País rico é outra coisa.
Em 2002, Japão e Coreia do Sul gastaram U$ 10 bilhões cada com a Copa e a FIFA pagou os impostos sobre o que faturou.
Em 2006, a Alemanha gastou U$ 9 bilhões e a FIFA pagou os impostos.
Em 2010, a África do Sul desembolsou U$ 11 bilhões e a FIFA pagou os impostos.
Em 2014, o Brasil gastou (até agora !) U$ 31 bilhões e a FIFA, que vai faturar R$ 15 bilhões, não vai pagar imposto nenhum.
Quem autorizou o governo a, em nome dos contribuintes, isentar a FIFA de pagar seus impostos ?
Seria o Brasil tão rico assim que se dê ao luxo de gastar o triplo do que gastou a África do Sul e ainda renunciar irresponsavelmente a recolher impostos da grande ave de rapina FIFA ?
Por que a FIFA pagou impostos nos outros países e só não paga no Brasil ?
Dilma quer fazer o Brasil passar pelo papel de bobo da corte, com o direito de ganhar a Copa mas sem os impostos que a FIFA devia pagar ao fisco brasileiro ?
Tem alguma coisa errada aí. Vale uma CPI, investigação do MP, PF e o escambau. Onde vai parar o meu dinheiro que a FIFA tomou na mão grande da "generosidade" irresponsável do governo brasileiro ?
Bem, temos que voltar atrás no tempo. Back to the past.
Em 13 de outubro de 2011, a FIFA com a faca na garganta do governo conseguiu um faturamento extra pela Copa e afrouxou a pegada. Tava dando zebra, a Copa poderia ser tirada do Brasil porque as coisas não estavam indo bem do lado do cumprimento das obrigações do Brasil. O faturamento extra veio exatamente dessa chantagem que resultou na renúncia fiscal do governo desse país supostamente rico que perdoa dívidas e banca investimentos sem retorno (para o povo brasileiro) em Cuba, Angola, ditaduras da África, etc.
Vejam o "filme" de novo.
O governo Diilma oficializou (em outubro de 2011) a isenção total de impostos para bens e serviços à Fifa.
FIFA ganhou alíquota zero em itens como alimentos até 31 de dezembro de 2015.
O decreto concede à Fifa isenção total de impostos federais para bens e serviços relacionados à Copa das Confederações de 2013 e à Copa do Mundo de 2014. Os dirigentes ficam livres, inclusive, da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), cobrada na importação e comercialização de combustíveis. A desoneração vale desde 1.º de janeiro de 2011 e se estende até 31 de dezembro de 2015 e, da forma geral como a regra foi escrita, permite, por exemplo, isenção de impostos durante visitas de representantes da Fifa ao Brasil para encontros com Dilma ou vistoria do andamento das obras. A isenção abrange de alimentos a material de escritório. Bens duráveis que ficarem no País após junho de 2016 precisarão ser doados a entidades beneficentes ou à União para escapar do imposto retroativo. Segundo o coordenador-geral de Tributação da Receita Federal, Fernando Mombelli, a desoneração era uma “condição” para a realização dos eventos esportivos no País. Tais concessões são comuns em eventos da Fifa, segundo ele, mas o volume de desoneração depende da negociação de cada país com a entidade. A Receita prestará contas da desoneração em janeiro de 2016.”
Comentário do jornalista Reinaldo Azevedo, colunista da VEJA, feito na época :
Esse é o país que fala “grosso” com os estrangeiros? Não, não é. É o governo que amolece e quebra o galho da FIFA, essa entidade tão pobrezinha, garantindo ISENÇÃO TOTAL de todos os impostos federais, no inexplicável período de janeiro DESTE ano (retroativo, pois) até fevereiro DE DOIS MIL E QUINZE!
Se a Copa trouxer receita ao país (e não é bem assim, vejam demais sedes desse tipo de evento…), não será por meio da FIFA, já que ela não vai recolher nem mesmo a CIDE da gasolina dos carros de seus dirigentes e trabalhadores contratados.
Agora é comigo (BF) : Joseph Blatter deveria fazer a FIFA bancar uma estátua de ouro de Dilma e exibi-la na entrada da sede da entidade como colaboradora emérita.
Afinal, os impostos não recolhidos no Brasil - alguém precisa calcular isso direitinho, esse é o país dos contadores e matemáticos - vão ser aplicados no pagamento de outras contas da FIFA com fornecedores. Não nos esqueçamos, porém, que foram tirados dos cofres do Brasil na marra.
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