sexta-feira, 23 de maio de 2014

LARS GRAEL SUGERE BÚZIOS COMO OPÇÃO PARA VELA OLÍMPICA

Post de Berto Filho





Nada como a opinião de um medalhista olímpico da vela sobre qual seria a melhor raia em 2016.
Ele recomenda Búzios mas ainda não abre mão da Baía de Guanabara, que, na opinião dele, não será mais 100% regenerada como era a promessa inicial das autoridades.

Por que isso está acontecendo ? Será incompetência, falta de conhecimento técnico para resolver ? Ou falta de vontade política e, é claro, da verba que vem do alto ?
A Baía, como está, leva bomba no exame, passa uma imagem de lixo e abandono que não se coaduna com o cenário limpo de uma competição náutica olímpica. 


Fonte da nota que segue : ong Atletas pelo Brasil



PARA LARS GRAEL, BÚZIOS SERIA A SOLUÇÃO PARA A VELA FUGIR DA POLUIÇÃO NOS JOGOS RIO-2016
Medalhista olímpico Lars Grael fala sobre a poluição na raia olímpica e a alternativa de utilizar-se Búzios para as regatas nos Jogos Rio 2016. Ele ainda comenta as críticas feitas pelo The New York Times à Baía da Guanabara

"Com a experiência olímpica e os treinos frequentes no local, temos alertado desde que o Rio de Janeiro se candidatou a sede dos Jogos Olímpicos de 2016 sobre a poluição e o compromisso que foi fechado de despoluir em 100% a Baía de Guanabara". Assim o medalhista olímpico e associado da Atletas pelo Brasil, Lars Grael, iniciou a conversa sobre a matéria publicada no jornal norte-americano The New York Times do último domingo (18), com severas críticas à raia olímpica em depoimento do velejador austríaco Nico Delle Karth e o alerta logo no título: "Nota aos velejadores olímpicos no Rio: não encostem na água".

"Sabíamos que a total despoluição da Baía não aconteceria. Com o passar do tempo, falaram em 80%. Agora, já se fala em 60%. Claro que podemos observar que há obras em curso e elas podem até proporcionar uma melhora e modificar o atual quadro, mas é algo muito pequeno", afirma Lars, que já foi membro do Conselho Fundador da Agência Mundial Antidoping (WADA) e exerceu cargos públicos, como de Secretário Nacional de Esportes.

Segundo o medalhista olímpico, apenas o recolhimento do lixo das águas da Baía de Guanabara não é uma solução para o problema. "A ação é paliativa. Muito pouco diante da real situação. A Baía está extremamente poluída e vínhamos alertando sobre isso há tempos. Porém, só estão empurrando o problema para frente", conta.

Lars quer deixar claro que não está apenas criticando. "Sugerimos algumas medidas. A nossa posição é de antecipar um desgaste, que inclusive já está acontecendo. Temos de unir todos os envolvidos para amenizar a poluição. Qualquer avanço é válido, porque ficará também como um legado das Olimpíadas no País. Temos que encarar o problema de frente".

Alguns atletas experientes na modalidade, como Lars, apresentam a utilização de Búzios como alternativa para as disputas da vela nos Jogos. "O local tem ótimas condições de mar e vento para a prática da vela. A maior dificuldade talvez seria o fato de que Búzios não tem marina, porém, a Baía de Guanabara também não. Ou seja, em qualquer um dos lugares teriam que ser feitas obras para isso", sugere.

Mas existe um complicador, de acordo com o associado da Atletas pelo Brasil. O fato de que o momento de se tomar a decisão e mudar o local já teria passado. "A maioria das equipes que vem ao Rio já definiu suas bases, já está realizando estudos técnicos sobre a Baía de Guanabara. Mudar tudo agora ficaria bem complicado, seria radical, mas negar o problema é ainda mais radical e a pior solução", salienta.

Exagero estrangeiro - Sobre o depoimento do austríaco ao The New York Times e de outros atletas em outras matérias na imprensa internacional, Lars afirma que vê certo exagero. "Concordo que as águas da Baía de Guanabara estão poluídas, com forte odor e repletas de objetos. Mas é exagero dizer que não se pode encostar na água. Até hoje não tivemos nenhum registro de algum velejador que tenha sido contaminado".

"Estamos querendo contribuir, com base em nossa experiência e com conhecimento de causa. Temos que fechar um pacto com compromisso de metas para melhorar a Baía de Guanabara, manter o foco e oferecer algum legado para o País", conclui Lars.

Sobre a Atletas pelo Brasil - A Atletas é uma organização sem fins lucrativos que reúne, em uma iniciativa inédita no mundo, atletas e ex-atletas de diferentes gerações e modalidades pela melhoria do esporte e, por meio do esporte, pelos avanços sociais do país. Criada em 2006, sempre teve conquistas exemplares e reconhecidas nacionalmente em educação e em oportunidades para a juventude. Porém, a entidade sentiu a necessidade de entrar em um novo momento, com foco no esporte como ferramenta de transformação social e com a missão de melhorá-lo para melhorar o País. Após a decisão, os primeiros passos foram a mudança de nome de "Atletas pela Cidadania" para "Atletas pelo Brasil", retratando a origem dos esportistas e a busca por avanços sociais no País, e o desenvolvimento de um novo logo com a proposta "Paixão pelo Esporte, Paixão pelo Brasil".

Atletas pelo Brasil
Associados: Ana Moser, Ana Mota, André Domingos, André Veras, Bernardinho, Branca, Cafu, Carmem de Oliveira,Cesar Castro, Claudia Chabalgoity, Clodoaldo, Daniel Alves, Deco, Dunga, Edmilson, Edu Gaspar, Fernanda Keller, Fernando Meligeni, Fernando Scherer,Flávio Canto, Giovane Gávio, Gustavo Borges, Henrique Guimarães, Hortência, Ida, Joaquim Cruz, Jorginho, José Montanaro, Kaká, Kelly Santos, Lars Grael, Leandro Guilheiro, Leonardo, LeoPasquali, Luciano Correa, Luísa Parente, Magic Paula, Marcelo Elgarten, Mariana Ohata, Mauricio Lima, Mauro Silva,Neco, Oscar Schmidt, Patrícia Medrado, Paulo André, Pipoka, Raí Oliveira, Ricarda Lima, Ricardo Gomes, Ricardo Vidal, Roberto Lazzarini, Robson Caetano, Rogério Ceni, Rogério Sampaio, Roseane Santos, Rubinho Barrichello, Rui Campos, Torben Grael, Vanessa Menga, William Machado e Zetti.

Conheça mais sobre a organização em
www.atletaspelobrasil.org.br



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