Eu levava meus filhos todos os domingos de manhã ao cine Metro para ver desenhos animados, entre os quais as impagáveis peripécias de Tom e Jerry criadas por William Hanna e Joseph Barbera para a MGM.
Tenho saudades, sim, desse tempo. O Brasil era melhor. A vida era melhor.
O autor da remessa é Álvaro Borgonha, que está entre os privilegiados amigos do grande Moacir Japiassu, jornalista, escritor, dono de tantas habilidades e competências, habitué deste blog.
Tom & Jerry,
Cópia completa, e em condições perfeitas, deste extraordinário desenho animado – concebido e realizado em 1947! Desde a qualidade do desenho (que era pacientemente feito e pintado à mão, em celulóide) à qualidade do esplêndido humor e imaginação em todas as sequências (atente-se no ar enfatuado do gato, no início do concerto) em todas as notáveis expressões dos dois intervenientes, na qualidade do décor, nos variados planos de imagem, nas perspectivas e tomadas de vista “da câmara”.
Repare-se na irreverência, no final extenuado e sofrido do infeliz gato, no ritmo da ação, aceleradamente alucinante, uma coisa absolutamente cinematográfica,. Mas sobretudo... Deixei para o fim porque será talvez a característica mais notável desta realização – repare-se sobretudo no sincronismo sensacional da execução musical, a relação imagem/música, por entre todos os gags e todos os pormenores das intervenções das duas únicas personagens.
Este filme ganhou um Oscar nesse mesmo ano, mas mais importante do que isso, fez parte da infância de alguns de nós.
E permanece.
https://www.facebook.com/video/video.php?v=3023938235630
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