FORMULA UM SEM SENNA É CORRIDA DE CHARRETE
Para
o telespectador brasileiro patriota, a Fórmula 1 sem Senna na TV ficou sem graça. Chata, sem
emoção, sem coração no volante. A Globo está amarrada nesse circo porque vende
os patrocínios 1 ano antes e tem que honrar. Mas não só por isso, creio eu.
Continua transmitindo também para não frustrar os fanáticos por automobilismo, que talvez constituam uma porção relevante do conjunto de telespectadores que assistem à programação da Globo. E para respaldar o negócio bilionário da indústria automotiva, que evolui nas ruas e nos campos a partir da evolução nas pistas de F-1, a coroa das corridas.
Por
outro lado, os autódromos homologados pela autoridade máxima da F-1, Bernie
Ecclestone (*), consumiram bilhões de dólares em sua construção e continuam
consumindo em manutenção e administração. E só servem para corridas de automóveis e
escolas de pilotos, não tem a conversibilidade de um estádio de futebol, que pode
ser transformado rapidamente em palco para shows, produzindo fluxos de rendas
permanentes para cobrir custos e remunerar o capital investido.
Se não
fosse um bom negócio e um privilégio fazer parte desse grupo fechado, os
magnatas do petróleo do mundo árabe não teriam investido na construção de
suntuosos palácios de corridas.
A
tecnologia do automóvel do dia-a-dia evolui nas pistas de corrida, mais do que
no chão da fábrica.
Inovações
e melhores desempenhos de motores e aerodinâmica dos carros comerciais surgem
nas provas de F-1. É sobre essa plataforma que repousa a olímpica liderança da
F-1 no automobilismo mundial.
A
F-1 está para a FIA – Fédération Internationale de l’Automobile, com sede em
Paris – como o futebol está para a FIFA.
A primeira corrida de F-1 foi no sábado, 13 de maio de 1950, no Circuito de Silverstone, no Reino Unido. Portanto, são 63 anos de sucesso financeiro, esportivo e político.
Voltando
à chatice atual da F-1 na TV brasileira.
Meu
amigo Galvão Bueno, não adianta você se esgoelar bradando nomes estrangeiros
como Vettel, Raikonnen, Rosberg, Lewis Hamilton, Mark Weber, Jenson Button ... porque esses nomes não dizem nada ao coração
do público brasileiro.
O automobilismo no Brasil fica em São Paulo. Lá em
Interlagos é onde roncam os motores.
O automobilismo no Rio fechou para balanço.
É um esporte caro. De filhinho de pai rico que começa
pelo kart. É um esporte de elite como o golfe, a vela e outros que requerem muita
grana.
A
audiência das transmissões da F-1 somente aumentará se surgir um novo ídolo
brasileiro.
E um
novo Senna, como um novo Pelé, um novo Gustavo Kuerten, um novo Lars ou Torben
Grael ... só surge de 100 em 100 anos.
(*) O inglês Bernard Charles
"Bernie" Ecclestone é o
presidente e CEO da Formula One Management (FOM) e da Formula One Administration (FOA) e maior acionista da Alpha Prema, a matriz das companhias que gerenciam a Fórmula 1, o que o torna a autoridade máxima em termos da
categoria. Seu controle sobre o esporte, resultado de seu pioneirismo na venda
dos direitos televisivos nos anos 1970, é sobretudo financeiro, mas os termos contratuais entre
a FIA, as equipes e a Formula One Administration garantem-lhe
ainda a administração, estrutura e logística de cada Grande Prêmio de Fórmula 1. Esse homem é
poderoso. Soube construir um imperio.
DE FATO CONCORDO! NÃO HÁ MAIS EMOÇÃO NAS MANHÃS DE DOMINGO, APÓS A ERA VITORIOSA SENNA. NÃO SEI O QUE É ASSISTIR CORRIDAS PELA TV A MUITOS ANOS, LOGO EU QUE ERA UM FÃ ASSÍDUO DA F1. SAUDADES DA EMOÇÃO QUE ME TOMAVA QUANDO DE PONTA A PONTA, DEBAIXO DE CHUVA NOSSO HERÓI DAVA SHOW NAS PISTAS DE TODO O MUNDO!
ResponderExcluirGOSTARIA DE PARABENIZAR A TI BERTO FILHO, PELO BLOG DE UM CONTEÚDO DE PRIMEIRA!