quinta-feira, 17 de abril de 2014

SEMELHANÇAS ENTRE 64 E 2014

Post de Berto Filho

Há semelhanças entre 62/63/64 e os dias hoje. Em 62, no auge da guerra fria que volta a assombrar o mundo de uma forma, digamos, mais diplomática, na questão da Ucrânia - Obama e Putin falam de vez em quando por telefone e isso nos dá uma sensação reconfortante de que a guerra nuclear ou a III Guerra Mundial não será iniciada por esses protagonistas da cena mundial -, em 1962 Kennedy dobrou Kruschev e o russo desmontou sua base de misseis apontados para o coração americano. Cuba já era uma preocupação americana de segurança interna. E a ponte natural para sublevar outros países da região, com o seu reconhecidamente eficiente centro de treinamento de guerrilheiros por onde passaram José Dirceu e outros. Hoje, uma reaproximação da Rússia com Cuba, inclusive no âmbito militar, traria de volta os ingredientes que redundaram na reação de Keneedy em 62. Agora, a possível reação  militar americana de hoje é potencialmente muito mais poderosa que em 62 e faz o sr. "Nikita" Putin pensar melhor antes de dar qualquer passo nesse sentido.


Em 63/64, a influência comunista na América Meridional que vinha da revolução de Castro e se alastraria, como está se alastrando hoje (via Venezuela e Brasil do PT) pelo continente, fez acender a luz vermelha na Casa Branca. A comunização do Brasil, que ia de vento em popa desde que Jãnio condecorou Che Guevara, ficou mais evidente nos anos seguintes até a deposição de Goulart. A oferta de apoio militar naval americano aos militares brasileiros que assumiram o poder, apesar de não ter sido utilizada, por desnecessária, deu aos militares o respaldo da maior nação do mundo para que fossem em frente na reorganização política do país. Hoje, o Brasil está diferente, o governo cada vez mais abertamente socialista e estatizante, a maioria do povo ignorante e alienada (narcotizada pelo Bolsa Família, Mais Médicos Cubanos, política de cotas...).

O governo construiu na moita uma rede de apoios para Cuba, Venezuela, Bolivia, Equador, Angola, etc para os quais vem transferindo recursos do povo brasileiro sem sua autorização. A comunização está sendo arquitetada mais uma vez a partir da velha Cuba mas ganhou uma plataforma operacional bem mais avançada e sofisticada que aquela de 1963/64, porque o governo do maior país da América Latina, dominado por Lula e PT, pelo menos até 31 de dezembro deste ano, se transformou em mediador dos interesses comuns (do grupo de países ligados umbilicalmente pelo projeto socialista) junto aos foros internacionais e em pacificador de confrontos internos como na Venezuela de Maduro. Nada de condenar a ditadura chavista. Muito pelo contrário. Há uma semelhança : este governo imita João Goulart na aspiração por reformas de base mas com outras conotações e maior apoio rural, através do MST, e nos centros urbanos, por meio dos SEM TETO. Ou seja, este governo, se não for derrubado pelo voto este ano (já que os militares atuais não estão dispostos a repetir 64), tem muito mais condições de operar, não de forma dissimulada (como tem sido de 2002 até agora) mas de forma ostensiva, e em caráter permanente, um estado totalitário como nunca houve neste país.

 

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