sexta-feira, 25 de abril de 2014

OLHO POR OLHO

Post de Berto Filho

 

 Foto : Google
Matéria do jornalista Sergio Roxo para a VEJA (ler no link
http://oglobo.globo.com/pais/padilha-ameaca-processar-qualquer-pessoa-que-tenha-feito-ligacao-dele-com-youssef-12299755 ) mostra uma face desconhecida do ex-ministro Alexandre Padilha. Sempre cordial e simpático no trato com a imprensa, ainda mais agora que é ainda é o candidato do PT ao governo de São Paulo, o ex-Coordenador do Mais Médicos ameaça processar ‘qualquer pessoa’ que tenha feito ligação dele com (o doleiro Alberto) Youssef. Claro que se refere à denúncia da PF de que teria indicado um auxiliar para dirigir o Labogen, aquele laboratório que teria ganho uma “licitação” ou assinado um contrato para fornecer ao Ministério da Saúde uma primeira leva de R$ 31 milhões pela fabricação e entrega de um dos princípios ativos do Viagra. Sendo assim, cabe aos advogados processar a Policia Federal, a fonte primária da denuncia dessa ligação. Acredito que todos os textos publicados na mídia impressa e virtual posteriores à revelação da PF sobre esse assunto estejam baseados primariamente no documento anunciado pela PF. Que eu saiba, não está havendo prejulgamento ou linchamento público coletivo do procedimento do ex-ministro. Todos aguardam que se defenda.

Já li em algum canto que uma ala anti PT na PF deixa vazar tudo contra membros do partido que apareça nas operações em curso, especialmente na Lava Jato. Este não é assunto para tratar agora neste blog.

A ameaça de processar “qualquer pessoa” que tenha feito comentário sobre a alegada ligação dele com o doleiro rescende a censura prévia, tentativa de intimidação ou defesa preventiva contra ataques à sua honra pessoal. Vejo que o sr. Padilha quer preservar a sua condição de candidato custe o que custar, pelo menos até que ele prove ser tudo mentira, que ele não indicou ninguém para a Labogen e que não tem a menor culpa nesse cartório. Se ele conseguir convencer a mídia e a sociedade de que está certo, fica de pé a sua candidatura, apesar de já ter sido atingida desde o início pelo “fogo amigo” da PF. A posição de vítima inocentada pela mídia pode render votos.

Ele se nega a comparecer à Câmara, foi convidado pela oposição e ja disse que não vai.

Continuar candidato vai depender do que o PT imagina ser viável no páreo para governador : correr com o Padilha assim mesmo ou substituí-lo por alguém acima de qualquer suspeita.

 

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