quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

BLACK BLOCS NA ALÇA DE MIRA

Postado por Berto Filho




Dilma. com um olho nas urnas, onde reina absoluta, e, naturalmente, orientada por seus marqueteiros, e também, por consideração, tendo ouvido o sr. Lula, se alinha com a posição mediana da sociedade no que concerne à violência dos black blocs e policiais nas manifestações de rua.

É, convenhamos, uma diretriz de governo, mas não se pode negar que tem efeitos colaterais sobre as inclinações daqueles 20% de eleitores que ainda não se definiram na escolha do(a) candidato(a) a presidente. E efeitos imediatos de desestímulo de tentativas de ocupar as ruas nas imediações dos estádios antes e durante a Copa. Afinal, dona FIFA gosta de casa arrumada e nem se importará se o Brasil for campeão, desde que eventuais confrontos aconteçam longe dos estádios superfaturados e não manchem o brilho da competição.
Uma lei que vem a calhar.

A matéria abaixo, de Catarina Alencastro, está no Globo.

Pessoas que escondem o rosto para se manifestar não são democratas, diz Dilma
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que o governo está elaborando uma legislação para regular a ação da polícia nas manifestações e dar diretrizes para que a força seja usada de forma proporcional pelos entes de repressão do Estado. As novas regras estão sendo discutidas com os secretários de segurança dos 27 estados da federação.

— Nós também estamos buscando um protocolo comum de atuação das polícias militares em manifestações. Isso, esse protocolo comum tem sido discutido com os secretários de segurança e os comandantes da PM de todo o Brasil. Nossa meta é que o Brasil disponha de um regramento unificado, que defina melhor o uso proporcional da força por parte da polícia — disse Dilma durante entrevista a duas rádios alagoanas.

A presidente informou ainda que fará parte desse projeto que o governo prepara mecanismos para coibir a violência nas manifestações por parte dos participantes dos atos. Dilma lembrou que a Constituição garante a liberdade de manifestação, mas proíbe o anonimato. Para ela, os que  usam máscaras em protestos não são democratas. A presidente também classificou de criminosos aqueles que depredam o patrimônio e atentam contra a vida da população. Mais uma vez ela lamentou a morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão lançado por black blocs em ato no centro do Rio.

— Pessoas que usam da violência, pessoas que escondem o rosto para se manifestar não são democratas. Pessoas que matam, que ferem ou destroem o patrimônio público são criminosos e devem ser tratados como tal. É preciso reforçar a lei e aplicar a Constituição. A Constituição garante a liberdade de manifestação, a liberdade de manifestação do pensamento, mas ela veda o anonimato. Então nós estamos trabalhando numa legislação para coibir toda a forma de violência em manifestações. Aliás, a violência já levou a uma coisa terrível, que foi a morte de um pai de família — disse Dilma.

A proposta do governo
deve ser entregue até semana que vem ao Congresso. O ministro da Justiça, ministro José Eduardo Cardozo, disse que será encaminhada o “mais rápido possível”.

Deixa eu encerrar. Símbolos do patrimônio privado, como lojas e estabelecimentos do grande vilão financeiro que perpetra os juros mais escorchantes do planeta, com a cumplicidade do governo, e ônibus incendiados (símbolo meio privado, meio público porque as empresas prestam serviços de transporte público em nome do poder concedente) têm liderado o ranking de vítimas das depredações, certamente porque as imagens correm rapidamente o mundo e se transformam em propaganda ideológica dos agentes da violência. Vamos supor que, com o suporte dos movimentos sociais (MST...) a esquerda seja feliz no objetivo de implantar o socialismo bolivariano no Brasil (ditadura disfarçada de "democracia") copiando a estratégia de Chávez na Venezuela e dos irmãos Castro em Cuba. Como será feito o combate aos símbolos do capitalismo, inimigo número 1 do totalitarismo de Estado, como os bancos, por exemplo, que têm se comportado, utilitariamente, como aliados do governo federal ?

A pergunta fica no ar.











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