Post de Berto Filho
Os comentários insistentes na mídia contra Dilma, especialmente em 2013 e neste ano, abriram caminho para a veloz atropelada de Marina Silva conduzida pela forte comoção que a morte de Eduardo Campos causou.
Mantidas as circunstâncias, o combate final no 2o. turno entre Marina e Dilma parece inalterável, provavelmente, como apontam as pesquisas, favorecendo a surpresa Marina, que, de repente, do nada - estava hospedada com o seu partido REDE num apartamento 5 estrelas no hotel do PSB - salta do velório para a ponta das intenções de voto. Efeito manada irreversível ?
Não sei se Aécio tem bala para virar o jogo. As coisas não vão bem na sua própria cozinha mineira : o candidato dele está atrás do candidato do PT. Aécio nunca perdeu uma eleição em Minas e ficará muito feio para ele perder a corrida mineira.
A denúncia de crime eleitoral no uso do jato do PSB não grudou. O eleitor parece estar deslumbrado com a ideia de confrontar duas senhoras na luta pelo poder.
Quando fala, discursa ou dá entrevistas, Aécio não tem o encanto dos políticos das Alterosas. Ele tem uma certa dificuldade em falar para o povo. Por isso o povo não o escuta como ele gostaria. Lula ganhou as eleições desde 2002 porque aprendeu a falar direto para o povo. Naturalmente aconselhado pelos marqueteiros mas contando sempre com sua prodigiosa intuição e com o mágico poder de dizer mentiras que tenta transformar em verdades indiscutíveis como essa do mensalão que, diz ele, nunca existiu.
Vai ser difícil o 3o escalão, que tem o poder de decidir eleições - classe média emergente + bolsistas do Bolsa Familia + periferias - acreditar que o mensalão foi uma ficção da mídia golpista associada ao presidente do Supremo, Joaquim Barbosa. Este se recolheu em seu canto e aprecia a paisagem, sem correr o risco de ser vidraça.
Ele foi uma ótima pedra. E mesmo sem se falar nele, é uma pedra no sapato do PT.
Marina, como aquele jeito de santa da selva, deixou Aécio comendo poeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário