telespectador, tentando impedi-lo de escapar pelo controle remoto, nas passagens de bloco e antes do intervalo comercial... É uma ginástica extenuante, porém estimulante, para os neurônios.

    Também é valido o profissional de criação se inspirar num determinado padrão de qualidade e criar coisas que não procurem lembrar ostensivamente o modelo em que o criador mirou mas demonstrem qualidade criativa diferenciada, uma evolução do modelo.

    O telejornal, por exemplo, é um programa com DNA, cada telejornal tem o seu DNA, o seu apresentador, os seus repórteres, a sua linha editorial, o seu espectro de matérias preferenciais de reportagem, a sua forma pessoal de passar a mensagem. Podem ser parecidos no formato, no tom de voz, na manchete mas o telespectador sabe onde, em qual telejornal, buscar o que deseja saber.

    A Record introduziu em sua estratégia de conquista de audiência, e segue usando, o mimetismo de procurar ser percebida, em certos momentos, como se fosse a própria Globo, por meio da projeção, em áudio e vídeo, de traços genéticos da identidade da líder que podem confundir o espectador sobre em que canal está.

    Como se fosse o bicho folha, que é confundido com a folha de uma determinada espécie de planta.

    Inteligente ou eticamente censurável ?
    Não seria melhor buscar uma identidade própria, ter personalidade própria ?

    Em marketing, brigar com o(a) líder é uma forma de evidenciar que é o(a) maior rival do(a) líder, e que um dia vai sobrepujá-lo(a).
    A Record (onde trabalhei entre 1965 e 1967, sob outra direção) tem dado mostras de mimetismo deliberado com a Globo, até nas chamadas de programas da grade.

    Sei que em outra época tentou contratar o Dirceu Rabelo, locutor titular das chamadas da Globo, um profissional de ouro. Não levou mas vem tentando, há tempos, encontrar uma voz parecida que lembre o estilo do Dirceu e tenha o gene sonoro das chamadas da Globo. Ás vezes, a semelhança é tanta que parece que achou o cara.

    Outro ponto desse mimetismo de resultado são os títulos de alguns programas, como “Esporte Fantástico” e “Domingo Espetacular” (para o espectador distraído, um jogo de palavras que lembra o Esporte Espetacular e o Fantástico, uma “genialidade”...).
    Qualquer hora eu volto mais com mais tevências...

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    1. RECORD IMITA O QUE DÁ CERTO NA GLOBO

      Essa é velha.
      Todo dia qualquer um pode ver e comprovar, é só sintonizar numa e noutra, e comparar. Em certos horários, programas e intervalos comerciais, a semelhança (ou coincidência, ou imitação) é mais evidente.

      No artigo aí em cima, "Tevências" (neologismo que tenho a coragem de lançar aqui, fusão de "TV" com "vivências") toco nisso.

      Monica Iosi e Marcelo Tas, repórter e âncora, foram direto ao ponto na edição de ontem (2ª.feira, 27) do CQC na Band.

      Naquele tom de humor irreverente, brincalhão – marca registrada da produção (embora, às vezes, derrapando no mau gosto), Mônica foi aos bastidores das festas de lançamento das novelas “Amor à vida” (Globo) e “Dona Xepa” (Record) e não perdoou. Disse com todas as letras, nas perguntas cheias de veneno, ardilosas, ensaboadas, para atrizes e atores de ambas, que a Record imita a Globo nas novelas. Tas foi mais longe, afirmou que emissora do Bispo imita a Globo em tudo.

      Dois pontos : o remake de Dona Xepa, exibida pela Globo em 1977 no horário das 18 hs, reforça a fama de imitação que ronda a imagem da Record.

      Mas é artifício válido para chamar audiência. Se a audiência vai se manter boa das 22:15 às 23:15 hs, aí é com a competência do canal em atrair e fidelizar telespectadores e do pessoal que pilota a novela.

      Transmitir Dona Xepa a partir das 22:15 hs (antes de terminado o capítulo de “Amor à Vida”, exceto nas 4as.feiras de futebol ao vivo, território inteiramente dominado pela Globo) é uma decisão de risco. É como se a Record insinuasse ao telespectador da novela global que se mude rapidamente para a nova versão de Dona Xepa exatamente às 22:15 ao invés de assistir aos blocos finais do capítulo da novela concorrente. Ou virar para a Record assim que terminar o capítulo da novela da Globo.

      Será que a trama e a atuação dos personagens da Xepa recordiana tem esse poder de sedução, de atração fatal?

      Em TV, o hábito (de ver) faz o monge...

      Não existe monopólio de audiência sem a cumplicidade do espectador.

      Os estrategistas da Record terão que ralar muito para fazer migrar a audiência do rebanho da novela das 9 da Globo para o seu redil. A conferir.

      A Record se autoproclama a única emissora capaz de desbancar a Globo do topo. Não sei não. Está no meio de uma faxina de demissões e parece que a emissora vai terceirizar programas de sua grade com produtoras independentes. Taí um novo mercado para estas, atualmente dependentes de espaços em canais alternativos.

      Se você gosta de acompanhar bastidores de programas, índices de audiência, etc, recomendo dar uma entradinha no site http://tvfoco.pop.com.br/audiencia/
      A notícia de demissões na Record está nele.

      Berto Filho

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  49. FELIPE ANDREOLI, DO CQC, DÁ UM SELINHO NO ATOR JOSÉ DE ABREU

    Não sei se os meus leitores e colaboradores gostam de ler (e ver) cenas e assuntos mundanos.
    Se não gostarem, não vejam...

    Deu no MSN.
    Está no link
    http://entretenimento.br.msn.com/famosos/giro-famosidades-420#image=2

    Terá sido um arroubo repentino motivado pelo clima de celebração dos “50” (?) anos da TV brasileira ?
    Faz parte de alguma campanha contra a homofobia ?
    Ou rolou algo mais que só eles sabem ?

    Antes do beijo, um reparo : a extinta TV Tupi foi inaugurada em 18 de setembro de 1950. Portanto, se não perdi minha habilidade de fazer conta de somar, o certo é comemorar os 63 anos em setembro deste ano... Por que jogaram fora os primeiros 13 anos ?

    O beijo na boca, sexualmente correto, mais profundo e demorado que os selinhos da Hebe e que esse, insólito, entre dois representantes do sexo masculino, é o trocado por casais hétero em cenas tórridas de filmes (desde o cinema mudo, com Rodolfo Valentino), peças de teatro, fotonovelas de antigamente, nas atuais telenovelas, nos bares e boates, e outros points públicos mais ou menos reservados.

    Diz o competente mestre Wikipedia que o primeiro beijo eletrônico ao vivo – claro, hétero, e provavelmente ensaiado – aconteceu em 1951 numa das cenas da primeira telenovela transmitida pela TV brasileira, no caso, a TV Tupi : “Sua vida me pertence”, do autor e galã Walter Forster.

    A novela estreou em 21 de dezembro de 1951 e foi até 15 de fevereiro de 1952. Teve apenas 20 capítulos com cerca de 15 minutos cada, exibidos, duas vezes por semana, ao vivo, às 20 horas. Estavam no elenco, entre outros, Vida Alves, Lia de Aguiar, Dionísio de Azevedo, Lima Duarte e o próprio autor, Walter Forster.

    O primeiro beijo da televisão brasileira aconteceu nessa novela, entre Walter Forster e Vida Alves.
    Terá sido um selinho ?

    Oi, vovó, larga do tricô e entra na internet ... o mundo está virado de cabeça para baixo... help me !
    Gosto só de mulher...

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    1. Acho que é um pouco o que vc menciona no comentário da invasão... uma forma de segurar a audiència, usando celebridades do canal concorrente... quando ao selinho, acho uma bobagem e o Zé surpreendeu... rs rs

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  50. Oi sobre as urnas eletrônicas já r3ecebi várias matérias falando sobre a facilidade em fraude, e, pensando bem, porque os EEUU que se intitulam o bastião da democracia não adotam??? Em uma das matérias li que a eles interessa exatamente isso: nos países onde os resultados podem ser manipulados eles dão todo o apoio para poder tirar as suas vantagens. Pra mim faz toto o sentido...

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  51. QUEM APAGOU A LUZ DO BOLSA FAMÍLIA NO FIM DO TUNEL?

    O grande apagão do último fim de semana, verdadeiro programa de índio (por favor, passo bem longe de ter a intenção de ofender os nossos antepassados de todas as tribos), deixou na escuridão e no desespero sem causa e sem calça, milhares de beneficiários do Bolsa Família, que chegaram a invadir agências bancárias para fazer saques antecipados (???) ou capturar uma grana extra (R$ 300,oo), prometida por algum falso profeta do apocalipse now.

    O boato soava sombrio : O BF acabaria no domingo ou no dia 31 de maio. Parecido com o boato do fim do mundo em 31 de dezembro de 2012, ou com o bug do milênio..

    E o culpado de tão insana e perversa trama ?
    A grande imprensa das capitais, jornais e rádios desse mundão do interior - a mídia impressa e eletrônica de massa - não tem culpa no cartório, ela só noticiou o fato quando tomou conhecimento do tumulto que estava acontecendo em pelo menos 12 cidades. Como diz o jornalista Carlos Chagas, com quem trabalhei em 1998 na TV Manchete, em um dos seus brilhantes artigos na Tribuna de Imprensa, prevalece a máxima de que a imprensa aumenta, mas não inventa.

    O boato pérfido fluiu com a velocidade de um Bolt apenas pelas redes sociais. Nelas, os boatos podem ser lançados na presunção do anonimato. É quase impossível descobrir por onde começou ou como foi planejado. Só o verdadeiro autor, não identificado até o momento da publicação desse post, sabe como, onde, quando e porque.

    Retorno a Carlos Chagas, que descartou os empresários (“...vivem entre o mar e a montanha nos fins de semana”), e os comunistas (“Não se pode mais acusar os comunistas, como no passado. Eles já ganharam a estratosfera...”).

    Absolveu também os sindicatos e a Igreja :
    “Dos sindicatos não há que falar, muito menos da Igreja, empenhada em celebrar o Pentecostes.”

    O MST e outros movimentos sociais não foram sequer mencionados pelo Chagas. Podem ser abonados pela presunção de inocência ?

    E pergunta : “Aliados descontentes com falta de favores e benesses?” E responde, peremptório : “Não depois da votação da medida provisória dos Portos, aprovada às custas de montes de promessas do palácio do Planalto de que agora serão atendidos em seus pleitos.”

    Carlos Chagas esbarrou no nervo ciático do PT :
    “Os sabotadores do PT que ainda sonham com a substituição de Dilma pelo Lula, como candidato presidencial no ano que vem? Seria mais do que um tiro no pé, pois na cabeça, se chegassem a tanto.”

    Foram desocupados querendo incendiar um fim de semana modorrento, tedioso ?
    Teria sido o atentado do Riocentro às avessas ? Tem gente que acredita que com mais um ou dois apagões como esse, Dilma se elege ainda este ano...

    Ainda Carlos Chagas : “As redes sociais podem ter servido de instrumento para inocular o medo e a indignação nas camadas beneficiadas pelo bolsa-família, mas não foram a sua causa.”

    E fulmina, irônico : “Na hipótese de malograrem as investigações da Polícia Federal, será suficiente alegar a combustão espontânea das massas? Melhor convocar Sherlock Holmes, monsieur Poirot e o comissário Maigret, porque esse bando de novos detetives surgidos de medíocres autores policiais não darão para a tarefa investigativa…”

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    1. POLICIA FEDERAL TÁ NA PISTA DA ORIGEM DO BOATO

      Hoje faz uma semana que o boato do fim do Bolsa Família desencadeou uma corrida alucinada, depredação, vandalismo e quase 1 milhão de saques em agências da Caixa.
      Aconteceu no sábado, 19 e no domingo, 20 de maio de 2013.
      A Policia Federal suspeita que a primeira centelha teria partido de uma empresa de telemarketing e se espalhado por celulares. É essa a hipótese de canal físico de disseminação que norteia as investigações da Policia Federal.

      O Planalto está empenhado em chegar ao autor, faz figa, discretamente, para que a PF encontre indícios e provas de que a autoria é da oposição. O Estadão publicou no dia 24 de maio a nota que segue no link
      http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/pf-investiga-mensagens-de-celulares-com-boatos

      Nela, dá para sentir o cheiro de pólvora precursor de que vem chumbo grosso, nas palavras do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, de que o ato resultou de uma orquestração. Só não disse ainda de onde partiu e qual a intenção porque ainda não tem certeza.

      Segundo a matéria do Estadão, a Secretária Maria do Rosário, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, escreveu no seu twitter que a oposição havia espalhado os rumores sobre o fim do BF. Mas o Planalto puxou as orelhas dela e tampou sua caneta. A torcida é grande mas não pode comemorar o gol sem a bola ter entrado...

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. O BOLSA FAMÍLIA NA SUCESSÃO DE 2014

      A corrida às agências da Caixa nos dias 19 e 20 de maio, causada pelo alastramento do boato sobre o fim do Bolsa Família que atingiu 12 cidades, deixou as páginas policiais e sentou praça definitivamente na seara política.

      Hoje, 3a.feira, 28, o presidente do PSDB e potencial candidato a presidente da República em 2014, senador Aécio Neves, ao comandar pela primeira vez a Executiva Nacional do partido, exigiu (ou sugeriu ?) que a presidente Dilma convoque uma cadeia nacional de rádio e TV. peça desculpas à Nação e, naturalmente, isente a oposição de qualquer culpa no episódio.

      A PF ainda não concluiu a investigação e, portanto, ainda não há culpados identificados fora dos domínios da Caixa.

      Aécio disse que a oposição não aceita as desculpas do presidente da CEF, Jorge Hereda.

      O curto circuito no BF ainda não foi digerido nem dissecado nas suas entranhas.

      Aécio disse que a oposição foi envolvida "levianamente" em denúncias de ter plantado e disseminado o boato.

      Conforme este blog havia informado, a acusação contra a oposição aflorou primeiro no twitter da secretária dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, como um desabafo imprudente, tanto que teria levado um carão da presidente porque não havia prova de nada ainda, não cabia prejulgamento político e a Policia Federal estava iniciando a investigação. Maria do Rosário retirou o comentário do seu twitter mas o rastro (a repercussão) não foi apagado.

      Depois, a denúncia foi de certa forma insinuada, de forma velada, nas declarações cuidadosas do Ministro da Justiça, que deixou no ar a suspeita de que o ato teria sido orquestrado, ou seja, haveria um maestro regendo essa orquestra. Que maestro será esse ?

      A indignação do governo federal foi num crescendo e até a presidente qualificou de "criminosos e desumanos" os autores da insensatez.

      Aécio também informou que o PSDB e o DEM estão recorrendo ao Ministério Público e ao Banco Central para participar das investigações da Polícia Federal.

      Pode ser que a politização dessa dissonância "orquestrada" eleve bastante o tom dos interlocutores e produza declarações mais inflamadas do que habitualmente, a 17 meses das eleições de outubro de 2014.

      A sucessão já está deflagrada, oficiosamente.
      Tem muita lenha para queimar nessa fogueira de paixões que, em 2014, vai ter a parceria da combustão das paixões da Copa do Mundo. Uma trégua aparente de paz eleitoral.

      Boatarias podem continuar rolando, ora numa, ora noutra direção.

      Mas o Bolsa Família é intocável, ninguém mexe.
      Só se for para melhorar.

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  52. Querido Berto Filho,
    Parabéns pela sua trajetória e carreira brilhante.
    Foi um imenso prazer ter você como apresentador de um dos vídeos institucionais que criei. Sua voz, entonação, articulação e maestria em narrar uma história deram ainda mais valor ao meu texto.
    Fiquei muito feliz também de contar com sua presença no lançamento do meu livro "Poemarketing". Para mim, meus pais e tantos presentes que passaram anos ouvindo as notícias do Brasil e do Mundo na sua voz, foi uma honra e uma linda lembrança de momentos importantes na vida de cada um de nós.
    Sucesso ao seu blog, aos projetos que apóia, como a Ong O´Surfe, e muita saúde e vitórias!
    Grande abraço, com admiração do amigo.
    Johnny Soares

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    1. Johnny,
      com o seu testemunho, sincero, que me comove, meu currículo fica mais encorpado.
      Obrigado por acompanhar este escriba e tomar um trago de informação e reflexões nesse bar da esquina.
      Berto Filho

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  53. Meu presente de sexta-feira ...

    O hit do Latin Jazz "Morning" para ouvir sem parar...
    Música de Clare Fischer, interpretação de Eugenio Toussaint e Sergio TIMO Quintana

    http://www.youtube.com/watch?v=yDmCIfkA0D8
    Diz se gostou ...

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  54. UM LUXO SÓ.

    A linda violinista "rock star" Lucia Micarelli e o trompetista Chris Botti em "Emmanuel", para ver e ouvir no camarote.

    http://www.youtube.com/watch?v=m8NN4fpdm40&feature=endscreen&NR=1

    Leia, ouça e veja tudo de bom aqui no blog www.bertofilho10.blogspot.com

    Berto Filho

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    1. MINUTINHOS DE LEMBRANÇAS

      Recuperando a memória.
      A fabulosa Elis Regina, na TV Record (anos 60) imitando Angela Maria, Isaura Garcia e Maysa. Incrível, eu trabalhava lá na época (editei e apresentei telejornais na Record entre 1965 e 1967), devo ter visto essa edição do Fino da Bossa mas me surpreendi ao ver e ouvir este link no youtube.
      Saboreie.
      https://www.youtube.com/watch?v=YS3Tg0_mIDE
      Berto Filho

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    2. FLASH BACK COM PETULA CLARK

      Petula Clark é uma das minhas chanteuses queridinhas, ouço com prazer sempre renovado. Sua voz faz parte do meu imaginário musical, uma seleção de estrelas do nível de Elis, Maysa, Claudete Soares, Elizeth Cardoso, Ella Fitzgerald, Peggy Lee, Leny Eversong, Vera Brasil e outras que ficam temporariamente atrás da cortina por falta de espaço...

      Você se lembra da voz dela ?
      Certamente já ouviu muitas vezes em algum momento do passado o hit “Don’t sleep in the subway”, do final dos 60.
      Curta de novo.
      http://www.youtube.com/watch?v=bvKj8lTuVtk

      Reeditei (sem cerimônia e sem vergonha) um texto do Wikipedia sobre ela e publico a seguir.

      A inglesa Petula Clark, nascida em 15 de novembro de 1932, começou a carreira aos 7 anos.
      4 anos mais tarde, em 1943, aos 11 anos, interpretou uma coletânea de canções patrióticas compostas para levantar o moral das tropas britânicas na Segunda Guerra Mundial.

      Depois do “serviço musical militar” cumprido com êxito, ao lado de Julie Andrews e Anthony Newley, Clark debutou no cinema com o filme "A Medal for the General", em 1944. No alvorecer dos anos 50, já era uma superstar em todo o Reino Unido. Atuou em duas dúzias de filmes.
      Em 1954 obteve o primeiro sucesso popular, "The Little Shoemaker".

      Em 1960 a canção "Sailor" alcançou o topo do ranking.
      Em 61, vendeu 1 milhão de cópias nas asas da canção "Romeo". Em seguida, despontou com "Ya Ya Twist", "Chariot" e "Monsieur", músicas que marcaram uma nova fase de seu repertório, mais sofisticado e escorado por vocais cristalinos.

      Surfando a onda da invasão musical britânica, Clark pôde finalmente penetrar no mercado norte-americano em 1964 com o mega sucesso - ganhador de um Grammy - “Downtown”, aliás, o primeiro e único de uma singer inglesa que estourou nas paradas do Top Ten (dez mais) dos EUA. Petula somou novas conquistas no Top Ten, com “I Know a Place” em 1965 ; “I Couldn't Live Without Your Love” e o estrondoso “My Love”, em 1966.

      Ao mesmo tempo brilhou em toda a Europa, escalando as primeiras posições das paradas em 1967 com a canção “This is my Song” feita para o filme “A Countess From Hong Kong”. Atuou num programa dela mesma na BBC de Londres e em 1968 participou do controvertido especial do canal NBC, no qual os patrocinadores pediram que um segmento com o convidado Harry Belafonte fosse editado por ele ser negro e estar encostado em Petula Clark nas gravações. Depois de um protesto de Clark o filme permaneceu conforme a gravação.

      No fim dos anos 60, Petula Clark encantou os dois lados do Atlântico com “Don’t Sleep in th Subway”, “The Other Man’s Grass is Always Greener” e “Kiss Me Goodbye”.
      Em 1968 voltou ao cinema estrelando “Finian’s Rainbow”. Em 1969 atuou em “Goodbye Mr. Chips”.

      Recentemente seu hit “Downtown” enriqueceu o seriado “Lost”, da American Broadcasting Company americana, quando a personagem Juliet (Elizabeth Mitchell) a escuta. Esse mesmo hit fez parte da trilha sonora do filme "Girl interrupted" (Garota interrompida, em português), lançado em 1999, com a participação de Winona Ryder e Angelina Jolie.

      Berto Filho com Wikipedia

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  55. MENINOS, EU VI

    O tema é ida de Neymar para o ainda eldorado frondoso do futebol mundial, a Espanha, a terra prometida onde correm o leite, o mel e os salários bilionários dos astros da pelota. É como se Neymar fosse um surfista profissional e tivesse que competir no Hawaii... no templo das ondas.

    Mas antes, tenho que dar uma paradinha no Pelé.

    Meninos, eu vi.
    Não, não é artigo do Arnaldo Jabor com o mesmo título.
    Não é a poesia da música do Chico Buarque.
    Nem é a poesia I Juca Pirama, do vate, etnógrafo, jornalista e teatrólogo bissexto (escreveu 4 peças para teatro) maranhense Gonçalves Dias.

    Meninos, eu vi Pelé nascendo para o futebol, aos 16 anos. Meus e dele. Guardei bem as imagens dos seus gols fabulosos – inclusive as que foram torradas no incêndio da TV Record, em julho de 1966 -, das suas arrancadas e tabelas irresistíveis com Pagão, Coutinho ou Toninho, os 11 anos de vitórias seguidas do Santos sobre o Corinthians, enfim, meninos, eu vi um Pelé sempre fiel ao Santos. Sempre jogou lá e só lá. Minto, uma vez vestiu a camisa do Vasco mas foi um amistoso...

    Mas os tempos são outros, o futebol virou negócio de bilhões, o amor à camisa perde de goleada para o amor ao dinheiro...

    E agora, vendo Neymar, meninos, eu vi de novo um filme parecido.
    Não estou comparando Neymar com Pelé. Não dá.

    Deixando de lado a fortuna que vem atrás da fama, a saída de Neymar do futebol brasileiro é mais importante do que parece pelo vazio que vai deixar. O Santos sem ele vai ser o que ? Um time normal, como todos os outros.

    Vamos sentir muitas saudades de suas coreografias nos gramados. Ele é festa, repentismo, arte, velocidade, improviso, malabarismo em estado puro.
    Tudo bem, pode surgir outro – quem sabe no mesmo Santos – mas vai demorar. Um fora-de-série natural como ele não nasce por combustão espontânes nem por experiência em laboratório. Foi ungido por Deus com um talento primoroso para lidar com a bola e uma aura muito especial que o tornou quase um filho de todas as casas, como um dia foi Ronaldo Fenômeno.

    Sim, vamos sentir falta dele. E teremos que ver os jogos do campeonato espanhol se quisermos continuar curtindo o jogo do Neymar. Como curtíamos os gols de Romário, Rivaldo e Ronaldo pelo Barcelona ou os de Kaká, agora no Real Madrid.

    Ele recuperou a molecagem de Garrincha, foi um Macunaíma transformando marcadores em joões ultrajados a rigor.

    É verdade que, de uns tempos para cá, os joões brasileiros e estrangeiros parecem ter descoberto um meio de parar Neymar, com o auxílio de colegas que ajudam a congestionar aquele território de ousadia por onde o ainda franzino azougue começa o seu fuzuê. Vai da ponta esquerda, no meio campo do adversário, na direção do centro da grande área. Se derem espaço, invade a pequena área, dá dribles desconcertantes em espaços mínimos e põe a redonda no fundo da rede, no contrapé do goleiro. É sua marca, sua genialidade.
    Impedi-la é missão dos técnicos e zagueiros dos times adversários.
    Mas Neynar deve estar inventando outras artes, renovando o estoque de diabruras para enganar as muralhas europeias.
    Vai com Deus, Neymar, faz história, dá uma mãozinha pro Messi mas não esquece de batalhar pelo hexa em 2014.

    Berto Filho

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  56. NÃO QUERIA ESTAR NA PELE DELA

    Pois é. Quem mandou suspender o jogo do próximo domingo entre Brasil e Inglaterra no Maracanã alegando que o estádio não oferece segurança ao público ? Foi hoje, Dia de Corpus Christi.

    A pressão sobre ela deve estar avassaladora...

    São tantos os interesses em jogo fora do gramado, de tantas e tão poderosas instituições da mídia, do esporte e do poder público nas três esferas – municipal, estadual, federal – que custa acreditar que a liminar da doutora Adriana Costa dos Santos, juíza da 13ª Vara de Fazenda da cidade do Rio de Janeiro, vai prevalecer e ser acatada.

    O Ministério Público Estadual pediu à juíza, e foi atendido, que o jogo seja suspenso para "garantir a segurança" até que sejam apresentados laudos técnicos que comprovem que o estádio está em condições de sediar jogos e eventos."

    Por razões ainda desconhecidas do público, os laudos não foram entregues em sua totalidade.
    O relatório do MPE, que deve estar escorado em fotos e talvez filmes, revela a presença de materiais perigosos, como pisos mal fixados que podem causar acidentes, torceduras de pés, quedas, etc, e também pedaços de calçadas e restos de obras que, em tese, podem ser utilizados em tumultos e confrontos de torcedores. Num Vasco e Flamengo, até cabe.

    Felizmente nesse domingo não há risco de confronto de torcedores porque a seleção da Inglaterra não trouxe os hooligans... é um amistoso embora também seja um teste para as duas deleções e para o Maracanã.

    A juíza deixou uma portinhola aberta em sua sentença : se for comprovada em tempo (até sábado) a garantia de "segurança e higiene" do local, "a liminar perderá sua fundamentação, podendo ser revogada, realizando-se, então, o evento como já noticiado na mídia".

    E você, meu leitor, acredita que o Maracanã abre no domingo como está previsto e amplamente anunciado em toda a mídia ?
    Deixe a sua opinião.

    Berto Filho

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    1. Faltou dizer : seria extremamente aviltante para o governo e a CBF serem obrigados a pedir desculpas ao futebol inglês, à rainha Elizabeth e à FIFA porque o Maracanã não ficou pronto. Uma saída possível para não adiar o jogo seria transferir para o Mineirão, mas como ficariam os torcedores que já compraram os ingressos para ver o jogo no Rio ? Fora outras encrencas... É, tinha que ser no Maracanã mesmo, com qualquer tempo e do jeito que está.

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  57. Este comentário foi removido pelo autor.

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  58. NÃO DEU OUTRA : JUIZA REVOGA LIMINAR E DOMINGO TEM BRASIL E INGLATERRA NO MARACA

    Não é mais novidade. Todos os jornais de hoje estampam a notícia na primeira página.
    Conforme se esperava, o óbvio ululante do Nelson Rodrigues baixou no gramado : a juíza Adriana dos Santos, da 13ª Vara de Fazenda do Rio, revogou a liminar que atendeu o pedido do MPE para suspender o jogo, e o Maraca está liberado para ser palco do entrevero Brasil x Inglaterra no domingo, um teste para as duas seleções e para o novo Maracanã high-tech.

    O governo do Estado usou a portinhola da sentença da juíza, que mencionamos no nosso comentário de ontem, e corrigiu rapidinho a “falha burocrática” que amaaçava deflagrar uma situação absolutamente inusitada na história do maior do mundo. Coisa simples, entregou ontem na Suderj o laudo da PM garantindo a segurança do torcedor. que, provavelmente, já estava pronto, mofando numa gaveta qualquer da burocracia ...

    Acreditar no que diz esse laudo é questão de fé. Quem assistir verá...

    Será que os restos de obras e outros entulhos citados na decisão da juíza vão ser varridos para debaixo do tapete ou ficar ao alcance de arruaceiros de plantão ? O torcedor prevenido vai poder fotografar e filmar tudo aquilo que não combinar com a prometida paisagem de segurança. Depois é só enviar para as redações.
    Happy end e bola pra frente que atrás vem gente...

    Berto Filho

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    1. Está mais do que claro que houve pressão e não sei se torço pra tudo dar certo, ou pra dar m...... Se der certo agora, pode dar m... nos jogos oficiais. Prefiro que seja um fiasco nos jogos para deixar esse povo que se acha o dono da verdade com a cara no chão. De qq forma acho toda a situação um absurdo só... igual a tudo que estamos vivenciando no país ultimamente. Só está tudo certo nas propagandas do governo na TV, onde temos um país digno, com cultura, educação, sáúde e até apoio aos esportes!! a cada dia que passa tenho mais vergonha de ser brasileira. Parabéns amigo, pelo espaço livre para discussão de temas tão cabeludos. Bjs

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    2. O importante é praticar a democracia, exercer a liberdade de expressão, sem medo de patrulha. E, se possível, interferir na realidade. Isso é bem mais difícil no momento porque ainda não incomodo, o número de seguidores é pequeno, e o blog nesse formsto talvez não seja a mídia mais eficaz para esse efeito colateral. Mas vou insistir até onde der.
      Berto Filho

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  59. Li hoje no blog do Ricardo Noblat e publico aqui o comentário-reportagem do jornalista Sandro Vaia (dados no rodapé) que joga lenha na fogueira sobre a vinda de 6.000 médicos cubanos para trabalhar no interior do Brasil, que estaria sendo cogitada pelo governo brasileiro.

    História de um médico cubano, por Sandro Vaia

    O Dr. Gilberto Velazco nasceu em 1980 em Havana e recebeu seu diploma de médico em 15 de julho de 2005.

    No depoimento que me deu por e-mail e por telefone, disse que a sua graduação foi antecipada em um ano depois de uma “formação crítica e gravemente ruim”, excessivamente teórica, feita através de livros desatualizados, velhos, rasgados, faltando páginas, além de “uma forte doutrinação política”.

    No hospital onde fez residência havia apenas dois aparelhos de raio X para atender todas as ocorrências noturnas de Havana e não dispunha sequer de reagentes para exames de glicemia.

    Pouco adiantava prescrever remédios para os pacientes porque a maioria deles não estava disponível nas farmácias.

    A situação médica no país é tão precária que Cuba está vivendo atualmente uma epidemia inédita de cólera e dengue.

    Em 2 de fevereiro de 2006 foi enviado à Bolívia numa Brigada Médica de 140 integrantes -14 grupos de 10 médicos cada - que iria socorrer vítimas de inundações que nunca chegou a ver.

    No voo entre Cuba e a Bolívia conversou sobre assuntos médicos com o vizinho de poltrona e descobriu que ele não era médico, mas provavelmente oficial de inteligência cubana. Calcula que em cada 140 médicos 10 eram paramilitares.

