quinta-feira, 5 de junho de 2014

URNA ELETRÔNICA : VOCÊ CONFIA ?

Post de Berto Filho



A matéria abaixo desfia um rosário de preocupações com a inviolabilidade da urna eletrônica antes de ser conhecida e fechada a totalização e a distribuição dos votos entre os candidatos.
O governo brasileiro e o TSE poderiam, se quisessem, garantir com demonstrações práticas que as nossas urnas são invioláveis mas eles preferem que não se fale nisso porque vai atrapalhar as eleições. A grande mídia também se esquiva. Não entendo.

Não sou especialista. Minha obrigação é servir aom distinto público as informações que recebo.  Há uma luz no fim do túnel, leia a parte final da mensagem.

Obs.: eu pensava que as urnas eram made in Brazil e artigo de exportação...

EUA multam Diebold, fabricante das urnas eletrônicas brasileiras, em R$ 112 milhões por corrupção


A Diebold, empresa responsável pela fabricação das urnas eletrônicas usadas no Brasil, 450 mil no total, uma das principais fornecedoras de equipamentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) graças a seguidos aditivos contratuais, vai ser obrigada a pagar multa de quase US$ 50 milhões nos Estados Unidos, por determinação do Departamento de Justiça, por subornar funcionários na Rússia, na Indonésia e na China. A Diebold faturou US$ 3 bilhões ano passado e atua em mais de 90 paises.


 
Procurador dos EUA diz que fabricante das urnas eletrônicas brasileiras tem 'padrão mundial de conduta criminosa'
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http://www.folhapolitica.org/2013/12/procurador-dos-eua-diz-que-fabricante.html>*


Urna eletrônica tem falhas que permitem ataques e manipulações, afirmam especialistas
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http://www.politicanarede.com/2013/11/urna-eletronica-tem-falhas-que-permitem.html>*


Urna eletrônica argentina dá goleada na similar brasileira

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http://www.politicanarede.com/2013/11/urna-eletronica-argentina.html>*

*OAB diz que sistema de votação eletrônico precisa ser transparente*

<http://www.politicanarede.com/2013/11/oab-diz-que-sistema-de-votacao.html>

Por determinação do Ministério Público norte-americano, a Diebold pagará multa de US$ 48 milhões - sendo US$ 23 milhões para a Securities and Exchange Commission (SEC) e US$ 25 milhões para o Ministério da Justiça - e terá também que se submeter nos próximos 18 meses a um monitoramento rigoroso de suas atividades em troca do adiamento de uma ação penal que seria aberta pelo Governo. No prazo de até três anos o Governo vai decidir se processa ou não a Diebold, por conta das acusações que pesam contra ela.

O sistema de votação com urnas eletrônicas do Brasil é seguro?

<http://www.folhapolitica.org/2013/09/o-sistema-de-votacao-com-urnas.html>

94 municípios têm registro de supostas fraudes em urnas eletrônicas em 2012.

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http://www.folhapolitica.org/2013/07/94-municipios-com-registro-de-fraudes.html>*

Hacker de 19 anos revela como fraudou urnas eletrônicas e eleição

<http://www.folhapolitica.org/2013/07/hacker-de-19-anos-revela-como-fraudou.html>*

*Urnas eletrônicas: Tema repleto de acusações, fraudes, ameaças e denúncias*

<http://www.folhapolitica.org/2013/05/urnas-eletronicas-tema-repleto-de.html>



Complementando (olha, é grave isso !)

Relatório da UnB revelou riscos ao sigilo do voto e possibilidade de adulteração de resultados




A partir de representação feita por um cidadão, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo encaminhou à Procuradoria Regional Eleitoral em São Paulo (PRE/SP) procedimento para verificar a segurança das urnas eletrônicas no país. Segundo relatório apresentado no decorrer das investigações preliminares ao procurador regional dos Direitos do Cidadão, Pedro Antonio de Oliveira Machado, testes realizados por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) revelaram a fragilidade da proteção ao sigilo do voto e à integridade dos resultados do pleito.
De acordo com testes feitos em 2012 por uma equipe da UnB, o sistema atual para garantir a votação secreta é falho. Os votos são armazenados na urna eletrônica e embaralhados aleatoriamente; porém, durante os testes, realizados atendendo a chamada pública do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os pesquisadores conseguiram colocar em ordem os 950 registros realizados.

“Os partidos recebem o arquivo com a votação embaralhada, o que é feito pelo software instalado nas urnas eletrônicas. Com a reordenação dos votos, é possível, sabendo os horários em que os eleitores foram a uma determinada seção eleitoral, descobrir em quem eles votaram, sendo certo que, para isso, basta que um dos fiscais anote tais horários”, explicou o professor Diego Aranha, responsável pelo relatório e que atualmente trabalha no Instituto de Computação da Unicamp. “No caso de personalidades – como ministros de Tribunais Superiores e candidatos das eleições majoritárias – basta que se acompanhe o noticiário para saber o horário em que exerceram o voto”, complementou. Segundo o documento, essa falha foi rapidamente descoberta pela equipe.

O relatório aponta ainda outras vulnerabilidades no software das urnas com efetivo potencial para violar a contagem dos votos. No entanto, devido às restrições impostas pelo Comitê Organizador do TSE, os pesquisadores não puderam testar tais vulnerabilidades, nem outras que pretendiam e que poderiam demonstrar a existência de mais fragilidades. Segundo o professor Diego Aranha, eles tiveram acesso ao código-fonte do software de votação por cerca de apenas cinco horas.

Após os testes de 2012, a área de Tecnologia da Informação do TSE deveria corrigir as falhas apresentadas pela equipe da UnB relativas à proteção ao sigilo do voto. O detalhamento e verificação de outras vulnerabilidades, no entanto, não foram adiante. Para as eleições deste ano, o tribunal não vai realizar novos testes públicos na urna eletrônica, como vinha sendo feito desde o pleito de 2010. Para a próxima eleição, foi apenas criado um grupo de trabalho, composto em quase sua totalidade por servidores do próprio TSE, com o objetivo de estudar e propor soluções às questões inerentes à segurança do sistema automatizado de votação brasileiro.

Ao remeter os autos à Procuradoria Regional Eleitoral, o procurador Pedro Antonio de Oliveira Machado ressaltou a resolução do TSE nº 23.397, de 17/12/2013, segundo a qual é garantido o acesso antecipado do Ministério Público aos programas de computador a serem utilizados nas eleições, para fins de fiscalização e auditoria. Esse mesmo direito é assegurado aos fiscais dos partidos políticos, das coligações e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).






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