sábado, 24 de maio de 2014

MARCHA DOS PREFEITOS ALIMENTA MERCADO DO SEXO EM BRASÍLIA

Post de Berto Filho

A matéria com o título acima foi publicada pelo IG de Brasília em 15 de maio. A autoria é de Marcel Frota e Wilson Lima.

Quando li, pensei com os meus botões : será que o michê é pago com o salário do prefeito, do assessor ou do vereador (cada um faz o que quiser com o seu dinheiro) ou é tirado da vala comum das despesas de representação que são pagas contra a emissão de notas fiscais por serviços prestados, que podem ser de taxistas, postos de gasolina, restaurantes, saunas, etc ? Também é prática supercomum a autoridade pedir aos estabelecimentos notas de valores mais altos para compensar despesas que não podem ser comprovadas por falta de nota. O michê ém uma delas.

Não creio que as prostitutas de Brasilia e cidades vizinhas forneçam notas fiscais por "serviços de prazeres" prestados aos seus clientes. Pegaria mal um prefeito incluir na prestação de contas da viagem de recreio notas fiscais fornecidas por um ou mais bordéis ou estabelecimentos assemelhados. .

Se não sair do salário, o michê sai do bolso do povo. Já pensou você entrar na vaquinha que vai pagar o sassarico do seu prefeito ou vereador ?

Qualquer prefeito de cidade do interior que não seja santo, quando está em Brasília a serviço e não acompanhado da esposa ou quando viaja para bem longe de casa, fica mais assanhado e quer, com toda a discrição possível, despistes, e artifícios para ficar fora do akcance de celulares que filmam e fotografam, 
sair comendo as mulheres mais lindas do planeta que, não raro, são oferecidas por funcionários do hotel onde está hospedado ou pelo taxista. O problema é justificar a despesa, não ser glosado pelo TCM. E o pior é quando o nome da empresa  que cobre as despesas sexuais aparece no extrato do cartão de crédito. Esse é o batom na cueca. Mulheres de políticos estão cada vez mais espertas...

O sexo longe de casa e da base política parece ser muito mais tentador para quem vai passar 3 dias em Brasília e não sabe o que vai fazer nos intervalos dos eventos. O tempo ocioso é o templo do diabo.


Daqui pata baixo é com o IG. Mas eu volto no final.

Marcha dos Prefeitos alimenta mercado do sexo em Brasília

Garotas de programa chegam a se deslocar de outras cidades para atender à demanda; prefeitos pagam até R$ 1 mil por um programa e R$ 500 por uma garrafa de uísque 8 anos.

A 17ª Marcha dos Prefeitos movimentou de forma anormal não apenas os corredores do Congresso Nacional e o trânsito na Esplanada dos Ministérios. Outro círculo também se preparou para absorver a movimentação dos prefeitos que vieram do Brasil todo para o encontro. Prostitutas que fazem ponto nas boates mais conhecidas da capital federal também se prepararam para o trabalho extra. Além dos chefes dos executivos municipais, contribuem com a prosperidade do mercado de sexo nos três de dias do evento assessores e vereadores.

Desde o início da semana da Marcha, muitas garotas de programa se disseram empolgadas com um crescimento do movimento. Uma delas, que trabalha há aproximadamente cinco anos e se identificou como Morgana, contou ao iG que a Marcha dos Prefeitos tem sido um dos principais eventos das profissionais do sexo. “É muita gente e sem dúvida a demanda cresce nesse período. Depois desse encontro de prefeitos, as coisas vão melhorar apenas na Copa do Mundo”, afirma Morgana.


Aplee's Night Club, casa noturna localizada no setro de indústrias e setor de hotéis em Brasília Foto : Alan Sampio IG Brasília

Eduarda, outra profissional do sexo com a qual o iG manteve contato, também revelou animação com o encontro de Prefeitos. “É um período que dá para faturar fácil. Muitos prefeitos aproveitam para fazer em Brasília o que não podem fazer em casa”, admite ela, funcionária de uma casa noturna. “Mas é bom ficar de olho. Muitos deles (clientes) são muito discretos, hoje tem muita mídia em cima”, acrescenta ela. “Tá parecendo pescaria, nem dá tempo de sair do táxi que alguém já fisga. Tá demais essa Brasília”, ilustrou um deputado da base governista sobre a agitação do mercado do sexo durante esta semana.

O preço do programa varia bastante, dependendo do perfil da prostituta e do local da abordagem. Em geral os valores giram entre R$ 200 e R$ 500 em alguns dos pontos visitados pela reportagem, mas o movimento ajuda a puxar os preços. Uma das garotas conta que conseguiu subir o valor para R$ 1 mil.

Concorrência das forasteiras
A demanda incomum que gera disputa entre as garotas de Brasília atrai também profissionais de fora da capital federal. Na Alfa Pub, que fica na região central de Brasília, um dos funcionários revela que a notícia a respeito do Encontro de Prefeitos atrai garotas que trabalham em Goiânia, mas que não hesitam em percorrer os cerca de 200 quilômetros que separam a cidade de Brasília para faturar um extra. A chegada das goianas acirra a concorrência, mas os clientes não reclamam do aumento da oferta. A reportagem presenciou a animação de prefeitos que chegavam ao local. Inicialmente tímidos, logo entravam no clima.

