sábado, 7 de fevereiro de 2015

GANHOU E PODE NÃO LEVAR




Uma "inocente" Fiat Elba levou Collor ao cadafalso. Por muito mais (cruz credo ! quanta safadeza !) será que Dilma sai ilesa ?

Pedro Barusco, do terceiro escalão da Petrobrás, denunciou na sua delação premiada que o PT foi o destinatário de mais de MEIO BILHÃO DE DÓLARES nos últimos 10 anos.  E o que a presidente Dilma e o ex-presidente Lula têm com 
isso ?  Parece que nada pela forma "indignada" com que recebem o impacto moral e ético das seguidas revelações da podridão consumada com os cofres da Petrobras. 

Risco de impeachment ? Parece evidente que sim mas a pose de vítima de golpismo da oposição desenhada pela encurralada Dilma não deixa de ser uma ainda forte resistência de fora para dentro do Congresso. Ainda não há o menor sinal de mobilização de potenciais caras-pintadas de camisas vermelhas até  porque as fantasias que estão sendo costuradas só vão servir mesmo para brincar o carnaval. Depois do tríduo de Momo, vamos ver o que acontece. Dilma está ancorada em mais de 51 milhões de votos. Collor também ganhou com a ajudinha providencial da ameaça fake de ficar balançando na mão, para, evidentemente, mostrar aos telespectadores no debate final na TV Globo que votar no Lula seria perigoso. Collor foi profético. Estava certo, como se viu desde 2002. Só não adivinhou que o perigo naquele momento era ele mesmo ; a sociedade dos caras´pintadas não perdoou, pressionou o Congresso e Collor renunciou. A sociedade pode ter ficado com peninha do Lula, peninha que acabou contaminando os eleitores de FHC na eleição de 2001/2002. "Ora, vamos dar uma chance ao operário, vai quebrar um paradigma, pela primeira vez no Brasil um operário no poder ! Estamos cheios desse empolado professor que não é capaz de resolver os problemaas do país."

 O tal dossiê nada tinha que pudesse comprovar o que a língua do Collor e seu ar de águia que tudo vê do alto de sua sobranceria davam a entender.

Dilma ganhou mas pode não levar. 




Quem diria... o futuro de Dilma nas mãos de Eduardo Cunha. O presidente da Câmara não está para brincadeira e é um negociador duro, conforme revelou especialmente desde 2014 quando levou parte do PMDB a se rebelar contra a ordem imperial do Planalto de barrar a qualquer preço sua candidatura à presidência da Câmara.

A conferir, se Cunha age nos bastidores com a mesma determinação que exibe nas entrevistas rapidinhas que dá, a repórteres que encontra em suas caminhadas nos corredores da Câmara. 

Remembering : Cunha foi aliado de Collor e do indigitado PC Farias. Um antecedente nada recomendável. 


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