    Na Bolívia, onde lhe disseram que iria permanecer por 3 meses, ficou sabendo que deveria ficar no mínimo por 2 anos, recebendo 100 dólares de salário por mês e que a família receberia 50 dólares em Cuba - quantia que, segundo ele, nunca foi paga.

    Viveu e trabalhou em Santa Cruz de la Sierra e em Porto Suarez, na fronteira com o Brasil.

    Todos os componentes da Brigada recebiam um draconiano regulamento disciplinar de 12 páginas, dividido em 11 capítulos, que fixava desde horários e requisitos para permissões de saída até regras para relações amorosas com nativos e punia contatos com eventuais desertores.

    Os médicos verdadeiros eram vigiados pelos falsos médicos que, segundo Gilberto, andavam com muito dinheiro e armas. Ainda assim, o Dr. Gilberto, em 29 de março de 2006, conseguiu pedir formalmente asilo político à Polícia Federal em Corumbá e foi enviado a São Paulo, onde ficou 11 meses.

    Pediu à Polícia Federal a regularização de sua situação para poder fazer os Testes de Revalidação Médica exigidos pelo Conselho Federal de Medicina, mas o pedido de asilo foi negado.

    Como o prazo de refúgio concedido pelo Conare - Comitê Nacional para os Refugiados - terminava em fevereiro de 2007, pediu asilo aos EUA no consulado de São Paulo, e em 2 de janeiro de 2007 viajou para Miami, Flórida, onde vive agora.

    A família do Dr. Gilberto foi penalizada por sua deserção com 3 anos de proibição de viagem ao exterior, mas atualmente vive com ele na Flórida.

    Ele trabalhou para uma empresa internacional de seguros de saúde, onde chegou a receber 50 mil dólares anuais, e atualmente está estudando para concluir os exames de revalidação de seu diploma médico nos EUA.

    Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br

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  60. Isso tudo dá um nó na minha cabeça!!! Cadê a excelência de Cuba na nmedicina??? E o documentário feito pelo John Moore????

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    1. A excelência de Cuba na medicina parece uma lenda envolta em denso mistério ideológico policial. O premiado diretor de cinema e roteirista Brian de Palma ("Missão Impossível", "Os Intocáveis", "Carrie, a estranha", "Síndrome de Cairo", "Scarface, etc) poderia fazer do tema um belo thriller de suspense e terror psíquico, ambientado no Caribe, com locações na Bolívia, Venezuela e Brasil. Estranho que a vinda de 6000 médicos de Cuba tenha sumido do noticiário da grande mídia. Será que furou ou avança na surdina ?

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  61. CESTA DE 3 E DE COSTAS:
    OSCAR SCHIMDT ESTÁ CURADO

    Notícia boa ! O glorioso Oscar, bam bam bam do basquete brasileiro de todos os tempos, irmão do Tadeu Schmidt (apresentador do Fantástico)reuniu a imprensa e anunciou, bem humorado, que está curado do tumor no cérebro (tirou 2). Chamou a imprensa porque, com a divulgação nacional. deixam de aborrecê-lo com telefonemas seguidos perguntando sobre a sua saúde.


    MURICY RAMALHO DEMITIDO DO SANTOS

    Várias vezes campeão, inclusive pelo Santos, currículo invejado, Muricy está na vala comum dos técnicos desempregados. Mas não fica muito tempo aí não.

    QUER PARAR DE FUMAR ?
    Leia o próximo comentário.

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  62. QUER PARAR DE FUMAR ?
    Então, é com você mesmo(a).

    Convivendo com fumantes e, portanto, fumante passivo, dou uma de Neymar e driblo a fumaça do jeito que posso. Sou desses caras teimosos que acreditam que o fumante inveterado é capaz de se livrar da dependência da nicotina, do alcatrão e seus asseclas, a menos que tenha determinado a si mesmo essa forma, ao mesmo tempo trágica e prazerosa (para ele ou ela), de praticar suicídio gradual.

    Fonte das dicas : MSN
    Vai fundo !
    Berto Filho

    Quem já tentou sabe que largar o cigarro não é fácil.
    No entanto, os dados do Ministério da Saúde mostram uma luz no fim do túnel: de acordo com a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), o percentual de fumantes no país passou de 16,2% em 2006 para 14,8% em 2012. Essa é a primeira vez que esse índice fica abaixo dos 15%.

    Vários métodos podem ser utilizados para deixar de fumar, desde a parada abrupta até o suporte de produtos à base de nicotina, as chamadas terapias de reposição.

    "São variados os fatores que influenciam na escolha do método, como motivação, medos sobre parar de fumar e sintomas de ansiedade", afirma a psicóloga Sabrina Presman, psicóloga e especialista em tabagismo , da Associação Brasileira de Estudo do Álcool e Outras Drogas (Abead).

    Segundo a especialista, um tratamento efetivo envolve a abordagem de três aspectos: físico, psicológico e comportamental.
    "Além de contornar a abstinência (físico), é preciso desvincular o cigarro de emoções como alegria ou tristeza (psicológico) e de hábitos como tomar café ou dirigir (comportamental)", diz a psicóloga. Só uma avaliação médica criteriosa é capaz de indicar qual o tratamento ideal para cada paciente.

    PRODUTOS E MÉTODOS ANTITABAGISMO
    Adesivos de nicotina, chicletes e até spray nasal são alternativas
    Por Carolina Gonçalves (via MSN)

    SPRAY NASAL
    Spray nasal é novidade na luta contra o vício do tabaco
    O spray nasal libera uma solução aquosa com nicotina na mucosa nasal com rápida absorção e pico de 10 minutos, quando comparada ao chiclete e pastilha.
    Seu uso é recomendado por até três meses. Ele deve ser ministrado a uma ou duas doses por hora, sem exceder o número de cinco doses por hora ou 40 doses por dia.

    "Seus efeitos colaterais mais comuns são irritação nasal e da orofaringe, rinite e lacrimejamento, sendo que 94% dos usuários apresentam algum sinal de irritação nasal nos primeiros dois dias", afirma o cardiologista Roberto. No entanto, nenhum desses efeitos justifica a suspensão do tratamento.
    O produto pode ser usado em conjunto com outras formas de reposição, conforme indicação médica. “A maioria dos pacientes usa em média 15 doses por dia, diminuindo o número de doses com o passar do tempo”, esclarece Sabrina.

    PARADA ABRUPTA
    Algumas pessoas preferem não usar qualquer tipo de terapia ou medicamento para abandonar o vício, optando apenas pela parada imediata - que consiste em marcar uma data para largar o vício e, chegado o dia, não ter qualquer cigarro guardado e interromper seu uso. "É importante nessa situação que o paciente receba acompanhamento psicológico, para atingir com sucesso a abstenção do tabagismo sem reincidência do vício", explica Roberto Cury. Os principais efeitos colaterais da parada imediata podem ser ganho de peso e ansiedade.

    No próximo bloco, a dica é como parar de fumar de forma gradual.

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  63. QUER PARAR DE FUMAR ?
    Então, conheça mais alguns meios de dar um basta no cigarro.

    PARADA GRADUAL
    O método de parada gradual consiste em diminuir o número de cigarros com o passar dos dias ou então retardar a hora do primeiro cigarro. "Com a parada gradual, você tem um risco menor de abstinência, mas o sucesso muitas vezes é dependente do acompanhamento médico e psicológico", diz o cardiologista Roberto Cury, do Laboratório Pasteur, em São Paulo.

    A redução varia conforme a quantidade que o paciente fuma. "Um fumante de 30 cigarros por dia, por exemplo, pode reduzir cinco cigarros a cada dia, cessando completamente após uma semana", explica Sabrina Presman. Ou então, uma pessoa que começa a fumar às 9h vai atrasando em duas horas o seu primeiro cigarro a cada dia, chegando ao sétimo dia sem cigarros.

    "A estratégia gradual não deve durar mais de duas semanas, pois pode se tornar uma forma de adiar, e não de parar de fumar", complementa Sabrina.

    O mais importante é marcar uma data para que seja seu primeiro dia de ex-fumante.

    Fumar cigarros de baixos teores não é uma boa alternativa. Todos os derivados do tabaco (cigarros, charutos, cachimbos, cigarros de Bali, cigarrilhas, narguilé, entre outros) fazem mal à saúde. Ao sinal de dificuldades, o paciente pode optar por terapias de reposição de nicotina associadas à parada gradual.

    CHICLETES DE NICOTINA
    As gomas de mascar feitas à base de nicotina devem ser utilizadas quando o paciente estiver com sintomas de abstinência ou vontade intensa de fumar.

    "Aos serem mastigados, os chicletes liberam nicotina gradualmente, e esta é absorvida pela mucosa oral, com pico em 20 minutos", aponta o cardiologista Roberto Cury.

    Nesse caso, a ação da nicotina no organismo é diferente de quando é inalada com a fumaça do cigarro, pois será depositada na corrente sanguínea em doses pequenas com o objetivo de controlar o vício.

    A psicóloga e especialista em tabagismo Sabrina Presman, da Associação Brasileira de Estudo do Álcool e Outras Drogas (Abead), diz que um fator importante para que o uso desses chicletes seja eficaz é sua técnica de utilização.

    "Eles não devem ser mastigados como um chiclete comum, e sim mascados algumas vezes até que o sabor da nicotina fique aparente, e após isso deve-se depositar o chiclete entre a gengiva e a bochecha até que o gosto desapareça. O mesmo ciclo de mastigar e depositar o chiclete deve ser repetido até que se completem 30 minutos de uso, quando ele deve ser desprezado", ensina a psicóloga.

    O cardiologista Roberto afirma que os chicletes de nicotina são contraindicados para pacientes com distúrbios da articulação temporo-mandibular, má dentição ou gengivite e gestantes.

    "No caso das futuras mães, sabe-se que a nicotina está associada ao nascimento de bebês de baixo peso, devendo ser excluída toda a nicotina da gestação", destaca a psicóloga Sabrina.

    "Entretanto, a utilização das terapias de reposição de nicotina, como adesivos e chicletes, ainda é mais segura que continuar fumando." Os efeitos colaterais podem incluir náuseas, vômito, dor abdominal, cefaleia, tosse, excesso de salivação e irritação da mucosa da orofaringe. Além disso, ingerir líquidos enquanto masca a goma pode "lavar" a nicotina bucal, tornando o produto ineficaz.

    Mas não pára por aí.
    No próximo bloco, você vai ver mais 3 manobras para parar de fumar.

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  64. QUER PARAR DE FUMAR ?

    Aqui vão mais 3 dicas, fornecidas pelo armazém de notícias do MSN.

    ADESIVOS DE NICOTINA
    Com o objetivo de aumentar ainda mais as taxas de abstinência ao tabaco, foram desenvolvidos os adesivos de nicotina transdérmica. "Eles devem ser usados constantemente e trocados a cada 24 horas, sem interferir nas atividades do indivíduo", explica a especialista em tabagismo Sabrina Presman.

    O cardiologista Roberto afirma que eles estão indicados para todas as pessoas que querem largar o tabagismo, não possuindo nenhuma contraindicação formal, com a ressalva para gestantes.

    O uso dos adesivos de reposição deve ser feito durante 45 a 90 dias, sendo que a dosagem depende de quantos cigarros a pessoa fumava por dia.

    Entre os efeitos colaterais estão a presença de irritações na pele, que podem impedir a continuidade do tratamento. "Efeitos colaterais mais comuns devido ao uso durante a noite são insônia e pesadelos, nestes casos o adesivo deve ser retirado antes de dormir", alerta o cardiologista.

    PASTILHAS DE NICOTINA
    Parecidas com os chicletes, as pastilhas de nicotina também liberam a substância gradativamente, devendo ser usadas em baixo na língua. "As pastilhas exigem uma dose maior para pacientes que fumam o primeiro cigarro em menos de 30 minutos após acordar", diz o cardiologista Roberto.

    Segundo ele, por não exigir mastigação, a pastilha pode ser usado em pacientes com distúrbios da articulação temporo-mandibular ou má dentição, mas as demais contraindicações são as mesmas do chiclete.

    Na visão do médico, "as pastilhas de nicotina podem ser usadas por até três meses e os efeitos colaterais são similares ao da goma."
    O ideal é que a pastilha seja movida de um lado para o outro da boca até se dissolver completamente, sendo utilizada quando o paciente sentir vontade de fumar, não excedendo a quantidade diária indicada na bula.

    BUPROPIONA
    Originalmente um antidepressivo, essa medicação foi aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA) para tratamento do tabagismo.

    Seu efeito no combate ao tabaco foi descoberto em estudos para verificar seus efeitos contra a depressão, nos quais os participantes declaravam diminuição do desejo de fumar.

    Diferente das terapias de reposição de nicotina citadas acima, os fumantes devem iniciar o uso da bupropiona uma semana antes da abstinência.
    "Ela é administrada por meio de comprimidos via oral e age no sistema nervoso central, não sendo recomendado que a pessoa fume durante o tratamento", adverte o cardiologista Roberto.

    Os efeitos colaterais mais comuns são insônia, agitação, boca seca e dor de cabeça. Os especialistas lembram que a bupropiona pode ser usada em conjunto com outras terapias de reposição, como o chiclete de nicotina, mas independente de ser ministrada individualmente ou não, pede o acompanhamento médico.

    Agora, é com você.

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  65. MINHA PAIXÃO PELO FUTEBOL E PELO RÁDIO

    Fontes : minha memória, Wikipedia e site “guiadoscuriosos.com.br”

    Eu era bem moleque, devia ter uns 7 anos, morava em São Paulo, aluno aplicado na sala de aula e nas peladas na hora do recreio.

    Comecei a me apaixonar pelo futebol não no campo, ou vendo os jogos, mas ouvindo pelo rádio e no chão duro, de madeira, de um quarto-escritório-laboratório, o bunker do meu avô, engenheiro, grafóscopo e perito da Polícia Técnica de São Paulo, Ulysses Lelot.

    Como num passe de mágica, transformava o chão duro e frio num gramado felpudo, onde meus dedos deslizavam, lépidos, em dinâmicos avanços, recuos, investidas, cabeçadas, dribles coreográficos, passes precisos, defesas milagrosas, imitando as jogadas dos gênios.

    Esse game, que eu jogava agachado, com os joelhos ralando, foi a minha verdadeira brincadeira de criança. O futebol na cabeça, nas mãos e nos pés. O gol era de arame dobrado, formado por traves e travessão, com uma redinha de pano simulando a rede real, seguidamente estufada pelos petelecos do indicador e do médio numa pequena bola de papel bem amassado. Com um giz eu traçava as linhas da pequena área, da grande área, o círculo do meio campo, as laterais, a linha de canto, para a cobrança do escanteio (corner)... era um barato.

    A qualquer hora do dia ou da noite (os “refletores” eram as lâmpadas de dois pequenos abajures flexíveis), quando meu avô estava trabalhando fora de casa ou na cama, prestes a dormir, aquele bunker virava o meu Pacaembú, a referência de estádios na época – foi inaugurado em 1940 pelo presidente Getúlio Vargas.

    Devorava todos os dias as páginas do jornal “A Gazeta Esportiva” que me trazia os nomes dos craques e times, as performances, as jogadas, os gols válidos, anulados e perdidos. Era fundamental decorar os nomes e as funções dos jogadores, para me dedicar a essa brincadeira que levei a sério por alguns anos. Estava, sem saber, me preparando para ser um locutor esportivo, pois narrava, com ritmo e jeito de locutor, as jogadas que meus dedos perpetravam. Mas fui por outro caminho.

    Meus dedos atletas eram “incorporados” pelas jogadas de gênios como Mestre Ziza (Zizinho), marcavam os gols de Ademir “Queixada” (Vasco e Seleção Brasileira de 1950), imitavam os dribles de Luizinho (Luiz Trochillo, o Pequeno Polegar, maior ídolo do Corinthians de todos os tempos) em cima de seus implacáveis marcadores ... Luizinho criou o “elástico” que a memória recente do esporte credita a Rivelino...

    Lá ia eu com meus dedos refazendo no chão frio os tiros poderosos de Jair, as defesas milagrosas de Poy, Castilho, Veludo, Pompéia, os desarmes de De Sordi, Mauro, Píndaro, Pinheiro ... a passagem de bola (hoje, assistência) elegante de um Bauer, Pé de Valsa, Danilo ... as cabeçadas certeiras de Baltazar ... as arrancadas de Julinho, Maurinho, Natal ... a folha seca do Didi ...

    Os dribles sempre repetidos e sempre desconcertantes do Garrincha entortando seus infelizes marcadores ... as tabelinhas mortais de Pelé-Pagão, Pelé-Coutinho... a artilharia pesada do Pepe ... os dribles artísticos do Canhoteiro, os ensinamentos do técnico Bela Gutman, da seleção da Hungria e do sagrado Honved de Puskas - que aprimoraram a pontaria dos atacantes do São Paulo em 1954 (O São Paulo foi campeão paulista)... as finalizações e maestrias de Ipojucan, Quarentinha, Tostão, Dirceu Lopes ... todas essas maravilhas, carregadas na memória fotográfica de minha mente, eram revividas nas artes dos dedos de minhas mãos.
    Quando comecei a “praticar” o futebol-dedo, sabia o que era futebol porque jogava bola na escola.

    Até os 12 anos, se não me engano, não tinha visto jogo nenhum de campeonato em estádio. Só em campos de várzea. Não tinha ídolos ainda A simpatia pelo tricolor paulista – o São Paulo Futebol Clube - foi chegando de mansinho, por influência de minha irmã (8 anos mais velha que eu e sampaulina), da leitura diária da Gazeta Esportiva, e da transmissão dos jogos pelo rádio.

    Esta croniqueta singela prossegue no próximo bloco.

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  66. MINHA PAIXÃO PELO FUTEBOL E PELO RÁDIO
    Parte 2

    O interesse pelo futebol foi aumentando com o tempo, estimulado pelos álbuns de figurinhas, pela rivalidade dos clubes e por aquelas horas mágicas de ouvir jogo pelo rádio, nas vozes de locutores esportivos que marcaram época, como Pedro Luiz, Geraldo José de Almeida, Edson Leite, Helio Ansaldo, Raul Tabajara, Osmar Santos, Fiori Giglioti, Waldir Amaral, Jorge Curi, Fernando Solera, Willy Gonser, Haroldo Fernandes, Joseval Peixoto (hoje, apresentador do Jornal do SBT), José Carlos Araújo (o verdadeiro “Garotinho”) e outros criadores de bordões que embalaram a adolescência e a juventude de muitos brasileiros, apreciadores de futebol como eu.

    O rádio de que me recordo nos anos 50 comandava as emoções com novelas como “O Direito de Nascer” (Rádio Tupi), e com humorísticos e musicais da Rádio Nacional do Rio de Janeiro – que pegava muito bem em São Paulo, em ondas médias e curtas, devido à potência de suas antenas, e disputava audiência com as emissoras paulistas na capital.

    O rádio nos 50 imperava com programas policiais imaginosos, com o Heron Domingues lendo as edições de “O Seu Repórter Esso” e os programas esportivos das noites de domingo quando mesas redondas de craques da palavra dissecavam o que havia ocorrido nos gramados.

    A televisão foi inaugurada no Brasil em 1950 com a TV Tupi. A primeira transmissão de um jogo de futebol, Santos e Palmeiras, foi realizada em 18 de setembro de 1955. Incrível, não sei quem ganhou.

    Somente a partir dos 15 anos de idade passei a assistir a jogos de futebol pela TV. Foi o rádio a mídia determinante da minha paixão pelo futebol.

    O rádio está no sangue.
    Um determinismo genético : meu pai, o compositor e radialista conhecido pelo pseudônimo Sivan Castelo Neto ou Sivan, começou sua extensa carreira no rádio como locutor e diretor artístico da Rádio Educadora paulista (atual Radio Gazeta, da Fundação Casper Líbero). Foi nessa emissora que brotaram, pelas mãos de Sivan, algumas vozes que fizeram história, como o locutor Celso Guimarães, que Sivan revelou na Educadora e que, em 1936, anunciou o início das transmissões da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

    Sivan também estava no grupo que abriu as transmissões da atual Rádio Bandeirantes, então chamada de Sociedade Bandeirante de Radiodifusão, em 6 de maio de 1936. Foi nessa emissora que meu pai revelou talentos como o galã Walter Forster, a cantora Leny Eversong, o maestro Lyrio Panicalli, o cantor Nuno Roland e dezenas de valores que se destacaram no rádio, na TV, no cinema e no disco.

    Contei esses primeiros anos de minha jornada e meus laços familiares para o leitor entender até onde foi a minha paixão pelo chamado esporte bretão, inventado pelos ingleses e aprimorado pelos brasileiros, se levarmos em conta os títulos de campeão do mundo que acumulamos desde 1958.

    Obrigado pela paciência.
    Berto Filho

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  67. BRASIL E INGLATERRA NO MARACA : FALTOU TEMPERO

    O resultado foi justo, 2 a 2.
    Mas, em certos momentos, me deu sono.
    Fred me acordou com o gol que abriu o marcador.
    Como só deu pra ver na Globo e queria conferir se o Felipão está no caminho certo, tive que aturar algumas matadas de canela do Ronaldo nos comentários. O Galvão Bueno, uma vez ou outra, socorria com alguma observação para passar uma borracha rápida toda vez que o bom Ronaldo cometia penalty na concordância...
    Cartão Amarelo, Ronaldo, tem que se preparar melhor.
    Com as amarras de cartola do COL fica difícil até ser imparcial. Não dá pra acumular.

    Cartão Amarelo também para a seleção. Só joga isso ?
    Tá difícil acreditar... vamos dar mais corda.
    Berto Filho

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    1. Ah, sim, prá completar : o Maraca high-tech parece que passou no teste, inclusive no quesito "segurança". O jogo foi bem amistoso mesmo, tudo normal, o que não quer dizer que a juíza que suspendeu o jogo no meio da semana estivesse exagerando ou jogando para a plateia.
      Berto

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  68. Recebi e posto o comentário do comandante eterno da Máquina Tricolor, Dr. Francisco Horta

    Querido amigo Berto Filho,

    Concordo, faltou emoção, mas os gols foram bonitos!!
    O jogo valeu pela reinauguração do belíssimo e histórico
    Maracanã e pelos quatro gols. O Brasil, com destaque para Neymar, fez um muito bom 1º tempo, quando atuou
    ofensivamente, ao estilo brasileiro. E o gol não saiu!
    No 2º tempo, quando os gols aconteceram,os ingleses marcaram melhor o nosso time e igualaram as ações, daí a justeza do empate.
    Forte e fraterno abraço.
    Saudações tricolores.
    Francisco Horta

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    1. Publico a mensagem, respeitosa, enviada pelo grande especialista em Marketing Esportivo, João Henrique Areias, a respeito do comentário do dr. Francisco Horta.

      "Depois do brilhante e sempre inteligente comentário do meu amigo Dr. Horta, peço permissão para discordar de um parte.

      Nossa esperança Neymar mais uma vez me decepcionou. Não jogou nada. E não é o peso da responsabilidade, pelo menos para quem entra "diferente" em campo, com a gola da camisa levantada...

      Acho que o melhor que poderia ter acontecido foi sua ida para a Espanha. Num campeonato de alto nível e duríssimo, se ele levantar a gola, os adversários acharão que é um lenço vermelho na frente de um touro...salto alto e máscara na Espanha/Europa é crime!

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  69. CASTRINHO
    Humor levado a sério

    O ator e humorista Castrinho tornou-se uma lenda do humor na TV brasileira com as antológicas participações do seu personagem Geraldo (na verdade, o Geraldo faz parte do seu nome próprio, Geraldo Freire de Castro Filho) na Escolinha do Professor Raimundo (TV Globo, 1990), na Escolinha do Barulho (Record, 1999) e na Escolinha do Gugu (Record, 2011). Também personificou outros personagens em novelas e seriados como Balão Mágico, Os Trapalhões, Malhação, Bicho do Mato, Amor e Intrigas, entre outros.

    Hoje, o ator Castrinho nada em outra praia, a do remake da novela Dona Xepa, na TV Record. Vive o personagem Ângelo, amigo de Dona Xepa (Ângela Leal) e é o dono da padaria italiana da vila. Mas não para aí.

    Está escrevendo o livro de gastronomia "Lugar de Macho é na Cozinha", lançando a revista "Sabor com Humor" e começando um empreendimento imobiliário (não contou onde...).

    E arremata suas atualidades com essa troça apimentada, “documental” : “... e, para finalizar, enfio o espanador naquele lugar e tento tirar a poeira da casa....ksksksksksksks”

    Pois é, no intervalo das gravações ele me enviou um e-mail no qual suplica, aflito, que lhe tirem uma dúvida cruel.
    Vamos lá.

    “Por favor ajudem-me no meu raciocínio... se um candidato qualquer a qualquer cargo político usar de doações como dentadura, roupas, material de construção, fornecer transporte para votar , etc...poderia, pela lei eleitoral, ser investigado e até ter seu mandato cassado ? E se um candidato der bolsa família, bolsa colégio , bolsa presídio e tantas outras bolsas, está livre dessa lei? O que vocês acham de uma lei que proíba o voto de todos que recebem esse tipo de benefício de candidatos? Não seria uma lei honesta? Mas quem teria aquilo roxo pra fazê-la??!!
    Com a palavra qualquer político honesto... iih!!!”

    Com a palavra, você leitor deste blog.

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  70. Há um movimento para que os beneficiários do bolsa família sejam proibidos de votar. Nada mais justo, não acham?

    Conheci o Castrinho pessoalmente naquele circo da lagoa. Tentei consertar um walkie talkie dele. Possivelmente ele não lembre pois já se passaram 50 anos.

    Já seu pai, grande pintor, tive um de seus quadros em minha sala e cheguei a estar com ele em seu atelier. Infelizmente precisei vender o quadro. Tempos difíceis.

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  71. Prezado Paulo Afonso,

    Obrigado por compartilhar as aflições do Castrinho e valorizar o conteúdo deste blog “bar da esquina” que, entre outras artimanhas, aproxima pessoas que não se veem há muito tempo.

    Castrinho tem razão. Mas não acredito que os beneficiários do Bolsa Família venham a ser proibidos de votar. Não é politicamente viável. Imagine se o PT vai perder essa fonte de votos... Assim como não é viável impedir o voto de quem recebe dentaduras, óculos, ligaduras de trompas. Aliás, nem sempre o eleitor de resultados é fiel ao patrono do seu benefício. Traição em eleição é mais habitual que nas relações conjugais.

    O Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda do Brasil.
    Foi criado pelo PSDB no governo FHC com um certo elenco de contrapartidas entre as quais algumas relacionadas com a obrigatoriedade dos pais, de matricular os filhos nas escolas, fiscalizar o comparecimento às aulas, acompanhar e aprimorar o desempenho escolar. O foco é na educação para a vida.

    O PT, no poder desde antes da posse de Lula em 2002, recebeu o Bolsa Família e o controle da inflação mais o real forte como os 2 grandes legados de FHC. Lutar contra a inflação não dá tanto voto como distribuir renda.

    Partindo desse raciocínio simplista, o PT se apropriou do BF como instrumento de conquista de maiorias eleitorais – em jogo de poder não se joga para perder - e, para isso, alargou a faixa de benefícios e de beneficiários, e deixou a luta contra a inflação em segundo plano..

    Com o foguete do BF, o PT foi à estratosfera.

    Hoje, são 13 milhões de famílias (nas contas do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS) ou 65 milhões de beneficiários (na base de 5 pessoas por família). Desses 65, pelo menos 40 milhões votam e podem decidir uma eleição. E o bolo não para de crescer.

    O BF, indiscutível gerador de benefícios sociais, é também uma indiscutível força eleitoral potencial, arma de grande eficácia numa campanha em que a maioria dos eleitores é beneficiada pelo programa. E é natural que o PT use o BF como fator eleitoral.

    Se o PSDB ainda estivesse no comando, dificilmente deixaria de pôr sua marca no BF e de usá-lo como diferencial eleitoral, ainda que endurecesse as contrapartidas e trabalhasse para reduzir o número de beneficiários.

    No próximo bloco, eu concluo o raciocínio.
    Berto Filho

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    1. Continuação da resposta ao Paulo Afonso Teixeira, proprietário do excelente site www.almacarioca.net

      A lógica do Bolsa Família é tirar o maior número de famílias da miséria e da extrema pobreza. Ora, se uma família sai da pobreza e ganha condições de se sustentar por si própria, ela, por dever moral, deveria renunciar ao BF para dar lugar a outra família mais pobre, mais miserável e mais necessitada do que ela um dia foi. A lógica da eficiência do programa está na maior velocidade de saída do que de entrada. Está na redução progressiva do número de beneficiários.

      Portanto, pela lógica, o BF deveria ter um ponto de inflexão, que ainda não se sabe qual é, a partir do qual a curva de beneficiários seria descendente.

      É do ser político posar na foto com a auréola do fazedor de milagres.

      O direito autoral do BF pertence ao PSDB. Mas o PT está sabendo extrair o maior volume possível de petróleo eleitoral desse pre-sal sem fundo...

      As indústrias e empresas que fabricam e/ou distribuem produtos de consumo e serviços de preço mais baixo, os bancos e crefisas da vida que financiam o negativado, estão nadando de braçada nesse marzão dos recursos do BF nas mãos de 13 milhões de famílias.

      Para mim, o trabalho ainda é o grande apanágio da dignidade do homem.
      Ser assistido social sem trabalhar e nada fazer para melhorar de vida, é viver do sangue dos outros. Vampiragem.

      O BF é atraente até para quem tem emprego e família numerosa ou muitos filhos.
      Na ponta do lápis, pode ser vantagem ser ou ficar desempregado.

      O fato é que o PT montou uma supermáquina de controle social, político e eleitoral, em sociedade estratégica com o PMDB e alguns partidos menores, que, teoricamente, asseguram uma base parlamentar suficiente para aprovar seus projetos e medidas provisórias.

      Mudar essa realidade só é possível pelo voto. E o voto é uma construção paulatina, perseverante, uma plantinha que tem que ser regada todo dia.

      Castrinho, suas dúvidas permanecem no ar.

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    2. Falando em Castrinho, naquela época do circo Sdruws eu tinha o radioamadorismo como hobby, era PX, daí ter conhecido o Castrinho ao passar pelo circo e ter falado com ele pelo rádio. Mas há uma série de coincidências na história.

      O Circo era do Juca Chaves que, em seguida, foi sócio de um restaurante de massas italianas na Bartolomeu Mitre. Jantei lá. O sócio era um italiano, que vivia em Londrina e tentava a vida no Rio. Antes de fazer o restaurante o italiano, que conhecemos em Londrina, frequentava nosso escritório de publicidade (representávamos a TV IGUAÇU e TIBAGI) para ter um ponto de apoio e fazer seus contatos. A partir de lá ele fez contato com o Juca.

