quarta-feira, 6 de novembro de 2013

POR QUE SOU TRICOLOR DE CORAÇÃO

Postado por Berto Filho
Conforme este blog já publicou, fui um dos mais de 100 privilegiados que participaram da festa de abertura do Terraço Cultural que o empresário e ambientalista Ernesto Galiotto construiu em homenagem à sua pranteada esposa Noris, na cidade de Cabo Frio. 

Um dos protagonistas do show de alta classe proporcionado por músicos de 6 nacionalidades (ler matéria postada em 28 de outubro sob o título “Festa de arromba no Terraço Cultural”) foi o violoncelista inglês David Chew, tricolor fanático ! Não sei quando nem como foi que o tricolor conquistou o coração dele. Qualquer hora ele me conta... Depois de uma taça de vinho (ou terá sido dose de whisky ?) após o show, revelou que está para ser agendado o evento que vai reprisar o primeiro jogo entre o “Fluminense Football Club” (fundado em 1902) e o time inglês que visitou o Rio no começo do século passado e enfrentou o nosso time nas Laranjeiras. Vai ser a caráter, com reconstituição de época, uniformes, cerimonial, pó de arroz, a bola, juiz, apito, torcida, etc. Imperdível ! 

Sou tricolor desde menino. Meu pai, tricolor, me inscreveu como sócio do Fluminense nos anos 40, minha carteirinha era preta com o nome do clube em letras douradas. Nas várias mudanças que fiz em minha vida, acabei perdendo a preciosidade... 


Na época (por volta de 1946-47-48, meu tio, Antonio Carlos de Mello Barreto, era presidente do Instituto Nacional de Surdos-Mudos (atual INES, rua das Laranjeiras, 232, cuja sede, a mesma daquele tempo, fica pertinho da entrada do clube na Álvaro Chaves). Meu tio, minha tia Lourdes e meus primos residiam numa pequena mansão com um pomar nos fundos, ao lado do prédio do Instituto, que era a residência do presidente. Curti essa casa vários fins de semana e até semanas inteiras, ia a pé para ver os treinos e jogos do time e apreciar as exibições de Castilho, Veludo, Píndaro, Pinheiro, Carlyle e Orlando "Pingo de Ouro", entre outros craques. Assim, convivi com meus primos e primas durante um bom tempo. 


João Alberto Barreto, grande atleta, especialista em Artes Marciais, escritor e um senhor psicólogo esportivo

Para não citar todos (eram 12), vou me cingir, por economia de espaço, ao João Alberto Barreto, grande atleta Faixa Vermelha de Jiu-Jitsu, lutador invicto de vale tudo (luta livre americana) no tablado do Maracanãzinho em espetáculos eletrizantes cujas celebridades, além do João Alberto (que enfrentava os adversários sorrindo e não fechando a cara ou fazendo careta para apavorar) eram nada mais nada menos que Helio Gracie, Carlson Gracie e Waldemar Santana.

João Alberto tornou-se um dos maiores psicólogos esportivos do mundo, vai lançar um livro em breve (sobre o MMA dos seus sonhos). No seu currículo avulta a passagem pela gloriosa máquina tricolor de Rivelino e Paulo Cesar Caju na gestão de Francisco Horta. João também é o psicólogo dos atletas que competem nos campeonatos municipais, estaduais e nacionais de surfe amador e profissional com a camisa da ONG O’ SURFE, Organização Surfe do Brasil, cuja presidência tenho a honra de exercer. Essas felizes coincidências me tornaram um tricolor convicto. Vamos sair desse perigo de mais um rebaixamento com garra, determinação e elegância, como sempre, com um sorriso desafiador estampado no rosto, marca do João Alberto !

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