sábado, 19 de julho de 2014

DESCOBERTA DO BRASIL PELOS ALEMÃES

Post de Berto Filho

Esta me foi trazida a pé pelo escriba Moacir Japiassu.

É do colega Eliakim Araujo essa pérola de avaliação da descoberta do Brasil pelos alemães...

"Os alemães copiaram os portugueses de 500 anos atrás.
Desembarcaram na Bahia, comeram as indiazinhas,
encheram os indiozinhos de presente e ainda levaram o ouro."

Se comeram as indiazinhas, duvido, as esposas dos jogadores vieram e estiveram em todas as ações de comunicação pessoal.



O que fica da passagem desses jogadores relações públicas da Alemanha por Santo André, povoado de Santa Cruz de Cabrália, além das demonstrações de simpatia e de curtição sincera da cultura local e dos seus habitantes é o exemplo de civilidade que deixaram, entre eles a adoção de uma escola pública e a doação de U$ 10.000 para a fundação dos pataxós - os 2 exemplos a mídia brasileira deveria acompanhar de perto para verificar se o dinheiro está sendo aplicado conforme o cronograma e como a adoção da escola interfere na realidade do povoado e no dia a dia das crianças e suas famílias, Não duvido nada que os alemães tenham treinado locais para mantê-los informados sobre o andamento da execução dos projetos. Afinal, estamos no tempo do celular que fotografa e é uma mídia cada vez mais simples para fazer e enviar para o mundo matérias que correspondam ao interesse dos alemães. E índio com celular e uma certa capacidade de reportar um assunto tem mais poder que aquele índio que nem papagaio sabia o que era, que recebeu os portugueses em 1500.  Ah, se o tempo pudesse voltar atrás...  


Fora essas amabilidades e cortesias, os dirigentes da delegação alemã compraram um terreno, construíram um condomínio, incentivaram a construção de um centro de saúde, construíram um campo de futebol, doaram uma ambulância, estimularam a criação de um programa de escola em tempo integral em Cabrália,

E mais : construíram  estrada para interligar o centro de treinamento, não trouxeram funcionários alemães, contrataram as pessoas da cidade, geraram dezenas de empregos diretos no local de treinamento.

Quando não estavam treinando, estavam convivendo com as pessoas na cidade e na praia, trouxeram as suas famílias para interagir, participaram de festas com a população,
entrosaram-se com os índios e ouviram suas demandas.  Vestiram a camisa do time local (o Bahia).

Sobre a vitória em cima da nossa seleção, nunca desrespeitaram os brasileiros, combinaram no intervalo do jogo em diminuir o ritmo para não desrespeitar a seleção anfitriã, mostraram que seus ídolos são os nossos jogadores do passado, pediram desculpas após a goleada, e tiveram classe para ganhar.
Estão postando nas redes sociais, mensagens de incentivo ao povo brasileiro e agradecendo a hospitalidade,
E vão deixar tudo que construíram para a população da cidade.


O importante de tudo isso é o valor do futebol como embaixador de um país. O exemplo alemão é um incentivo para a sociedade e o Estado brasileiros passarem a ver o futebol como uma máquina a serviço da reconstrução da imagem externa do país. Mas com o Gilmar Rinaldi de raposa tomando conta das galinhas e elogiando o trabalho do Felipão vai ser difícil mudar algo.


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