      Nesse tempo eu estava trocando a publicidade por uma lanchonete no Flamengo, pertinho do atelier do Geraldo Castro, com um sócio da minha idade, que era sobrinho de outro grande pintor, Sansão Pereira, também amigo do Geraldo Castro. O sobrinho de Sansão, Mario Ivo, desistiu de levar a lanchonete adiante e ofereci a parte dele ao ex-sócio do Juca, O Giorgio. A Colmeia, na Travessa dos Tamoios, fez sucesso com as massas italianas.

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    3. Paulo,
      obrigado por esse olhar pelo retrovisor, por postar esse flash de suas relações passadas com o querido Castrinho.
      Não me lembro de quando estive pela primeira vez com ele.
      Deve ter sido quando eu estava na Globo.
      Fui no restaurante do Castrinho quando era no Largo do Machado, perto do antigo Lamas e do cine São Luiz.
      Tempos depois, frequentei o restaurante na Dias Ferreira no Leblon. Esse da Bartolomeu Mitre acho que não conheci._
      Também privei da amizade do Juca Chaves, estive em sua casa na praia de Itapoan.

      Outro grande nome de quem me aproximei foi Altemar Dutra, uma das maiores vozes do Brasil de todos os tempos. Eu trabalhava na TV Excelsior de São Paulo.

      O Brasil era melhor. A vida era melhor aqui.
      Se fosse possível parar o tempo em algum momento, eu parava nos anos 60, dos grandes festivais de MPB.

      O primeiro dessa coleção de festivais, o da TV Excelsior, foi bolado por mim e pelos irmãos Hohagen mas o Solano Ribeiro passou o rodo e ficou com os créditos e a glória.
      Postei um texto sobre isso em 11 de abril
      Berto Filho

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  72. DISSECANDO O PAÍS QUE NÃO TEM REMÉDIO

    O mestre Luiz Fernando Veríssimo é o autor da excelente crônica (abaixo) sobre o controle da sua própria pressão. Provavelmente foi publicada no O Globo, jornal para o qual escreve habitualmente.
    Me perdoem o atraso em publicar, já deveria tê-lo feito.
    Confiram a beleza da construção das frases e as metáforas bem sacadas.

    "Eu tomo um remédio para controlar a pressão.
    Cada dia que vou comprar o dito cujo, o preço aumenta.
    Controlar a pressão é mole. Quero ver é controlar o preção.
    Tô sofrendo de preção alto.

    O médico mandou cortar o sal. Comecei cortando o médico, já que a consulta era salgada demais.
    Para piorar, acho que tô ficando meio esquizofrênico. Sério!
    Não sei mais o que é real.
    Principalmente, quando abro a carteira ou pego extrato no banco.
    Não tem mais um Real.

    Sem falar na minha esclerose precoce. Comecei a esquecer as coisas:
    Sabe aquele carro? Esquece!
    Aquela viagem? Esquece!
    Tudo o que o presidente prometeu? Esquece!

    Podem dizer que sou hipocondríaco, mas acho que tô igual ao meu time: - nas últimas.

    Bem, e o que dizer do carioca? Já nem liga mais pra bala perdida...
    Entra por um ouvido e sai pelo outro.

    Faz diferença...
    "A diferença entre o Brasil e a República Checa é que a República Checa tem o governo em Praga e o Brasil tem essa praga no governo"

    " Não tem nada pior do que ser hipocondríaco num país que não tem remédio" ....
    Luiz Fernando Veríssimo

    Saúde e longa vida, Veríssimo, bom de letra e nota musical, e volte a tocar saxofone, como comprova o vídeo deste link fisgado no youtube :
    http://www.youtube.com/watch?v=LIdwCaCEDOQ

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  74. ANTES QUE ELAS CRESÇAM

    Crônica belíssima de Affonso Romando de Sant’Anna publicada no site Alma Carioca (www.almacarioca.net), do competente amigo Paulo Afonso Teixeira

    É o que eu queria dizer aos meus filhos e netas, e o que talvez meus filhos queiram dizer às suas filhas,
    Palavras maravilhosas.

    http://www.almacarioca.net/antes-que-elas-crescam-affonso-romano-de-santanna/
    Berto Filho

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  75. Sobre mudar pelo voto, deixo claro que não acredito nisso pois não confio nas urnas eletrônicas. Sou analista de sistemas e sei que elas são vulneráveis. Por que outros países não adotam o maravilhoso sistema? Nem perco tempo votando. Vou até lá, assino e pronto.

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    1. Paulo, publiquei há algum tempo um comentário sobre urna eletrônica. Dá uma olhada. Bate com a sua opinião.
      Berto

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  76. HUMOR DOS GÊNIOS DO HUMOR

    Ney Murce me enviou este link, saboroso, de um quadro do "Viva o Gordo" com Jô Soares e Walter D'Ávila.
    Parece que foi escrito hoje.
    De lá para cá, o Brasil não mudou nada, só piorou...

    http://www.youtube.com/watch?v=tDNU_qMXdq4

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    1. NOVO MINISTRO NO SUPREMO
      Será ele contra ou a favor das penas aplicadas aos 25 réus do Mensalão ?

      O nome dele é José Roberto Barroso, advogado especialista em Direito Constitucional. Procurador do estado do Rio de Janeiro, Barroso ocupará a vaga deixada há seis meses (em novembro do 2012) pelo ministro, magistrado, jurista, professor, acadêmico e poeta Carlos Ayres Britto, que se aposentou compulsoriamente após completar 70 anos.

      Barroso é o quarto indicado por Dilma para o Supremo, que tem 11 ministros. Antes dele, a presidente havia indicado os ministros Luiz Fux (que substituiu Eros Grau), Rosa Weber (Ellen Gracie) e Teori Zavascki (Cezar Peluso). Fux foi indicado seis meses depois da aposentadoria de Eros Grau, e a de Barroso seis meses e uma semana.
      Os demais ministros são indicações de José Sarney (Celso de Mello), Fernando Collor de Mello (Marco Aurélio Mello), Fernando Henrique Cardoso (Gilmar Mendes) e Luiz Inácio Lula da Silva (Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Dias Toffoli).

      Os 11 do Supremo são como os 11 da seleção brasileira de futebol pela paixão que despertam, com diferenças nada sutis : se julgarem errado, não podem ser substituídos durante o “jogo”. E o "técnico" – o (a) presidente que escala os ministros -, ao contrário dos técnicos do Campeonato Brasileiro, que caem durante a competição, só cai na eleição seguinte pelo voto popular, se o povo assim decidir.

      O ministro Barroso recebeu elogios de vários ministros do STF inclusive de Joaquim Barbosa e Ayres Britto. Uma espécie de aval moral para que não fique no ar nenhuma suspeita de que tenha sido nomeado para torpedear o julgamento do mensalão.

      Porém, ao ser sabatinado no Senado, mostrou língua afiada e cortante. Pincei essas duas frases de seu depoimento aos senadores :

      “O Supremo endureceu no caso do mensalão”
      “O julgamento do mensalão foi um "ponto fora da curva" na Corte”

      E garantiu que, após estudar (os recursos e embargos do processo) votaria. No condicional, pero no mucho... Vai votar, claro.

      Diante dessa estreia estridente, cabe a pergunta : o novo ministro vai ser imparcial ?

      Vale a pena ler de novo o que vem ocorrendo desde o anúncio da condenação dos réus até este momento para manter ativa a memória dos fatos recentes. Quando a mídia tira o assunto de foco, as pessoas, principalmente as mais leigas em política, que de vez em quando leem, veem ou ouvem o noticiário sobre os desdobramentos do julgamento do Mensalão, ficam com a impressão de que os fatos denunciados perderam gravidade e as penas poderiam ser abrandadas. Os longos intervalos de silêncio favorecem o afrouxamento da prontidão.

      O que estará se passando nas cabeças dos ministros em relação a este assunto ? E o que estará pensando a respeito o ministro indicado José Roberto Barroso ?

      Tem mais sobre o mesmo no próximo bloco.
      Berto Filho

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    2. Parte 2 e final do comentário
      NOVO MINISTRO NO SUPREMO
      Será ele contra ou a favor das penas aplicadas aos 25 réus do Mensalão ?


      Em alguns sites na internet, lê-se que o novo ministro teria relações com membros da cúpula do PT, começando por Jose Dirceu.
      Será ?

      Se confirmada essa relação, terá ele a coragem de se julgar impedido de participar dos julgamentos que vem pela frente no mesmo mensalão ? Na sabatina dos senadores, ele admitiu que votaria...

      Vai haver reviravolta ? Como vai reagir o presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa ?

      Circulou na internet que o ministro até renunciaria à presidência do Supremo. Naturalmente, se ele se convencer de que não mais reúne as condições para enfrentar o cerco da pressão política que tende a envolver o Supremo nos capítulos da novela do mensalão que ainda vão para o ar nos telejornais da noite. Não creio nisso.

      É bom lembrar que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou no dia 10 de maio uma petição ao Supremo na qual afirma que os advogados (dos réus) "revelam apenas o inconformismo com as condenações impostas" e (os recursos) são uma “tentativa de atrasar o cumprimento dos mandados de prisão.”
      Mas qual o peso da opinião do procurador na decisão do plenário do STF ?

      A sociedade, perplexa, não entende e se pergunta : por que os condenados ainda estão soltos ? E por que alguns dos condenados voltaram a exercer cargos e funções de parlamentares no Congresso e ter atuação política ? O Congresso vai cassar os mandatos dos seus condenados no Mensalão ? Em que momento isso vai acontecer ? Antes ou depois de suas prisões ?

      É esse o cenário no qual o novo ministro José Roberto Barroso foi escalado para atuar. O STF está à beira de julgar os recursos dos advogados dos réus do mensalão. O mais visado e visível dos réus, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, foi condenado a 10 anos e 10 meses pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. Mas, como era de se esperar, recorreu e quer pena menor.

      O advogado de José Dirceu, José Luís de Oliveira Lima, reivindica a troca do relator do embargo de declaração, recurso usual para contestar condenações do STF. Se o recurso for indeferido, o relator continua sendo o presidente do STF Joaquim Barbosa, que atua como relator do Mensalão desde 2006.

      Será que a defesa de José Dirceu considera Joaquim suspeito porque já julgou e condenou o seu constituinte ?

      O papel do relator é ouvir depoimentos de testemunhas e elaborar um relatório que vai ser a base para os votos dos demais ministros. É uma função estratégica. Se o ministro Joaquim for impedido de continuar executando-a, o que virá depois ?

      Berto Filho

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  78. PAUSA PARA UM POEMA
    CAVALHADA
    Poema de Ascenso Ferreira musicado por Sivan Castelo Neto

    Trecho sobre Ascenso Ferreira e sua obra “Cavalhada”, extraído do livro “Sivan Castelo Neto, as muitas faces de um artista”, de autoria de Lauro Gomes de Araújo, editado pelo próprio autor em 1984

    "Ascenso Ferreira não foi exatamente parceiro de Sivan, pois a música que Sivan fez para o poema de Ascenso, “Cavalhada”, não foi gravada nem editada, apenas executada num Teatro Municipal de São Paulo repleto, retumbantemente aplaudida.

    Ascenso, poeta pernambucano, parnasiano por excelência, compondo sonetos, baladas e madrigais, liga-se ao movimento modernista de 22 enveredando por outros caminhos.

    Com seus quase 200 quilos e 2 metros de altura, tornou-se um orgulhoso bardo da terra nordestina, sempre dizendo, através de poemas e da literatura de Cordel, o agreste do seu sertão, os velhos engenhos pejados de histórias de senzala e dos dias de glória das oligarquias rurais. Cantava a nostalgia do caboclo, sua vida crestada pelo sol inclemente, enfim, o próprio Nordeste, sua saga e sua seca ... Textos intercalados de canto e monólogo alcançaram enorme popularidade, fazendo do vate um dos maiores expoentes culturais regionalistas".


    CAVALHADA ( Canção Característica)
    Versos de Ascenso Ferreira, Música de Sivan Castelo Neto

    Fitas e fitas ... fitas e fitas ... fitas e fitas...
    Roxas, verdes, brancas, azuis ...
    Alegria nervosa de bandeirinhas trêmulas
    Bandeirinhas de papel bulindo ao vento ...
    Foguetes do ar !
    Ordem do Rei dos Cavaleiros
    A Cavalhada vai começar !

    Fitas e fitas, fitas e fitas, fitas e fitas
    Roxas, verdes, brancas, azuis !
    Lá vem Papa-légua em toda carreira !
    E vem com os arreios luzindo no sol !
    Danou-se ! Vai tirar a argolinha ! Prá quem será ?
    Lá vem Pé de Vento ! Lá vem Tira-Teima !
    Lá vem Fura-Mundo ! Lá vem Sarará !
    Passou lambendo, se tivesse cabelo tirava !
    Andou beirando ! Tirou !!!
    Música, seu mestre ! Foguetes, moleque !
    Palmas, negrada ! Tiraram a argolinha !
    Foi Sarará !

    Fitas e fitas, fitas e fitas, fitas e fitas
    Roxas, verdes, brancas, azuis !
    Viva a Cavalhada ! Vivôôôôô...

    De ordem do Rei dos Cavaleiros,
    A Cavalhada vai terminar ...

    Meu pai, o compositor Sivan Castelo Neto, quando morava em São Paulo (entre 1923 e 1939) musicou também letras dos poetas Adelmar Tavares (“Dindinha Lua”), Belmiro Braga (“Quando Tu Fores Velha”), Cleómenes Campos (“Cantigas de Quem Não Canta” e “Cantiga Sentimental”), Correa Junior (“Foi o Vento ... Foi a Vida”, “Meu Amor” e “Senhora Dona Felicidade”), Dácio Ferreira (“Depois”), Jorge de Lima (“Oração em Tempo de Canção” e “Credo”) e Maria Amélia Carneiro de Mendonça (“Insaciedade”).
    Todas da safra dos anos 30, os mais prolíficos de Sivan.

    Berto Filho

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  79. O GRANDE ROUBO DE 1 TRILHÃO DE DÓLARES

    É o valor dos impostos sonegados pelas multinacionais do planeta.

    Uma rede chamada AVAAZ está incomodando os governos com essa denúncia.

    Umas palavrinhas sobre a AVAAZ, uma e-net mundial que dá voz para milhões de anônimos cidadãos que desejam corrigir as distorções do mundo, das sociedades, da política, do meio ambiente, da sua cidade, etc

    A Avaaz se autodenomina uma rede de campanhas globais de 21 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta. A equipe atua em 18 países de 6 continentes, operando em 17 línguas.

    Nos últimos tempos tem se destacado por elaborar petições que são endereçadas a centros de decisão politica, jurídica, econômica, social, etc, pleiteando mudanças, geralmente radicais, que podem até promover o afastamento ou a renúncia de políticos com maus antecedentes no currículo.

    A mais recente bandeira de luta é pressionar os governos do mundo, inclusive Estados Unidos e Canadá, que estão resistindo, “a tapar um buraco gigantesco de 1 trilhão de dólares anuais em evasão de impostos por grandes empresas. É dinheiro suficiente para acabar com a pobreza, colocar todas as crianças do mundo em escolas e duplicar os investimentos em tecnologias verdes.”

    O argumento da AVAAZ é o seguinte :
    “1 trilhão de dólares é mais do que todos os países do mundo gastam com forças armadas. É um valor maior que o orçamento de 176 nações. São 1.000 dólares para cada família que habita neste planeta. E, acreditem ou não, é a quantidade de dinheiro que as maiores empresas e as pessoas mais ricas do mundo sonegam anualmente.”

    E propõe, fulminante :
    “Para aumentar nossas finanças públicas em uma era de cortes dolorosos e dívidas, tudo o que precisamos fazer é garantir que todos paguem seus devidos impostos. Mas grandes empresas dos EUA estão fazendo um forte lobby para proteger suas práticas suspeitas. Uma enorme campanha pública vai ajudar a identificar e responsabilizar Obama e Harper, primeiro ministro canadense, que consideram se aliar com a corrupção ao invés de dar esse gigante passo para o avanço do planeta.”

    A AVAAZ deu a partida na petição com o objetivo de reunir 1 milhão de assinaturas ou vozes, e, alcançado esse número, a rede entregará o apelo aos líderes de governo e à imprensa presente no local das negociações:

    http://www.avaaz.org/po/g8_tax_havens_p/?bjCgjeb&v=25609

    Segundo a AVAAZ, a Apple, uma das empresas mais ricas do mundo, pagou basicamente 0 de imposto, dos 78 bilhões de dólares que ganhou nos últimos anos, por meio da criação de empresas de fachada em países com uma carga de imposto leve e enviando os lucros para o exterior. “Esse tipo de sonegação de impostos em escala global dá às firmas multinacionais uma grande vantagem sobre as empresas nacionais. Isso é ruim para a saúde do mercado econômico, para a democracia e para a estabilidade financeira mundial.”

    Aparentemente uma utopia, que obedece a uma lógica de justiça fiscal e moral, a AVAAZ batalha pela viabilização de um plano que poderá tornar mais difícil para empresas e indivíduos sonegar impostos usando paraísos fiscais ou "abrigos fiscais", onde a carga de impostos é mais baixa. O plano exigiria que países compartilhassem informações para expor onde o dinheiro está escondido e que as empresas "falsas" revelassem quem realmente está por trás delas. Diz a rede que “se as negociações correrem bem nesta semana, o G8 pode chegar a um acordo sobre o tema até o final do mês (junho 2013).”

    Muitas das campanhas da Avaaz foram iniciadas pelos membros da comunidade.

    Quem quiser deflagrar sua própria campanha sobre qualquer questão – local, nacional ou global – e obter a vitória, o endereço é : http://www.avaaz.org/po/petition/start_a_petition/?bgMYedb&v=25479

    Berto Filho

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  80. DOVER MANIFOLD PERTO DE VOCÊ

    Me encontrei por acaso com Dover Manifold numa esquina do Facebook, a NY City do mundo virtual.
    Filho do saudoso Cy Manifold, da linhagem de Nat King Cole, Dover tem um show marcado em julho, imperdível, que este blog recomenda com prazer.

    Anote e cancele outros compromissos :
    TRIBUTO A NAT KING COLE e outros clássicos
    Dia 06 de julho 21 hs
    Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa
    Praia do Flamengo, 340
    Reservas pelo telefone (21) 2551-1278

    Surfe as ondas sonoras da página de shows do Dover no facebook:
    https://www.facebook.com/DoverManifold
    e o blog www.dovermanifold.blogspot.com.br

    Berto Filho

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    1. Em pauta : ERLON CHAVES e MAESTRO CIPÓ

      Meu caro Dover Manifold,

      estava digitando um texto sobre dois ilustres nomes lembrados por Fernando Volpi em uma caixa de diálogo no seu blog: Erlon Chaves e Maestro Cipó.
      Devo ter batido sem querer numa tecla fora de compasso e o texto voou para lugar desconhecido...

      Vou tentar reconstruir. São fragmentos familiares de memória de tempos extraordinários, de beleza simples, de real qualidade de vida.

      Escrevia eu : Erlon Chaves (Banda Veneno) gravou em 1961 a música de minha irmã Vera Brasil (compositora, violonista, arranjadora, intérprete...) “O menino desce o morro”, a mais gravada de suas músicas, boa parte no exterior, por músicos como Lalo Shiffrin, Walter Wanderley, Shorty Rogers, Jo Basile, Oscar Castro Neves e outros. Não tenho o nome do selo para o qual o Erlon gravou, apenas o número do disco - MOFB-3267 – e o título – “Em tempo de samba”. Se algum leitor deste blog souber o nome da gravadora e puder me adiantar, obrigado.

      Maestro Cipó, gratas recordações ... durante anos trabalhou no estúdio do meu pai, que na época tinha a razão social de “Gravadora Sivan”, no 26º pavimento do Edifício Darke de Mattos, na 13 de maio, 23. Quantos talentos circularam por lá e pelo antigo “Estúdio Sivan” do Tabuleiro da Bahiana ... Hilton Gomes, Zezé Gonzaga, Marilia Barbosa, Raul de Barros, Carlos Henrique, maestro Leonardo Bruno, Cid Moreira, José Luciano, José Scarambone, Altamiro Carrilho, Luiz Jatobá, Os Cariocas, As Três Marias, Adelaide Chiozzo, Chiquinho do Acordeon, Pedrinho Rodrigues, Wilton Franco, Paulo Silvino, Geraldo Vandré, Carlos José, Leny Eversong, Elizeth Cardoso, Ellen de Lima, Luizinho Eça, Cesar Ladeira, Alberto Curi, Carmem Déa, Copinha (Nicolino Copia), Doris Monteiro, Daisy Lucidi, Luiz Mendes, Myriam Ribeiro, Francisco Carlos, Grande Otelo, Norma Geraldy, Chico Anysio, Sargentelli, Jacques Klein, Miguel Gustavo, Paulo Tapajós, Flavio Gomes de Mattos, Ronaldo Lupo, Rubens Corrêa, Trio Irakitan, Trigêmeos Vocalistas, Os Garotos da Lua, Trio Madrigal, Vitor Berbara, Waleska, Walter Forster... citei apenas alguns ... Ah, lembrei-me do grande saxofonista, clarinetista e compositor Abel Ferreira que gravou muitos jingles no estúdio do meu pai ...

      Berto Filho

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  81. JOAQUIM BARBOSA PRESIDENTE
    Tomei conhecimento da existência do site www.joaquimbarbosapresidente.com.br

    Suponho que o presidente do STF sabe disso ou em algum momento saberá.
    E concorda ?

    Berto Filho

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  82. A LENTIDÃO É AMICÍSSIMA DA PERFEIÇÃO
    (para os condenados do Mensalão)
    Desfecho do mensalão pode levar até 2 anos, diz ministro do STF

    Postado por Berto Filho
    Fonte : Programa “Poder e Polpitica”, da Folha e UOL

    O ministro José Antônio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, estima que o julgamento do mensalão vá demorar ainda de um a dois anos para ser concluído. Só então serão executadas as penas. Até lá, os réus devem permanecer em liberdade, inclusive os quatro deputados que hoje exercem mandato.
    O STF concluiu em dezembro o julgamento do mensalão condenando 25 dos réus. A fase atual é de análise da primeira leva de recursos. No ano que vem, Toffoli comandará o processo eleitoral ao assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral.

    Em entrevista ao "Poder e Política", programa da Folha e do UOL, Toffoli calcula que o julgamento dos chamados embargos de declaração (recursos que contestam possíveis inconsistências na sentença) deve começar no segundo semestre e se estender até a metade do ano que vem.

    Depois será a vez dos embargos infringentes, caso seja admitida a sua análise (há quem defenda que eles são inconstitucionais). Esse tipo de recurso, que pede um novo julgamento, ocorre no caso de réus que tiveram pelo menos quatro votos a seu favor, dos onze possíveis.

    Ex-advogado do PT e ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil --um dos condenados no mensalão--, Toffoli nega ter recebido pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o indicou ao Supremo em 2009.

    Sobre se sentir impedido pela ligação anterior com o PT, ele afirma que fez uma análise solitária e concluiu que poderia e deveria participar do julgamento.

    Toffoli condenou o petista José Genoino e disse que teria sido cômodo se declarar suspeito. "Mas eu estava ali diante do destino: que juiz eu queria ser a partir dali? Optei por enfrentar".

    "Não há provas contra José Dirceu", declarou, repetindo o argumento que usou para absolver o ex-chefe.

    O ministro do STF também afirma que a presidente Dilma Rousseff é centralizadora e "tem mais certezas do que dúvidas", em contraste com o estilo de Lula. Segundo Toffoli, Lula "tinha mais dúvidas" e "ouvia mais".

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  83. O’SURFE: FORMANDO CAMPEÕES DENTRO E FORA D’ÁGUA !

    Há um ponto da minha biografia que não pode ser escrito por mim. É aquela parte que se refere ao surfe. Quem a escreve é um dos meus 3 filhos, o shaper designer, surfista e pós-graduado em Marketing pela ESPM, Henry Lelot. No surfe, sou conhecido como pai do Lelot. O que dá uma ideia do respeito pelo trabalho dele, que muito me orgulha.

    Segue aqui um texto sobre a ong ORGANIZAÇÃO SURFE DO BRASIL, criada por ele para ensinar surfe e natação no mar para quem não pode pagar.

    Berto Filho

    “Você já reparou que tem muito mais surfista fora do que dentro da água?

    A razão é simples: mais que um esporte, o surfe é um estilo de vida, uma paixão que atrai milhões de pessoas em todo o planeta, geração após geração, desde o dia em que o Capitão Cook e sua tripulação avistaram pela primeira vez os reis havaianos deslizando sobre as ondas com suas pranchas feitas de madeira.

    Hoje, o surfe é, provavelmente, o 2º esporte mais praticado no Brasil. Movimenta milhões de dólares, dita moda, influencia a música e o comportamento.
    Simboliza o elo entre a natureza e o ser humano.

    Promove a saúde física, mental e emocional e contribui para a plena realização dos sonhos mais ousados. Inclusive conhecer os paraísos e praias mais fascinantes do planeta.

    Acreditando no poder mágico do surfe de transformar vidas, a ONG Organização Surfe do Brasil, também conhecida como Clube O SURFE, se dedica ao próximo com uma certeza:
    não há nada que um dia de surf não cure.

    Fundada em 2000 pelo shaper designer, surfista e pós-graduado em Marketing pela ESPM, Henry Lelot, a O’ SURFE já beneficiou mais de 1.000 crianças de comunidades de baixa renda da orla carioca, entre elas Rocinha, Vidigal e Terreirão, e também de cidades litorâneas do estado do Rio de Janeiro e de outros estados brasileiros. Ultrapassamos barreiras geográficas.
    Hoje, só no Rio, são mais de 300 crianças em fila de espera.

    Braço social da Federação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro, a O’ SURFE dispõe de um Centro de Treinamento para o Surfe de Alta Performance, no Recreio dos Bandeirantes, voltado para o treinamento de atletas de todo o país, desde as divisões de base.

    No próximo bloco, leia mais sobre a O’ SURFE. Posts com mais de 4.096 caracteres tem que ser repartidos em 2 ou 3 partes para serem publicados. Coisas do meu Blogger...

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  84. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Continuação do comentário
      O’SURFE: FORMANDO CAMPEÕES DENTRO E FORA D’ÁGUA !

      A O’ SURFE está sempre presente nas competições com atletas formados em casa, como, por exemplo, John Max, Campeão Brasileiro Junior de 2008, Lucas Soares, Vitor Soares, Lucas Nascimento, Patrick Ribeiro e Gabriel Gonçalves, que se destacaram em 2010, faturando pódiuns e conquistando vitórias brilhantes que os transformam em modelos para os pequenos que anseiam vencer no surfe. Daniel Gonçalves foi o grande campeão estadual do Circuito Sub 18 na categoria Junior de 2010. Patrick Ribeiro, outro valor de grande futuro, foi o vencedor da 4ª. etapa do Circuito Estadual de Long-Board Junior de 2010. Com esta colocação, tornou-se o 3º atleta no ranking estadual dessa categoria.

      O CT é compartilhado pelos iniciantes, que, através da ong, fazem contato com seus ídolos e modelos, e perseveram no sonho de se tornarem campeões dentro e fora d’água.

      A O’ SURFE é uma ong associada è Rede Esporte pela Mudança Social, lançada no Brasil em 2007 por um grupo de organizações da sociedade civil e atores internacionais. Fomentada inicialmente pela NIKE e pelo Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD), reúne e articula dezenas de organizações sociais que acreditam no esporte educacional como instrumento de mudança social.

      Reconhecida como entidade de Utilidade Pública Municipal e Estadual, a O’ SURFE recebeu da Associação de Imprensa da Barra em 2007 e 2010 o Troféu Carlos Fernando de Carvalho de Responsabilidade Social por seu desempenho socialmente transformador.

      A metodologia de trabalho é totalmente diferenciada.
      São ministradas aulas teóricas e práticas de Surf e Natação no Mar. Saber nadar no mar é condição obrigatória para aprender a surfar. Com a conjugação das duas modalidades, que se completam, ampliamos a segurança do surfista e prevenimos acidentes no mar.

      Por meio do shaper Lelot e de seus alunos, a O’ SURFE mantém cursos profissionalizantes de confecção de pranchas sob medida com precisão científica, que permitem o rápido ingresso no mercado de trabalho por meio dos princípios do empreendedorismo.

      A ONG e Clube O’ SURFE continua selecionando jovens para se tornarem campeões dentro e fora d’água.

      Confira os conteúdos do blog www.osurfebrasil.blogspot.com

      Links sugeridos sobre a O’ SURFE e o surf:
      Entrevista do Lelot para o colunista Mauro Ventura, publicada na Revista O Globo de 02 de dezembro de 2012 :
      http://oglobo.globo.com/rio/dois-gatorades-a-conta-com-henry-lelot-6909868

      O’ SURFE no Facebook :
      http://www.facebook.com/pages/OSURFE-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Surfe-do-Brasil/231522573560900

      Recognizing Surfing
      Video que aborda o Marketing do surfe, produzido pelo Surfari
      http://www.facebook.com/hlelot/posts/488192404580638

      Berto Filho
      Presidente da ORGANIZAÇÃO SURFE DO BRASIL
      Rua Almirante Heleno Nunes, 203 Recreio
      Rio de Janeiro RJ CEP 22795-020

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  85. NO JORNAL NACIONAL, 1982, MATÉRIA SOBRE O AUGE DA SERRA PELADA

    Graças ao bom amigo Wagner Pinheiro, titular do programa de TV - e da revista CityTour (http://revistaetvcitytour.blogspot.com.br/)=
    (o programa passa no Canal 10 de Cabo Frio, dirigido pelo cineasta Milton Alencar), soube que a Globo News exibiu na noite de sábado passado (8 de junho) um especial sobre Serra Pelada no qual foi inserida matéria apresentada por mim em uma edição do Jornal Nacional de 1982.
    É uma prova de que andei por lá, nessa bancada sonho de consumo de toda voz, palavra e imagem que se preza neste país.

    Você, meu prestigioso leitor, pode ter acesso a essa preciosidade da minha biografia através dos links :

    http://www.youtube.com/watch?v=sUg6J0t-6nk
    https://www.facebook.com/berto.filho.7/posts/10200827336279854

    Dica boa : leia a última edição da revista CityTour, um show de belas fotografias e textos sobre Arraial do Cabo, no link
    https://www.facebook.com/media/set/?set=a.380222018748341.1073741825.100002816392447&type=1

    Boa vigaem !
    Berto Filho

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  87. Postado por Berto Filho

    MP AMEAÇADO DE PERDER O PODER DE INVESTIGAR

    ARNALDO JABOR ALERTA NA CBN : QUEREM IMPEDIR O MINISTÉRIO PÚBLICO DE INVESTIGAR CRIMES, PRINCIPALMENTE CRIMES DE ORDEM POLÍTICA E SOCIAL

    Em um momento grave da história política recente do Brasil, quando o MP desempenha papel fundamental na apuração de crimes como o do mensalão, vem aí, no dia 26 de junho, a votação - secreta – da PEC que esvazia o poder do MP de investigar crimes, especialmente os de natureza política ou cometidos por políticos e agentes públicos.

