segunda-feira, 22 de setembro de 2014

DILMA TENTA CAIR FORA DA LISTA DE SUSPEITOS DAS GATUNAGENS DA PETROBRAS

Post de Berto Filho

Tá no Globo :

Dilma nega escolha política de Paulo Roberto Costa e diz que ele ‘tinha credenciais’ para cargo
(Berto : a indicação foi política, mais que isso, uma premeditada manobra para enfiar a gazua nos cofres da Petrobras e criar um novo mensalão - o petrolão - mais discreto e mais eficiente do que o mensalão 1 porque tinha aparência de um negócio sério. Tem o dado do José Dirceu, quem sabe até o Paulo Maluf deu uma força...,)

BRASÍLIA E SÃO PAULO — Em entrevista ao “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, a presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, assumiu ter responsabilidade pela escolha de toda a diretoria da Petrobras na época em que era ministra de Minas e Energia e presidente do Conselho de Administração da Petrobras (”o que eu escolhi é responsabilidade minha”, disse).

Ela alegou que o ex-diretor Paulo Roberto Costa, envolvido com um esquema de desvio de recursos da estatal, era um “funcionário de carreira” da empresa e foi conduzido à diretoria “por suas credenciais”.

Na entrevista, Dilma afirmou também que a política econômica está na “defensiva” após a crise econômica mundial e que melhorias vão depender da recuperação da economia dos Estados Unidos.

PETROBRAS

Dilma disse que foi “surpreendida” pelo envolvimento de Costa no esquema e disse que teria demitido o executivo se soubesse dos atos ilícitos.

— Ele não foi escolhido fora dos quadros da Petrobras. Ele tem 30 anos da Petrobras. Antes de ir pela diretoria ele fez uma carreira dentro da Petrobras — justificou Dilma — A Petrobras não foi uma indicação política no meu caso nem no caso do Lula. Paulo Roberto tinha credenciais.

A candidata à reeleição grantiu que irregularidades estão sendo descobertas porque o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu “mecanismos de autonomia” à Polícia Federal.

Segundo ela, antes do governo Lula “a Polícia Federal não saia investigando o que lhe passasse pela cabeça”.

— Fomos nós que descobrimos (o esquema na Petrobras). Foi a Polícia Federal, ligada ao ministério da Justiça. A Polícia Federal integra o meu governo. É um órgão do governo.

ECONOMIA

Dilma voltou a atribuir os resultados da economia nacional ao cenário externo. De acordo com a candidata do PT, só com a recuperação econômica de outros países será possível adotar uma política econômica “ofensiva” no Brasil.

— Estamos numa situação em que o Brasil está na defensiva em relação à crise internacional. Protegendo emprego, salário e investimento. Essas três variáveis. Por quê? Porque vamos apostar numa retomada. Na retomada você muda a política econômica de defensiva para ofensiva.

Dilma disse que o país pode entrar em uma "retomada" com a "dinâmica natural da economia".

— Os Estados Unidos evoluindo bem, eu acho que o Brasil pode entrar numa outra fase, que precise de menos estímulos. Pode ficar entregue à dinâmica natural da economia e pode, perfeitamente, passar por uma retomada.

Perguntada sobre o fato de o Brasil estar crescendo menos que outros países da América Latina, como o Chile e a Colômbia, a presidente rebateu, explicando que certos vizinhos estão "em situação difícil", e deu o exemplo da Argentina.

— O nosso maior importador aqui na região, que é a Argentina, está numa situação bem problemática.


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CAMPANHA

Dilma Rousseff negou ainda que esteja fazendo uma campanha do medo contra sua principal opositora na corrida eleitoral, a candidata do PSB, Marina Silva. Ela disse que está apenas "alertando" a população sobre as repercussões que as propostas de sua opositora podem ter. Dilma questiona, por exemplo, como Marina manterá os investimentos sem a ajuda dos bancos públicos. Outro ponto contestado por Dilma é a independência do Banco Central.

— Tudo o que eu falo está no programa da candidata. Ela diz que vai tornar o Banco Central independente. É simplesmente colocar um quarto poder na Praça dos Três Poderes. Aí vai chamar Praça dos quatro poderes. Ela diz que vai reduzir o papel dos bancos públicos. Eu acho que estou alertando. Reduzir o papel dos bancos públicos que que significa? Quero saber como é que vão financiar a infraestrutura no Brasil — questionou Dilma, citando que atualmente o governo dá, via bancos públicos, financiamentos com 30 anos para pagar e 5% de juros.

A presidente também citou o programa de habitações populares Minha Casa Minha Vida e o Plano Safra como beneficiários de subsídios dados pelos bancos públicos, como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

— Quero saber como vai sair o Plano Safra — provocou.

Confrontada sobre o fato do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, ter suspendido propaganda do PT por ser tendenciosa e poder gerar "estados emocionais desapegados da experiência real", Dilma disse que esta é a opinião do procurador e que aguardará parecer final do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

— Ele pode ter a opinião dele, é um direito — afirmou.

Dilma disse ainda que, diferentemente dela, Marina tem alinhamento com os bancos:

— Ela tem uma posição favorável aos bancos. Eu não tenho. Acho os bancos importantíssimos, mas a acho que as pessoas têm que ter casa própria. Sou contra o desmame da indústria. Ela é contra o conteúdo nacional. Eu não sou.

EDUCAÇÃO

Questionada sobre o fato de o Brasil não ter cumprido as metas educacionais fixadas pelo MEC para o final do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e ensino médio, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), Dilma ressaltou ainda que houve melhorias nos primeiros anos do ensino fundamental. Ela reconheceu, entretanto, que o resultado para os anos posteriores de ensino ficou aquém do esperado.

— No Ideb melhorou bastante os anos iniciais, do primeiro ao quinto. Cumprimos direitinho a meta e nos superamos. Os anos finais do ensino fundamental e ensino médio não estão bons. Não conseguimos entrar na meta. Nos dois últimos anos do fundamental nos aproximamos. No ensino médio, não nos aproximamos — disse.

Para reverter a situação, ela propôs uma reforma no ensino médio, com alteração das matérias hoje ministradas aos alunos. Dilma disse ainda que vai melhorar o acesso a creche, alfabetização na idade certa e ensino em tempo integral.

— Passamos de 3 milhões de universitários para 7 milhões. E 8 milhões no ensino técnico. Criamos 436 escolas técnicas no Brasil.

A presidente criticou, ainda, o currículo dos jovens no Ensino Médio.

— O jovem do Ensino Médio, ele não pode ficar com 12 matérias, incluindo nas 12 matérias Filosofia e Sociologia. Tenho nada contra Filosofia e Sociologia, mas um curriculum com 12 matérias não atrai o jovem. Então, nós temos que primeiro ter uma reforma nos currículos.


(Berto, mais uma bicada : Dilma parece a Rainha malvada na pele da Branca de Neve.) 









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