Postado por Berto Filho
Conforme este blog já publicou, fui um dos mais de 100 privilegiados que participaram da festa de abertura do Terraço Cultural que o empresário e ambientalista Ernesto Galiotto construiu em homenagem à sua pranteada esposa Noris, na cidade de Cabo Frio.
Um dos protagonistas do show de alta classe proporcionado por músicos de 6 nacionalidades (ler matéria postada em 28 de outubro sob o título “Festa de arromba no Terraço Cultural”) foi o violoncelista inglês David Chew, tricolor fanático ! Não sei quando nem como foi que o tricolor conquistou o coração dele. Qualquer hora ele me conta... Depois de uma taça de vinho (ou terá sido dose de whisky ?) após o show, revelou que está para ser agendado o evento que vai reprisar o primeiro jogo entre o “Fluminense Football Club” (fundado em 1902) e o time inglês que visitou o Rio no começo do século passado e enfrentou o nosso time nas Laranjeiras. Vai ser a caráter, com reconstituição de época, uniformes, cerimonial, pó de arroz, a bola, juiz, apito, torcida, etc. Imperdível !
Sou tricolor desde menino. Meu pai, tricolor, me inscreveu como sócio do Fluminense nos anos 40, minha carteirinha era preta com o nome do clube em letras douradas. Nas várias mudanças que fiz em minha vida, acabei perdendo a preciosidade...
Na época (por volta de 1946-47-48, meu tio, Antonio Carlos de Mello Barreto, era presidente do Instituto Nacional de Surdos-Mudos (atual INES, rua das Laranjeiras, 232, cuja sede, a mesma daquele tempo, fica pertinho da entrada do clube na Álvaro Chaves). Meu tio, minha tia Lourdes e meus primos residiam numa pequena mansão com um pomar nos fundos, ao lado do prédio do Instituto, que era a residência do presidente. Curti essa casa vários fins de semana e até semanas inteiras, ia a pé para ver os treinos e jogos do time e apreciar as exibições de Castilho, Veludo, Píndaro, Pinheiro, Carlyle e Orlando "Pingo de Ouro", entre outros craques. Assim, convivi com meus primos e primas durante um bom tempo.
João Alberto Barreto, grande atleta, especialista em Artes Marciais, escritor e um senhor psicólogo esportivo
Para não citar todos (eram 12), vou me cingir, por economia de espaço, ao João Alberto Barreto, grande atleta Faixa Vermelha de Jiu-Jitsu, lutador invicto de vale tudo (luta livre americana) no tablado do Maracanãzinho em espetáculos eletrizantes cujas celebridades, além do João Alberto (que enfrentava os adversários sorrindo e não fechando a cara ou fazendo careta para apavorar) eram nada mais nada menos que Helio Gracie, Carlson Gracie e Waldemar Santana.
João Alberto tornou-se um dos maiores psicólogos esportivos do mundo, vai lançar um livro em breve (sobre o MMA dos seus sonhos). No seu currículo avulta a passagem pela gloriosa máquina tricolor de Rivelino e Paulo Cesar Caju na gestão de Francisco Horta. João também é o psicólogo dos atletas que competem nos campeonatos municipais, estaduais e nacionais de surfe amador e profissional com a camisa da ONG O’ SURFE, Organização Surfe do Brasil, cuja presidência tenho a honra de exercer. Essas felizes coincidências me tornaram um tricolor convicto. Vamos sair desse perigo de mais um rebaixamento com garra, determinação e elegância, como sempre, com um sorriso desafiador estampado no rosto, marca do João Alberto !
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