    É a PEC 37 (Proposta de Emenda Constitucional 37), de autoria do deputado federal Lourival Mendes, líder do PT do B do Maranhão, que propõe, através da inserção de um parágrafo adicional - de número 10 -, que o poder de investigar "infrações penais de que tratam os parágrafos 1º. e 4º do artigo 144 da Constituição de 1988, seja privativo da Polícia Federal e das políticas civis dos Estados e do Distrito Federal", alijando o MP dessa função estratégica de defesa da sociedade.

    Na prática, significa que o MP corre o risco de perder a faculdade de investigar crimes cometidos, por exemplo, por políticos de todas as esferas de poder e agentes públicos. O MP representa a sociedade. Por outras palavras, os políticos querem cassar o direito da sociedade de se defender dos políticos e agentes públicos que cometem crimes.

    Na prática, significa que os futuros mensalões e mensalinhos poderão ser apurados exclusivamente pela autoridade policial.
    Terá, esta, coragem, imunidade a pressões e isenção para investigar crimes cometidos por personagens situados nas instâncias do próprio poder ?

    Seria salutar para a democracia que esse assunto fosse debatido nesse momento, antes da votação, para que os deputados que vão votar no dia 26 sintam a pressão das ruas e avaliem a relevância de seu voto. A grande mídia deixa o tema em segundo plano. O silêncio é uma arma a favor dos deputados que vão votar a favor do projeto, no escurinho do cinema.

    Em comentário na Rádio CBN, que foi ao ar no dia 3 de junho, Arnaldo Jabor pede (quase suplica) a mobilização das redes sociais contra o que ele batiza de “força motriz da corrupção organizada”.

    Ouça Jabor no link http://www.youtube.com/embed/GbmXgZUanSM

    A íntegra da PEC 37 está neste link
    http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=969478&filename=PEC+37/2011

    O artigo 144 da Constituição está aqui
    http://www.dji.com.br/constituicao_federal/cf144.htm

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  89. SEU REFÚGIO MUSICAL NESTA SEXTA-FEIRA

    Saindo da estrada do noticiário política aí em cima ...

    ... escolhi para brindar seus ouvidos nesta 6ª.feira outonal com uma das minhas músicas favoritas, “Taking a chance on love”, de Vernon Duke (melodia) e letra de John LaTouche e Ted Fetter.

    Quando eu gosto da música, vou lá no fundo do baú para contar sua história. Sou do tempo em que a música era anunciada no rádio pelo locutor com os nomes dos autores. Questão de respeito. Na Rádio JB eu fazia isso, em 1962. Hoje o rádio toca e não informa quem compôs. Só o intérprete e olhe lá.

    “Taking a chance on love” foi editada em 1940 para compor a trilha sonora do musical da Broadway “Cabin in the sky”, que inspirou o filme de mesmo nome, lançado em 1943. Nos atuais 73 anos de sua existência, foi gravada por um grande número de ótimos cantores, orquestras e músicos, entre eles Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Anita O’ Day, Ethel Waters, Charlie Byrd, Rosemary Clooney (tia do ator George Clooney), Peggy Lee, Johnny Mathis, Dave Brubeck, Nat King Cole, Tommy Dorsey, Marlene Dietrich e muitos mais.

    Deixo aqui as pistas de duas interpretações personalíssimas :
    a versão de Renee Olstead, mais clássica no link http://www.youtube.com/watch?v=SCM0tHFaTfw

    e a de Jane Monheit, swingada, jazzística, pejada de improvises gostosos, como convém ao jazz de New York, no link
    http://www.youtube.com/watch?v=kKWcJnvqOMs

    Curta.
    Berto Filho

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    1. Tem mais "taking a chance on love", agora nas fantásticas harmonias clássicas do pianista, vibrafonista e arranjador de maravilhoso bom gosto George Shearing.
      É de arrepiar...

      Berto
      http://www.youtube.com/watch?v=cvozym-ERHo

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  90. Postado por Berto Filho
    O CRIME QUE EU COMETERIA

    Recebi do meu sobrinho Paulo Magalhães um e-mail com o texto abaixo, de autoria de Martha Medeiros, jornalista e escritora que escreve para os jornais Zero Hora, de Porto Alegre, e O Globo. Gostei e publico.

    O CRIME QUE EU COMETERIA
    Autora : Martha Medeiros

    Durante minhas aulas particulares de inglês, a professora de vez em quando usa um baralho especial para estimular a conversação, o Conversation Starter. Cada carta traz uma pergunta inusitada, algo para estimular uma resposta que obrigue o aluno a buscar um vocabulário que normalmente não usa. Na última aula, usamos o baralho e caiu para mim o seguinte: qual o crime que você cometeria, caso tivesse certeza absoluta que jamais seria pego?

    Como tudo não passa de uma brincadeira, minha professora disse que há quem mate a sogra e relate o assassinato em minúcias. Esses alunos inspirados rendem aulas mais produtivas e divertidas do que os certinhos que respondem: “None”. Pô, crime nenhum? Como é que vai desenvolver o vocabulário com essa honestidade toda?

    Eu não inventei um crime estapafúrdio para divertir a professora, mas tampouco fiz o papel de lady tomada pela virtude. Pensei, pensei, e respondi que sonegaria imposto. Não daria um tostão para o governo. Não enquanto os benefícios em troca fossem essa vergonha nacional.

    Todos os meses, assim como você, pago uma fortuna aos cofres públicos. E pago também previdência privada, seguro-saúde, seguro do carro, escola particular para os filhos e um condomínio alto por mês por causa das grades, da guarita blindada, do vigia 24 horas.

    Para onde vai o dinheiro que deveria custear nossa segurança e bem-estar? Para o bolso de algum empreiteiro, para o bolso de algum político, para a conta particular de alguma Rosemary. Recentemente conversei com um estrangeiro que está no Brasil fazendo parte de uma comitiva ligada à gestão da Copa do Mundo: confirmou que a roubalheira é a coisa mais escandalosa que já testemunhou.

    Não sou contra a Copa aqui no Brasil porque sei que esse dinheiro não está sendo desviado da saúde e da educação. É um dinheiro que surge milagrosamente sempre que há um megaevento de visibilidade mundial. Não houvesse Copa no Brasil (como não houve em 2010, 2006, 2002...), o dinheiro continuaria parado no bolso de alguns, como sempre ficou. Ao menos, com Copa, algumas obras estão sendo feitas, menos mal.

    De qualquer forma, é um fiasco. Com a dinheirama que se arrecada cada vez que abastecemos o carro, cada vez que compramos feijão, cada vez que ligamos o abajur, e mais ainda com o que tiram do nosso salário, jamais deveríamos ver doentes sendo recusados em portas de hospitais, nunca um aluno poderia estudar sem material e merenda e era para ter um policial em cada esquina.

    Sempre me dei bem com minhas sogras, estão todas a salvo da minha sanha assassina. E nunca soneguei imposto, pois cumpro as leis, mas está na hora de o país retribuir à altura e parar, ele sim, de sonegar dignidade ao povo, até porque a tal “certeza absoluta de não ser pego” começa, lentamente, a deixar de ser tão absoluta. Ora, malha fina para eles também.

    Martha, só se conserta isso pelo voto. Voto certo. No candidato certo. Enquanto houver democracia, mesmo essa, relativa, em que vivemos.
    Berto Filho

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  92. Postado por Berto Filho

    ARTISTA DA GLOBO ANUNCIA MINHA CASA MINHA VIDA :
    GAROTA PROPAGANDA DO GOVERNO FEDERAL

    Gosto muito da Regina Casé fazendo aquele gênero popular que caracteriza o “Esquenta” e que sempre a acompanha em qualquer programa do qual participa, geralmente como atração principal. Ela faz tão bem esse papel que foi escolhida para conduzir a campanha publicitária da venda de um novo serviço financeiro do governo federal ligado ao programa “Minha Casa, Minha Vida”, um dos mais importantes da atual gestão comandada pelo PT.

    Esse anúncio foi veiculado hoje em todos os intervalos da transmissão do jogo Brasil e Japão e deve continuar sendo rodado porque a repetição ajuda o telespectador interessado a entender como deve fazer para pegar o financiamento. São R$ 5.000 para comprar móveis, eletrodomésticos, etc, carimbados para quem comprou sua casa pelo programa Minha Casa, pagando o empréstimo em suaves 48 prestações mensais, com juros de apenas 5% ao ano. Coisa de mãe para filha...

    Uma hora, no intervalo do jogo, me levantei para esticar as pernas e fiquei ouvindo com maior atenção a sugestiva convocação da boa Regina. Fiquei com a impressão de estar ouvindo um anúncio da campanha da presidente Dilma Rousseff na voz de uma artista da Globo. Ainda bem que foi só uma impressão passageira, nada grave.

    Imagina só a Regina declarando intenção de votar na Dilma e no PT com tanta antecedência... e Dilma nem candidata é ainda !

    O que acontece é o seguinte : Regina Casé está ajudando o governo a vender um serviço ao povão, só isso. Não quer dizer que a Regina aprova o governo Dilma ou que está se comprometendo a fazer parte da campanha da Dilma. Não mesmo, mas, sabe como é, há ilações e ilações. Só encostando o ouvido no peito da Regina para auscultar alguma preferência eleitoral impressentida.

    Ela deve ter cobrado bem alto porque, além do preço da cessão de voz e imagem de uma artista como Regina Casé dever ser muito caro (para orçamentos apertados), acresce a circunstância de que o governo Dilma acaba de perder 8 pontos na aprovação popular, segundo as últimas pesquisas.

    E hoje, Dilma levou uma sonora, estrepitosa, uníssona e histórica vaia na abertura da Copa das Confederações, no Mané Garrincha. O Brasil todo ouviu porque estava ligado no jogo, na Globo ou na Band.

    Vaia dividida com Joseph Blatter, é verdade, mas o espanhol presidente da FIFA é um ilustre desconhecido do povão. Se derem 5% de crédito da vaia para ele, acho até muito.
    Os apupos do grande coral de torcedores soaram mais forte quando o sr. Blatter, dando uma de mestre ce cerimônia, pronunciou o nome dela. É só ouvir a gravação de novo.

    Então, cá com os meus botões, concluo que Regina está emprestando a credibilidade dela à credibilidade desse programa do governo, e, por extensão, à credibilidade de Dilma e do governo federal. Um casamento ideal, especialmente para o governo, que deve ter pago bem pelo benefício.

    Ó mentecapto (eu mesmo !), para com essa ideia de associar Regina Casé à campanha eleitoral de 2014 antes da hora ! É só coincidência !
    Ah bem... Minha mente capta delírios.
    Berto Filho

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  93. Postado por Berto Filho

    A VOZ DAS RUAS ESTÁ SOLTA NA MÍDIA

    Publico parte do comentário do jornalista Merval Pereira, que escreve para o Globo, a respeito do surto das atuais manifestações de rua porque, entre os vários que li nas últimas horas, é o que me parece estar mais equilibrado e próximo da realidade.
    Recomendo a leitura.
    O texto completo está no link
    http://oglobo.globo.com/blogs/blogdomerval/

    "Merval Pereira
    Direitos e deveres

    O país vive nos últimos dias situações de tensão de diversas origens que, misturadas à percepção crescente de pessimismo em relação ao futuro captada por pesquisas de opinião, podem levar a uma crise institucional de grave repercussão.

    Não há ainda uma ligação direta entre os problemas econômicos que se avolumam e as manifestações nas ruas das principais cidades do país, como apressadamente alguns analistas estrangeiros registram.

    Mas a insatisfação difusa que se revela pelas redes sociais e desemboca nas manifestações a pretexto de protestar contra o aumento das tarifas de ônibus sem dúvida serve à manipulação de atividades políticas de grupos radicais e anárquicos que não se sentem representados pelos partidos políticos do mainstream.

    Existem diversos grupos de ativistas em ação pelas ruas, alguns ligados a partidos políticos, que escolhem temas variados para protestar “contra tudo isso que está aí”. Engana-se o governo da presidente Dilma se acha que pode tirar proveito político de um eventual desgaste do governador tucano de São Paulo Geraldo Alckmin na repressão aos manifestantes.

    O teor de cartazes afirmando que “Nenhum partido nos representa” mostra que a intenção dos grupos mais organizados é minar a representatividade política tradicional, inclusive a do PT que, agora no governo, prova do veneno que utilizava contra seus adversários.

    Se a polícia paulista certamente se excedeu nos confrontos de quinta-feira, como diversas imagens registraram, há também imagens suficientes para mostrar que entre os manifestantes havia os que foram às ruas para provocar o confronto."


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  94. PAULO HENRIQUE AMORIM, LINGUA E PENA AFIADA, TEM VERSÃO DIFERENTE PARA AS VAIAS A DILMA

    Ex-Globo, o atual apresentador do Domingo Espetacular, da TV Record, mantém um blog, "Conversa Afiada", cujo conteúdo nada tem a ver com a sua função na Record.

    Ele o usa como trincheira de opinião política contundente, quase sempre em defesa da presidente Dilma e contra o sistema Globo, Folha, etc, que chama de PIG (Partido da Imprensa Golpista).

    Para quem observa o comportamento da mídia nacional, principalmente em assuntos de política, é importante ler opiniões divergentes.

    Confira no link
    http://www.conversaafiada.com.br/politica/2013/06/16/as-vaias-e-a-eleicao-eduardo-e-o-que-cresce-menos/

    Berto Filho

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  95. Postado por Berto Filho

    Pausa para a música...
    KISMET : HOMENAGEM AMERICANA A UM GRANDE COMPOSITOR RUSSO

    Kismet é o nome de uma peça teatral muito popular, de autoria de Edward Knoblock, lançada em Londres em 1911. Kismet é uma palavra latina, do original turco (está na moda...) e urdu, que significa “fatalidade” ou “destino”.

    A peça Kismet teve vários relançamentos, sempre bem sucedidos. 42 anos depois de criada, foi adaptada para o cinema em 1953. O filme “Kismet” foi lançado em 1955 nos Estados Unidos, com trilha sonora baseada em lindas músicas do compositor russo Aleksandr Borodin, um dos meus preferidos. Uma homenagem do cinema americano ao grande compositor russo, em pleno auge da Guerra Fria. A boa música não tem idade, ideologia nem fronteira geográfica.

    É uma sensação estranha amar as músicas de um compositor que não conhecemos, viveu em outra época e num país distante. A música de Borodin, misteriosa para muitos, sempre me atraiu, por ser bela. Exala grandiosidade, raízes orientais, a Rússia das estepes e dos czares. Devo ter vivido lá em outra existência...

    Entre as músicas de Borodin usadas na trilha do filme, separei 3 :
    “And this is my beloved”, “Stranger in Paradise” e “Baubles, Bangles and Beads”.

    No link
    http://www.youtube.com/watch?v=FLWBLKDd3vk

    você pode ouvir “And this is my beloved”, uma adaptação do Quarteto Número 2 em D maior (3º Movimento, Noturno), cantada por Howard Keel, Ann Blyth e Vic Damone.

    No link
    http://www.youtube.com/watch?v=7nDvHTfW86I

    é a vez de “Stranger in Paradise” com Tony Bennett. A fonte é a composição de Borodin “The Gliding Dance of the Maidens”, das Danças Polovitsianas.
    Recebeu as contribuições dos americanos Robert Wright e George Forrest para assumir a feição popular ostentada no filme.

    E, por fim, no link
    http://www.youtube.com/watch?v=WBbC_Fe0i7E

    o perfume de “Baubles, Bangles and Beads” na batida da bossa-nova e na voz de Frank Sinatra, uma prova de eternidade universal dessa música de Borodin, que não viveu para ver o milagre...

    No próximo bloco, mais alguns dados de Borodin. Se não eu fico devendo ...

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  96. Postado por Berto Filho

    KISMET : HOMENAGEM AMERICANA A UM GRANDE COMPOSITOR RUSSO – parte 2 e final

    Aleksandr Borodin (1833-1887), nascido em São Petersburgo, filho ilegítimo do Príncipe georgiano Luka Gedevanishvili (ou Gedianov, em russo), teve sua paternidade atribuída a Porfiry Borodin, um dos servos do nobre Luka.

    Além de compositor que só compunha aos domingos (nas suas próprias palavras), Borodin foi um químico dedicado.
    Escreveu vários tratados científicos e fez importantes descobertas, notadamente no campo do benzol e aldeídos. Também foi professor de Química Orgânica na Academia Militar de São Petersburgo (1864-1887).

    Conquanto tenha escrito um dueto para piano aos 9 anos de idade, só aos 29 anos de idade, em 1862, Borodin retomou a música por influência de Mily Balakirev. Mily o convenceu a integrar-se ao Grupo dos Cinco, cujas ideias nacionalistas o atraíam. Mily também o ajudou a compor sua primeira sinfonia, que estreou em 1869.

    No mesmo ano, Borodin começou a compor a segunda sinfonia, que não foi bem recebida na estreia, em 1877, sob a batuta de Eduard Nápravník. Depois de receber um novo arranjo, a Sinfonia Nro. 2 foi aprovada pelo público em sua reestreia, desta vez conduzida por Rimsky-Korsakov, em 1879. Nikolai Rimsky-Korsakov é o autor da fantástica “Scheherazade”, melodia aparentada com as criações de Borodin. Em 1880, na Alemanha, Franz Liszt regeu esta mesma sinfonia, dando a Borodin fama fora da Rússia.

    Como compositor, sua obra mais importante, a Ópera épica Príncipe Igor – não por acaso atribuível à sua origem nobre -, começou a ser escrita em 1869, ano da primeira apresentação da primeira sinfonia. Trabalhou nela por 18 anos até sua morte, em 1887 deixando-a incompleta.
    Foi terminada por Rimsky-Korsakov e Aleksandr Glazunov em 1890.

    Borodin também escreveu as conhecidas Danças Polovitsianas, a obra “In the steppes of Central Asia”, numerosas peças para piano, melodias e músicas de câmara, entre outras.

    Vítima da cólera, Borodin morreu em 1887, de insuficiência cardíaca, durante um baile de máscaras na Academia de Medicina de São Petersburgo. Está enterrado no Cemitério Tikhvin, Monastério Aleksandr Nevsky, em São Petersburgo.

    Berto Filho

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  97. DECOLA A PRIMEIRA ZPE DO BRASIL 25 ANOS DEPOIS DE CRIADO O PROGRAMA QUE VAI ALAVANCAR O COMÉRCIO EXTERIOR DO PAÍS

    Colaboração do professor Helson Braga, presidente da ABRAZPE – Associação Brasileira das Zonas de Processamento de Exportação - referente à matéria da repórter Raquel Ulhoa publicada pelo jornal Valor Econômico (Redação de Brasília) sobre o start da ZPE de Pecém (CE)

    "Em São Gonçalo do Amarante, município do Ceará de 45 mil habitantes, a cerca de 70 quilômetros de Fortaleza, três mil homens trabalham na construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), empresa-âncora da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Estado. Em junho de 2014, a obra deverá contar com 15 mil operários.

    Com esse canteiro de obras, a ZPE de Pecém é a primeira do país a entrar em funcionamento, após mais de 25 anos da criação desse programa de distritos industriais incentivados, nos quais as empresas operam com suspensão de impostos, liberdade cambial (podem manter no exterior as divisas obtidas nas exportações) e procedimentos administrativos simplificados.

    A Companhia Siderúrgica do Pecém, primeira e mais importante empresa a se instalar, resulta da parceria entre a mineradora brasileira Vale (50% das ações) e as sul-coreanas Dongkuk Steel (30%) e Posco (20%). O capital integralizado é de US$ 1,7 bilhão. A meta é produzir três milhões de toneladas de chapas de aço por ano na primeira fase da operação, com início previsto para o segundo semestre de 2015. Na segunda fase, a previsão é dobrar a produção, toda destinada ao mercado internacional.

    Pela legislação, empresa instalada em ZPE tem incentivos fiscais, cambiais e administrativos por 20 anos, prazo que pode ser prorrogado por igual período, e tem de exportar no mínimo 80% da produção. "Para o investidor internacional, um dos pontos mais relevantes é o amparo jurídico por tanto tempo", diz Eduardo Macêdo, presidente da empresa administradora da ZPE, de economia mista, controlada pelo governo do Estado. "Nosso projeto saiu do papel graças à CSP", afirma. Na primeira fase, até 2016, o investimento da CSP será de US$ 5,1 bilhões.

    Criado no governo José Sarney (1985-90), o programa de ZPE foi abandonado pelas gestões seguintes e retomado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Novas ZPEs foram criadas e o Conselho Nacional das ZPE (CZPE), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), encarregado de aprovar os projetos, foi reativado. Hoje, são 24 ZPEs criadas no país, em distintas fases pré-operacionais.
    Primeira a entrar em operação, a do Ceará tem a maior área geográfica de todas. São 572 hectares já alfandegados (com autorização da Receita Federal para que empresas nela instaladas operem com os incentivos da lei), mas a área total, fixada no decreto de Lula que a criou, é de 4.271 hectares. A ZPE está no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).
    "A entrada em operação da ZPE de Pecém marca, com duas décadas de atraso, a efetiva implementação do programa brasileiro", afirma o presidente da Associação Brasileira das ZPEs (Abrazpe), Helson Braga, que desde o governo Sarney trabalha pela retomada desse modelo no país.

    A ZPE de Pecém é a mais avançada, mas foi a segunda a ter o aval da Receita para operar (alfandegamento). A primeira foi a do Acre, em Senador Guiomard. A empresa administradora está constituída, mas não há projeto instalado. O primeiro será o da Amazon Polímeros, investimento de R$ 7,5 milhões, que vai fabricar produtos de plásticos pelo sistema de rotomoldagem. O conselho do Ministério do Desenvolvimento já aprovou.

    No próximo bloco, o complemento da matéria da Raquel Ulhoa sobre ZPE.

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  98. DECOLA A PRIMEIRA ZPE DO BRASIL 25 ANOS DEPOIS DE CRIADO O PROGRAMA QUE VAI ALAVANCAR O COMÉRCIO EXTERIOR DO PAÍS Parte 2 e final

    Nas compras no mercado interno e nas importações, empresa instalada em ZPE é beneficiada com suspensão de impostos e contribuições (como Imposto de Importação, IPI, PIS, Cofins, PIS-Importação, Cofins-Importação e Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante). No entanto, todos os impostos e contribuições incidem sobre as vendas para o mercado interno (até 20% do valor da receita bruta, pela lei 11.508, de 2007). Projeto em tramitação no Senado dobra o percentual que pode ser vendido para o mercado interno e, no caso de desenvolvimento de software e serviços de tecnologia da informação, o eleva para 50%.

    Com a ZPE alfandegada, a Companhia Siderúrgica do Pecém já está recebendo máquinas e equipamentos sem pagar impostos, mas o incentivo não está disponível para material de construção. "Estamos num ritmo de trabalho forte. Já recebemos mais de 500 mil toneladas de cargas da CSP com benefícios de ZPE, com essas operações. São cargas importadas, a maioria da Coreia do Sul, para montagem e construção da estrutura da siderúrgica", diz o presidente da ZPE.

    Desde o início da fase operacional, em 11 de abril, houve três etapas de operação-piloto, cada uma usada para "lapidar" o processo, adequando o fluxograma e o sistema de controle aduaneiro. "Se tudo correr como esperamos, na semana do dia 24 de junho entramos definitivamente em operação plena. Aí não vamos mais parar", diz Macêdo.

    O segundo projeto a ser instalado na ZPE de Pecém é praticamente um "apêndice" da CSP: a Vale Pecém, com função de receber o minério que vem das minas da Vale e beneficiar a matéria-prima para fornecer à CSP.

    A prosperidade na região já é vista, segundo o secretário de Desenvolvimento do município de São Gonçalo do Amarante, Victor Samuel da Ponte, que, antes de ocupar esse cargo, foi consultor contratado pelo governador Cid Gomes para viabilizar o distrito no Estado.
    "A movimentação está sendo muito grande. O município, que é carente, já está sendo afetado positivamente. Há construção de alojamentos, instalação de empresas fornecedoras de refeição e outros estabelecimentos", diz. Quando a empresa começar a produzir, serão quatro mil funcionários. "Será preciso construir escolas, hotéis e melhorar a infraestrutura. O Produto Interno Bruto (PIB) industrial de São Gonçalo vai ter um aumento de quatro mil por cento, e o do Ceará, de 40%.

    Meu comentário : ao contrário de um estádio para a Copa, que pode tornar-se um "elefante branco", uma ZPE deixa um legado consistente que já pode ser percebido em São Gonçalo do Amarante. É um modelo inspirador para as demais cidades onde estão previstas ZPEs e para outras cidades que ainda não conhecem o que é uma ZPE e que benefícios pode trazer para as suas populações.
    Berto Filho

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    1. Postado por Berto Filho
      VIRADA NACIONAL Parte 1

      Tive que reformular um comentário postado aqui no dia 18 de junho.
      A extrema velocidade dos fatos obriga.
      A imagem mais impressionante pelo significado político é a ocupação de espaços em Brasília, a pressão direta sobre os poderes, bem no centro do governo federal.
      O que será que isso quer dizer ?

      É muito sério o que está acontecendo nas ruas. O código ainda não está totalmente decifrado. A barragem transbordou, a indignação, represada, contra as maldades diversas que o povo vem sofrendo nos últimos 20 anos, causadas pela incompetência gerencial na execução das políticas públicas em todos os níveis de governo e pela corrupção que já foi claramente identificada graças à liberdade de imprensa, está explodindo de uma vez só, ao mesmo tempo, e ganhando volume e força a cada dia que passa, a cada dia em que os governos, agentes públicos, políticos, partidos e instituições não se dão conta da gravidade do momento.

      Tem um lado bom, o Brasil acordou, o patriotismo exaltado aflorou, até na forma emocionada de cantar o Hino Nacional, nos estádios e nas ruas.
      E tem o lado mau, a violência atiçada por grupos radicais que agridem os bens materiais que as polícias tentam defender como é de seu ofício. Os confrontos acabam se tornando inevitáveis. Graças a Deus, sem vpitima fatal.

      Tem um simbolismo embutido que ainda não está sendo compreendido pela mídia, e sequer pela sociedade que se apoia na mídia.

      Vamos ver de novo esse filme de confrontos, que recebeu uma nova versão nas manifestações de hoje no Rio de Janeiro e Belém.

      Li em algum lugar que a truculência da polícia paulista na primeira mobilização, na 5ª.feira, 13, teria sido o principal fator do crescimento exponencial das manifestações, do “vem pra rua”, nos dias seguintes. A lamentar o deprimente espetáculo de depredação do patrimônio público, especialmente no Rio e São Paulo, os confrontos com policiais no Rio, São Paulo, Fortaleza (dia 19, do lado de fora do Castelão antes de Brasil x México), em São Luiz, Macapá, Niterói (a Ponte foi fechada por uma hora), Goiânia (mais de 30 ônibus incendiados), Belém e outras cidades, na sua grande maioria provocados por grupos pequenos de pessoas com interesses diversos - radicais anarquistas fiéis a Bakunin (*) (que “fazem justiça” destruindo bens materiais) misturados com bandidos comuns (que saqueiam lojas, agências bancárias, etc) e , provavelmente, com extremistas ideológicos de vários matizes. A identidade desses vândalos é protegida por lenços e capuzes. Gente que não gosta de democracia.

      A destruição de veículos da TV Record e do SBT (hoje) demonstra que a mídia também é alvo dessa insanidade doentia.

      Todo esse espetáculo teatral (Bakunin de novo) não invalida a pureza das manifestações dos estudantes organizados em São Paulo pelo MPL, que contagiaram seus pais e avós, famílias inteiras, os cidadãos de bem em todo o Brasil.

      Em todas as manifestações mostradas pela TV ao vivo tem ficado claro que os manifestantes não aceitam o oportunismo dos partidos (em um certo momento dessa tarde hackers, provavelmente do movimento, tiraram do ar os sites do PT, PSDB e PMDB) nem a violência dos radicais.
      Militantes de partidos devem ter sido orientados a participar com camisetas e bandeiras para amenizar a imagem de vilões que os manifestantes provavelmente atribuem, ainda que veladamente, a partidos e políticos em geral.

      O fato político mais importante desde o impeachment de Collor vai tomando proporções gigantescas e um desfecho imprevisível.

      Continua no próximo bloco.

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    2. Postado por Berto Filho
      VIRADA NACIONAL Parte 2

      Não vou aqui reinventar a pólvora.
      As coisas têm que mudar. Filas nos hospitais, impostos absurdos (carga tributária batendo recordes olímpicos no "Impostômetro" instalado em São Paulo), mau atendimento no serviço público, corrupção na política, insegurança pública (assaltos, assassinatos, sequestros, saidinhas de banco - cometidos inclusive por menores que, protegidos pela lei, acabam sendo soltos e reincidem...), custo de vida castigado pela inflação (em alguns itens, galopante), tarifas caras de transporte público (a gota d'água), a PEC 37, o dinheiro desperdiçado com os estádios... são muitas causas visíveis a olho nu.

      Os políticos receberam o recado, vem aí de novo as urnas (mesmo as eletrônicas que ainda não tem a confiança de 100% dos eleitores) e há muitas pendências acumuladas no saco sem fundo de câmaras de vereadores, assembleias legislativas, Congresso Nacional, palácios de governos, Supremo Tribunal Federal, Judiciário e outros atores de um processo que se tornou, de repente, extremamente dinâmico, difícil de controlar.

      A velocidade da repercussão das manifestações acelerada pela tecnologia da intercomunicação imediata, pela filmagem online por celular e transmissão pela internet, deixou muita gente grogue, sacudiu a sociedade e os poderes.

      Uma grande parte da sociedade, a maioria silenciosa, por se sentir impotente ou porque se dedicava a outras coisas e não percebia a alta voltagem dos conteúdos que circulam nas mídias sociais, ao que tudo indica, acordou sobressaltada como quem acabou de ter um pesadelo.

      Quanto aos poderes e aos políticos, tomaram um choque de 220 volts, despertando, com grande susto, do sono profundo embalado em berço esplêndido, na paralisia funcional e nos meandros de uma burocracia mastodôntica.

      Vamos ver e pesar o que as próximas horas e dias nos vão revelar na evolução desse processo.

      Antes de encerrar, uma palavra sobre o citado Bakunin.
      Mikhail Aleksandrovitch Bakunin é considerado um dos principais expoentes do anarquismo em meados do século XIX. É lembrado também por ser oponente do Marxismo em seu caráter autoritário, especialmente das ideias de Marx de Ditadura do Proletariado. Ele segue sendo uma referência presente entre os anarquistas da contemporaneidade, entre estes, nomes como Noam Chomsky.

      Berto Filho

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    3. Postado por Berto Filho
      VIRADA NACIONAL parte 3

      PELÉ VOLTA ATRÁS E DIZ QUE É A FAVOR DAS MANIFESTAÇÕES

      Pelé tentou reduzir o estrago da declaração em que pedia para “esquecer toda essa confusão no Brasil e pensar na seleção”. Com essa declaração infeliz, o embaixador da Copa de 2014, disputando uma bola alta na sua área, deu uma cotovelada nos usuários do Facebook e Twitter. Foi penalty ! Recebeu cartão amarelo ...

