segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

LULA INDÓCIL NA FITA

Postado por Berto Filho



No Hipódromo, os competidores nem saíram de suas baias, ainda é cedo, no máximo treinam na areia e na grama para testar seus poderes de arranque, ultrapassagem e limites de velocidade, mas o concorrente Lula, favorito nas apostas, hors concours, está indócil na fita. No futebol, é o 12o jogador que entra em campo e vira qualquer jogo.

A Folha de São Paulo, por meio dos repórteres Valdo Cruz e Andréia Sadi, de Brasília, publicou matéria, abaixo transcrita, que dá uma ideia da ansiedade do "presidente paralelo" em retornar à luta eleitoral. Ele, ao sair, prometeu ficar quietinho como nunca antes nesse país um ex-presidente fez,  e deixar Dilma governar, sem meter o bico. É, mas pode ser uma tática combinada entre os dois fazer crer que há dissonâncias. Isso torna a competição (eleições de 2014) mais excitante. No momento, dá sono. Lula dá o 2o mandato de Dilma como favas contadas. Ibope, Datafolha e outros institutos de pesquisa ratificam o prognóstico da vitória de Dilma no 1o turno se as eleições fossem hoje. Mas... se Dilma, por um descuido improvável de sua gestão, por um descontrle da inflação ou por uma ainda improvável maquinação das perplexas oposições, cair nas pesquisas, Lula está ali, tinindo nos cascos.

Como li no blog do Reinaldo Azevedo, o ex-presidente, - esta observação é minha - "inconformado com a obscuridade midiática de não mais parecer ser quem foi e não mandar em tudo como sempre mandou", está dando uma de psicanalista de descontentes, inclusive empresários, que o assediam para ser candidato, no lugar de Dilma. 
Vamos à reportagem da Folha.

"A empresários, Lula diz que Dilma precisa mudar

Em conversas também com políticos, líder petista defende correções de rumo. Apesar das críticas, ex-presidente afasta qualquer possibilidade de assumir lugar de sucessora na campanha

Em público, elogios apaixonados. Reservadamente, críticas ao estilo de governar de sua sucessora e uma certeza: a presidente Dilma precisa mudar em 2015 num eventual segundo mandato no Palácio do Planalto.

Esta tem sido a tônica das conversas do ex-presidente Lula nas últimas semanas com interlocutores do mundo político e empresarial, que intensificaram seus encontros com o petista para se queixar da presidente.

Apesar das críticas, em todas as conversas Lula diz ter confiança de que Dilma será reeleita e afasta qualquer possibilidade de assumir o lugar de sua ex-ministra na campanha. O petista avalia que Dilma tem conquistas para garantir o segundo mandato, principalmente nas áreas do emprego e social, mas está convencido de que a presidente tem de fazer ajustes na economia e na área política.

De posse de pesquisas internas, que indicam que 80% dos entrevistados acreditam na vitória de Dilma nas eleições deste ano, a equipe de Lula avalia que a presidente "está bem na foto" com o eleitorado, mas "divorciada" das classes política e empresarial. A médio prazo, este divórcio poderia travar a economia e colocar em risco conquistas obtidas na área social no país.

Nas conversas com empresários e políticos nas duas últimas semanas, Lula tem dito que a atual equipe econômica está com o prazo de "validade vencido" e que a presidente terá de escalar não só um novo time na área como também fazer correções na sua política econômica para fazer o país voltar a crescer com taxas na casa dos 4%.

Em segundo lugar, Lula diz que Dilma precisa aprender a vender o Brasil no exterior e melhorar a interlocução com o empresariado brasileiro, que também elevou o tom das reclamações contra o que consideram um estilo intervencionista da presidente.

Lula e empresários concordam que a petista está deixando para 2015 uma elevada conta na área econômica, com preços represados artificialmente, o que exigirá sacrifícios no ano que vem.

Na área política, o ex-presidente avalia que sua sucessora precisa criar um novo "núcleo duro" para gerenciar o governo e administrar as pendências com sua base aliada no Congresso, que já ensaia uma rebelião.

Um interlocutor de Lula diz que ele está totalmente envolvido na campanha de reeleição de Dilma e faz questão de deixar claro que não tem nenhuma intenção de sair candidato no lugar da presidente, algo que empresários têm sugerido recorrentemente nos últimos encontros. "Ele nem deixa a conversa prosperar", afirma um auxiliar.

ERROS

Políticos também reforçam o coro do "Volta, Lula". Um amigo próximo do ex-presidente relata que, há alguns meses, Lula confidenciou que não havia a possibilidade de se colocar como candidato pois significaria admitir "o fracasso'' de sua sucessora. "E ele não acha que ela fracassou, acha que tem prós e contras, mas não fracasso."

Lula reconhece que sua sucessora cometeu erros, mas acredita que ela já faz uma autocrítica em algumas áreas e tende a mudar sua forma de governar em 2015.  O ex-presidente cita como exemplo as regras das concessões ao setor privado de rodovias e aeroportos.

Depois de adotar uma linha intervencionista, diz Lula, Dilma fez correções, ainda que tenha demorado para começar a fazê-las. Depois disso, o programa começou a andar.

Na avaliação da equipe de Lula, Dilma centraliza demais e delega pouco."

Agora, é comigo. Estou de acordo com a equipe do Lula. Dilma centraliza, não delega, faz o tipo "mandona", absolutista, e, como se nada tivesse a ver com isso, não explica porque sacou R$ 2 bilhões do caixa do BNDES (povo brasileiro) para financiar obras em Cuba (para agradar o "bom" velhinho Fidel Castro)quando há tanto por fazer nesse enorme país ainda injusto e cheio de bolsões de miséria e pobreza não resolvida. Nem falei dos estádios superfaturados da Copa. Tem coisa aí mal explicada.

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