quinta-feira, 19 de junho de 2014

DILMA CAI MAS SEGUE NA PONTA

Post de Berto Filho

Mais uma pesquisa, dessa vez do Ibope, manda um bombonzinho envenenado para Dilma : a popularidade do governo caiu de 36% em março para 31% em junho (aqueles que consideram o governo ótimo ou bom).
Peguei no site do Globo.

"A confiança na presidente Dilma também foi reduzida de 48% para 41%. Dilma vem tendo quedas substanciais em sua aprovação. No levantamento de novembro de 2013, a petista tinha uma avaliação positiva do seu governo de 43%. Essa foi a segunda queda desde julho, quando as pesquisas refletiram os movimentos de rua. O levantamento mostra ainda uma piora em todos os setores de avaliação do governo da presidente Dilma."

Mas, calma, tem mais  na nota que peguei no Globo.
 
"Na pergunta sobre a maneira de governar da presidente, 44% aprovam e 50% desaprovam. Na pesquisa de março, 51% aprovavam, o que significa uma queda de sete pontos percentuais."


(São pequenas erosões cumulativas que vão gotejando nas preferências dos andaress de baixo - expressão parecida foi usada de forma surpreendente pelo ministro Gilberto Carvalho para explicar as vaias no Itaquerão ; Gilberto é durão mas não é bobo : admitiu que o discurso de que este governo é corrupto pegoureconheceu que não foi só a elite branca que vaiou, setores não elitizados ou em ascensão social também se juntaram ao coro. É confortável e até dá uma certa sensação de um episódio histórico entrar num coral sem ser convidado, apenas por estar presente no ambiente. É mais confortável dissimular a indignação contra o governo num conjunto vocal sem carteira de identidade do que vaiar e xingar a presidente em voz solo numa rua vazia ou com poucas testemunhas; isso requer muita coragem, sempre existe o risco de o prezado vaiante e xingante ser atropelado pela tropa de choque do PT.) 

Por ouutro lado, notei que o conceito do decreto dos Conselhos Populares não decolou na mídia, não foi nem está sendo discutido como deveria, e, por isso, não entrou na pesquisa ; é preciso adquirir massa crítica e retorno emcocional.  Mas o fato de Dilma ter baixado esse decreto na calada da noite poderia ser abordado com a seguinte pergunta : "Na sua opinião, a presidente Dilma tem o direito de editar decretos que ponham em risco a democracia no Brasil ?"  Seria uma forma de dar uma enquadrada popular nesse decreto, que é sabidamente inconstitucional.
Voltando à pesquisa :
"A confiança na pessoa da presidente Dilma caiu de 48% em março para 41%. Já 52% responderam que não confiam em Dilma, sendo que em março esse percentual era de 47% .

Na avaliação do governo em nove áreas específicas, o percentual de desaprovação é maior do que o percentual de aprovação em todos os setores. Na área de Educação, 67% desaprovam as políticas do setor e 30% aprovam, além de 4% que não quiseram ou não souberam responder.

Na área da Saúde, 78% desaprovam as medidas e apenas 19% aprovam, com 3% de entrevistas que não responderam ou não quiseram responder.


(Quer dizer, 78% dos entrevistados não concordam com as medidas do governo na Saúde ; deveria ter sido feita uma pergunta específica sobre Mais Médicos para não colocar a resposta no cesto das respostas genéricas ; por outras palavras, 78% são contra o Mais Médicos ou esse percentual é maior ou menor que 78% ? Esse programa é o principal da política pública de saúde do governo federal )

A segurança pública tem desaprovação de 75% e aprovação de 21%. A política de combate à fome é criticada por 53% e apoiada por 41%. A política de combate ao desemprego tem 57% de desaprovação e 37% de aprovação.

Com a alta da inflação, a política econômica do governo neste setor tem desaprovação de 71% e aprovação de apenas 21%, além de 7% que não quiseram ou não souberam responder. No caso da taxa de juros, as medidas têm desaprovação de 70% e aprovação de 21%.

Na comparação do governo Dilma com o governo Lula, a maioria dos entrevistas consideram o governo do antecessor melhor. Para 45%, o governo de Dilma é pior do que de Lula; 44% acham que são iguais e apenas 9% consideram a administração de Dilma melhor. Mas, segundo o Ibope, os percentuais se mantêm estáveis, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

A pesquisa CNI/Ibope mostra que a presidente Dilma Riusseff tem o maior índice de rejeição, com 43% afirmando que não votariam na petista "de jeito nenhum". O candidato do PSDB, Aécio Neves, tem 32% de rejeição. Já o candidato do PSB, Eduardo Campos, fica com 33% de rejeição.


 


Dilma, Aécio e Campos : a campanha, legalmente, não começou.


Eleições: Dilma lidera com 39%
Continua O Globo :

"A pesquisa Ibope/CNI também mostra a presidente Dilma Rousseff com 39% das intenções de voto para as eleições de outubro, na escolha estimulada. Segundo o levantamento, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, aparece com 21 % e o candidato do PSB, Eduardo Campos, com 10%. Neste cenário, o Ibope mostrou ao entrevistado um cenário com 11 candidatos.

O candidato Pastor Everaldo (PSC) fica com 3%, e os demais candidatos "nanicos" ficaram com 6%. Além disso, 13% votariam branco ou nulo e outros 8% não responderam ou não souberam responder à pesquisa.

Na simulação de segundo turno, Dilma aparece com 43% e Aécio Neves, com 30%. Além disso, 19% votariam em branco e outros 8% não souberam responder. Já no cenário contra Eduardo Campos, a presidente fica com 43% e o candidato do PSB, com 27%; além de 21% de votos brancos e 9% de pessoas que não responderam ao questionamento.

Na pesquisa espontânea, Dilma fica com 25%; Aécio com 11% e Eduardo Campos, com 4%. E o ex-presidente Lula ainda aparece com 3% dos votos.

A pesquisa foi realizada entre 13 e 15 deste junho, com 2.002 pessoas, em 142 municípios. E depois do episódio das vaias à presidente Dilma na abertura da Copa do Mundo, no dia 12, durante jogo entre Brasil e Croácia, em São Paulo. O levantamento foi registrada na Justiça Eleitoral com o Protocolo BR-00171/2014.

Essa é a primeira pesquisa encomendada pela CNI que inclui a questão eleitoral.

A pesquisa Ibope/CNI mostra um cenário estável para a presidente Dilma Rousseff na corrida eleitoral, apesar da queda de popularidade. Isso porque, em levantamento realizado pelo Ibope/Globo em 22 de maio, Dilma aparecia com 40% das intenções de voto; Aécio com 20%; Eduardo Campos com 11%.

Em outro levantamento de 10 de junho, realizado pelo Ibope em parceria com a União de Vereadores de São Paulo (Uvesp), Dilma apareceu com 38%; Aécio com 22%; e Eduardo Campos, com 13%. Portanto, Dilma tem oscilado dentro da margem de erro, assim como seus principais adversários."

(Em resumo, a pesquisa IBOPE CNI divulgada hoje. reflete muito lentamente, num pinga-gotas, as variações das preferências dos eleitores. Nada de novo no front além da continuidade do gotejamento.)





 

Nenhum comentário:

Postar um comentário