      Aqui neste link o que ele disse antes, que caiu tão mal :
      http://esportes.br.msn.com/copa-confederacoes/noticias/artigo-espn.aspx?cp-documentid=258586768

      Agora, o que Pelé acaba de dizer :
      "Eu sempre lutei contra a corrupção. No meu milésimo gol, eu falei sobre a importância da educação de nossas crianças. Por favor, não me entendam mal. Eu sou 100% a favor deste movimento pela justiça no Brasil!", defendeu-se Pelé.

      Para mim, Pelé é o Deus do futebol, não devia se envolver com Copas e cartolagem, mas para quem nunca o viu jogar no auge da carreira - ou seja, a quase totalidade dos manifestantes - é difícil dissociar a imagem do Pelé da “confusão” do superfaturamento ostensivo do custo da construção dos estádios, que já ultrapassa a barreira de R$ 28 bilhões, pelos cálculos do governo federal, anunciados hoje.

      Berto Filho

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    4. Postado por Berto Filho
      VIDEO COM O DESABAFO DE UMA JOVEM MANIFESTANTE PAULISTA QUE REAGE Á VIOLÊNCIA DO DIA 13 EM SÃO PAULO

      Cuidado : ela é bonita, muito jovem, tem piercing no nariz mas é extremamente preparada para falar o que pensa, e diz até uns 3 ou 4 palavrões que não ficam bem num rosto tão angelical. Não sei o seu nome.

      https://www.facebook.com/video/embed?video_id=136950886510975

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  101. A PAUSA QUE REFRESCA

    Esse foi um slogan usado pela Coca-Cola em tempos avoengos.
    Mas este blog não tem base em Atlanta, prefere o guaraná.

    Por favor, deem uma pausa em política, passeatas e quejandos para ouvir Jane Monheit cantando "Cheek do cheek". Ela é a pausa que refresca no meio desse tiroteio...

    No link http://www.youtube.com/watch?v=JYMDXO-cJoQ

    Berto Filho

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  102. APROPRIAÇÃO INDÉBITA

    Pecado mortal tipificado como um dos crimes contra o patrimônio na galeria da criminalidade econômica, comum no mundo empresarial, a apropriação indébita também pode ocorrer na política, numa versão, digamos, mais branda.

    Por exemplo, quando o dirigente de um partido político qualquer ou um político dependente "químico" do voto oontinuado do eleitor, visando prolongar indefinidamente sua carreira, se apropria, sem consulta prévia e de forma sub-reptícia, do discurso bem elaborado de uma pessoa ou de um movimento e assim se alinha com esse pensamento como se fosse co-autor ou como se o autor do pensamento imitado e elogiado, lhe tenha dado permissão para tal atitude de solidariedade oportunista.

    É que tenho escutado, aqui e ali, na TV Alerj e na TV Câmara, por exemplo, declarações de alguns políticos, atualmente recolhidos a um oportuno "retiro" político fora de época(por motivos óbvios), tentando justificar o injustificável : o alinhamento automático com as razões por que os jovens sem partido mas com muitas causas fazem manifestações corajosas nas praças e avenidas das cidades do Brasil. Soa falso mas eles não percebem, se auto-indultam.

    Para mim, essa coincidência forçada soa como oportunismo, um jeito malandro de sair da linha de tiro dos manifestantes e zerar o passivo com o eleitorado.

    Dá a impressão de que o sentimento que inspira o movimento (Movimento do Passe Livre, MPL) já era propriedade exclusiva desse político ou desse partido, antes mesmo do primeiro e-mail de convocação disseminado pela internet.

    Também ouvi e li com atenção declarações da presidente Dilma e do ministro Gilberto Carvalho a respeito do fato político mais importante dos últimos 20 anos. É como se o governo federal nada tivesse a ver com as causas de tão estrondosa insatisfação. Como se o governo federal, o PT, o PMDB e até o PSDB estivessem acima de qualquer suspeita.

    Mas o peso maior recai mesmo sobre o governo federal e o PT. Ambos, legitimados pelo voto, mandam no país, toda a sociedade está sob a gerência do poder executivo e do partido que o sustenta, em parceria com o PMDB e outros partidos da base.

    Tenho lido tentativas de vários cientistas políticos e jornalistas no sentido de decodificar a mensagem "telegrafada" nas manifestações. Quando as baterias do movimento se voltam, por exemplo, contra a impostomania doentia, que pune a produção com uma carga tributária excessiva que incentiva a sonegação, não há como o governo federal e o PT saírem da linha de fogo nesse assunto.

    Quando o alvo é o desperdício de dinheiro público, por exemplo, com a construção dos estádios da Copa, com as obras sem fim da transposição das águas do rio São Francisco ou com a compra de votos do mensalão, está subentendido que o movimento mira no governo federal, nos políticos, agentes públicos e diretores de empresas que se beneficiaram desses episódios. Corrupção e superfaturamento estão persentes nessa coleção.

    Quando o estilingue dos jovens aponta na direção das filas nos hospitais ou na majoração das tarifas dos ônibus - reivindicando tarifa zero -, os prefeitos entram no baile e são forçados a dançar conforme a música : agora baixam ou aceitam baixar as tarifas na marra.

    Por que os prefeitos não se anteciparam a essa "primavera árabe" impedindo o aumento de tarifas e esvaziando este item que polarizou e deu nome ao movimento ? Terá sido falta de "inteligência" (no sentido de informação) ou não levaram a sério "essa gente ociosa que só faz reclamar pela internet" e a força da mobilização das mídias sociais? De tudo um pouco.

    Estou observando tudo. Voltarei ao assunto.
    Berto Filho

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  103. Postado por Berto Filho
    Publico artigo da jornalista Dora Kramer, importado do site do Estadão, que focaliza a tentativa frustrada do PT de se apropriar do discurso das manifestações.

    DORA KRAMER
    O Estado de S. Paulo

    A aplicação do velho lema que aconselha adesão ao inimigo que não se pode vencer é o que se evidenciou na convocação da militância petista às ruas feita - e depois negada - pelo presidente do PT, Rui Falcão.

    Ousado, foi o primeiro partido a tentar marcar presença nos protestos a despeito do repúdio dos participantes a quaisquer conotações partidárias. "Não temos medo das ruas", disse Falcão.

    As ruas, no entanto, não receberam bem essa tentativa do PT de posar de estilingue para se desviar das pedras atiradas nas vidraças. Não as reais, das depredações cada vez mais , difíceis de serem qualificadas como atos isolados devido à constância com que têm ocorrido em praticamente todas as manifestações País afora.

    As pedras que o PT quer evitar são as simbólicas, atiradas como expressão do descontentamento geral com serviços mal prestados pelo poder público e o mau comportamento de representantes do poder político.

    A estratégia é clara e já estava delineada no discurso da presidente Dilma Rousseff logo após reunião de emergência para tratar dos protestos com o ex-presidente Lula, o marqueteiro João Santana, o presidente do PT e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, recentemente levado à condição de eminência parda.

    Dilma parou de chamar críticas de "terrorismo" e tratou de demonstrar seu apreço à "mensagem direta das ruas", cuja essência, segundo ela, é "o repúdio à corrupção e ao uso indevido de dinheiro público".

    Lula convocou para um encontro as centrais sindicais das quais ouviu e, segundo consta, anotou, queixas contundentes aos modos da pessoa que conseguiu eleger convencendo a maioria de que seria a mais preparada para governar o Brasil. Prometeu ajeitar o meio de campo, mas, ao que se sabe, não defendeu sua criatura.

    O partido e o governo fizeram questão de deixar patente a insatisfação com o comportamento do prefeito Fernando Haddad, atribuindo a ele o desgaste por não ter percebido a real dimensão dos movimentos e atuado politicamente no sentido de obter dividendos. Como se qualquer outra autoridade tivesse notado e estivesse preparada para reagir à altura sem prejuízos políticos. Haddad virou o bode expiatório dos companheiros.

    Juntem-se esses movimentos e o que se obtém é o desenho de uma manobra na qual o PT é mestre: a transformação do malefício em benefício mediante a manipulação de fatos e falas.

    Fez isso diversas vezes ao longo dos últimos dez anos (para não falar da época em que foi oposição na posse da bandeira ética chamada de "udenismo" quando levantada pelos adversários), com destaque para o escândalo do mensalão que conseguiu disfarçar como "defeito do sistema" até o Supremo Tribunal Federal rasgar essa fantasia.

    Tentou agora de novo. Em sua nota convocatória, Falcão faz referências à identidade do partido com os "movimentos populares" e diz que a participação do PT impede que a "mídia conservadora" e a "direita" influenciem a pauta das manifestações.

    Seria engraçado não fosse mais um exemplo da desfaçatez de um partido que governa o Brasil há dez anos e agora tenta capitalizar insatisfações que ele mesmo transformou em panela de pressão ao obstruir todos os canais de expressão do contraditório mediante o uso abusivo dos instrumentos de poder.

    A julgar pela reação das tão queridas ruas, a manipulação encontrou um limite e o velho truque envelheceu.
    Que dúvida... O mundo político insiste em dizer que desconhece as causas dos protestos. Recorrendo a Nelson Rodrigues : "se quem protesta não sabe exatamente no que bate, seus alvos sabem perfeitamente por que apanham."

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  104. Postado por Berto Filho

    APRENDIZADO ESSENCIAL
    Provável candidata à presidência da República em 2014, a opinião de Marina Silva neste momento ganha uma relevância toda especial.
    Berto Filho

    Aprendizado essencial
    Por Marina Silva(*) publicado na Folha de São Paulo em 21/06/2013

    Ninguém deveria estar surpreso, sabíamos que iria ocorrer. A internet ajuda a mudar tudo: a cultura, os negócios, as comunicações. Por que só a política não seria afetada?

    Carlos Nepomuceno diz que três fatores ajudaram a transformar o mundo: a impressão em papel, a Revolução Francesa e a independência dos EUA. Eles compuseram a realidade de dois séculos e nos trouxeram até aqui, mas são insuficientes para configurar um mundo com 7 bilhões de pessoas e uma ferramenta que quebra as estruturas convencionais para intermediar a informação, a internet.

    Tenho falado, aqui mesmo na Folha, daquilo a que chamo movimentos de borda. Eles se afastam do centro político estagnado, das instituições enrijecidas, das disputas por dinheiro e poder.

    Neles predomina um ativismo autoral, não mais dirigido por partidos ou lideres carismáticos. A presença destes é residual e produz incômoda sensação de oportunismo.

    Não há comando único, há relação horizontal e lideranças móveis: hoje lidero, amanhã sou liderado; hoje sou arco, amanhã sou flecha.

    Esse ativismo não tem porto, carrega sua âncora e estaciona onde quer. Basta ver quantos sites temporários há na internet, usados numa mobilização ou num momento.

    O essencial é perceber o que está latente. Não são os 20 centavos no Brasil, as árvores da praça na Turquia, ou qualquer demanda simbólica visível. O que está em pauta é a democratização da democracia. As pessoas não querem ser meros espectadores, lugar em que foram colocadas pelos partidos que detêm o monopólio da política. Querem ser protagonistas, reconectar-se com a potência transformadora do ato político.

    Deve-se reconhecer esse desejo e respeitar o sujeito político que surge. Muitos se apressaram em desqualificar os novos movimentos, os abaixo-assinados, a campanha de defesa das florestas, a solidariedade aos índios, o "Fora Renan". Agora se esforçam para descobrir uma forma de interlocução, mas mantendo a ansiedade de liderar, usurpar, controlar.

    Não basta dar 20 centavos para tirar o incômodo da sala. O que está havendo é significativo: no país do futebol, durante a Copa das Confederações, as pessoas protestam contra o custo dos estádios e dizem que queremos nosso dinheiro em saúde e educação.

    O Brasil pode aprender a fazer diferente: nem transição eterna e lenta nem ruptura brusca, mas o diálogo produtivo e criativo da democracia ampliada. Temor de vandalismo? Ora, cultivemos uma cultura de paz. Prefiro sentir-me representada pelas pessoas que estão nas ruas, dizendo o que não querem, a exigir que tenham projetos definidos.

    Não há salvadores da pátria, há homens e mulheres que trabalham juntos. Que seja este nosso aprendizado essencial, nossa maior mudança.

    (*)Marina Silva, ex-senadora, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula e candidata ao Planalto em 2010. Escreve às sextas na versão impressa da Página A2 da FSP.

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  105. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Postado por Berto Filho
      A DIFICULDADE DE SER REPÓRTER NOS TEMPOS ATUAIS

      O artigo que segue, sob o título acima, é de autoria da JORNALISTA Miriam Leitão. É bem oportuno, em cima dos riscos suportados pelos repórteres na cobertura dessas manifestações. Sobraram agressões de radicais que não queriam ser filmados nas suas bandalhas, spray de pimenta e balas de borracha de policiais e muita incompreensão sobre o seu trabalho. Vale a pena.
      Berto Filho

      “Uma repórter pede socorro à Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Que máscara usar para ir às manifestações e reduzir os efeitos das bombas de gás lacrimogêneo? A Abraji, solícita, informa, dá o nome das melhores marcas e várias outras dicas. Já avisou às moças, por exemplo, que nunca devem ir maquiadas aos protestos, porque o gás gruda na maquiagem. E a Associação faz isso porque bem no começo desses eventos traduziu e divulgou aos associados um manual de como se proteger na cobertura de confrontos de rua.

      Em rede, jornalistas trocam dicas sobre o que fazer em situações de emergência, numa cobertura difícil para a qual ninguém está completamente preparado. Os repórteres tinham feito ultimamente cursos para cobrir eventos extremos em áreas de risco, como houve na ocupação das favelas do Rio. Mas agora é o inesperado das manifestações.

      Nos protestos, repórteres são frequentemente hostilizados por manifestantes e carros de duas redes de TV, Record e SBT, foram queimados. Num único dia, sete repórteres da "Folha" foram feridos naquela triste quinta-feira da semana passada em que a Polícia de São Paulo reagiu com incompreensível truculência à manifestação.
      Essa tem sido a rotina. Repórteres têm trabalhado muitas horas, em ambiente difícil, e sendo alvos de inexplicável hostilidade de ambos os lados.

      Mas não é só isso. O ministro Gilberto Carvalho pôs sobre a imprensa parte da culpa do que está acontecendo, ao dizer que a "imprensa teve papel de estimular moralismo no sentido despolitizado”. O que o ministro queria: que ninguém revelasse os desmandos que apura nas suas investigações para poupar a imagem dos políticos? Ou será que os políticos é que deveriam zelar para fortalecer a confiança que a população tem neles ouvindo os clamores da opinião pública?

      Neste momento, há ainda um outro fator de tensão para jornalistas de qualquer idade, tempo de profissão, serviços prestados: eles podem ser demitidos nos vários programas de redução de custos que têm acontecido nas empresas. Em momento de transição do modelo de negócios, certos veículos têm escolhido o pior caminho: enfraquecer, em vez de fortalecer, o centro do seu negócio.

      A imprensa, seja ela por que mídia for, tem que oferecer conteúdo de qualidade. E isso se faz com bons jornalistas. E muitos. Eventos da magnitude que temos visto exigem uma quantidade grande de repórteres apurando todos os ângulos dos fatos.

      Emagrecer as redações é o caminho para tornar os veículos dispensáveis neste tempo de oferta abundante, mas desorganizada, de imagens e relatos de baixa credibilidade feitos pelos que não são profissionais da imprensa.

      Difícil momento este para os jornalistas. Tempos de desafios e riscos, nos quais é preciso – a despeito de tudo – manter a certeza de que somos mais necessários que nunca, para informar e explicar esse vasto e complexo país. Sei que não serve de consolo, mas gostaria de dizer que estou orgulhosa de vocês.”

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  106. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Postado por Berto Filho
      COPA DAS CONFEDERAÇÕES : HORA DO RECREIO DAS MANIFESTAÇÕES

      Me perdoem a metáfora. De evento principal desse meio de ano, a Copa das Confederações foi rebaixada para a “segunda divisão” e passou a ser o intervalo esportivo do programa campeão de audiência nas TVs : a transmissão ao vivo das manifestações que varrem o país.

      Ainda bem que, como indica o noticiário de hoje, a FIFA não pretende cancelar a Copa por causa dos tumultos e da percepção de problemas que podem afetar a segurança das delegações, atletas, jornalistas e funcionários da própria FIFA.

      Também está salva (até o momento) e reafirmada (pela FIFA) a realização, no Brasil, da Copa do Mundo de 2014.

      Entre mortos e feridos, todos serão salvos, inclusive as arenas supostamente lucrativas e os elefantes brancos cujos custos de construção também estão no olho do furacão. Os 20 centavos já são passado, apesar de as prefeituras e governos estaduais não terem informado de onde virá a verba para tapar o buraco do recuo do aumento das tarifas.

      Os manifestantes (1% da população brasileira) e os não manifestantes na rua que viram pela TV (99%) ainda não sabemos se a qualidade do serviço vai melhorar. Com a palavra e a caneta, os políticos. Sem direito de errar.

      Depois dessa Copa e do arrefecimento das manifestações (sonho de consumo dos políticos e corruptos de todas as latitudes) - caso os governos tomem atitude -, o nível de tensão tende a baixar e tudo voltará a ser como antes ... O que ??? Vira essa tecla prá lá...

      Nada será como antes de 13 de junho.
      Berto Filho

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  107. Postado por Berto Filho
    ARENAS DA COPA : BLINDAGEM LEGAL DO ACESSO AOS CUSTOS
    Será que os manifestantes sabem disso ?

    O custo dos estádios da Copa ocupa, no mínimo, o 2º lugar no ranking das causas das manifestações. A propósito, publico a parte inicial de um texto do advogado Pedro Lessi, formado em Direito pela Universidade Católica de Santos, especialista em Direito de Família, Civil, Processual Civil, Tributário, Imobiliário, Empresarial pela Columbus, University de Ohio, EUA, que lecionou na PUC-SP, sob o título “Sigilo nos gastos públicos da Copa de 2014 é porta aberta para corrupção”.

    A íntegra pode ser lida no link :
    http://www.reporterdiario.com.br/Noticia/294539/sigilo-nos-gastos-publicos-da-copa-de-2014-e-porta-aberta-para-corrupcao

    O texto comenta a Medida Provisória (MP - 527/11) que restringe exclusivamente aos órgãos de controle o acesso a dados sobre os gastos públicos para a realização da Copa, mas não podem divulgá-los. Um segredo entre 4 paredes.

    O autor do texto diz que a assessoria da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) afirma que a possibilidade de sigilo é prevista na Constituição "quando há interesse do Estado e da sociedade".

    Mas, pergunta o atônito Pedro Lessi : “Que interesse, Ministra? Interesse da sociedade é saber se nosso dinheiro está sendo aplicado nos doze estádios que farão parte do evento e quais são os valores.”

    Como este assunto é de alta relevância no momento, achei oportuno publicar neste blog, um totem de opinião na estrada da internet.
    Berto Filho

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  108. Postado por Berto Filho
    RAIO X DA INTELIGÊNCIA MILITAR

    Recolhi (e sirvo) um hit da coluna “Panorama Político”, de O Globo, publicada hoje, uma exclusiva do jornalista Ilimar Franco
    Berto Filho

    “O raio-X da Inteligência militar
    O serviço de Inteligência das Forças Armadas alertou o Planalto de que os protestos que sacudiram o país “vão continuar crescendo”.

    Informe dos militares destacados para apurar a origem e características dos protestos diz se tratar de ação “espontânea”, “instantânea”, “sem agenda”, “sem líderes”. Em Brasília, quarta-feira, a Inteligência identificou, nas redes sociais, 30 pessoas agindo como multiplicadores: em 30 minutos de mobilização, 500 pessoas estavam na rodoviária central. A Inteligência recomenda reação para evitar “depredações” e atenção com “infiltrações” de criminosos e aproveitadores.”

    A pauta das causas da rua não explicitou claramente o desejo de um desfecho final imediato do julgamento dos recursos do mensalão e o cumprimento das penas dos condenados. O STF faz boca de siri. O ministro Joaquim Barbosa saiu das manchetes.
    Berto Filho

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  109. Postado por Berto Filho
    DINHEIRO PÚBLICO NA COPA

    Em texto publicado em seu blog logo após o pronunciamento da presidente Dilma, a jornalista Miriam Leitão contesta a presidente. Segundo ela, tem dinheiro público sim na construção dos estádios.

    Segue a íntegra do comentário de Miriam.

    “Tesouro tem, sim, gasto com a Copa do Mundo

    Em pronunciamento em cadeia nacional na noite desta sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff afirmou que não há custo para as contas públicas com a Copa do Mundo porque as empresas precisam pagar pelos empréstimos recebidos.

    O problema é que isso é feito via BNDES, com juros mais baixos do que os praticados pelo mercado. O banco público tem sido capitalizado pelo Tesouro Nacional, que faz captações pagando taxa Selic, mais alta.

    Esse diferencial de juros - entre o que as empresas pagam ao BNDES, e o que o Tesouro paga aos bancos - é gasto público. Muitos economistas têm dito que esse gasto não está sequer sendo contabilizado no Orçamento da União.

    No site do BNDES é possível obter mais informações sobre os financiamentos. No caso do estádio Beira Rio, por exemplo, houve empréstimos também do Banco do Brasil, que também foi capitalizado pelo Tesouro Nacional recentemente.

    Além das taxas de juros, há outra diferença. O BNDES dá um prazo de carência de 36 meses para o início dos pagamentos, e parcelamento em até 180 meses. O Tesouro, quando vai a mercado, não consegue as mesmas condições.

    Outro ponto do pronunciamento já foi tema aqui no blog, o incentivo ao transporte público. Tanto o governo Lula quanto o governo Dilma priorizaram o transporte individual. Somente com a redução da Cide, o imposto que incide sobre a gasolina, o governo deixou de arrecadar R$ 22 bilhões desde 2008. Esse dinheiro deveria ter sido investido em infraestrutura de transporte. Outros incentivos foram dados via redução do IPI e também pelo congelamento da gasolina, que traz prejuízos à Petrobras.”

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  110. Postado por Berto Filho
    JORNAIS INGLESES COMENTAM OS PROTESTOS NO BRASIL

    Em edições de hoje, os diários ingleses “The Guardian” e “Financial Times” fazem considerações sobre os protestos no Brasil.
    Destaco as seguintes :

    uma, do “The Guardian”, faz prognósticos sombrios (muito apressados, diga-se) sobre a Copa do Mundo no Brasil, partindo da situação provocada pelo vandalismo dos hunos sem Átila infiltrados nas bordas das multidões colossais. A imagem das depredações e reações policiais acabou sepultando a imagem da pureza romântica da grande maioria das manifestações, inquestionavelmente pacificas e com o apoio da polícia, em seus começos. As flores oferecidas por soldados a manifestantes e por manifestantes a soldados em diferentes parte do país significam a disposição de paz que estava na origem das passeatas.

    O segundo destaque é para o trecho do editorial do “The Guardian” no qual afirma que 'a Fifa se tornou uma marca manchada, associada a uma elite global distante que lucra às custas das populações locais'. Por essa, a FIFA não esperava...

    O terceiro destaque é a agulhada no PT, dessa vez pelo Financial Times. Adverte que, “apesar dos protestos não terem tido como objetivo depor a presidente Dilma Rousseff, boa parte da responsabilidade pelas atuais tensões reside no modelo econômico do PT de incentivar a demanda do consumidor por meio de programas de benefícios sociais, aumentos salariais e acesso a crédito, mas negligenciando melhorias de infraestrutura”.

    Agora, é comigo : o futebol foi inventado na Inglaterra e aperfeiçoado no Brasil, que, com as 5 Copas que ganhou, tornou-se de fato “o país do futebol”. O que Brasil e Inglaterra sequer suspeitavam antes de 13 de junho é a influência do futebol sobre a política, pelo menos no Brasil, evidenciada pela desaprovação popular das contas de construção dos estádios.

    No bloco seguinte, vou dar o meu pitaco sobre questões relacionadas com o fato político mais importante do Brasil nos últimos 20 anos.
    Berto Filho

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  111. Postado por Berto Filho
    O GOVERNO DO BRASIL TEM UM DESAFIO ENORME PELA FRENTE: DEMONSTRAR QUE É CAPAZ DE FAZER UMA COPA DO MUNDO EM PAZ E COM SEGURANÇA EM 2014

    Os antecedentes não são positivos. Ainda estamos sob a fumaça das bombas de efeito moral, do spray de pimenta, balas de borracha, coquetéis Molotov caseiros, pedradas, bandeiradas, pauladas, saques e tentativas de invasão de sedes de prefeituras e casas de governantes.

    Vai passar. Mas quando ?
    O desejável é resolver as pendências em torno de mesas de negociação com vários atores para cada causa.
    A diplomacia não atira bomba, nem de São João.

    A Copa do Mundo de 2014, por exemplo.
    Reza a lógica que o governo federal, em conjunto com outras instituições, vai tomar as providências para que a Copa aconteça com segurança e paz social. O susto em câmera lenta, iniciado com a causa da tarifa de ônibus em plena Copa das Confederações, é uma lição a ser aprendida.

    Se o governo federal, que é em tese o gerente geral, não for capaz disso, a imagem internacional do país ficará muito mal, bem pior do que a vergonha causada pelas cenas de vandalismo estampadas nos principais jornais, revistas, rádios e televisões estrangeiros e na internet. Ainda que rios de manifestantes nas ruas em festa tenham um significado simbólico positivo, as imagens de confrontos e depredações são mais fortes e tendem a se projetar mais que as cenas de paz no inconsciente coletivo. Uma pena.

    Supõe-se que o governo vai encontrar um meio de satisfazer as demandas clamadas nas ruas que a presidente Dilma se comprometeu a atender, no pronunciamento de ontem, por meio de um pacto com governadores e prefeitos. Um pacto, aliás, conveniente para Dilma porque permitirá compartilhar os ônus das reclamações, que estavam alvejando apenas o governo federal, com governadores e prefeitos de cidades que enfrentaram o lado bom e o lado mau das manifestações.

    Estamos há 1 ano e 4 meses das eleições de 2014.
    Admitindo a seriedade concreta dos compromissos firmados por Dilma, observei que o tom de sua fala foi um tanto professoral, burocrático, ligeiramente autoritário, como se fosse uma diretora de escola a repreender alunos rebeldes que promoveram arruaças no recreio. Mas posso estar enganado, apesar de conhecer bem esse ofício.

    Com a palavra, os manifestantes pacíficos. Foi reativada a conexão, pelo menos a do governo federal com as ruas e os não politicamente representados (classes médias).

    Porém, novas manifestações continuam sendo anunciadas porque as causas são muitas e, na prática, só pode ser atendida uma de cada vez. Mesmo que seja uma causa como a corrupção, à qual estão associados diversos males antigos, entre os quais a votação secreta no Congresso, a permanência de Renan como presidente do Senado, a conclusão do julgamento do mensalão (que é muito sensível para o partido da presidente), o legado da Copa, o atendimento à saúde, a prioridade para a educação (Dilma prometeu que 100% do pré-sal vai para a educação, um compromisso para o futuro sem data marcada) e outras demandas de visibilidade menor.

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  112. Postado por Berto Filho
    ANOTAÇÕES À MARGEM

    Um dos adversários diretos de Dilma nas urnas de 2014, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, saudou, com elegância, a fala de Dilma e já disse que participa do pacto. Aliado ou opositor ?

    Mas o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, também adversário direto de Dilma, manteve a palavra apontada. Pra ele, Dilma acertou ao falar mas errou no conteúdo.
    -
    O MPL (Movimento do Passe Livre) que nasceu em São Paulo há alguns anos não parece disposto a se transformar em partido, porque rejeitaria todos. Nem todos, o PT ele aceita. O MST é um parceiro. Dize-me com quem andas e te direi quem és... Em tempo : o MPL voltou atrás e decidiu estar presente nos protestos.
    -
    VEM PRA RUA.
    O criador da agência de propaganda da Fiat deve ter dons divinatórios. Bem antes de 13 de junho (dia da primeira passeata, das tarifas de ônibus, que iniciou a série que parece não terminar) a agencia veicula nas TVs um comercial cujo coral, entusiasmado, grita, com energia : “Vem pra rua !” e “a rua é a maior arquibancada do Brasil”. É geral, arquibancada e tribuna de honra ao mesmo tempo...

    BRASIL 4 A 2 NA ITÁLIA : NEYMAR DESENCANTA E FRED REDESCOBRE O GOL
    É, a seleção brasileira vai reconquistando a confiança da torcida. Para esta Copa e para a do ano que vem.
    Eleições e manifestações à vista : qual candidato vai se apropriar com maior eficiência do legado do fanatismo pela seleção ?
    Berto Filho

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  113. Postado por Berto Filho
    VÂNDALOS EM BUSCA DE AFETO ?

    O assunto é bastante polêmico e provocativo.
    Eu me refiro ao tsunami de vandalismo que grassou em várias cidades brasileiras nos últimos 7 dias. Os “hunos sem Átila” desembarcaram inesperadamente nas ruas o seu potencial de raiva e agressividade, sobrepondo a imagem de violência à imagem de romantismo das manifestações pacíficas de multidões.

    Contribuíram para manchar a imagem do Brasil no exterior.
    Se era esse o objetivo, aproveitando a oportunidade midiática da Copa das Confederações, foi atingido.

    Alguns deles já foram identificados e outros serão porque aparecem em filmagens feitas pelas TVs e por celulares de manifestantes. Provavelmente serão presos e se tornarão mais conhecidos, atrás das máscaras, lenços e capuzes com que esconderam sua identidade enquanto destruíam tudo que encontravam pela frente.

    Caso de polícia ?
    São criminosos políticos ou criminosos comuns ?
    A psicanalista e professora de psicanálise Lilia Pandolfi, uma profissional de primeira que conheço há anos, brindou este blog com uma análise, ainda que rápida, sobre o que se passa na cabeça dos vândalos que levaram algumas manifestações para desvios surpreendentes.
    Lilia é membro efetivo do Centro Brasileiro de Psicanálise do Estado do Rio de Janeiro, filiado à International Federation of Psychoanalytic Societies, sediada em Nova Yorque. Escreve todo mês para a revista esotérica Prana que também publica artigos sobre psicologia, ciência, etc. Especializada em controle da ansiedade, Lilia trata de pessoas com depressão séria e portadores de outros tipos de transtorno.
    Anote o blog dela : psicanaliseeesoterismo.blogspot.com
    Lilia com a palavra.

    Vândalos em busca de Afeto?

    Freud afirmava:" o homem não é senhor da própria casa."
    O quê ele queria dizer com isso?
    Foi ele quem, no início do século vinte, inaugurou a noção de inconsciente.
    Nossas escolhas são comandadas pelas pulsões: tendências à destruição, onde se acomoda a depressão (pulsão de morte) e ao amor
    (pulsão de vida), onde se inclui a criatividade.

