domingo, 13 de abril de 2014

NOTÍCIAS DE TIRAR O SONO

Post de Berto Filho



 

Fechando o domingo com duas notas de tirar o sono. Uma é a publicação do jornal americano The New York Times sobre as obras de infra-estrutura tocadas pelo governo federal, caras, inacabadas ou paralisadas, e as que se referem aos estádios da Copa, de custo estratosférico (o adjetivo quem está pespegando seu eu).

Leio em vários jornais e sites que, sob o título "Do boom à ferrugem", o influente jornal americano publicou hoje com chamada de capa e video, uma reportagem de bom tamanho na qual aponta a desaceleração do crescimento econômico como o pano de fundo de uma série de obras em atraso ou abandonadas, como a ferrovia Transnordestina, parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o museu do ET de Varginha (MG), construído com recursos federais, as plantas de energia eólica sem conexão com as linhas de transmissão de energia, inclusive um parque abandonado em Natal (RN) e o hotel Glória, no Rio, que recebeu financiamento do BNDES.


Nota do Berto: ficou barato, poderia ter sido incluída a transposição das águas do rio São Francisco, outra obra ciclópica que já explodiu todos os limites de orçamento e está parada, sem previsão de terminar. 

A ferrovia Transnordestina é um dos casos citados para explicitar aumento dos custos de produção. Em 2006, quando foi lançado, o projeto era estimado em US$ 1,8 bilhão, mas agora a expectativa é de custo de US$ 3,2 bilhões.

O jornal cita a redução da avaliação de crédito do Brasil em março pela agência Standard & Poor’s e o recuo recente do apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff em pleno ano eleitoral.

Muitas das obras de infraestrutura, lembra o “New York Times”, foram iniciadas no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que recentemente admitiu os atrasos nos projetos, mas ponderou que o país ficou décadas sem investir, o que exigiu que muitas vezes se partisse do início.

O texto, no entanto, aponta que muitos críticos acreditam que essa incapacidade de concluir grandes projetos revela a fraqueza do modelo de capitalismo de Estado no Brasil.

Volto eu : para mim, é incompetência gerencial e corrupção comendo solta.


A outra nota que é capaz de tirar o sino aparece na coluna do Ilimar Franco, no Globo.

Os protestos durante os jogos
A Força Sindical, e organizações radicais como a Conlutas (PSTU) e o MST (PT) estão preparando protestos durante a Copa. O objetivo é desgastar o governo Dilma. O Planalto está tentando reduzir os danos, dialogando com os movimentos sociais. A previsão é que as manifestações podem ser mais violentas. E a área de Inteligência do governo considera a vinda de Black Blocs do exterior. Quanto ao desgaste, o Palácio considera que, a exemplo de junho de 2013, sobra para todos que representam o ‘status quo’. E lembra que, no ano passado, despencou a avaliação das autoridades de todas as esferas de poder e que, algumas delas, não se recuperaram até hoje.

Deixa comigo: as organizações de esquerda, mesmo querendo apenas dar um espetadinha de agulha em Dilma, ao se adiantarem na organização de manifestações durante a Copa, ocupam espaço e reservam lugar nas avenidas e ruas visando diminuir o impacto das manifestações puras, aquelas que a classse média está com receio de fazer sem as garanrtias de segurança de que famílias que se disponham a ir às ruas não serão atingidas por rojões, coquetéis molotov, bombas de gás ou balas de borracha.

No fundo, é uma estratégia de esvaziamento (das manifestações puras).

Fogo amigo, mesmo reivindicando coisas que o governo do PT vem negando, pode confundir.

A informação da vinda de black blocs do exterior, que está embutida na nota do Ilimar, causa apreensão. Já não bastam os black blocs tupiniquins com o seu terrível arsenal de destruição ?  Vai sobrar ainda mais para as polícias estaduais ?

Se tem segurança na chegada (nos aeroportos), tem que barrar o desembarque deles. Inclusive dos bandos de torcedores agitadores da Inglaterra, Argentina e de países onde o futebol semeou essa violência insana.

 

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