segunda-feira, 2 de junho de 2014

DESCOBERTA A PRIMEIRA MEGA TERRA

Post de Berto Filho

Como a vida neste planeta azul está ficando cada dia mais difícil pela alta velocidade e voracidade da exploração predatória de seus recursos naturais pelo animal conhecido por homem, este blog resolveu abrir espaço para ... notícias espaciais. Quem sabe um dia a gente topa com vida ainda mais inteligente que a nossa e poderemos aprender a reverter o efeito estufa, recongelare as geleiras, estabilizar a demografia, perenizar os mananciais das águas e prolongar a vida na Terra para muito além das previsõe sombrias que nos acossam.

Minha fonte é a revista VEJA. A notícia que segue é de hoje, 02 de junho.


Astrônomos descobrem a primeira Mega-Terra

Com duas vezes o tamanho e 17 vezes a massa da Terra, o planeta Kepler-10c superou a marca das Super-Terras


Mega-Terra Kepler-10c, o 'Godzilla das Terras' (David A. Aguilar/CFA/Divulgação)


Cientistas da Universidade Harvard anunciaram nesta segunda-feira a descoberta da primeira Mega-Terra, um planeta rochoso que tem duas vezes o tamanho da Terra e 17 vezes a sua massa. O planeta superou as já conhecidas Super-Terras, que têm entre cinco e dez massas terrestres. Catalogado como Kepler-10c, o planeta foi apelidado de "Godzilla das Terras" pelo pesquisador Dimitar Sasselov, diretor da Iniciativa Origens da Vida da Universidade Harvard. A descoberta foi apresentada hoje no evento da Sociedade Americana de Astronomia (AAS, na sigla em inglês).

Um ano neste planeta, que está a 560 anos-luz da Terra, na Constelação Draco, dura apenas o equivalente a 45 dos nossos dias. O Kepler-10c foi avistado pela primeira vez pelo telescópio espacial Kepler, que busca planetas a partir da variação que eles causam no brilho de uma estrela ao passar na frente dela. Com essa técnica, os astrônomos conseguem determinar o diâmetro do planeta, mas não sua composição. Por ter um pouco mais do dobro do diâmetro da Terra, o planeta a princípio foi considerado gasoso e classificado como um mini-Netuno.

Os pesquisadores utilizaram então o Telescopio Nazionale Galileo, localizado nas Ilhas Canárias, para medir a massa do Kepler-10c e descobriram que era muito maior do que imaginavam: o equivalente a 17 vezes a massa da Terra, o que indica que se trata de um planeta rochoso. "Como ele é bastante massivo, tem o potencial grande de ter retido sua atmosfera, o que favorece a existência de vida. Além disso, o sistema estelar do qual ele faz parte, o Kepler 10, é muito antigo. Se a vida precisa de tempo para surgir e se desenvolver, esse é um lugar promissor para ela", disse Douglas Galante, pesquisador do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, e do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da USP, ao site de VEJA.

A descoberta desta Mega-Terra traz implicações para a história do Universo e a possibilidade de existência de vida em outros planetas. Isso porque o sistema do qual ela faz parte se formou há 11 bilhões de anos, menos de 3 bilhões depois do Big Bang. De acordo com as teorias tradicionais de formação planetária, o Universo inicialmente continha apenas hidrogênio e hélio. Elementos mais pesados, necessários para a formação de planetas rochosos, como ferro e silício, teriam se originado a partir da primeira geração de estrelas que, ao explodir, espalharam esses ingredientes pelo espaço. Estima-se que esse processo demorou bilhões de anos para acontecer, mas o Kepler-10c mostra que o Universo foi capaz de formar planetas rochosos grandes mesmo durante o período em que os elementos mais pesados eram escassos.

"Nós nem imaginávamos que podiam existir planetas como esse, que representa um novo desafio para a ciência desvendar. Podemos esperar muitos outros planetas estranhos e complexos que serão descobertos, mostrando que o Universo ainda está repleto de novidades, e, talvez, de outros mundos habitáveis", completa Galante.

(BF) Que bom saber que não estamos sozinhos no universo !

Bem, a matéria que vem a seguir é de 2013, também na VEJA. Não está velha e superada, como pode parecer à primeira vista. É que em tempo espacial, 1 ano não é nada.

Astrônomos descobrem planeta cor-de-rosa

Denominado GJ 504b, o novo planeta é o de menor massa já descoberto com o uso de imagens, e orbita uma estrela parecida com o Sol


Concepção artística do planeta GJ 504b que, segundo pesquisadores, tem cor de flores de cerejeira e magenta (NASA's Goddard Space Flight Center/S. Wiessinger)


Um planeta cor-de-rosa, que orbita uma estrela parecida com o Sol, foi descoberto por uma equipe internacional de astrônomos. Denominado GJ 504b, o corpo celeste tem quatro vezes a massa e aproximadamente o mesmo tamanho de Júpiter, e é o planeta de menor massa já descoberto com o uso de imagens — foi utilizado o Telescópio Subaru, localizado no Havaí.

“Se pudéssemos viajar para esse planeta, veríamos um mundo ainda brilhando com o calor de sua formação, com uma cor que lembra flores de cerejeira, um magenta escuro”, afirma Michael McElwain, pesquisador do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa, em Maryland, Estados Unidos, que participou da descoberta.

A estrela ao redor da qual o planeta orbita, denominada GJ 504, é um pouco mais quente do que o Sol, e pode ser vista a olho nu, na constelação de Virgem. Os pesquisadores estimam que esse sistema (estrela e planeta) tenha 160 milhões de anos de idade, o que o torna jovem - estima-se que o nosso sistema solar tenha se formando há 4,5 bilhões de anos.

Sistemas solares jovens são alvos interessantes para estudos de imagem, porque seus planetas ainda não perderam muito do calor de sua formação, o que melhora a visibilidade. “O Sol está por volta da metade de sua vida de produção de energia. Estudar esses sistemas é como ver o nosso próprio sistema solar quando jovem”, diz McElwain.

Problema teórico
O fato do planeta estar muito distante da estrela em que orbita desafia algumas teorias atualmente aceitas sobre a formação de planetas gigantes.

Segundo o modelo aceito, planetas como Júpiter e o GJ 504b se formam no disco de gás que cerca estrelas jovens. Colisões entre asteroides e cometas produzem um núcleo que, ao atingir massa suficiente, passa a atrair para si o gás desse disco, formando o planeta. Porém, para essa teoria funcionar, o planeta deve estar distante de sua estrela no máximo até a distância que Netuno está do Sol, cerca de 30 vezes a distância entre a Terra e o Sol. Já o novo planeta apresenta uma distância em relação a sua estrela que é mais de 43 vezes a distância entre a Terra e o Sol.

“Este é um dos planetas mais difíceis de explicar segundo a teoria tradicional. Sua descoberta implica a necessidade de considerar seriamente teorias alternativas de formação, ou talvez rever alguns conceitos básicos na teoria atual”, afirma Markus Janson, integrante da equipe de pesquisadores. Um artigo descrevendo a descoberta foi aceito para publicação pelo periódicoThe Astrophysical Journal.

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