    Ensinou, também, sobre o recalque, tudo o que fica oculto no nosso inconsciente e que, com a terapia, vem à tona e nos apresenta a nós mesmos. Se, por um lado, a agressividade é útil para crescermos, quando a raiva mal contida se revela descontrolada , o objeto desse ódio pode ser algum pretexto
    de ocasião. E assim se vai matando, destruindo, perdendo o que se gosta. Quantos herois só se notabilizaram porque, no fundo, queriam gritar aos pais a falta de amor que nunca receberam?

    Poucos os que se movem utilizando a força de ação em prol de um objetivo útil à comunidade e isento de interesse próprio.

    Uma grande parte dos que se movimentam como vândalos estão aproveitando
    a oportunidade de jogar sua raiva e seu desejo de autodestruição na explosão oportuna.
    Outros, aproveitam-se dessa força desgovernada para seu próprio oportunismo.
    Lilia Pandolfi

    Instigante, não acha ? Então, dê o seu pitaco. Meu blog agradece.
    Berto Filho

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  114. Postado por Berto Filho
    TARIFA ZERO

    Tarifa zero já é realidade em 4 cidades brasileiras :
    Agudos e Potirendaba, SP, Porto Real, RJ e Ivaporã, PR

    Nessas cidades, ninguém paga para andar de ônibus.

    Se é possível tarifa zero nessas 4 cidades, por que não nas demais ?
    O sistema de transporte público municipal sempre foi escorado em empresas privadas de transporte de passageiros e na tarifação das passagens pela prefeitura. Em geral, a população não é ouvida a respeito de aumento de tarifa ou melhoria da qualidade do serviço. Sempre foi tratada como um ente passivo na relação porque é totalmente dependente “química” do transporte de ônibus, vans, trens e metrôs para poder exercer o direito de ir e vir pagando o menos possível, o que o salário permite.

    Em Cabo Frio, onde moro, o transporte por ônibus é monopólio de uma empresa. Essa forma de concorrência imperfeita numa cidade em crescimento rápido como Cabo Frio tende a desaparecer na poeira do tempo, principalmente a partir das atuais manifestações cujo estopim foi justamente a questão do aumento nas tarifas de ônibus na capital de São Paulo, a maior cidade do país.

    Enquanto o monopólio é mantido, a prefeitura subsidia parte da tarifa. Hoje, o morador de Cabo Frio que adquire o cartão da prefeitura paga R$ 0,50 para andar dentro da cidade. A prefeitura banca a diferença para o preço cheio.

    O MPL, Movimento Passe Livre, já vitorioso no recuo de R$ 0,20 no “vem pra rua” paulistano voltou a artilharia para o alvo da tarifa zero, no momento, uma utopia na cidade de São Paulo.

    De acordo com o site Archdaily e o link http://www.archdaily.com.br/br/01-121891/tarifa-zero-ja-existe-ha-algum-tempo-em-quatro-cidades-brasileiras,

    a tarifa zero foi implantada na cidade paulista de Agudos em 2003 (há 10 anos) pelo então prefeito Carlos Octaviani (PMDB) e resiste até hoje. Lá, o transporte público é 100% gratuito para todos os 40 mil habitantes. Todo o sistema, que transporta cerca de 9 mil pessoas/dia, é operado pela prefeitura e os motoristas são funcionários concursados. O prefeito diz que a tarifa zero custa aos cofres públicos cerca de R$ 40 mil por mês. “Não é fácil manter o serviço, mas foi uma opção que fizemos e que teve efeitos muito positivos.” Agudos passou a atrair empresas, que ficam dispensadas de pagar o vale-transporte, e a gerar emprego e renda”. É, esse prefeito enxerga longe...

    Segundo ele, se a passagem fosse cobrada, "a tarifa seria em torno de R$ 1,50, recurso que pesa no bolso de uma família grande e de baixa renda." Para o prefeito Carlos Octaviani, a experiência de Agudos e de outras cidades do Brasil que adotam tarifa zero deveria servir de modelo para as grandes cidades.

    No dia 24, recebida pela presidente da República em Brasília, a líder do MPL, Mayara Vivian, afirmou que Dilma disse que a tarifa zero para transportes públicos seria "inviável". De acordo com Vivian, Dilma teria sinalizado, contudo, a possibilidade de conceder subsídios para reduzir os preços das passagens.

    No próximo bloco vou focalizar tarifa zero em Potirendaba (SP), Porto Real (RJ), Ivaporã (PR) e no mundo.
    Berto Filho

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  115. Continuação do post “TARIFA ZERO”

    Em Potirendaba, SP, com 16 mil habitantes (1/3 de Agudos), o transporte também é gratuito. Em 1998, o município foi pioneiro no Brasil na implantação da tarifa zero, mas o benefício foi suspenso durante um período pela administração anterior, sendo retomado pela atual prefeita, Gislaine Montanari Franzotti (PMDB), reeleita ano passado.

    Os ônibus circulam das 6h às 22h e transportam por dia cerca de 200 passageiros.
    Mesmo caso de Ivaporã, no Paraná, onde o transporte público é 100% subsidiado desde 2001.

    Na cidade de Porto Real, RJ, de 17 mil habitantes, segundo lugar no ranking nacional do PIB (Produto Interno Bruto) per capita, os usuários não pagam tarifa desde 2011.

    O engenheiro Lúcio Gregori, ex-secretário municipal de Transportes de São Paulo entre 1990 e 1992, durante a gestão da então prefeita Luiza Erundina, hoje no PSB (na época filiada ao PT), afirma que o transporte gratuito é tão possível quanto a educação e a saúde gratuitas [é o paraíso socialista dos países escandinavos].

    “É claro”, destaca o engenheiro, “que a realidade das cidades é diferente “mas as administrações tinham que investir para garantir um forte subsídio, tendo como meta a tarifa zero”.

    A então prefeita Erundina chegou a propor o subsídio integral do transporte público, que seria bancado com o aumento de impostos como IPTU, mas o projeto não passou na Câmara Municipal. Não era o caminho porque seria jogar a conta para os contribuintes desses impostos.

    De qualquer forma, sempre que uma prefeitura pratica renúncia fiscal ou decide reduzir um imposto, uma taxa ou uma tarifa como a de transporte, é porque ela tem uma fonte de onde tirar o dinheiro para completar o pagamento – no caso, às empresas de ônibus. Se não tem e é moral e politicamente obrigado a recuar baixando a tarifa ou desistindo do aumento, , como nesta conjuntura delicada, o prefeito tem duas opções, exceto jogar o pano : cria um novo imposto (inaceitável hoje em dia) ou solicita uma compensação estadual ou federal. Aí, vai depender do trânsito dele e de seu partido no governo do estado e/ou no Planalto.

    Se a tarifa zero está dando certo em 4 cidades bem menores que as capitais, talvez uma tarifa tendendo a zero, como defende o engenheiro Gregori, seja viável do Oiapoque ao Chuí.

    Voltando à líder do MPL, Mayara Vivian, a respeito de seu encontro com Dilma : “"Ela (a presidente) entendeu que a pauta da tarifa zero é uma necessidade da população. Mas para gente é uma questão política e não técnica. Se tem dinheiro para estádio e tem dinheiro para Copa do Mundo, tem dinheiro para a tarifa zero", afirmou Mayara Vivian. Mayara deixou Dilma numa sinuca de bico...

    O engenheiro Lucio Gregori informa que a gratuidade já é praticada em mais de 30 cidades dos Estados Unidos com população entre 180 mil e 200 mil habitantes. Também já é realidade em Chengdu, na China, cidade com cerca de 4,6 milhões. Então, tá.
    Berto Filho

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  116. Este comentário foi removido pelo autor.

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  117. Postado por Berto Filho
    Postado por Berto Filho
    JOSEPH BLATTER VOLTOU E TIRA O FIOFÓ DA FIFA DA RETA

    Esta nota saiu no Estadão de hoje. No meio do texto, entre colchetes, algumas observações despretensiosas deste escriba que vos fala.

    RIO - A culpa não é da Copa e nem da Fifa.
    Para o presidente da entidade máxima do futebol, Joseph Blatter, os brasileiros que tomaram as ruas do País estão protestando por "problemas sociais internos", e não por conta do futebol

    [ Não é contra o futebol e sim contra a grana monumental que foi e ainda será gasta para que o futebol seja disputado em arenas luxuosas, de alta tecnologia, com ingressos a preços estratosféricos, quando falta tanta coisa neste país e algumas arenas vão virar elefantes brancos ]

    O Estado apurou com exclusividade que a declaração do cartola, que desembarcou no Brasil depois de sete dias fora por conta das manifestações, faz parte de um esforço montado pela Fifa nos últimos dias para salvar sua própria imagem, seus lucros e se isentar de qualquer responsabilidade. O comportamento de Blatter tem deixado o governo furioso, constata O Estado.

    [ Não só o governo, o Romário também, que sabe das coisas por dentro, tem e protagoniza, sempre que lhe dão espaço, um notável e sincero simancol ]

    Sob forte proteção, Blatter fez questão de se distanciar dos acontecimentos no Brasil. "São problemas sociais internos do Brasil, não do futebol. O futebol só traz alegria e sempre está seguro, nunca é o alvo", insistiu Blatter.

    [ Blatter tem razão neste ponto : se não fosse a alegria da seleção ganhando de todos até aqui, fabricando alegrias nas arenas, não sei quanto teria sido ainda mais grave o vandalismo solto feito fera nas cercanias dos estádios, dos parlamentos e residências de autoridades ]

    Nas ruas, um dos pontos que tem unido manifestantes é o fato de que a Copa tem custado bilhões de dólares em recursos públicos, enquanto a população precisa enfrentar filas em hospitais e problemas na educação.

    Para a Fifa, a entidade está sendo "usada" por grupos políticos brasileiros, numa disputa local. "Estamos sendo usados por diversos grupos e, ao mesmo tempo, não podemos reagir, sob o risco de seremos acusados de nos intrometer em assuntos domésticos", admite um alto funcionário da entidade.

    [ Sair na rua com uniforme da FIFA é um risco no momento... o santo nome da FIFA não está sendo usado em vão nos manifestos, a culpa é dela mesma ao se colocar no centro do universo e ditar regras para os países que suplicam de joelhos sediar uma Copa do Mundo ]

    Segurança.
    Blatter também já indicou a seus aliados mais próximos que a ordem dentro da entidade é a de se afastar das polêmicas, não comentar os protestos e não responder às críticas, salvo para apontar os pontos positivos que a Copa do Mundo pode gerar ao Brasil. "O futebol traz a alegria não apenas ao Brasil, mas ao mundo."

    No próximo bloco, a movimentação de Blatter entre a base em Copacabana e os estádios, e o que O Estado chamou de chantagem de Blatter para aumentar a sua segurança e a da FIFA.

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  118. Continuação de
    JOSEPH BLATTER VOLTOU E TIRA O FIOFÓ DA FIFA DA RETA

    Apesar de tentar vender a imagem de que o futebol "nunca é o alvo" de protestos, Blatter recebeu ontem (26) um amplo esquema de proteção. Faltavam apenas duas horas e 45 minutos quando Blatter finalmente deixou seu quarto no Rio para se dirigir ao aeroporto e usar um avião privado para voar até Belo Horizonte. Na saída do hotel, um cortejo de seis carros blindados e quatro motos da polícia.

    Na capital mineira, um forte esquema de segurança o blindou. Ele ordenou que sua imagem não aparecesse no telão e, logo após o final do jogo Blatter voou de volta para o Rio.

    [ Blatter limparia a ficha da FIFA se doasse tudo o que a FIFA vai ganhar com essa Copa e com a Copa do Mundo para as santas casas, por exemplo, ou para fundos que o governo destinaria para hospitais, escolas, etc]

    Nesta quinta-feira, ele está fazendo o mesmo esquema. Sai do Rio pela manhã em direção à Fortaleza para o jogo Espanha x Itália e, no final do dia, retorna a sua base, em Copacabana. "Sinto-me muito seguro no Brasil", garantiu Blatter.

    [Estará sendo sincero ? Copacabana não é bem a praia da segurança de quem encarna uma instituição que está sendo hostilizada pela sociedade brasileira. Porém, protegido como anda, faz sentido...]

    O cartola havia deixado o Brasil na quarta-feira da semana passada, diante dos protestos e pegando o próprio governo brasileiro de surpresa.

    O Estado apurou que a saída de Blatter foi uma forma de pressionar o governo brasileiro para que adotasse medidas extras de segurança, numa chantagem que deixou a presidente Dilma Rousseff furiosa com os cartolas do futebol.

    [ Se foi mesmo chantagem, funcionou...]
    Berto Filho


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  119. Postado por Berto Filho
    O CONGRESSO NOVO QUE A SOCIEDADE RECEITA PARA O BRASIL

    Circula na internet em alta velocidade e com alta voltagem o seguinte receituário de como deveria funcionar o Congresso ideal, com a intenção de ajudar a elaborar (e provocar) uma PEC de iniciativa popular :

    1 Fica abolida qualquer sessão secreta e não-pública para qualquer deliberação efetiva de qualquer uma das duas casas do Congresso Nacional. Todas as suas sessões e votações passam a ser abertas ao público e à imprensa escrita, radiofônica e televisiva.

    2 O congressista será assalariado somente durante o mandato. Não haverá ‘aposentadoria por tempo de parlamentar’, mas contará o prazo de mandato exercido para agregar ao seu tempo de serviço junto ao INSS referente à sua profissão civil.

    3 O Congresso (congressistas e funcionários) contribui para o INSS. Toda a contribuição (passada, presente e futura) para o fundo atual de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. Os senhores Congressistas participarão dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos os outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.

    4 Os senhores congressistas e assessores devem pagar seus planos de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.

    5 Aos Congressistas fica vetado aumentar seus próprios salários e gratificações fora dos padrões do crescimento de salários da população em geral, no mesmo período.

    6 O Congresso e seus agregados perdem seus atuais seguros de saúde pagos pelos contribuintes e passam a participar do mesmo sistema de saúde do povo brasileiro.

    7. O Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõe ao povo brasileiro, sem qualquer imunidade que não aquela referente à total liberdade de expressão quando na tribuna do Congresso.

    8 Exercer um mandato no Congresso é uma honra, um privilégio e uma responsabilidade, não um uma carreira. Parlamentares não devem servir em mais de duas legislaturas consecutivas.

    9 É vetada a atividade de lobista ou de ‘consultor’ quando o objeto tiver qualquer laço com a causa pública.

    Pode não estar completa essa nova Tábua de Moisés (falta pelo menos um mandamento mas não precisam ser só 10...) para a moralização do Congresso, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.

    Pode ser aperfeiçoada. incluir outras demandas lidas nos cartazes feito a mão, empunhados como bandeiras nas ruas.

    Ponha aqui os mandamentos que você acha que não podem faltar nessa PEC.
    Berto Filho

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  120. Postado por Berto Filho
    BALAS, BOMBAS E BEIJOS

    De vez em quando darei uma rasante neste blog com essa sessãozinha misto de montanha russa, oásis, mar encapelado e floresta encantada

    Vou inaugurá-la com uma constatação : o presidente do Congresso e do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), está tentando limpar rapidamente sua ficha e tirar seu nome do SPC político ao atender de imediato, sine qua non, a vontade das ruas. Sua estratégia, não poderia ser outra, é fazer votar conforme o povo quer e a toque de caixa, projetos que dormiam sono profundo nas gavetas de deputados e senadores. Se há sinceridade nisso, os eleitores do Renan e de Alagoas vão decidir só em 2018 quando termina o mandato atual dele. Ele tem 5 anos para terminar a faxina.

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    O castelo de cartas vai caindo por efeito dominó. Corrupção Crime hediondo e o fim do voto secreto (inicialmente em votações de perda de mandato de deputados e senadores) são as suas primeiras cartas. É só dar um peteleco e as outras vai cair.
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    Por efeito cascata e pressão das ruas locais, projetos em cativeiro nas assembleias estaduais e câmaras municipais saem em revoada para votação rapidinha. Os políticos sabem que é preciso limpar a barra para sua própria sobrevivência.

    Mas a atitude o e discurso deles estão sendo observados com lupa, luneta e boas caixas de som.
    Nas eleições de 2014 o eleitor não terá esquecido as cenas, ainda frescas, que viu na TV ou das quais vem participando como ator principal nas ruas. Vai separar com maior eficácia o joio do trigo e, finalmente, votar com uma consciência maior das consequências de seu ato. Até para que, depois, não sejam necessárias novas manifestações para forçar o mandatário a fazer a sua vontade na marra.

    A fiscalização do que o eleito vai fazer vai ser ainda mais apertada daqui para a frente por meio da internet, das petições virtuais, mídias sociais, telefonemas e também, por que não, batendo na porta da casa legislativa e indo pessoalmente ao gabinete de sua Excelência.

    -

    “Claridade do sol nordestino a pino” é o mais recente hit poético do ex-ministro do STF Ayres Britto, referindo-se à necessidade de as perguntas do ansiado (pela presidente Dilma) plebiscito serem claras, não conterem dubiedade. É, mas o plebiscito não é unanimidade.

    O referendo parece estar mais alta. Mas ambos custam uma baba pública respeitável (R$ 300 milhões no mínimo), grana que vai sair do bolso de cada um de nós.

    Pitstop para atender o telefone.
    Volto com mais balas, bombas e beijos no próximo bloco.

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  121. Continuação de BALAS, BOMBAS E BEIJOS

    Em 1993 o plebiscito vingou : consagrou o presidencialismo como forma de governo. Era “sim” ou “não” e pronto. Dessa vez, o questionário será bem mais complexo, algumas palavras obrigam o eleitor (alfabetizado) a ir ao dicionário para saber o que significam. E a aprender a fazer cálculos matemáticos sobre proporcionalidade que a maioria já esqueceu como se fazem ou não sabe.

    -

    Voltando ao plebiscito : é um recurso democrático tanto quanto a lei de iniciativa popular. Mas é difícil de operar e demorado.
    Um atalho para dispensar o plebiscito é os políticos seguirem o receituário da população nas manifestações, como vêm fazendo agora, sob pressão. Deem tempo ao tempo, sem reduzir a pressão.
    Boa parte das demandas pode ser atendida dessa forma.

    É complicado forçar o povo a fazer um curso supletivo ultra rápido
    para entende o que é voto distrital, voto proporcional, voto distrital misto, financiamento público de campanha e temas afins.
    Vai ser dureza explicar de forma que todos entendam sem ginástica mental, em prazo record, como é necessário. Porque a intenção é concluir tudo este ano para valer em 2014.

    No plebiscito o povo se manifesta sobre que reforma política deseja, a partir de um questionário que requer as clássicas respostas monossilábicas : “sim” ou “não”. Mais ou menos não pode... assim como não existe media verdade, meia gravidade ou meia gravidez.

    Mas isso não quer dizer que o recado vai colar. Pode ser interpretado como mera exfressão de um desejo que poderá ou não ser satisfeito pela casa de lei. A menos que tenha força de lei. Será possível ? E como ?

    -

    A calmaria e a acomodação dos que desejam o fim das manifestações porque interferem no direito de ir e vir, nas rotinas de quem trabalha, etc, afrouxam a vigilância e dão a impressão de que tudo que as ruas queriam foi conquistado.

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    REFERENDO
    O referendo sobre a reforma política é o caminho inverso do plebiscito.
    Primeiro, o Congresso atual, mesmo distanciado do sentimento da sociedade, tem o augusto privilégio de bolar a reforma que acha mais adequada (naturalmente procurando atender aos claríssimos sinais das manifestações) e esse projeto é submetido ao crivo da população.

    -
    A sintonia, mesmo que não sincera, não do fundo do coração e da mente, de boa parte de deputados e senadores com o povo é um dos milagres bíblicos das manifestações. É o fenômeno da multiplicação dos peixes e dos pães sob a forma de redução de tarifas de transporte, derrubada de PECs (a 37), do voto secreto para cassar mandatos e votar projetos e PECs ou do enjaulamento da corrupção como crime hediondo (infelizmente sem efeito retroativo...).
    -
    CORRUPÇÃO : CRIME HEDIONDO
    Campeão nas ruas, o clamor pelo combate radical à corrupção começa a ser atendido.
    O projeto que tipifica a corrupção como crime hediondo incluiu seis crimes, entre eles corrupção ativa e passiva, o peculato e a concussão, quando se exige vantagem indevida em função do cargo. A pena mínima, que era de dois anos, passa a ser de quatro anos de prisão, e a máxima continua sendo 12 anos de reclusão.
    Vem mais aí.
    Berto Filho


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  123. Postado por Berto Filho
    RAJADAS DE DOMINGO

    EFEITO VOZ DAS RUAS

    Popularidade de Dilma despenca de 57 para 30%
    Lula cai menos, de 55 para 46% ... foi o biombo da Dilma que o protegeu...
    Terá sido efeito das manifestações, vaias e da trapalhada da proposta de uma Constituinte extemporânea e suspeita de segundas intenções ?

    A voz das ruas deu um recado direto a Brasília, a outras cidades e ao país todo...
    Prefeituras de cidades importantes cancelaram aumentos de tarifas ...
    Prefeitos põem as barbas de molho...

    O Congresso levou um choque de 220 volts e disparou a votar .
    Caiu o voto secreto, corrupção virou crime hediondo, sem efeito retroativo - a lei não permite.

    O Datafolha acusou o abalo : em alguns dias a popularidade de Dilma despencou de 57 para 30% mas a de Lula caiu bem menos, de 55 para 46%.
    Lula disse, e disseram por ele, que não é candidato.
    Não mesmo ?
    O fator Joaquim Barbosa também embaralha as cartas.
    Como Lula, Barbosa diz que não é candidato.
    Mas vejam só o recado das pesquisas :
    do início de junho para cá, contra Dilma, Barbosa passou de 8% para 15% e comparando com Lula, o presidente do Supremo pulou de 8% para 13% — se Barbosa se candidatasse num cenário contra Lula (diz o Datafolha), o ex-presidente provavelmente disputaria um segundo turno.
    Do jeito que vão as intenções de voto no Barbosa, anunciadas pela primeira vez numa pesquisa nacional, vai ser difícil ele não ser candidato.

    Talvez por ser mulher e combativa, Marina Silva é um polo natural de atração de eleitores descontentes com Dilma.
    Por conta dessa migração por gravidade, ela mantém vários corpos de vantagem sobre Aécio e Eduardo Campos.

    Falta 1 ano e 4 meses para outubro de 2014.
    Muita água vai rolar ...

    A PESQUISA DO DATAFOLHA
    Datafolha registra números que indicam a tendência de 2º turno nas eleições de 2014.
    Pesquisas radiografam tendências, essa pesquisa foi feita no auge das manifestações. Certamente o Datafolha entrevistou entre os 4.000 e tantos um bom número de pessoas que participaram das passeatas ou se solidarizaram com as causas dos manifestantes. Se a presidente Dilma souber sair da sinuca de bico, pode ser que a tendência de queda de popularidade e de aprovação do seu governo seja revertida. O jeito é aguardar os resultados das próximas pesquisas.

    IMPORTAÇÃO DE MÉDICOS
    Precisa mesmo ?
    E têm que ser também cubanos ? Por que não holandeses, ingleses, alemães, suiços, italianos, japoneses ou franceses ?

    PLEBISCITO
    O governo federal não desiste, ignora reações contrárias ...
    O TSE resiste.
    Razão da Dilma para persistir : 68% da população (diz o Datafolha) acham que Dilma está certa em propor ao povo dar o tal “cheque em branco” ao Congresso conforme alerta do ex-ministro do STF Ayres Britto

    As ruas voltaram a ser silenciosas. De tocaia ?

    Furou – por ser ilegal - a “greve geral” de 1º de julho convocada por lideranças de manifestantes sem combinar antes com a CUT e outras centrais sindicais.
    Qual central ou sindicato teria coragem de dar esse tiro no pé do próprio governo ?

    Tic tac tic tac tic tac ... é o som da posse de bola da Espanha, som de bomba prestes a explodir …
    O Brasil pode por no gramado do Maraca o “cuco-cuco-cuco” para desmontar a bomba relógio catalã

    10.000 policiais fechando os acessos ao Maracanã tiram o sono dos passeatores.

    Torcer pela seleção é preciso, enquanto a nova manifestação não desembarca nas ruas.
    A seleção não tem culpa se gastaram tanto dinheiro para fabricar elefantes brancos
    Berto Filho

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  124. Postado por Berto Filho
    “ESTATE” AO VIVO COM MICHEL PETRUCCIANI

    A autoria de “ESTATE” é atribuída a João Gilberto mas não consegui confirmar na internet.
    Será que alguém me ajuda a dar a informação correta?
    O pianista Michel Petrucciani gravou ao vivo com seu quarteto em 1991.
    Sua performance ao vivo no link :
    http://www.youtube.com/watch?v=JAPWBcSeKds

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  125. A voz das ruas continua ecoando...
    com intensidade menor e motivações diferentes.
    O leque aumenta : impostos municipais, tarifas de pedágio, importação de médicos, hospitais em frangalhos, escolas em prédios improvisados sem estrutura adequada... assaltos sem parar...filas e mais filas.

    Prefeituras cancelaram aumentos de tarifas ... outras continuam sendo pressionadas a baixar...

    O Congresso levou um choque de 220 volts e disparou a votar .
    Caiu o voto secreto, corrupção está virando crime hediondo, mas sem efeito retroativo - a lei não permite.

    O Datafolha acusou o abalo : em alguns dias a popularidade de Dilma despencou de 57 para 30% mas a de Lula caiu bem menos, de 55 para 46%.

    Lula disse, e disseram por ele, que não é candidato a presidente em 2014.
    Não mesmo ?
    O fator Joaquim Barbosa também embaralha as cartas.
    Como Lula, Barbosa diz que não é candidato .

    Mas vejam só o recado do Datafolha:

    do início de junho para cá, contra Dilma, Barbosa passou de 8% para 15%; já contra Lula, de 8% para 13% — se Barbosa se candidatasse num cenário contra Lula, o ex-presidente provavelmente disputaria um segundo turno.

    A cada dia a presidente Dilma se desdobra para atender a voz das ruas ... tenta sair do fundo do poço dos 30% e calar o coral do “Volta Lula”... Segue firme defendendo o plebiscito, que vai fazer o povo suar para responder, uma espécie de ENEM fora de época...

    Faltam 1 ano e 4 meses para outubro de 2014.
    Muita água vai rolar ...

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  126. Postado por Berto Filho
    SOCIALISMO x CAPITALISMO
    Esse tema nunca sai de moda.

    Em 1989, o líder sindical e ex-presidente da Polônia, Lech Walesa, deu uma entrevista histórica ao Pedro Bial que vale a pena rever, 24 anos depois, principalmente no trecho em que Walesa mostra a sua divergência com Lula, que, então, se preparava para disputar a presidência com Collor. Repare na metáfora do aquário que Walesa sapeca com lucidez para ilustrar a inviabilidade do sonho de alcançar o capitalismo ou o livre mercado a partir do socialismo. Entretanto, Walesa procura demonstrar que o inverso é possível. Ou seja, a partir do capitalismo (regime atual no Brasil), é possível implantar o socialismo, mas com o dinheiro dos capitalistas... qualquer semelhança com o Brasil de hoje pode não ser mera coincidência....

    http://youtu.be/ub4Yvqn4m0I

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  127. Postado por Berto Filho
    PRISÃO DOS MENSALEIROS

    Deu anteontem na TV : na pesquisa do Datafolha, 74% dos entrevistados querem a prisão imediata dos réus do mensalão. Em linha com a voz das ruas.

    11 réus foram condenados ao regime fechado e, outros 11, ao semiaberto.

    Mas, e sempre tem um más, o ministro do Supremo, Dias Toffoli, numa entrevista para o Grupo Folha e UOL no começo de junho, estimou que o julgamento do mensalão vai demorar ainda de um a dois anos para ser concluído.

    Só então serão executadas as penas.

    Até lá, os réus devem permanecer em liberdade, inclusive os quatro deputados que hoje exercem mandato.

    É a regra do jogo.

    É bom saber : o ministro Toffoli já advogou para o PT, assessorou José Dirceu e vai assumir o comando do processo eleitoral em 2014, será o presidente do TSE.

    O STF julgará dois pacotes de recursos:

    Um, de embargos de declaração - são os que contestam eventuais inconsistências na sentença , que, nos cálculos do ministro Toffoli, deve consumir 12 meses – do 2º semestre deste ano a meados de 2014.

    E o 2º pacote, os embargos infringentes, se for admitida a sua análise (há uma corrente que não admite por considerá-los inconstitucionais).
    Esses embargos pedem novo julgamento, pretendendo anular a sentença que condenou os 22 réus.

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  128. Postado por Berto Filho
    PLEBISCITO NA UTI

    Dessa vez, apesar do patrocínio e da pressão pessoal da presidente Dilma, o plebiscito imaginado para valer em 2014 tem tudo para não colar. O TSE já descartou pelo fator tempo.
    Mesmo o governo bancando com o dinheiro do povo uma senhora campanha publicitária e educativa, usando todas as mídias possíveis, a reforma política, radical quanto é necessário que seja, é assunto muito complexo para ser compreendido pelo chamado povão num prazo tão curto.

    O princípio da anualidade não permite que os resultados do plebiscito, se forem apurados somente depois de 02 de outubro de 2013, tenham validade nas eleições de 2014. O TSE garante que não há tempo para a apuração seja completada antes de 02 de outubro. Uma opção que pode estar sendo sondada é a abolição da carência da anualidade apenas para esse plebiscito, mas será legalmente viável ? E quais serão as consequências dessa manobra em relação à entrada em vigor das demais leis que não gozarem desse privilégio de exceção ?

    O povo seria convocado para prestar um vestibular, um ENEM fora de época, em regime de urgência. A pressa é inimiga da perfeição.

    Plebiscito não pode ser o samba do crioulo doido que, aliás, para refrescar a memória, você pode ouvir com o introito na voz do próprio autor, jornalistas Sergio Porto, ou Stanislaw Ponte Preta, nas vozes claras do Quarteto em Cy, no link a seguir :
    http://www.youtube.com/watch?v=3SfYMxPNVTE

    É possível o povo ser preparado para entender e responder cada pergunta do questionário desde que haja tempo, paciência e muito tira dúvida, como é comum na época do IR para o contribuinte não cair na malha fina ou não ter que retificar a declaração. Até as escolas e os professores devem ser convidados a atuar como voluntários para disseminar as informações à população de uma forma didática, com testes e simulações que permitam verificar previamente se o cidadão está habilitado a ir ao plebiscito ou referendo com o domínio razoável das informações que vão fundamentas suas escolhas de uma forma consciente. Se não vai ser um novo samba do crioulo doido, com todo o respeito pela (in)sanidade mental do afro-descendente...

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  129. Postado por Berto Filho

    GREVE NO DIA 11 DE JULHO PODE NÃO SER GERAL

    O anúncio da mobilização nacional está no site do PT e tem o apoio da CUT e Força Sindical.

    Sob outro ângulo, a greve, geral ou não, marcará também um fim de semana prolongado fora do calendário, convidando a um descanso remunerado aparentemente tranquilo e merecido.