Mas o movimento incomum e tudo aquilo que a clientela de fora da cidade traz atrapalha o mercado, na opinião de algumas garotas de programa. É a opinião de Camille, por exemplo, que forneceu cartão para reportagem perto do Alfa. “Muitos políticos vêm de lugares que não têm muitos recursos financeiros. Eles vêm justamente atrás de verbas e não têm muito dinheiro para gastar com garota de programa e isso acaba tumultuando. Talvez a presença deles seja boa para aquelas que cobram mais barato, para mim não”, diz ela.

Funcionários da casa noturna Apple’s, uma das principais de Brasília, admitiram que a movimentação atípica não mexe somente no quadro de garotas disponíveis, mas também cobra uma atenção especial com o bar. Em dias como terça-feira, por exemplo, o movimento foi comparado ao entra e sai dos finais de semana, quando o trânsito de clientes é maior. A boate preparou seu estoque de bebidas com essa previsão.

Taxistas também ficaram animados com a possibilidade de um lucro a mais com o encontro de prefeitos. Eles admitiram ao iG que recebem R$ 50 das boates para cada político que eles conseguem levar para as casas de strip-tease. Um taxista que preferiu não se identificar admitiu que somente na noite da última terça-feira, levou seis prefeitos a uma casa de strip-tease.

Dentro das boates, a movimentação foi intensa na última terça-feira. Na Apple´s Night Club, o iG conseguiu identificar pelo menos 30 prefeitos de cidades do Ceará, Santa Catarina, Acre, Paraíba e Piauí. Por volta das 23h20, por exemplo, chegou na Apple’s, de uma só vez, uma comitiva com cinco prefeitos cearenses em busca de diversão. Havia petistas, pemedebistas e petebistas entre os prefeitos identificados.

A rede hoteleira, superlotada, também viveu dias atípicos. A movimentação das prostitutas chamava a atenção até mesmo os funcionários, acostumados com o assédio das profissionais do sexo a alguns clientes. Houve até quem relatasse ter sido abordado nos corredores de um hotel de luxo. “O senhor é prefeito?”, perguntou uma prostituta a um dirigente partidário que estava apenas de passagem por Brasília na quarta-feira e se hospedou num hotel de luxo da capital.

A proximidade do setor hoteleiro é uma vantagem da Alfa Pub. A entrada do bar, que não passa de um salão tosco com mesas e um balcão sem um pingo de glamour, fica a menos de 50 metros da entrada de um hotel. Algumas profissionais se revezam entre o bar, no qual pagam R$ 40 de entrada, e as adjacências. Muitas conseguem emplacar um programa atraindo clientes do hotel. As meninas que fazem ponto no bar enfrentam ainda a concorrência de colegas que atuam do lado de fora.

Além das prostitutas que trabalham na rua, muitas fazem ronda, dentro do carro. Distribuem cartões e fazem ofertas aos transeuntes. Algumas roubam clientes do bar esbanjando simpatia e sensualidade e fecham o programa com clientes que estão a caminho do Alfa, mas, seduzidos no caminho, desistem do bar e vão direto ao que interessa.

Concorrência online
Apesar do crescimento notado pelos profissionais que trabalham nas boates, alguns admitem que já houve dias melhores. Funcionário do Star Night, casa que a exemplo do Alfa Pub funciona como ponto de encontro, admite que o assédio da mídia e reportagens que falam sobre a orgia dos políticos na capital provocaram a desconfiança geral. Muitos preferem usar portais especializados em oferecer o serviço de garotas de programa a ter de comparecer a uma boate.

A disseminação de celulares com câmera também contribuiu para aumentar o receio dos prefeitos. “Hoje em dia, qualquer um saca o celular e faz uma foto. Eles ficam com medo”, diz um funcionário da Star Night. Segundo o mesmo funcionário, esse tipo de coisa relativizou o crescimento do movimento em algumas casas, sobretudo as menores e aquelas que, ao contrário da Apple’s, não oferecem nenhum diferencial, como shows de strip-tease. Além disso, a expectativa em torno da Copa do Mundo deixou todo o mercado relativamente preparado. E a Copa das Confederações funcionou como laboratório para os proprietários.

A internet só não consegue suprir o desejo dos grupos que, além de sexo, procuram um ambiente para farrear ao lado de garotas de programa em confraternizações regadas a muito álcool. Um garçom do Alfa Pub conta que os grupos esvaziam garrafas de uísque com uma velocidade que chama atenção até dos consumidores mais assíduos. “Em meia hora eles acabam com uma garrafa de uísque”, diz o garçom. A garrafa do scotch mais barato, envelhecido 8 anos, sai por R$ 500, mas se escolher bebericar em doses a mesma quantia custa R$ 720. O mesmo uísque é vendido em mercados da cidade por R$ 80. Na Apple’s, uma lata de cerveja chega a custar R$ 25, a mesma cerveja é vendia a R$ 2 em mercados de Brasília. A caipirinha feita com vodka é vendida por R$ 45.


A matéria dos repórteres do IG não tocou em doenças sexualmente transmissíveis que os gloriosos prefeitos, assessores e vereadores podem acabar levando para casa sem querer... 
 

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