domingo, 16 de fevereiro de 2014

BRASIL NA CRISE CLIMÁTICA GLOBAL e o Homem tem culpa nisso

Postado por Berto Filho



Bom domingo.
Não é um modo educado de se desejar um bom domingo despejando fumaça de fábricas nos pulmões dos estimados leitores deste blog e logo no café da manhã. Me desculpem.
E num domingo meio paradão, com temperatura mais agradável, que os telejornais da semana anunciaram diariamente que seria chuvoso. Venha, água santa prazenteira, regar os jardins e encher os reservatórios do Brasil, seja benvinda mas não exagere na carga para não inundar ruas e casas, não fazer cair barreiras nas estradas, não aumentar as estatísticas de tragédias.

Mas é que não resisti ao título de uma matéria do MSN/Estadão, li o texto e achei adequado para postar aqui.

O título é : BRASIL JÁ VIVE EFEITOS DA CRISE CLIMÁTICA GLOBAL

Subtítulo : Perturbações na Austrália e no Pacífico mudam padrões e causam calor no País e no Alasca, neve no leste dos EUA e cheia na Inglaterra

O texto :
 

Calor extremo e seca no Sudeste brasileiro. Nevascas e frio intenso na costa leste dos Estados Unidos. Ondas de calor no Alasca e na China em pleno inverno. Enchentes na Inglaterra. Temperaturas escaldantes e incêndios florestais por toda a Austrália. Tudo isso acontecendo ao mesmo tempo; e não é por acaso, segundo os meteorologistas.

"Todos esses eventos estão conectados dentro de um sistema climático global", disse ao Estado a pesquisadora Maria Assunção da Silva Dias, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo. Um sistema que, segundo ela - e a esmagadora maioria dos cientistas - está sendo alterado pelo acúmulo de gases do efeito estufa lançados na atmosfera pelo homem nos últimos 150 anos.

Treze dos 14 anos mais quentes já registrados pelo homem ocorreram nos últimos 14 anos, com a exceção de 1998. O ano passado foi o sexto mais quente. E o clima de 2014 parece ter começado fora dos trilhos também, com eventos extremos de temperatura e precipitação - para mais ou para menos - espalhados por todos os continentes.

O foco dessas perturbações atuais, segundo Assunção, está do outro lado do mundo. Mais especificamente no norte da Austrália e no sul da Indonésia, onde está chovendo muito, e na região central do Oceano Pacífico, onde está chovendo pouco.

Isso altera os padrões das correntes de jato (ventos fortes de altitude) nos dois hemisférios; o que altera os padrões de chuva típicos desta época, tornando o tempo extremamente estável e persistente em regiões de latitudes mais altas. O clima parece que "estacionou" nessas regiões, intensificando todos os efeitos. Um cenário que demonstra claramente como as mudanças climáticas são um problema global, que afetará todos os países, independentemente de sua posição geográfica ou situação econômica, dizem os especialistas.

Os modelos globais de previsão climática variam bastante entre si, mas todos preveem um aumento na ocorrência de eventos climáticos extremos nas próximas décadas, por causa do aquecimento global. "Os extremos vão ficar mais intensos e ocorrer com mais frequência", resume Assunção.

Ligação. O que está acontecendo agora, portanto, é exatamente o que os cientistas do clima preveem que começará a ocorrer com mais frequência daqui para a frente. Estabelecer uma relação direta de causa e efeito entre o aquecimento global e um evento climático qualquer, porém, é extremamente difícil.

"Sempre que há algum fenômeno extremo em curso as pessoas perguntam se isso tem a ver com o aquecimento global, mas essa é uma pergunta muito difícil de responder", explica o meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

A resposta, segundo ele, depende de um análise estatística do comportamento do clima ao longo de várias décadas, para ter certeza de que se trata de uma mudança sistemática e não apenas de flutuação pontual. "Mesmo dez anos é pouco tempo", avalia Seluchi, com a ressalva de que não é possível esperar por essa certeza para começar a agir, pois já será tarde demais para reverter o processo.


O economista Nicholas Stern coloca os fatos de forma contundente. "A mudança climática está aqui, agora", diz o título de um artigo escrito por ele, manchete do jornal britânico The Guardian, dia 14, com uma foto do Rio Tâmisa transbordando sobre Londres.



Estou de volta. Só para encerrar com um desejo : que, na carona dessa mudança de clima, Papai Noel venha morar no Brasil com suas renas e seu possante trenó. Lapônia é muito longe para levar as cartinhas com os pedidos de presentes e o nosso correio tem surtos frequentes de greves, fora os assaltos aos caminhões. O trenó do bom velhinho é mais confiável...

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