    A greve pode ficar restrita a algumas categorias e não abranger todas as cidades. Mas o hábito faz o monge : a convocação para uma greve eleva a temperatura, é um convite à valsa, não a uma valsa vienense, mas a uma valsa-funk-rap-rock-forró-hip-hop-sertanejo, pagode, carimbó, baião, maracatu, chorinho, fundo de quintal, samba-canção, bossa nova e outros gêneros.

    O cidadão pode estar juntando as causas ainda não atendidas para elaborar novos cartazes e reacender a brasa adormecida.

    Há muitas conversas entre os dirigentes das centrais e também entre alguns deles e o governo federal, que tenta esfriar o ânimo para que as manifestações nas ruas, que certamente ocorrerão pela dinâmica própria de arregimentações desse porte, não acabem virando fogo amigo.

    Embora o quadro final ainda esteja nebuloso, já se pode divisar na bruma que a greve de 11 de julho, apoiada pela PT, terá, por gravidade e cumplicidade, o apoio das principais centrais sindicais e, por ser legal, se deflagrada, deverá ser o fato político mais relevante da semana que vem.

    A menos que o governo tenha a habilidade de esvaziar o movimento e compensar o PT e os movimentos sociais com o atendimento pontual de algumas reivindicações, antes de 11 de julho.
    A motivação, entretanto, embora parecida em alguns pontos, nada tem a ver com o espírito das reivindicações dos manifestantes de junho. O público-alvo é outro.

    É água e azeite.
    O enquadramento da corrupção como crime hediondo não é o foco da greve. Pelo contrário.
    É o PT fazendo oposição a si mesmo, na falta de uma oposição política de verdade, tentando capitalizar, tardiamente, os ideais surgidos nas ruas em junho.

    Parodiando Martha Suplicy, relaxa e glosa.

    Retransmito uma pequena parte do documento aprovado pelos membros da Comissão Executiva Nacional do PT, reunida ontem (4 de julho de 2013) em Brasília, para avaliar a situação política nacional e o resultado das manifestações populares e da juventude que ainda estão em curso em todo o país.
    O PT é esperto e move sua pedra no xadrez das ruas :

    “A militância petista nos movimentos sociais ... vai assumir decididamente a participação nas manifestações de rua em todo o país, em particular no Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações convocada por ampla coalizão de centrais sindicais e movimentos populares para o próximo dia 11 de julho, em defesa da pauta da classe trabalhadora para o país e da Reforma Política com Participação Popular.”

    Por outras palavras, é uma oportunidade para o PT dar o troco à expulsão dos militantes vermelhos pelos jovens manifestantes do MPL, os sem partido, de junho.

    Segue no próximo bloco.

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  130. Continuação do post sobre a greve de 11 de julho

    Além de total apoio à greve, o documento da Executiva do PT embute no sacolão um peixe novo e um peixe velho : o plebiscito já, para funcionar em 2014, e o controle social da mídia - aquela obsessão histórica, surrada, do PT de interferir no processo de formação de opinião da sociedade brasileira, que é um direito e um dos objetivos dos veículos de massa numa sociedade republicana democrática.

    A maioria dos veículos da grande mídia não reza pela cartilha do PT e simpatizantes, mas, porque esses veículos atingem um número maior de pessoas por real investido, o governo continua comprando espaço neles. Assim evita o isolamento. O que não significa comprar opinião.

    Para o PT, essa imprensa é parcial. Não dar espaço ao PT e denunciar os malfeitos de políticos e gestores, inclusive os praticados por agentes públicos nas várias esferas do poder, deixa esta imprensa, que é maioria, numa situação esquisita, como se estivesse apoiando um golpe.

    Reconheço que é difícil manter equidistância dos extremos, porque quem escreve também pensa e faz escolhas, mas esse é o dever de uma imprensa séria. Imprensa partidária ou sectária, radicalmente ideológica, não é boa bem faz bem.

    Uma visão teatral, surrealista, da prenunciada greve geral de 11 de julho.

    Um cavalo de Tróia perfeito : os militantes do PT e partidos da base e de movimentos sociais como o MST que serão embarcados no grande cavalo estão sendo arregimentados para, no dia 11, fazerem uma grande uma onda vermelha nas ruas e praças, tomar Tróia e arrebatar as bandeiras (dos manifestantes de junho) – menos a da luta contra a corrupção, por motivos compreensíveis.

    Para que bater de frente com os 74% que querem a prisão imediata dos mensaleiros ? Contorna !
    E aí a mídia internacional vai conhecer a outra face da moeda das passeatas de junho : os militantes de julho. Seria a forma do governo passar a imagem de que é apoiado, não pelos manifestantes de junho, mas por uma imensa massa vermelha cujo volume poderá superar o das massas de junho perante as lentes das TVs, internautas e fotógrafos de plantão...

    Como será o comportamento dos românticos de junho diante dessa convocação ? Trabalhar, não vai ser preciso (exceto se a sua categoria não aderir) porque a greve será legal.

    Então, se eles não endossam as bandeiras e a verdadeira essência da greve, só lhes restará ficar em casa agitando na janela a bandeira do Brasil e cantando o Hino Nacional. Juntar as duas correntes na mesma rua e sem vândalos depredando tudo, vai ser difícil.

    A mídia brasileira deveria noticiar e discutir isso a partir de agora para ir preparando o espírito geral. Haverá policia suficiente para garantir a segurança dos grevistas convocados pelas mídias sociais ?

    Os vândalos profissionais vão fazer greve para deixar bem o governo ?

    As mídias sociais que os manifestantes usaram com astúcia, agilidade e inteligência e, graças a elas, balançaram o coreto do governo e do Congresso com suas reclamações honestas contra os gastos com a Copa, voto secreto e outras patologias endêmicas, agora certamente vão ser utilizadas até o talo pelos companheiros do PT.

    Pode ser que a peça desenhada aqui seja uma ficção e que nada disso aconteça no dia 11.
    Só vendo.

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  131. PAPAS SANTOS
    A Igreja vai canonizar os Papas João Paulo Segundo e João 23 por validar o reconhecimento de seus milagres.
    Uma aspiração global.

    EIKE : O XIS DA QUESTÃO
    fonte : Estadão

    O senhor fortuna pode estar vendendo os anéis para não perder os dedos. À venda, uma fatia do controle da MMX, para dar uma virada na bolsa e sanear as finanças do Grupo EBX.

    Até o X deve sair do final da sigla MMX.
    O X é um amuleto do Eike.

    Segundo fonte ouvida pelo Estadão, se os planos de reestruturação forem bem-sucedidos, o valor total dos ativos de Eike pode cair para cerca de US$ 1 bilhão. Coitadinho...







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  132. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Postado por Berto Filho
      A CONDENAÇÃO DE PAULO HENRIQUE AMORIM

      O site G1 divulgou ontem (5) a sentença da 3ª. Turma Criminal do TJ-DF que condena o jornalista Paulo Henrique Amorim, apresentador do “Domingo Espetacular”, da TV Record, a 1 ano e 8 meses de prisão, pena substituída por restrição de direitos, por crime de injúria racial cometido contra o jornalista e apresentador da Globo, Heraldo Pereira.
      Heraldo vai fazer as férias do Bonner no JN a partir da próxima 2a.feirs.

      Em 2009, Paulo Henrique publicou no site "Conversa Afiada" que Heraldo Pereira era "negro de alma branca" e que não conseguiu revelar nada, além de ser "negro e de origem humilde". A primeira instância da Justiça do DF tinha negado a ação, mas o Ministério Público recorreu.

      De acordo com o que li sobre essa história, Paulo Henrique queria, na verdade, censurar o direito do Heraldo de, sendo negro, não defender publicamente a raça negra ou os direitos sociais, como cotas na universidade.

      Há tempos, Pelé foi crucificado pelo mesmo “delito”. Ora, Heraldo tem o direito de pensar, fazer escolhas e exercer a sua cidadania da maneira que achar mais adequada. Patrulhamento do pensamento e do comportamento pessoal ou político não é bom. E depreciar o valor profissional do Heraldo não caiu bem.

      Paulo Henrique mirou no Ali Kamel e o tiro pegou no Heraldo. Paulo Henrique tem uma diferença não resolvida com Ali Kamel, atual diretor de jornalismo da Globo, que vem de longe.

      Há alguns anos, Ali Kamel lançou um livro sobre racismo no Brasil, cujo teor foi contestado com vigor pelo Paulo Henrique, que já havia trabalhado sob a direção do Kamel nos anos 90.

      Essa pode ser a arena real do confronto, do qual Heraldo é apenas um figurante.

      A decisão do TJ-DF afirma que houve crime de injúria racial e que a divulgação da frase em site contribuiu para aumentar o dano ao jornalista Heraldo Pereira.
      Em outro processo, uma ação civil por danos morais, os dois fizeram acordo. Paulo Henrique se comprometeu a publicar uma retratação e a doar R$ 30 mil a uma instituição de caridade.

      Em sua trincheira, Conversa Afiada, Paulo desmente a notícia do G1 e outras mídias que a reverberaram :

      “A propósito de informações parciais e que refletem o desejo incontido de calar o ansioso blogueiro, a excelente advogada Maria Elizabeth Queijo informa importante decisão da Justiça de Brasília:

      PHA foi absolvido, em primeiro e segundo graus, pelo crime de racismo.
      Quanto à alegada injúria racial, a decisão no Tribunal não foi unânime e a matéria será rediscutida no próprio Tribunal, com o objetivo de ver reconhecida a liberdade de expressão, assegurada na Constituição.”

      Continua no próximo bloco

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  133. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Continuação do post sobre PAULO HENRIQUE AMORIM

      Não seria legal o Paulo Henrique ter que escrever seu blog atrás das grades e, ainda por cima, ser privado de trabalhar na Record. Prevaleceu o bom senso.

      Conheci Paulo Henrique quando morava em São Paulo e ele era o editor de Economia de Veja. Muito inteligente. Muitos anos depois, reencontrei-o na Globo.

      Paulo Henrique foi quem abriu a sucursal da Veja e da Globo em NY, em datas diferentes. Ancorou várias matérias de peso nos telejornais da Globo.

      Nos últimos tempos, ficou mais zangado, rascante, mordaz, corrosivo, aguerrido, sectário. Em seu blog, ele diz representar a imprensa brasileira como se os demais órgãos que rejeita não tivessem o direito de discordar do que ele entende ser politicamente correto.

      Mas todo o cidadão tem o direito constitucional de escrever o que pensa, doa a quem doer. Direito cristalino. A garantia do sagrado direito de liberdade de expressão, independentemente da orientação ideológica, é o fundamento da democracia representativa e republicana.

      A unanimidade partidária e política não é inteligente. É ditadura.
      A democracia se alicerça na busca de consensos, da solução negociada de conflitos. Como tem sido a nossa democracia, relativa, desde que os militares se afastaram.
      Cabe à Justiça assegurar o exercício desse direito a quem escreve, seja em blogs próprios ou como colaborador na mídia impressa. O difícil é pagar as custas judiciais dos processos e os honorários dos advogados.

      Os codinomes criativos que Paulo Henrique sapeca nos desafetos - nem o Merval Pereira escapa - e as caricaturas remetem à letra e arte dos panfletistas, principalmente a partir da segunda metade do século XIX no Brasil, depois de abolida a escravidão.

      Mesmo que se discorde de suas ideias, o blog Conversa Afiada, dos mais lidos do Brasil, é um conteúdo rico para ser estudado nas salas de comunicação, de ciências políticas e sociais.

      É atribuída ao Paulo a criação da expressão PiG - Partido da Imprensa Golpista, (PIG, termo inglês que significa “porco”), definida por ele em seu blog como o partido criado por empresas como Globo, Folha, Estadão e Veja, para derrubar Dilma e confrontar os governos do PT.

      Paulo Henrique e outros jornalistas que seguem a mesma linha compõem a imprensa partidária de esquerda. Fora dela, não haveria salvação.

      Na internet, puxei o currículo do Paulo e computei mais de 40 processos movidos por jornalistas, empresários, advogados, procuradores, delegados e até juízes.

      Gosto do Paulo Henrique fazendo um tipo no “Domingo Espetacular”, mas discordo de muitas ideias e posições doutrinárias expostas no seu blog. Porém, reconheço a lucidez de sujas análises, como esta, que segue no próximo bloco.
      Ele deleta num peteleco só as candidaturas de Marina Silva e Joaquim Barbosa. Faz sentido.

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  134. Postado por Berto Filho 06/06/13
    MARINA CRESCE, JOAQUIM APARECE
    Por Paulo Henrique Amorim

    Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, entrou em férias com um grilo na cuca. Alcançou 15% das intenções de voto para presidente da República. Sem gastar um só centavo, bastou, para ele, soltar o verbo. Foi ele o maior beneficiado com a queda das intenções de voto na presidenta Dilma Rousseff.

    Marina Silva herdou menos votos, embora se tenha mantido na segunda posição, em alternância com o tucano Aécio Neves. Dilma ainda mantém uma boa distância de Marina. Esta, engalfinhada na tarefa de construir um partido, beneficia-se da memória do eleitor. Em 2010, conseguiu quase 20 milhões de votos no primeiro turno.

    Joaquim e Marina são as duas incógnitas da pesquisa do Datafolha, feita no calor da hora das manifestações de rua. Um movimento cujo lema assim pode ser resumido: contra tudo e contra todos. É mais ou menos, também, a expressão substancial do discurso de Marina e Joaquim.

    Pesquisa, como se sabe, retrata o momento em que é feita. E o retrato revelado pode ser fugaz. Isso ocorre principalmente quando, como agora, a velocidade das transformações e a inexistência de um fator determinante formam a moldura do cenário de um movimento surpreendente e, essencialmente, restrito aos centros urbanos, dominado em números por militantes da classe média.

    De certa forma, tornou-se uma anomalia no processo político-eleitoral. Os resultados da pesquisa sustentam isso.

    Os votos saídos de Dilma se esparramaram. Aécio Neves herdou um pouco e mesmo o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) levou algum. Votos em branco, nulos ou em nenhum dos nomes apresentados cresceram. Enfim, os votos não migraram para um adversário mais definido em oposição a Dilma.

    Joaquim Barbosa deixa o próprio nome circular, fingindo que não deixa. Mas, após o recesso do Judiciário, a partir de 2 de agosto, terá pouco tempo para decidir. Mesmo sem chances de ser bem-sucedido ele prega a inclusão de candidatura avulsa no processo. O calendário eleitoral é rigoroso para ele e, muito mais, para Marina Silva.

    “A exiguidade temporal anda em desfavor da criação dos novos partidos”, alerta o advogado Erick Wilson Pereira, mestre em Direito Constitucional pela PUC-SP e especialista em legislação eleitoral. Em 2012 publicou Manual das Eleições (Ed. Baobá).

    “Sem falar nas etapas cartorárias, dificilmente haverá agilidade suficiente para o deferimento do registro de criação do partido pelo Tribunal Superior Eleitoral em 60 dias. E, se mesmo assim houver boa vontade e prioridade no julgamento desse processo que cria o partido capitaneado por Marina Silva, este terá de ocorrer até o dia 4 de outubro, sob pena de prejudicar a migração dos interessados sem perda do respectivo mandato eletivo”, ele afirma.

    Marina Silva e Joaquim Barbosa parecem duas cartas fora do baralho.

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  135. postado por Berto Filho
    HITS DE CABO FRIO

    Cabo Frio precisa aumentar a rede de ciclovias, principalmente no centro da cidade. Tá difícil andar de bike toureando carros, motos, ônibus, caminhões e até tratores na mão e na contramão.
    E as fábricas não param de desovar veículos. As ruas não dão mais vazão. Achar vaga no centro é uma loteria. Montar estacionamentos no centro passa a ser um bom negócio.
    Faltam placas com nomes das ruas em Cabo Frio. A prefeitura poderia investir em sinalização. A numeração de casas e prédios em várias ruas não segue nenhuma ordem numérica, não se vê lado par ou lado ímpar, é sem pé nem cabeça.

    Cabo Frio cresce e atrai turistas, novos moradores e também bandidos. Há uma percepção difusa de insegurança pública que precisa ser resolvida rapidamente.
    Como no caso dos arrastões em restaurantes de São Paulo, o fator psicológico trabalha contra a vida normal do comércio e obriga as pessoas a ficar em casa.
    O medo não é um bom conselheiro...
    Quem é do ramo (de segurança) precisa se mexer...

    Tamoios : fica com Cabo Frio ou se emancipa ? Se o processo continuar correndo na ALERJ na velocidade atual, o plebiscito vai coincidir com as eleições de outubro do ano que vem. Só não se sabe ainda se todos os eleitores de Cabo Frio vão participar ou somente os que moram em Tamoios.
    O file mignon de Tamoios são os mais de 70%de roialties do petróleo que vêm da faixa de mar frontal à plataforma da Petrobras.
    Rica de petróleo, Tamoios precisa de tudo : hospitais, escolas, transportes, água, saneamento, energia...
    A prefeitura de Cabo Frio faz de tudo para segurar Tamoios.

    A DISPUTA PELAS RUAS
    Quem comparar vai concordar :
    A greve meio geral da semana passada convocada pelo PT e centrais sindicais juntou muito menos gente do que as manifestações de junho e não teve a nada a ver com as causas populares. Mas são reivindicações justas dos trabalhadores que o governo federal e o Congresso ainda não atenderam.

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  136. BEM VINDO, PAPA FRANCISCO

    O grande evento católico no maior país católico do mundo vai dominar os telejornais e noticiários na semana que vem toda, e no brasil todo, embora o evento principal esteja marcado na praia de Copacabana.
    A Jornada com o Papa Francisco vai de 23 a 28 de julho.

    Mais de 300 peregrinos vieram para a Região dos Lagos. Aqui em Cabo Frio um grupo de nigerianos está sob os cuidados do Padre Ricardo Mota, da paróquia de Nossa Senhora de Assunção. Um outro grupo, de argentinos, tem como anfitrião o padre Francisco, da paróquia de São Cristóvão.

    Por conta da vinda do Papa, o Brasil está recebendo cerca de 1 milhão de peregrinos de dezenas de países. Bom para a evangelização, bom para a fé e bom para o comércio das cidades que hospedam esses jovens.
    A Jornada Mundial da Juventude pode ser considerada um marco para a virada na imagem da Igreja.E um dos aspectos relevantes dessa comunicação de massa com os fiéis é o uso intensivo das redes sociais.

    Em dez anos, de 2000 a 2010, a comunidade católica perdeu uma população equivalente à de Curitiba. Segundo o Censo do IBGE de 2010, os católicos brasileiros (incluindo os não praticantes) seriam 123 milhões ou 64,6% da população. Mas eram mais de 124 milhões em 2000.
    No mesmo período, os evangélicos cresceram 65%.

    Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) diz que o crescimento de evangélicos no Brasil e no mundo impulsionou um "despertar" da Igreja Católica, que, na opinião dele, estava "acomodada".

    Por outro lado, a Igreja tem sido pregada na cruz pelos pecados mortais de alguns padres e bispos acusados de pedofilia, abusos sexuais contra mulheres e crianças, lavagem de dinheiro no banco do Vaticano, etc.
    O Papa Francisco vestiu as sandálias da humildade e está regenerando a imagem da Igreja de Pedro a partir de exemplos claros de humildade, moralidade e recusa de ostentações.

    A mídia propaga essa nova imagem da Igreja vinda dos exemplos do Papa Francisco, de sua Encíclica Luz da Fé (Lumen Fidei) escrita em apenas 4 meses (um récord), possivelmente em parceria autoral com o Papa Bento 16.


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  137. BERTO FILHO NO TRIBUNA LIVRE

    Convidado pela jornalista Tati Bueno, estou apresentando todas as semanas o programa TRIBUNA LIVRE, título de várias colunas assinadas por Tati ao longo de sua travessia por jornais e revistas.

    O programa é transmitido ao vivo pelo Canal 10 - Cabo Frio TV - às 5a.feiras a partir das 14:40 hs e pode ser acompanhado pela internet no site www.cabofriotv.com.br
    Ainda falta ajustar muitos pontos, a equipe está em formação mas todos estamos dando o melhor para o telespectador ficar bem informado e estimulado a pensar.

    Tati Bueno, Angela Barros e Andrea de Thuin me fazem uma ótima companhia.
    Então, leitor deste blog, sempre que puder, dá uma olhadinha no Tribuna Livre ao vivo pelo site da Cabo Frio TV.
    Alguns comentários meus no Tribuna são publicados aqui.

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  138. Postado por Berto Filho
    BANDEIRA BRANCA
    O governador Sergio Cabral acena com bandeira branca para poder governar
    Vê as manifestações na porta de sua casa e no Palácio Guanabara como ação dos adversários políticos que querem antecipar o calendário eleitoral. Pede que deixem ele governar em paz ...
    Esta semana Sergio Cabral esteve em São Pedro da Aldeia e amanhã deve ir a Arraial do Cabo para divulgar o programa RENDA MELHOR, que faz parte do BRASIL SEM MISÉRIA, do governo federal. Ele e o vice-governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato do PMDB à governador. Na prática, Sergio e Pezão, atuais donos da máquina, estão desenvolvendo ações de governo no interior do estado visando, ao mesmo tempo, plantar intenções de voto num território aparentemente dominado por um certo ex-governador que se mantém na moita, sem dar um ai, por enquanto...

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  139. POUCAS E BOAS

    Jornada Mundial da Juventude toma conta do Brasil e chega a Cabo Frio e região dos Lagos...

    Espionagem eletrônica : o cyberespião Edward Snowden pede asilo à Rússia mas o que ele quer mesmo é ficar num país sul-americano. Venezuela é pule de 10.

    O governo federal pede pressa à Câmara dos Deputados para votar o Marco Civil, projeto de lei que visa garantir direitos e deveres na internet brasileira. Uma espécie de blindagem contra a espiadinha americana, que vai dar a sensação de que estamos mais protegidos em nossas comunicações por telefone e internet.
    Deixa eles lerem e ouvirem. Não há segredo do lado de cá do Equador que mereça espionagem, exceto os segredos de Estado - por exemplo, o enriquecimento do nosso urânio para fins nucleares, pacíficos.

    Fechado para balanço
    À beira de um ataque de nervos, o Congresso fecha as portas de hoje até 31 de julho. Deputados e senadores deixam Brasília em revoada e vão se comunicar com as bases.

    Os parlamentares tentam agradar as ruas, mas continuam pisando na bola em certas manobras desastradas. Como usar avião da FAB quando podem voar em avião de carreira. Será por paúra de levar uma vaia sonora dos passageiros ?

    A alta produtividade do Congresso nas duas últimas semanas vai jogar no colo da presidente Dilma a batata quente de vetar os projetos que vão explodir as contas públicas. E Dilma joga a batata quente do fracasso do plebiscito no colo do Congresso.

    Os políticos nem dormem direito, estão estressados. De olho no Facebook, nos sites de notícias, nos programas de TV e radio e nas vozes das ruas. A comunicação com as bases nunca foi tão direta e fulminante, de baixo para cima ...

    Voto secreto, corrupção crime hediondo e a PEC dos mensaleiros, que determina a perda de mandatos dos deputados condenados, e, em consequência, a sua prisão imediata (pela perda da imunidade), continuam hibernando na estufa do Congresso.

    Ainda não caiu o foro privilegiado em caso de crime comum, para parlamentares, presidente da República, ministros de estado, juízes e membros do Ministério Público, deputados e senadores.

    O Congresso informa
    Sai o plebiscito, entra o referendo. Começando pela Câmara dos Deputados, os parlamentares emendam uma terceira e resolvem redigir uma reforma política em 90 dias e submetê-la a um referendo.



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  140. MÉDICOS PARA O INTERIOR
    Os médicos e a presidente Dilma precisam se entender : as entidades médicas garantem que os médicos brasileiros vão trabalhar em cidades do interior se houver infraestrutura e condições para exercerem a profissão.

    A presidente diz que não adianta construir postos de saúde bem aparelhados se não tem médico para por lá dentro.
    Há algo estranho nesse diálogo de surdos...
    Dilma calcula que 700 municípios não tem médicos e por isso queima cartucho com a importação de médicos de fora.

    MÉDICOS IMPORTADOS : A BARREIRA DA LÍNGUA
    Segundo o ministro da Saúde, os estrangeiros vão fazer o teste de revalidação de seus diplomas. Igualzinho aos brasileiros.
    O que não garante que eles vão entender de povo brasileiro como os médicos brasileiros entendem.

    E tem a barreira da língua : uma receita em espanhol pode dar nó na cabeça do paciente matuto e fazer mal à sua saúde...

    Imagine um médico cubano examinando um paciente do interior. Vai que ele quer se curar e pede ao médico a cura.
    O médico entende errado e chama um padre para cuidar dele. Por que ? Porque o significado de “cura” em espanhol é "padre, religioso"...
    Mas cura, em português, é a eliminação da doença

    Quer ver outra ?
    Um médico espanhol diz a uma paciente pobre que ela está "embarazada". Em espanhol, significa que ela está grávida. Mas a coitadinha da paciente pode entender que foi chamada de “embaraçada”, de "sem jeito" e aí pode dar zebra ...

    "Apellido" (em espanhol) é "sobrenome" em português mas "Sobrenombre" é "apelido" em português.
    La casa es suya : a casa é sua.
    Vai que o paciente entende errado : "A (sua)casa é suja.
    E por aí vai ...

    CLUB MED PERÓ SAI DO PAPEL AINDA EM JULHO
    Parece que agora vai.
    Club Med Peró, 50 milhões de dólares de investimento, vai finalmente sair do papel, e as obras começariam ainda em julho.
    Parecia lenda de internet.
    Foram gastos 6 anos em um demorado e custoso “diálogo” dos executivos do resort com os representantes do poder público municipal.
    O resort fica dentro da APA Pau Brasil e, por isso, foi preciso adaptar o projeto 38 vezes.
    Na gestão anterior de Marquinhos Mendes, ficou acertado que os cabo-frienses terão preferência nos empregos a serem gerados na obra e na operação do resort.
    O governo mudou. Vamos ver.

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  141. Artigo do advogado Adriano Mezzomo postado por Berto Filho
    A HISTÓRIA E O COLAPSO DO GRUPO EBX.
    LIÇÕES PARA UM NOVO MARCO REGULATÓRIO.

    O colapso do Grupo X guarda contornos que nos remetem ao clássico episódio protagonizado pelo financista especulativo John Law (1671-1729), que abalou o Tesouro francês e robusteceu a máxima pela qual a história se repete, apenas mudando os personagens.

    Law foi um homem carismático, envolvente e persuasivo. Amou o jogo, a bebida e as mulheres. Sempre elegante, ostentava sobre sua cabeça vistosa peruca, como o faziam os cavalheiros do século XVIII. Nascido em uma influente família escocesa, o eloquente Law, após problemas na Inglaterra, estabeleceu residência em França, onde se aproximou do Duque de Orleans, que, por ocasião da morte de Luiz XIV, em 1715, assumiu a Regência.

    Graças a essa estreita relação com o poder e à generosidade para com os governantes, Law angariou grande simpatia e prestígio, como também uma série de favores. Em 1716, recebeu a outorga para a operação do Banque Générale, detentor do privilégio da emissão de títulos conversíveis em moeda. Logo após, em 1717, sob os auspícios da Coroa, fundou, na Louisiana, então colônia francesa, a Companhia do Mississipi, que planejava explorar o comércio na região.

    Prometia lucros fantásticos àqueles que investissem em seus projetos no Novo Mundo. Atualmente uma empresa desse gênero receberia a classificação de pré-operacional. Isso atraiu multidões de pequenos investidores franceses, que passaram a lhe confiar as economias. Na sequência, em 1718, sempre atrelado à Regência, expandiu seus domínios para as Índias Orientais, Pacífico Sul e China, o que ampliou sua credibilidade e lhe permitiu a emissão de ações que foram vendidas e revendidas infindáveis vezes, gerando lucros espetaculares.

    Endogenamente, um empreendimento financiava o outro. Sempre sob o manto chancelador do reino.
    Em 1720, os navios começaram a retornar da América, e com eles os primeiros boatos dando conta de que "os poços estavam secos." A euforia deu lugar ao pânico. Não havia mais interessados em adquirir os papéis. A roda da fortuna parara de girar. Os investidores passaram a vender suas ações desesperadamente, em ritmo frenético, tentando minimizar seus prejuízos. As cotações despencaram, gerando desvalorização sem precedentes. Incríveis 98%. Face ao desespero, houve revolta e suicídio. Era o horror sem fim. O Regente temia pela governabilidade. A aliança não mais lhe era conveniente. Como já havia ganho mais que seu peso em ouro, entendeu por bem que era hora de abandonar o outrora campeão nacional à própria sorte.

    Temendo por sua vida, Law fugiu para Veneza e lá morreu em desgraça, no ano de 1729. Essa bolha foi imortalizada na história como o Esquema do Mississipi e, ao devastar a sociedade e o Tesouro, plantou a semente da Revolução de 1789. Qualquer semelhança com fatos, pessoas ou eventos atuais, inclusive a peruca, é mera coincidência.

    Voltemos ao presente. O quadro de sinistrose generalizada no qual se encontra o complexo X torna auto-evidente a necessidade de revisão de diversos aspectos regulatórios do mercado de valores mobiliários, não apenas em função das dramáticas perdas impostas aos acionistas e demais stakeholders (partes interessadas), como também e principalmente por conta das nefastas consequências que advirão para a sociedade brasileira, o que importará no reforço dos mecanismos de proteção aos minoritários.

    Colocando a questão em outros termos, a crise em curso transcende o Grupo EBX e reverbera pela sociedade. Assim, mesmo aqueles que não têm ligação direta com o universo X sofrerão os efeitos da épica derrocada, pois todos brasileiros, acionistas ou não, financiaram, via Tesouro Nacional e seus repasses ao BNDES, Caixa e Banco do Brasil, o processo de alavancagem.

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  142. Este comentário foi removido pelo autor.

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  143. Continuação (parte 2) do artigo do advogado Adriano Mezzomo

    Portanto, não se trata de um problema pontual, restrito a um nicho estanque, facilmente contornável, porém de um quadro com o potencial necessário para contaminar o sistema, dadas suas estreitas correlações internas de dependência, que o transforma em uma estrutura de vasos comunicantes. Nesse diapasão, afirmar que o problema é dos acionistas e que as operações bancárias estão garantidas por aval ou fiança é, no mínimo, ingênuo e revela uma percepção míope e incompleta do fenômeno.

    Sustento tal posição revisitando nossa história recente. Cito dois episódios tão emblemáticos quanto traumáticos, os quais foram divisores de águas no atinente à regulação setorial. Abstenho-me de analisar suas causas determinantes, pois este não é o objetivo neste momento.
    O primeiro deles foi o boom e o débâcle ocorridos nas bolsas brasileiras no início dos anos de 1970, que renderam ensejo ao surgimento da Comissão de Valores Mobiliários, Lei nº 6.385/76, e à então nova Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404/76, redigida pelos advogados José Luiz Bulhões Pedreira e Alfredo Lamy Filho. O segundo evento foi a quebra da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro - BVRJ, em 1989, precipitada pelo episódio Nagi Nahas.

    Ambas as situações implicaram no prolongado afastamento dos pequenos e médios poupadores do mercado de valores mobiliários, prejudicando seriamente o processo de capitalização de empresas, face à quebra de confiança, o que representou um retrocesso não apenas para o mercado, mas para o Brasil.

    Um mercado sólido depende da presença ostensiva da classe média e da proteção aos minoritários. A cada crise profunda uma geração se afasta do mercado. Hoje, mais uma vez, a sociedade se vê frente a essa situação. Perdas pecuniárias são inerentes ao mercado. Contudo, é inadmissível a violação ao princípio da fidúcia. A bolsa é, por excelência, um ambiente de risco, o que não significa a subsunção do investidor a riscos aleatórios ou randômicos. Pelo contrário. Nesse contexto, a álea é administrada em conformidade com políticas de alocação de capital e parâmetros técnicos que informam o processo de tomada de decisão, que é calibrado em conformidade com a maior ou menor predisposição do investidor em assumir certos e determinados graus de incerteza.

    É importante frisar que a escolha pela assunção de um determinado risco também se dá em conformidade com a qualidade das informações enviadas ao mercado. É obrigação do ofertante disponibilizar informações fidedignas, as quais possibilitem ao eventual tomador do risco, em sua análise, a lúcida formação de seu juízo de valor quanto à oportunidade e conveniência de tomada desse mesmo risco. Com efeito, caso a informação não reflita adequadamente o ativo, o processo decisório fica comprometido, via de regra em desfavor do investidor.

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  144. Continuação (parte 3, final) do artigo do advogado Adriano Mezzomo

    Esse quadro se acentua nas hipóteses em que se negociam valores mobiliários de empresas pré-operacionais, pois a inexistência de histórico permite grau de discricionariedade extremamente elástico na formulação de cenários e projeções de desempenho, impactando as decisões de investimento, principalmente quando as ofertas se fazem acompanhar de espetáculos midiáticos dignos de Spielberg e Hollywood, bem como de um tom ufanista, embalado por discursos governamentais de apoio irrestrito ao empreendimento.

    Nessa senda, em função do manifesto e evidente descolamento entre as projeções levadas ao público e o efetivamente realizado, sugerimos a formulação e discussão de propostas que visem ao aperfeiçoamento do modelo regulatório vigente, a partir de três premissas básicas: (i) A existência de um mercado de valores mobiliários sólido é fundamental para a promoção do desenvolvimento econômico e social; (ii) O regular funcionamento desse mercado depende de um arcabouço institucional sofisticado que contemple elevados graus de governança e disclosure, com regras claras; e (iii) A proteção ao acionista minoritário é um valor em si.

    Também sugerimos que essas propostas devam ser estruturadas a partir dos seguintes eixos temáticos: (i) reforço nas normas de boa governança e disclousure; (ii) empowerment dos minoritários e ampliação dos mecanismos para sua proteção; (iii) ênfase nas normas atinentes à gestão prudencial, accountability e responsibility dos diretores, conselheiros e controladores; e (iv) aprofundamento da auto-regulação.

    Por derradeiro, é recomendável que o desenvolvimento dos referidos eixos devam apresentar resposta às seguintes indagações, dentre outras que emergiram da crise: 1) Podem investidores não qualificados participar de IPO’s de empresas não operacionais?; 1.1) Em sendo positiva a resposta ao item anterior, quais as regras para tal participação?; 2) As empresas pré-operacionais devem ser listadas em outro segmento?; 3) Os investidores não qualificados poderão participar desse segmento?; 3.1) Em sendo positiva a resposta ao item anterior, quais as normas para tanto?; 4) Considerando que os minoritários, tipicamente, são um grupo disperso, o que dificulta a defesa de seus interesses, é conveniente fomentar seu empowerment e representação mediante entidades associativas, de modo a estabelecer uma interlocução formal e institucional com a empresa aberta, os entes reguladores e os Poderes instituídos?; 5) Relativamente aos diretores, conselheiros e controladores, quais os parâmetros que informarão a elaboração de normas que enfatizem a gestão prudencial e os conceito de accountability e responsibility?

    Essa é a contribuição inicial da União dos Acionistas Minoritários do Grupo EBX (UNAX) para os debates seminais relativos ao aperfeiçoamento do arcabouço jurídico institucional pertinente ao mercado de valores mobiliários, com vistas a prevenir a ocorrência de episódios congêneres, pois, infelizmente, não aprendemos com a história. As Companhias do Mississipi continuam entre nós.

    Adriano Mezzomo, Presidente da UNAX e advogado especialista em direito empresarial e de mercado de capitais. adriano@mezzomo.com

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  146. Postado por Berto Filho
    ELIS CANTA JOANA FRANCESA
    Chico Buarque compôs Joana Franesa e só Elis poderia interpretar com a mesma genialidade do autor.
    Meu presentinho sonoro nesta sexta-feira, 19.

    http://www.youtube.com/watch?v=rZ5T1yzVMQA

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  147. Postado por Berto Filho
    BADERNA NÃO É DEMOCRACIA
    autor : Merval Pereira
    Fonte : O Globo, blog do Merval

    Se o governador do Rio, Sérgio Cabral, leva até seu cachorrinho de helicóptero para o fim de semana em Mangaratiba e pretende continuar agindo assim, sem noção de que sua ostentação é ofensiva aos cidadãos do Estado que governa, merece ser duramente criticado.

    Os protestos podem até mesmo sitiá-lo no Palácio onde despacha, e é discutível se sua residência privada deve ser ponto de protestos, perturbando a paz da vizinhança. O melhor mesmo talvez fosse que se mudasse para o Palácio das Laranjeiras, mas esta é outra discussão.

    Mesmo que infiltrados nas manifestações existam agentes de seus concorrentes oposicionistas, como ele acusa, os protestos só encontram eco por que o governador tornou-se, por seus hábitos e gestos, um mau exemplo de homem público, mesmo que seja um bom administrador. Os inegáveis avanços na política de segurança pública, a melhoria econômica do Estado, tudo é louvável, mas nada disso dá permissão ao governador de abusar de seus poderes transitórios.

    Mas o que aconteceu ontem nas ruas de Leblon e Ipanema é inaceitável em uma democracia, e não por que sejam os bairros mais ricos da cidade, mas por que vandalismo e depredação não são métodos de quem luta pela melhoria de vida das populações, mas de bandidos que devem ser repudiados pela sociedade e presos.

    O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, revelou que fizera um acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil e algumas instituições ligadas aos Direitos Humanos, como a Anistia Internacional, para não usar gás lacrimogêneo nem bombas de efeito moral, e o que se viu foram horas e horas de vandalismo nas principais ruas do bairro, mostradas tanto pela Globonews quanto pela Mídia Ninja, sem que nenhum policial aparecesse.

    Só os arredores da residência do governador estavam fortemente policiados. Isso não acontece em nenhuma parte do mundo civilizado. O que a OAB tem a dizer, ela que se propôs a intermediar uma trégua? A impressão é de que não se tem nem governo, nem polícia, nem lideranças capazes de combater a ação dos grupos de vândalos, perfeitamente identificáveis pelo Facebook.

    Se os policiais não têm treinamento suficiente para enfrentar essas turbas sem cometer excessos, estamos mal parados. Se, por outro lado, ficam paralisados diante das acusações de abuso de força, estamos, nós os cidadãos, também em maus lençóis. Se, como adeptos de teorias da conspiração divulgam pela internet, a polícia do Rio de Janeiro deixou de atuar para justificar atitudes mais violentas em futuras manifestações, contando com a rejeição da população à baderna que tomou conta das ruas, estamos no pior dos mundos.

    O desolamento que causava ontem ver o asfalto queimado, as lojas arrebentadas, bancas de jornal depredadas pelas ruas do Leblon só é comparável à revolta que dá ler as trocas de mensagens de pessoas que defendem abertamente no Facebook a depredação de bancos e prédios públicos como método de ação política.

    Houve até quem tentasse pateticamente justificar os saques à loja da Toulon no Leblon dizendo que se tratava de uma loja para ricos, que tinha lucros com o trabalho escravo. Outro garantia que o produto dos saques foi distribuído entre moradores de rua das redondezas, querendo dar uma pátina de justiça social ao ato de puro banditismo.

    O que aconteceu no Rio ontem já havia acontecido, em menor escala, na semana anterior, e nas manifestações de junho em diversas cidades do país.

    O ataque ao prédio do Itamaraty em Brasília, com coquetéis molotov provocando incêndios em seu interior, deveria ter representado uma linha simbólica da transgressão, a partir da qual as manifestações deixam de ser legítimas expressões de uma democracia vigorosa para passarem a ser sintomas de um país desgovernado, sem capacidade de distinguir a diferença entre Estado de Direito e baderna.

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  148. Postado por Berto Filho
    artigo de Elio Gaspari (*) sobre o sindicalismo no Brasil

    VEM PRO CAPILÉ!
    Por mais que centrais sindicais apensas às verbas do Ministério do Trabalho sustentem que suas manifestações movidas a mimos de até R$ 70 são espontâneas, vale lembrar: em 1978, quando despontou a figura de Lula, ele se opunha ao oficialismo sindical.

    Naquela época Nosso Guia dizia o seguinte, numa carta pública ao senador Petrônio Portella: "As entidades sindicais nascem, se desenvolvem e desaparecem sob a tutela do Estado. (...) Este estado de coisas decorre da filosofia que presidiu a criação dos sindicatos no Brasil. Fiéis a esta filosofia, os legisladores atrelam as entidades sindicais ao governo, antes de tudo, como órgãos de colaboração. Deles dependente para nascer, viver e morrer, o sindicalismo brasileiro, por tradição histórica, sempre aderiu ao governo e regimes vigentes para garantir sobrevivência."

    Hoje a chave do cofre está no bolso do PT. Em 2012, os trabalhadores pagaram R$ 2 bilhões de imposto sindical e as centrais embolsaram 10%. Desatrelamento ? Nem pensar.

    (*)Elio Gaspari escreve às quartas-feiras e domingos na versão impressa de "Poder".

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  149. Postado por Berto Filho
    JOAQUIM BARBOSA COMPRA IMÓVEL DE R$ 1 MILHÃO EM MIAMI

    A informação foi publicada na edição de hoje, 21, da Folha de São Paulo com crédito para os jornalistas Matheus Leitão e Rubens Valente.
    Abaixo, segue um pequeno resumo.
    Uma pena porque Joaquim Barbosa é (ainda) uma reserva moral no cenário da vida pública brasileira. Ele ainda tem créditos mas esses débitos podem comprometê-lo.

    Mesmo diante de explicações até plausíveis que o ministro venha a dar para justificar essa compra surpreendente, a ampla divulgação da derrapada pode começar a fazer água no barco de sua potencial candidatura a presidente da República.
    Isso não vai passar na moral dos manifestantes de junho.
    Joaquim Barbosa pode até ter juntado bem mais de R$ 1 milhão durante sua vida para ter o direito de comprar o que bem entender e onde achar que deve.

    Para piorar o quadro, o presidente do STF também estampa na folha de antecedentes a reforma de R$ 90 mil no banheiro do seu apartamento funcional, a relação delicada com a família do apresentador Luciano Huck, o suposto emprego de seu filho no Jurídico da Globo (desmentido pelo ministro), e a concessão, na semana passada, da liminar que atropelou uma decisão do Congresso Nacional sobre a criação de novos tribunais.

    Leia e julgue.

    BARBOSA COMPRA APÊ DE R$ 1 MILHÃO EM MIAMI, FOGE DO LEÃO E VIOLA O ESTATUTO DO SERVIDOR

    Ao constituir uma empresa com fins lucrativos nos Estados Unidos (Flórida), em maio do ano passado, para obter benefícios fiscais na compra de um apartamento avaliado em R$ 1 milhão em Miami, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, assumiu o risco de viver perigosamente; o Estatuto dos Servidores Públicos da União (lei de número 8.112/90), em seu artigo 117, inciso X, veda a todos aqueles que exerçam carreiras de estado "participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada".
    De acordo com os registros da Assas JB Corp, Barbosa é o presidente da sua offshore

    A justificativa central para a decisão do ministro é que a empresa teria como única finalidade gerir seus bens no exterior e evitar o pagamento de impostos numa eventual transmissão a herdeiros.

    Também no Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes é um dos sócios do IDP – Instituto Brasiliense de Direito Público. Mas a lei brasileira tem a figura do sócio não-gerente, o que cria brechas para que servidores tenham participações em sociedades.

    Nos Estados Unidos, Barbosa disse ter criado sua empresa por orientação de um advogado.

    Consta dos registros da Assas JB Corp que a firma que prestou assessoria à empresa foi a Nobile Law Firm, localizada na Brickell Avenue, em Miami. Esta empresa pertence a uma ex-executiva do Citibank e do Bank of America, chamada Diane Nobile, que hoje presta consultoria financeira e advocatícia a endinheirados latino-americanos interessados em adquirir propriedades na Flórida.

    Vamos ver como é que a coisa flui na mídia e quais os possíveis estragos na sua imagem de justiceiro do mensalão.

    Nesse andar da carruagem da sucessão presidencial, vai sobrar mais espaço para Marina Silva e Aécio, possíveis herdeiros de intenções de voto no ministro. Mais para Marina, que encarna a candidata avessa à politica tradicional. Em sintonia com as ruas.

    Dilma afundou mas se mantém nos 30% históricos do PT. Se as eleições fossem hoje, haveria segundo turno.

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  150. Postado por Berto Filho
    TOM JOBIM, HERBIE HANCOCK, RON CARTER E PAULO JOBIM EM SÃO PAULO, 1993

    Colaboração do amigo e produtor musical José Augusto Cunha.

    Esses feras tocaram "Wave", uma aula de interpretação e improviso.

    http://www.youtube.com/watch?v=uwlu0uwmKTQ

    Este blog reverencia a boa música.

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  151. Postado por Berto Filho
    A DEMOCRACIA NO RIO VIVE TEMPOS SOMBRIOS
    Fonte : blog do Noblat
    Autor : Carlos Tautz
    Comentário do Berto : é um texto instigante pelas revelações do sociólogo Paulo Baía, sobre quem seriam os “anarquistas e depredadores” travestidos de vândalos – nome genérico vago e indulgente - nas recentes manifestações no Rio

    O sequestro do sociólogo Paulo Baía no dia 18, após ter entrevista publicada n´O Globo com críticas à atuação da PM durante os atos de rua no Rio, é emblemático de como a democracia no Rio vive tempos sombrios.

    Baía tem sido preciso em suas análises sobre o “vandalismo” nas manifestações – e talvez por isso mesmo tenha sido forçado por quatro mascarados armados a entrar em um carro sem placa e a ouvir que deve se calar.

    "É um grupo que comete crime, não vandalismo. Vandalismo é um termo impreciso, incorreto e que desqualifica a manifestação. Esses que fazem saques são criminosos. E fico muito surpreso de a polícia assistir aos crimes e não agir", descreve Baía em suas entrevistas.

    “A primeira linha é formada por anarquistas, trotkistas, leninistas, partidos de oposição que acreditam na violência como meio de revolução.

    A outra faixa tem funkeiros, skinheads e Black Bloc, que se tornaram visíveis com as manifestações, além dos punks e das torcidas organizadas.

    Por último, temos os bandos com vínculos com facções criminosas, como traficantes, milicianos e bandidos comuns”, descreve Baía.

    Quem participa das manifestações com olhos críticos percebe o mesmo que ele. No ato gigantesco de 20 de junho, eu mesmo vi bandidos comuns primeiro roubar os equipamentos que estavam dentro de um carro do SBT estacionado em frente à estação Praça Onze, do Metrô, e logo em seguida ser incendiado, para dar a impressão de vandalismo.

    A PM também viu e, em vez de usar seus soldados infiltrados para prender os ladrões, preferiu brincar de gato e rato com os “vândalos”, atirando a esmo bombas de gás lacrimogêneo. No ataque à Alerj em 17 de maio, houve a mesma prática. Nesse caso, o tiroteio foi gravado e exibido pela tevê. Policiais descaracterizados atiram balas letais contra os manifestantes e também dão tiros para o alto, espalhando o terror.

    Cenas de infiltração policial são fartas e explicam porque a Polícia Civil não investiga a bandidagem, nem a PM a reprime: entre os “vândalos” estão seus pares, que iniciam a violência para justificar a repressão da Polícia, assim, manter o controle sobre a população.

    O cenário se agrava à medida que o governador Cabral, calado e na muda, é flagrado em atentados contra o Erário e perde qualificação moral para comandar a tropa, que vai à rua sem controle.
    Até o secretário Beltrame, o rei das UPPs, desejado como candidato a qualquer coisa por vários partidos, submergiu. A imprensa colabora: insiste na tese do “vândalo” e omite-se do seu papel de investigar quem de fato quebra e rouba.

    Carlos Tautz, jornalista, coordenador do Instituto Mais Democracia – Transparência e controle cidadão de governos e empresas.

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  152. Postado por Berto Filho
    GEORGE SHEARING EM LULLABY OF BIRDLAND, UM DOS MEUS FAVORITOS

    http://www.youtube.com/watch?v=tyS1FsUV__8

    Sir George Shearing foi um pianista britânico de jazz, considerado uma "lenda do jazz" e reconhecido pelo clássico "Lullaby of Birdland".1

    Cego de nascença, George começou a tocar piano aos três anos de idade. Gênio... Foi influenciado por grandes pianistas de boogie-woogie, jazz e clássicos como Fats Waller, Earl Hines, Teddy Wilson, Erroll Garner, Art Tatum e Bud Powell.

    Ao final dos anos 30, começou a tocar profissionalmente com a 'Ambrose Dance Band' e fez a sua primeira gravação em 1937, sob a supervisão do então jovem Leonard Feather.

    Estimulado por Feather, emigrou em 1947 para Nova Iorque.

    Ali absorveu o bebop. Substituiu Errol Garner no trio de Oscar Pettiford e liderou um quarteto juntamente com Buddy DeFranco.

    Como líder de um quinteto (piano, guitarra, baixo, bateria e vibrafone) do qual participaram nomes como Cal Tjader, Margie Hyams, Denzil Best, Israel Crosby, Joe Pass e Gary Burton, Shearing gravou inúmeros discos de sucesso, entre eles "September In The Rain" und "Lullaby of Birdland".

    Shearing contribuiu também como pioneiro dos pequenos combos de jazz afro-cubano nos anos 50. Desta forma, Cal Tjader se iniciou no jazz latino, o qual também contava com Mongo Santamaria, Willie Bobo e Armando Peraza entre seus músicos.

    Como compositor, Shearing é conhecido principalmente pelos standards Lullaby of Birdland, Conception e Consternation.

    Mais tarde, se apresentou nas formações em trio, duo ou solo, tocando com Montgomery Brothers, Marian McPartland, Brian Torff, Jim Hall, Hank Jones e Kenny Davern.

    Também trabalhou com os cantores Nat King Cole, Peggy Lee, Ernestine Anderson, Carmen McRae e Mel Tormé.

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  153. Postado por Berto Filho
    SEND IN THE CLOWNS
    do grande compositor americano Stephen Sondheim

    Ouça no link : http://www.youtube.com/watch?v=TB_xMqvPwhI

    Fonte dos dados abaixo : wikipedia

    "Send in the Clowns" (numa tradução livre, "Que Entrem os Palhaços) é uma canção de Stephen Sondheim, composta para o musical "A Little Night Music" de 1973. É uma balada lenta e tristonha, na qual a personagem Desiree reflete sobre as ironias e desapontamentos de sua vida.

    Das mais de 800 canções compostas por Stephen Sondheim, esta tornou-se um verdadeiro megahit. Ganhou popularidade com as gravações de Frank Sinatra, Kenny Rogers, Judy Collins (cuja versão, em meados dos anos 1970 pontuou duas vezes na parada de sucessos de singles dos Estados Unidos, atingindo a posição 19 e sendo chamada de "Canção do Ano" no Grammy Award de 1976), e pelo emocionado Lou Rawls. Sondheim acrescentou um verso para uma gravação que Barbra Streisand fez da canção em 1985 (apresentada no The Broadway Album, entrou para os 25 maiores hits Adultos Contemporâneos em 1986). O cantor brasileiro Renato Russo também gravou a canção, no idioma original, para o seu álbum The Stonewall Celebration Concert, de 1994.

    A canção foi escrita para a atriz Glynis Johns, que possuía uma voz sussurrante e uma tessitura limitada — Sondheim escreveu a canção com frases curtas e uma escala vocal pequena (cerca de uma oitava). A canção é considerada um jazz standard, interpretada por Count Basie, Sarah Vaughan e a Stan Kenton Orchestra, entre outros.

    O título refere-se a uma suposta frase do jargão circense e do teatro vaudeville, usada quando acontecia algum evento inesperado durante a apresentação (normalmente, desastres como a queda de um acrobata ou um número excepcionalmente mal-apresentado). Para distrair a atenção do público, enquanto o problema era resolvido, os palhaços entravam em cena. A mesma "diversão" (literalmente falando) ainda é usada hoje em dia pelos palhaços de rodeio, quando o vaqueiro leva uma queda e a montaria precisa ser distraída enquanto ele se põe a salvo.

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  154. Postado por Berto Filho
    Hoje estou impossível.
    LOVE IS JUST AROUND THE CORNER
    com o quinteto George Shearing
    Pena que esse cara sensacional faleceu em 2011. Gênio não devia morrer.

    http://www.youtube.com/watch?v=SnePZNHX-8I

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  155. Postado por Berto Filho
    THE ENTERTAINER COM GEORGE SHEARING AO PIANO
    Janis Joplin revisitado em grande estilo.

    http://www.youtube.com/watch?v=e19Es6UETDo

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  156. PAPA FRANCISCO AGE COMO TERAPEUTA COLETIVO MORAL E SOCIAL E, NÃO POR ACASO, DÁ FORÇA PARA OS JOVENS NO BRASIL

    Primeiro, uma espiada na Via Sacra em Copacabana, um espetáculo mundial da fé católica no dia dos avós. De causas inveja aos políticos mal avaliados. Coisa de país de primeiro mundo. Com a transmissão ao vivo para vários países (pela Globo), a imagem do Brasil lá fora vai dar uma melhorada, apesar do lamaçal de Guaratiba e do apagão logístico.

    O prefeito Eduardo Paes, por enquanto, está no lucro. Apesar dos tropeços no transporte público e do perigoso engarrafamento e do banho de povo improvisado na passagem do Papa pela Presidente Vargas (um erro que deu certo), tem trânsito livre em várias esferas e canais e não tem manifestação na porta de sua casa. Está razoavelmente bem avaliado e tem futuro.

    Atuando como um terapeuta moral e social, o Papa aproveitou as oportunidades de Varginha e Copacabana para encorajar mais de uma vez os jovens a prosseguir na luta pelas causas estampadas nos cartazes escritos à mão nas manifestações de junho. O Papa foi enfático ao recomendar que os jovens façam Política com "P" maiúsculo. Se for possível "traduzir" a recomendação, eu diria que o Papa aconselhou os jovens a entrar na política, mas não nessa política velha e viciada que temos aí, mas numa política moralmente revigorada e renovada pelo choque da idade nova e das novas ideias trazidas pelos jovens no seu idealismo civilizador.

    Uma das características mais fortes das passeatas de junho foi a barração dos partidos no baile das ruas.
    Apesar do bendito pedido do Papa Francisco de que o jovem deve fazer política, de fato não tem sentido fazer política sem partido. O problema é o partido. Que partidos ? A resposta virá com o tempo, na medida em que a procissão eleitoral marchar para o altar das urnas em outubro de 2014.
    Mais que Aécio, político tradicional descendente de um grande líder da redemocratização do Brasil, seu avô Tancredo Neves, Marina Silva está aí, prontinha para acolher os jovens com causa e sem partido, se o partido dela vier ao mundo em tempo hábil, como convém, na maternidade do TSE.

    A mensagem do Papa é claríssima como o branco de seu manto e transparente como a água benta : "vençam o mal, doem algo de vocês para a cruz e extraiam da cruz a força para persistir no bem". E outra : "A violência só pode ser resolvida se houver uma mudança no coração humano". Essa frase do Papa vale para os maus políticos e bandidos de todos os quilates e faixas etárias, especialmente para os criminosos - inclusive vândalos de vários naipes que bagunçam movimentos espontâneos de massa - que ainda não foram presos.

    O Papa chegou na hora certa, deu o recado político na hora e no local certos - ao contrário da presidente Dilma -, promoveu uma trégua nas tensões nacionais, que coincidiu com o recesso do Congresso, e limpou a barra da sua Igreja, que andava meio perdida aqui no Brasil por causa do crescimento dos evangélicos e da carga pesada dos pecados mortais de padres e bispos em assuntos de moral, inclusive malfeitos no Banco do Vaticano, compras superfaturadas e delitos similares na Santa Sé. Para (supostamente) cortar o mal pela raiz, convocou uma auditoria externa constituída por consultores leigos de fora da Igreja que, espera-se, vão fazer uma boa devassa nas finanças da corporação. Vai ser a primeira Via Crucis administrativa de grande porte e alto risco do seu pontificado.
    Lá, como cá, más fadas há.

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  157. Postado por Berto Filho
    PAPA É O LIDER MUNDIAL MAIS INFLUENTE PELO TWITTER

    IGREJA CATÓLICA SE COMUNICA COM OS FIÉIS PELAS REDES SOCIAIS

    Com a Jornada Mundial da Juventude, ou talvez antes dela, a Igreja inova em sua comunicação com os fiéis. Na arregimentação de ovelhas desgarradas, há semelhança com a estratégia de mobilização utilizada pelos manifestantes na “primavera árabe” de junho.

    Como que avalizando o uso intensivo da internet pela Igreja, o Papa Francisco é um dos campeões do Twitter (@Pontifex),e, com seu exército de 7 milhões de seguidores divididos em 9 contas, lidera a lista : suas mensagens são retuitadas em média 11.000 vezes, aponta o estudo Twiplomacy, da empresa Burson-Marsteller.

    Graças à surpreendente manobra midiática, dada a lentidão natural de mudanças na Igreja secular, o Papa já é considerado o líder mundial mais influente de seu tempo. Nesse momento, o Brasil, dono do maior rebanho católico do mundo, precisa da influência desse argentino para repaginar, pelo menos em parte, sua imagem no exterior.

    Entretanto, o líder do ranking dos chefes de estado com maior número de seguidores no Twitter é o presidente Barack Obama, com 33 milhões.
    Esses números mudam muito rapidamente. Estatísticas nesse ramo sensível são radiografias de um momento. Como as pesquisas eleitorais.

    O PAPA E AS DROGAS
    Ficou marcada a frase do Papa Francisco ao chamar os traficantes de mercadores da morte. É a logomarca que ele criou e pegou.

    “Não é deixando livre o uso das drogas que vai se reduzir a dependência” ... E deu uma cipoada na política estadual de UPPs quando afirmou, por outras palavras, que pacificação sem inclusão não funciona.

    Só existe ponto de droga onde existe consumo. O foco do problema está no consumo e nas facilidades de distribuição.
    Portar e consumir droga ainda é crime no Brasil.

    A reportagem do Fantástico no último domingo sobre a legalização do comércio da maconha para fins supostamente medicinais, na Califórnia, só ajuda os movimentos de legalização do plantio, distribuição e consumo de maconha no Brasil. Na contramão do Papa e da maioria silenciosa que procura se defender do flagelo.

    Para terminar : esse Papa deve ter um personal trainer muito bom para aguentar, como vem aguentando, essa maratona religiosa. É Deus.

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  158. Postado por Berto Filho
    WHEN I FALL IN LOVE
    por Renee Olstead
    Um momento de amor musical no intervalo da Jornada Mundial da Juventude e das sábias parábolas do Papa Francisco.

    https://www.youtube.com/watch?v=U1ORQ0gYrTk

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  159. Postado por Berto Filho
    ABRINDO A SEMANA EM ALTO ASTRAL
    Parabéns ao Cesar Cielo, bi mundial dos 50m nado borboleta.

    Parabéns ao pequeno Nathan, de Cabo Frio, que, surpreendendo a segurança, foi abraçado pelo Papa e segredou o desejo de ser padre. "Ora por mim que eu oro por ti", foi o que o Papa lhe disse no ouvido.

    Parabéns ao Papa Francisco por quebrar um tabu, o do suposto preconceito da Igreja contra os gays. Segundo Francisco, o gay que procura Deus deve encontrá-lo. Deus eh para todos, não discrimina ninguém.

    Parabéns também pelo endurecimento com os religiosos que cometem abusos sexuais contra menores .
    O Papa se confessa um pecador, homem simples, comum.
    E como fica o dogma da infalibilidade do Papa e da Igreja ?
    Então, o Papa pode falhar ?
    Mas permanecem outros tabus seculares : a mulher não pode ser ordenada, sinal vermelho para o aborto e o casamento homossexual. A maioria dos católicos deve querer mudanças mais rápidas mas a velocidade das decisões eclesiais é muito lenta, são 2013 anos. A idade e as responsabilidades sociais da Igreja no mundo moderno pesam, fazem a velha Cúria pisar no freio, diante da tentação de ceder aos anseios das massas pela aceitação de comportamentos mais adequados às circunstâncias.



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  160. Postado por Berto Filho
    ACIA REUNE OS LOJISTAS DE RUA PARA DISCUTIR ESTRATÉGIAS DE PARCERIA E ENFRENTAMENTO DA CONCORRÊNCIA COM O SHOPPING PARK LAGOS

    O Shopping Park Lagos vem aí levantando poeira. E a ACIA – Associação Comercial e Industrial de Cabo Frio – reuniu mais de 100 empresários lojistas de rua na Confeitaria Dona Branca na 3a.feira, 31 de julho, para traçar estratégias para enfrentar a concorrência do futuro Shopping, um templo agradável de consumo e lazer que costuma esvaziar o comercio das ruas por onde passa.
    Os lojistas de rua precisam aprimorar a prestação de seus serviços ao consumidor para que este não abandone suas lojas. Mas tem muito chão pela frente.
    Se o shopping abrisse hoje, seria um monte de pequenos e médios Davis sem treinamento contra um enorme, astuto e faminto Golias.
    Estacionamento no shopping deve dar banho de vaga.
    No centro, vaga é osso duro Os cinemas do shopping vão atrair muita gente. Comércio no shopping fecha bem mais tarde.
    A praça de alimentação é a última a fechar. Não tem fim de semana nem feriado. Para poder concorrer com a loja de shopping e não perder sua clientela atual, a loja de rua tem que ralar bastante.
    Para funcionar até mais tarde e nos fins de semana e feriados, precisa pagar hora extra. Para funcionar direto como as lojas de shopping, depende de vagas cada vez mais raras nas ruas do centro. E de um sistema de transporte público que funcione nos fins de semana como funciona em dias normais. As lojas de rua precisam melhorar suas condições de competir, promover liquidações diferenciadas, sorteios de brindes valiosos e muita, muita imaginação.
    Sua excelência, o consumidor, é que vai decidir onde gastar sua poupança.

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